Nós saímos de fininho, para que ninguém percebesse. Fomos andando pela floresta de mãos dadas até chegarmos a uma pequena clareira que tinha perto da minha casa. Quando chegamos lá, sentamos, mas a única coisa que conseguíamos fazer era nos olhar, profundamente. Não precisávamos de palavras, sabíamos sempre o que o outro estava pensando. Ele se aproximou de mim e me beijou, calmo, mas entusiasmado. Nos fazendo ficar sem fôlego.

- Nessie... – ele sussurrava meu nome, nos breves períodos em que nossos lábios se separavam.

            Não querendo que esse momento terminasse, eu deitei em seu peito e fiquei ouvindo seu coração bater.

- sabe o que é estranho pra mim? – perguntei sorrindo

- não, mas se você me disser eu vou saber – ele brincou

- bobo! O mais estranho é que eu sempre gostei de você, mas... – deixei minha voz desaparecer, por vergonha do que eu ia dizer, parecia meio tolo.

- mas...? – ele esperou, mas como eu não consegui dizer nada ele continuou – Nessie, você conhece as nossas lendas? – o que? De onde ele tirou isso?

- algumas, por quê?

- você sabe o que é impressão?

- sim.

- Nessie... eu...eu

- fala Jake

- Nessie – ele respirou fundo – eu tive uma impressão com...

- impressão? - Eu interrompi preocupada – com quem? Quando? – isso não podia ter acontecido, logo agora, que estávamos tão bem. Ele estava sorrindo. Por quê? Ele achava engraçado fazer uma declaração pra mim, e logo depois dizer que iria me abandonar...

- Renesmee Carlie Cullen, eu posso ver em seus olhos que você entendeu tudo errado – errado? Como?

- agora eu estou confusa? Então você não teve uma impressão?

- tive – ele respondeu calmo

- então como eu entendi errado?

- porque meu amor, você é minha impressão, você é a única em minha vida, desde que nasceu. – eu fiquei sem palavras, não sabia se estava feliz ou assustada.

- ah... Jake... eu não sei o que dizer.

- não precisa dizer nada. Apenas fique comigo!

- pra sempre – eu jurei, e ele me puxou para me beijar

- é só o que estou pedindo!

            Os beijos foram se intensificando. Não sabia onde iríamos chegar, mas nada iria roubar minha felicidade.

            Eu não estava mais agüentando, eu estava ficando louca. Seus beijos e suas carícias estavam começando a ficar mais quentes, e pra piorar eu as queria. Cada vez mais. Ele agora estava beijando meu pescoço, com uma das mãos em minha nuca e a outra em minha coxa. Ok assim era demais. Tirei minhas mãos de suas costas e comecei a desabotoar sua camisa. Ele parou e me olhou nos olhos, com uma expressão um tanto que cômica. Uma mistura de espanto, com desejo e medo. Eu me aproximei de seu rosto e o beijei, como nunca. Assim que senti o toque de sua pele macia e quente em meu corpo, não tive mais medos, esqueci de tudo, de todos, éramos só nós dois.

- Nessie... – ele suspirou meio derrotado, e eu ri – não acha que é cedo de...

- ssshhhh – eu fiz em seus lábios, pra mim não restavam mais dúvidas. Eu o pertencia, da mesma forma que ele a mim.

            Ele abriu o zíper do meu vestido, me arrepiando toda, eu não sabia o que fazer, mas tinha certeza que ele me guiaria. Terminei de tirar sua blusa, e passei a minha mão por seu peito nu, ele se contraiu, se arrepiando. Eu ri. Sua mão percorreu todo o trajeto de meu corpo. Eu estava quase louca, nunca havia sentindo essa sensação. Nunca desejei tanto ser dele, me entregar a ele. Desabotoei sua calça, enquanto ele tirava o meu sutiã. Ele beijou meus seios, me deixando sem ar, ele foi tirar a minha calcinha, ainda indeciso, para não deixar mais dúvidas eu tirei a única peça que ainda nos separava. Assim que tirei sua cueca, ele olhou em meus olhos, e sussurrou:

- eu te amo, e sob este luar eu prometo te amar por toda eternidade.

            Sem palavras pra dizer o quanto eu o amava, simplesmente eu o beijei, mais apaixonadamente do que nunca. Ele começou a me penetrar devagar, me deixando mais louca do que eu já estava àquela altura. Mas foi acelerando, me dando um prazer inimaginável! Nossos corpos se movimentavam juntos, em um ritmo continuo. Eu sabia que ele estava em êxtase, e eu não queria que esse momento acabasse. Nunca! Então, nós nos entregamos, sabendo que nada no mundo poderia nos separar, não pelo sexo, mas pelo amor que um tinha pelo outro...

            Estava quase amanhecendo, eu estava deitada em seu peito com seus braços me envolvendo, quando ele perguntou:

- você disse que sempre gostou de mim, mas por que nunca me falou nada?

- er... – o que eu iria dizer? que achava que ele ainda gostava da minha mãe? Bom era a verdade, e agora não poderia mais haver mentira entre nós. Ele estava esperando a minha resposta – sinceramente?

- claro

- eu achava que você ainda gostava da minha mãe, e como ainda era amigo dela... bom não sei o porquê exato, mas eu tinha medo de ser rejeitada, de você, sei lá, me ver como sobrinha. – eu sussurrei, e ele riu baixo e gutural em meu ouvido – não ri poderia ser possível.

- mas não é, e se você tivesse falado isso, nós já estaríamos juntos sabia?

- é eu sei que fui uma boba, e eu sempre pensei em você como meu Jacob, mas eu tinha medo de você amar a minha mãe, você quase se matou por ela. E eu não sou assim tão destemida, sabe?!

- não foi o que me pareceu essa noite! – eu corei e ele riu – calma, não precisa ter vergonha! Agora você é minha namorada. E mesmo que eu tivesse amado a sua mãe, e ainda amo, só que como amigo, desde que você nasceu, você se tornou meu universo. Eu não posso viver em um mundo onde você não exista.

- uau! Eu gostei disso! Acho que vai ser fácil me acostumar. – ele sorriu

- pois se acostume, porque eu nunca mais vou te largar. – ele me apertou mais em seus braços, beijando meu rosto e depois a minha boca.

            Eu senti a pulseira em meu braço, e me veio uma pergunta em minha cabeça

- porque essa pulseira? Ela é igual a da minha mãe. Só q ainda tem esse acréscimo. Por que isso?

- você sabe a história da pulseira da Bella?

- não muito. Só que você deu de formatura pra minha mãe.

- também, mas era porque ela já tinha decidido se transformar em vampira, e eu tinha medo de perde-la – tá isso me deixou com ciúmes – então eu dei essa pulseira pra ela não esquecer de mim, mas logo em seguida o seu pai fez um acréscimo a ela...

- o diamante. – eu disse

- exato. Na época eu não gostei muito, mas agora vejo que foi bom, porque ela pode carregar um pedaço do que ela foi. Do que nós fomos. Não como romance, mas como amigos. Porque no final ela ainda é a Bella, uma coisa que eu não esperava, principalmente depois que ela engravidou de você.

- como assim?

- entenda, eu não achava que vampiros eram dignos de confiança, principalmente porque um deles tinha roubado a garota que eu amava. Depois que ela engravidou de você todos nós tínhamos medo dela morrer. Por você ser meia vampira. Então ela veio com o plano de transformação de emergência, mesmo assim eu não gostava, tinha medo de que ela não fosse mais a Bella, a minha Bella, minha amiga. Doce, meiga, teimosa e desastrada.

- entendi... mas por que esse acréscimo na minha pulseira?

- para você nunca se esquecer que independente do que você pensa ser, ainda tem pessoas que estarão sempre ao seu lado, te amando e te protegendo. Não percebe? Esse pingente é sua visão de si. – agora eu entendia, apesar de ser resistente por fora, ele era frágil por dentro.

            Tia Alice já havia me contado várias histórias dos meus pais, mas nunca tive uma visão do quanto meu pai e Jacob amavam minha mãe, e do quanto eles e minha mãe sofreram por isso. Agora eu sabia o porquê de minhas incertezas. Porque acima do seu orgulho e preconceito para com os vampiros, jake nunca saiu do lado da minha mãe, mesmo quando ela já tinha tomado a sua decisão. Ele sempre estava lá pra ajudar e amparar minha mãe. É eles se amavam. Mas agora como amigos, que passaram por muita coisa, sempre juntos. É isso eu podia entender.

Eu suspirei, já era hora de ir embora, e eu estava com sono, já que essa noite eu não dormi.

 – eu tenho que ir – falei emburrada – daqui a pouco meu pai vem me procurar, e não seria nada agradável pra nós e para ele nos encontrar nesse estado.

- você tem razão! Vamos se vista que eu te acompanho até em casa

            Eu me levantei e comecei a colocar minha roupa, pensando nas coisas que eu acabei de ouvir. Assim como ele, eu estava rindo á toa. Demoramos um pouco mais pra nos arrumar, pois eu não achava o outro par da minha sandália, que estava atrás da árvore.

            Ele me carregou pra cabana, mas na metade do caminho eu dormi, nem preciso dizer com o que eu sonhei.