Consequências Do Destino escrita por Rayanne Price


Capítulo 17
Caopitulo 17 Persistência




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Castiel

_____Tá pronto aí rapaz? _perguntou Bob ansioso, analisando os equipamentos de som.

Assenti pegando minha guitarra.

Haviam se passado uma semana, desde que ela voltou. Melinda. Passei a evitá-la em todos os lugares possíveis, mais parece que algo está conspirando contra mim, pelo menos nesse momento, por que a vejo entrar no bar com o resto do pessoal. Eu não posso acreditar como ela consegue fingir tão bem. Como ela tem estômago pra aguentar isso?

Larguei a guitarra. Irritado, desci do palco com Bob gritando atrás de mim, e apontei um dedo significativo no rosto da tábua.

_____O que faz aqui?!_gritei furioso, fazendo-a se assustar com minha atitude. Ela estapeou minha mãe fazendo com que caísse ao meu lado, enquanto as pessoas nos encaravam perplexos.

_____Esse lugar é público sabia? _indagou com um sorriso cínico, ______E estou aqui, porque MEUS amigos me convidaram! _gritou de volta dando ênfase na palavra “meus”.

_____Será mesmo que você é digna de todas essas amizades..._comentei encarando-a desafiante. Ela franziu os lábios e encolheu os ombros. Dessa vez ela não se atreveu a gritar. E seu silêncio disso tudo. Balancei a cabeça olhando-a com desprezo e voltei para o palco.

Bob sempre me chamava pra tocar aqui, mais todas às vezes recusava com alguma desculpa esfarrapada. Odeio admitir, mais a ideia de tocar para uma plateia, me deixava nervoso, ainda mais agora que essa garota chegou. Eu aposto que foi Lysandre que a convidou. Escutei os dois cochichando hoje de manhã na escola, enquanto o professor passava algumas anotações no quadro.

Limpei a garganta e segurei o microfone.

____Cara, eu nunca fiquei tão nervoso como agora. _comentei ajeitando a guitarra. Acabei tirando algumas risadas da plateia e voltei a falar, _____Bob você me paga!_sorri enquanto o velho me encarava contente e gritou.

_____Manda vê garoto!

Assenti mandando uma aceno com a cabeça.

____Linkin Park ,Waiting For The End. _falei enquanto minha voz ecoava no microfone e meus dedos deslizavam pela guitarra. Minha voz pairou pelo bar atraindo a atenção de todos, mais uma órbita azul em especial não parava de me encarar.

(...)

Desci do palco alguns estantes depois da música termina e logo Bob veio ao meu encontro assim como o resto do pessoal.

____Parabéns Castiel, você mandou muito bem! _elogiou-me dando duas tapas fracas em minhas costas.

Devolvi o cumprimento abraçando-o.

____Valeu Bob!

Logo depois veio Lysandre, mais ao invés de cumprimentar como fez o velho, ele veio me dizer que Melinda tinha sumido.

Suspirei andando até o balcão enquanto o grisalho vinha atrás de mim.

_____E então?!Vocês a encontraram?! _perguntou Rosa desgrudando-se do irmão de Lysandre com uma ponta de esperança no olhar.

O grisalho balançou a cabeça negativamente.

____Como ela pode ter sumido assim?! _gritou o azulado desesperado.

____Eu não devia ter tirado o olho dela! Estava na cara que ela não queria vir, e depois do ataque de Castiel, _interrompeu me encarando feio enquanto eu arqueava a sobrancelha,_____Ela queria sair daqui correndo! _lamentou , enquanto Rosa tentava convencê-la que não era sua culpa.

_____É melhor você ir agora trás dela Castiel! Peça desculpa pra Mel por ser tão grosso e idiota! _exclamou a cunhada de Lysandre querendo me bater, mais logo foi contida por seu namorado.

____Calma Rosa _murmurou abraçando-a por trás.

Bufei irritado e encarei Lysandre. Ele tinha que ficar do meu lado. Eu não tenho culpa daquela tábua ter evaporado. Ela estava aqui me encarando agora pouco enquanto cantava e logo depois...

Mais é claro que o grisalho apenas concordou com todo resto.

_____Primeiro: Ela não é mais criança! _exclamei contando nos dedos, _____Segundo: Se vocês estão tão preocupados assim, por que vocês mesmos não vão procurá-la?

Antes que eu tentasse identificar qualquer coisa senti um punho acerta meu queixo.

Coloquei a mão no lugar atigindo e agora totalmente dolorido. E fitei incrédulo para a pessoa que tinha me esmurrado.

Alexy.

_____Você pediu! _se defendeu fazendo bico, enquanto Rosa e Íris tentavam abafar os risos.

Cerrei os punhos e sai em meio às mesas e pessoas no bar enquanto eles me encaravam sumir.

(...)

De moto percorri algumas ruas próximas do bar, mas, não encontrei nenhum vestígio dela. Embora uma cabeleira preta, tivesse chamado minha atenção, sentada em um dos bancos da praça.

Dei a volta na moto estacionando-a do outro lado da rua. Senti uma dor aguda quando tirei o capacete. O roxo avermelhado que estampava meu rosto estava latejando.

____O Alexy me paga _murmurei atravessando a rua e entrando no parque. E agora eu tinha certeza que era ela naquele banco.

Tirei minha jaqueta preta e coloquei sobre seus ombros. Ela se assuntou virando-se para me encarar.

_____O que faz aqui? _perguntou surpresa.

Sorri cínico.

_____Esse lugar é público sabia? _debochei imitando-a do mesmo jeito que fez comigo no bar.

A tábua grunhiu e tirou a jaqueta dos ombros me entregando. Levantou-se em seguida para protestar.

_____Me deixa em paz! Por favor, vai embora! _pediu no ato desesperador empurrando-me com uma de suas mãos finas e delicadas.

Segurei seu pulso em um movimento rápido, trazendo-a para perto.

____Eu não vou sem você, _continuei, _____Olha o que o azulado fez comigo, por sua causa_apontei para o hematoma.

Ela tocou de leve com o dedo em meu rosto, onde estava machucado e depois me encarou.

____Ele fez isso? _perguntou atônita.

Não respondi, só conseguia encará-la. Aqueles olhos azuis me sugavam. Mais a corrente foi quebrada quando ela desviou o olhar para longe.

_____Sim, ele fez, _continuei, ____Ele disse que você sumiu por minha culpa, mais não entendo, o que eu apenas falei foi que talvez você não merecesse..._fui interrompido pelo seu grito histérico.

_____Para! Para!! _exclamou atordoada tampando os ouvidos, _____Eu não aguento mais..._soluçou caindo sobre o banco, ______Meus pais estavam errados,_prosseguiu esquecendo minha existência ali, _____Juro que tentei recomeçar, eu refiz amigos, meus pesadelos estavam desaparecendo, tinha motivos pra sorrir de novo...

Observei-a sem entender nada.

____Do que está falando? _perguntei vincando o cenho.

Ela ergueu o olhar.

Suas órbitas azuis estavam inchadas.Ela limpou o rosto manchado de maquiagem e logo depois,deslizou a mão no bolso da calça tirando algo.Uma bússola.E entregou-me a,sem hesitar.

Analisei o objeto desgastado nas mãos, enquanto arqueava a sobrancelha sem entender. E quando o virei senti uma pancada no estômago.

“ Ps. Melinda P. & Arthur C.”


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