Capitulo 2

Nesse exato momento estou paralisada com o que o guardião Belikov disse. Como assim correr, que eu saiba damphirs devem apreder a lutar e não correr e o que eu fiz a seguir foi verbalisar meus pensamentos.
–Como assim guardião Belikov?
–Bom seu treino vai ser para você começar correndo, então acho melhor você começar logo. Ele disse com um sorriso de canto meio divertido com tudo.
–Mas só por curiosidade, qual a necessidade em correr? - porque fala serio né damphirs nasceram para lutar e não correr da briga.
–Bom Agatha, correr vai te ajudar, pois se imagine na situação em que você esteja em um shopping e encontre um strigoy o que você faria?
–O obvio, eu estaquearia ele.
–Certo, mas e se você não tivesse uma estaca?
–Ai eu deceparia a cabeça dele.
–Ok! Mas você não tem nenhuma arma, o que você faria?
–Eu queimaria ele oras!! - afs já estou me cansando dessas perguntas obvias e idiotas.
–Acontece que como eu lhe disse você não teria arma nenhuma, o que você faria?
–Ok, ok! Você venceu Dimitri, o que eu faria?
–Simples, você correria. E é o que você vai começar a fazer agora.
Depois de correr bastante eu ainda tive algumas seções de luta com Dimitri para ele ver o que eu sabia fazer e só pra constar eu apanhei bastante.
Depois do treino ainda tive mais uma aula, que foi de arte culinaria onde encontrei Christian novamente, nós formamos dupla na aula, o que eu nunca achei que aconteceria aconteceu, eu estava gostando de aprender a cozinhar só por estar na presença dele.
Um mês depois estava-mos eu e Christian num belo sábado a tarde fazendo um passeio pela academia e resolvemos parar e observar o céu quando aconteceu, não como ou quando, mas quando me dei conta estavamos eu e Christian nos beijando e eu gostei, foi bom, na verdade foi muito bom, tanto que repetimos e repetimos, uma semana depois estavamos namorando a serio e todos na academia nos olhavam estranho, mas só os ignoravamos.
Quando dei por mim já estavamos juntos a um ano, eu estava sempre me esforçando nos treinos com Dimitri e já era um dos melhores de toda a turma com o passar do tempo fiz mais amigos, como Eddie Castile e Mason Ashford, na noite em que completei um ano de namoro com Chris resolvi fazer uma supresa para ele e lhe dar o meu presente, algo que para mim é muito precioso e que sempre acreditei ser algo importante, minha virgindade.
Arrumei meu quarto todo a luz de velas e coloquei pelo quarto alguns incensos com um aroma muito bom e suave, vesti uma lingeri preta de renda bem simples e vesti um robe por cima, quando Chris chegou eu já fui logo beijando ele para não perder a coragem, quando nos separamos ele olhou ao redor e ficou por um tempo sem entender até que a ficha caiu.
–Agatha você tem certeza? - ele me perguntou com uma cara meio engraçada.
–Eu tenho certeza Chris, primeiro porque eu amo você e segundo porque eu sei que se não acontecer agora acho que não teria coragem para fazer isso depois. - falo com toda convicção.
–Bom se você quer é claro que eu quero, só queria que você soubesse de uma coisa e que é meio constrangedora.
–E o que é Christian?
–É que eu sou virgem.
Caramba agora to chocada. Como assim ele é virgem? Bom pensando bem temos só dezesseis anos e até que é bom saber porque significa que ele nunca me traiu.
–Agatha, pelo amor de Deus fala alguma coisa, esse silencio tá me matando.
–A única coisa que eu tenho a dizer é que eu só queria que você soubesse que eu também sou virgem e quero que isso seja especial para nós dois.
E nessa noite nós nos amamos como nunca antes, quando foi de manhã estavamos felizes por saber que haviamos nos entregado um para o outro de corpo e alma e que nos amavamos muito.
Naquele mesmo dia eu fui treinar com Dimitri e ele notou meu brilho diferente no olhar e que eu estava mais feliz.
Com o passar do tempo Christian e eu ficamos mais próximos e parceiros em tudo teve até mesmo um tempo em que treinavamos juntos e escondidos, o único que sabia era Dimitri, numa tarde eu fui chamada a sala da diretora Kirova e quando cheguei lá dei de cara com um homem com aparência de mafioso usando um brinco de argola pequena na orelha com um terno caro de linho e um lenço de cachemira, ele tinha cabelos escuros e parecia ser de outro país.
–Que bom que veio rapido senhorita Muller, quero que conheça uma pessoa que descobrimos recentemente como um parente seu.
–Quem é essa pessoa? - perguntei com um pouco de receio, afinal durante boa parte da minha vida nunca tive ninguém por mim ou sequer tenha tido algum parente vivo que eu saiba.
–Agatha quero que conheça seu pai.
Ela então apontou pro velhote com cara de mafioso, que nesse exato momento estava sorrindo, ele me estendeu a mão e falou.
–Olá é um prazer finalmente conhece-la kiz, eu sou Ibrahim Mazur, mas pode me chamar de Abe ou de pai.