Sob o Luar escrita por Cheel Marques


Capítulo 2
Surpresa - Renesmee




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Ta bom, eu não era a pessoa mais sensata do mundo, mas aquilo tava me deixando louca. Já se passaram cinco anos desde a primeira vez que sai com a tia Alice, mamãe, papai, tia Rose, tio Em, e tio Jazz, pra ir ao shopping pela primeira vez. Mamãe continua me tratando como criança, tudo bem que eu tenho sete anos, mas aparento quase dezenove.

- Mãe, por favor!! – eu quase implorei.

- Renesmee, eu disse que hoje não! Você vai amanhã e ponto final.

- mas mãe, a Lu e a My só podem hoje, amanhã elas tem outro compromisso!! – “papai me ajuda, por favor,” eu pensei desesperadamente.

- Nem pensar – ele disse rindo de mim, que saco – você e sua mãe que resolvam! Pode me tirar dessa.

- Mããee – eu disse fazendo biquinho e quase chorando, bom isso funcionava quando eu era menor, pelo menos aparente – por favor! – eu sussurrei!

- Eu disse não, e nem pense em fugir por que eu vou estar de olho!!

- Como eu poderia fugir com o papai por perto!! – eu bufei e fui por meu quarto.

            Só me restava ligar pro Jake e pedir pra ele ir comigo. Até que não era uma má idéia. Eu queria conversar com ele já faz um tempo, mas nunca tive coragem. Como você diz pro melhor amigo da sua mãe, que era apaixonado por ela, que estava gostando dele!!

            Eu ouvi um riso na sala e vinha do meu pai! “Ah! Que legal Sr. Edward Cullen! Da pra parar de ficar me ouvindo, por favor!! Me de essa privacidade! Pelo menos isso!!”. Eu pensei bem alto pro meu pai se tocar!! Por falar nisso... Ai meu Deus!! Ele ouviu que eu gosto do Jake.

-mãaaaaaaaaaaae- eu quase gritei – corre aqui!! – meu pai riu mais alto, que droga! Mas não era pra ele ficar chateado?

- talvez – ele disse.

- o que houve Nessie, por que dessa gritaria?

- mãe, preciso de um favor seu, urgente!

- o que é dessa vez? – ela perguntou desconfiada

- pode ficar um pouco aqui comigo pra eu poder pensar?

- Ah! Isso! Claro filha. Mas o que é tão importante que seu pai não pode ouvir?

             Eu senti minha mãe se concentrar e logo meu pai dizer não da sala. O que ela queria saber? Será que ela pensou que eu ia fugir? Bom, minha mãe sempre foi um pouco dramática demais.

- Mamãe eu não vou fugir – resolvi dizer – só quero que meu pai não fique me espiando o tempo todo.

 - Tudo bem meu anjinho pode ficar em paz!!

- Obrigada mãe! – ela deitou na minha cama, e eu me aconcheguei em seus braços livre das investigações de meu pai.

            Passei um bom tempo pensando em como falaria pro Jake que eu tava a fim dele. Nem percebi que tinha dormido. Acordei assustada, minha mãe ao que parecia estava na cozinha preparando o meu café. Meu pai tinha saído, que bom! Então eu me levantei fui ao meu closet e troquei de roupa pra ir pro colégio, eu estava no ultimo ano e a formatura era dali a cinco meses. O que me faz lembrar que eu ainda não tinha um par pra formatura.

            A campainha tocou e eu me assustei, não esperávamos ninguém. E a pessoa era insistente, porque tocou outra vez.

- já vai – eu gritei um tanto irritada, e minha mãe riu obviamente ela já sabia quem era. O cheiro era um pouco familiar, mas não me lembrava de quem era.

            Quando eu abri minha porta me assustei. Ele era incomunmente lindo. Sua pele tinha um tom moreno, seus olhos eram de um marrom cativante beirando o mel, seus cabelos eram negros. Seu sorriso era tão perfeito, que fez meu coração acelerar, mais que o considerado normal para minha espécie.

- olá Nahuel!! A que devemos essa visita? – minha mãe perguntou me tirando dos meus devaneios.

- estava de passagem e resolvi fazer uma visitinha pra vocês. – ele falou em um tom grave e meio rouco, o que combinava perfeitamente com ele!! Foco Renesmee, eu pensei!!

- Nahuel? – eu tentava buscá-lo em minha mente. Eu conhecia esse nome – não foi você que salvou minha vida quando eu tinha meses de vida?

- Esse mesmo – ele disse abrindo um sorriso ainda maior – que bom que se lembra!

- Nossa! Quanto tempo!

- só alguns anos! Não é lá muita coisa para nós não é mesmo.

- entre, Edward volta daqui a pouco, então iremos à casa principal. – minha mãe falou abrindo mais a porta - e você já pro colégio mocinha, que já esta atrasada.

- é mesmo, desculpe Nahuel, mais tarde nos falamos – quando fui para beijá-lo no rosto ele sem querer acabou virando pro mesmo lado que eu, e nossas bocas se encontraram. Era a melhor sensação do mundo. Seus lábios eram quentes e macios. Mas não demorou nem mais de um segundo.

- Epa! – eu disse corando.

- me perdoe, não fiz por querer – ele olhou para minha mãe, um tanto envergonhado.

- não se preocupe – ela disse – agora já pro colégio!

- Tchau mãe!

            Fui correndo até a casa de meus avós, para pegar meu carro, até porque não tinha como fazer uma garagem no meio da floresta. Mas se o tio Em continuasse as apostas com o Jake, talvez até de pra fazer. Eles vivem apostando uma queda de braço, e quase sempre o tio Em ganha a custo de mais uma árvore. Certa vez papai falou que se tio Em continuasse assim ele superaria Vancouver. Nunca entendi.

            Quando cheguei no colégio, minhas amigas já estavam me esperando encostadas no carro do irmão mais velho da Lu. O que era muito estranho porque geralmente elas vinham, com o carro da My.

- O que está acontecendo aqui?

- Meu carro quebrou e estou sem grana pra levar pro mecânico!

- que chato – eu disse fazendo carinha de triste – mas talvez eu possa te ajudar – eu dei um sorriso.

- como? Me dando o dinheiro? – ela disse meio irônica - queria ver o seu pai liberar cinco mil dólares pra uma amiga sua, se sua mãe nem deixa você ir ao shopping com a gente!

- Argh! Para de ser dramática My! Não eu não tenho dinheiro, mas eu posso te ajudar com o mecânico, e vai ser de graça, você só vai pagar as peças que precisar! – eu disse meio rude, por causa do ciúme.

- Jura? – ela começou a dar pulinhos e eu ri, ela era mesmo fora do normal – sério? Quem? Qual dos seus lindos, maravilhosos, sarados e gatos irmãos? Eu prefiro o Edward! – ai como ela podia falar do meu pai assim?! Tudo bem que ela não sabia que ele era meu pai, e que ele era lindo aos lhos das outras mulheres, mas era meu pai! Argh! Argh! Argh!

- não - eu me apressei a dizer – um amigo meu lá da reserva.

- ele é bonito?

- cruzes My você só pensa nisso? – Santa Lu! Lucia era a mais calma de nós três.

- Claro o que mais eu posso esperar de um cara? A inteligência masculina está em falta no mercado amiga! – depois dessa, nós três caímos na gargalhada. E o sinal tocou.

            Não consegui prestar atenção em nenhuma única palavra que o professor dizia. Eu estava analisando, como três garotas, tão diferentes poderiam ser amigas?

 Myllena Cartter era a patricinha superficial, adorava fazer compras. Mudava de namorado como mudava de roupa. Mas era muito leal, quando eu ou a Lu estávamos mal ela sabia como ajudar.

            Lucia Weber era prima da tia Ângela, melhor amiga da mamãe no ginásio. Lucia era mais do que minha amiga, ela era uma irmã. Desde que Seth teve a impressão com ela, eu pude contar com ela pra tudo. Ela era sensata, calma e muito perceptiva.

            Eu era a rebelde, adorava música e violão. Tinha até umas composições nada de mais. Mas eu tinha uma qualidade que elas nem sonhavam! Bom a Lu já sabia, mas me pergunto às vezes o que me atraiu nelas.

- Senhorita Cullen, poderia nos dar o prazer de sua atenção? – o professor falou irritado.

- Hã? – eu disse saindo do meu devaneio e todos riram

- Como eu ia dizendo, esse é o Josh, ele acabou de se mudar para Forks. Quem gostaria de fazer as apresentações do colégio? – todas as meninas da sala levantaram a mão, menos eu – Já que a senhorita Cullen se mostra tão entusiasmada, a deixarei com essa tarefa!

- O quê? Por que eu? Professor acho que a Myllena pode fazer isso melhor do que eu! – eu disse tentando me livrar, (até agora não tinha conseguido ver o novato), olhando pra My e piscando um olho, que abafava um risinho.

- Eu disse você senhorita Cullen. Assunto encerrado.

            Que professor mais chato. Só me restava perder o resto do meu dia com o novato! Quando eu me liguei, o cara já estava sentando na carteira do meu lado.

- Oi – ele disse – Eu sou Josh, Josh Crawford. – não respondi.

 


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