Mantendo O Equilíbrio - Um Novo Amanhã escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 53
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Segurem o coração!
O que eu posso dizer deste cap? TENSO.
Olha, eu tinha minhas desconfianças... ~e continuo tendo~ mas... Vejam por vcs msms.



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– Tá dizendo que o ônibus deixou a gente? Aqui, no meio do nada?

Só assim Sávio despertou. Na verdade, foi mais pelo meu desespero. Surtei, claro. Estava escuro, o atendente da loja de conveniência disse que o máximo que poderia fazer era avisar à central da equipe de passeio e esperar que mandassem alguém pra nos buscar e o telefone estava com péssimo sinal. E tanto eu quanto Sávio esquecemos os celulares nas poltronas.

Ou seja, além de presos ali, nos encontrávamos incomunicáveis!

E os outros ônibus? Foram para outras direções.

– Hey, Mi, calma, uma hora a galera vai perceber.

– Isso só quando chegarem no ponto final! Tá todo mundo dormindo!

Eu andava de um lado para o outro, em frente à lojinha. Sávio estava sentado na calçada, e pela bebida que havia ingerido, ainda sofria um pouco de letargia. Coçava os olhos como se isso o forçasse a ficar acordado.

– A gente não pode fazer nada senão esperar. Então calma.

– Eu não quero ficar calma. Quero o ônibus de volta, caramba! Tô cansada, tô perdida, tô no meio do nada, tá escuro, tô incomunicável, tô sozinha.

– Hey, você não tá sozinha. Até parece que vô deixar algo acontecer contigo.

Ele quase pareceu ofendido. Inspirei profundamente.

– Desculpe, Sávio, eu só... queria ir embora.

Me senti impotente, não tinha jeito mesmo, seria uma dura espera. Então sentei ao lado dele na calçada e quando Sávio passou um braço por mim, senti um forte odor de bebida vindo da camisa dele. Instantaneamente me lembrei de uma hora que, fazendo algazarra, alguém daquela mesa bateu nela, uma garrafa virou e o conteúdo vazou em cima de vários deles, Sávio incluso, sem falar de outra genialidade que começou a jogar bebida nos outros como se fosse brincadeira.

O odor me enjoou e acabei me soltando dele abruptamente.

– O que foi?

– Bebida. Sua camisa tá só bebida.

– Hum. Desculpe.

Eu não conhecia a versão Sávio bêbado e não sei se realmente ele estava alterado, se parecia o quieto de sempre. Só que como me afastei e levantei, ele me também se botou de pé e, do nada, tirou a camisa. Assim, bruscamente, como se eu tivesse pedido por aquilo.

E claro, sendo ele lindo que é, aquela imagem mexe com a sanidade de qualquer mulher. Mesmo estando um pouco escuro, a iluminação maior vinha da loja. Então sim, ele viu minha reação quando abri a boca, surpresa. E eu vi naqueles olhos dele, que a inocência de sempre não estava mais lá. Ele estava sim alterado de álcool. Desviei meu foco para o lado.

– Não precisava tirar a camisa.

– Não precisava ficar envergonhada.

Me sinto uma boba por de repente não ter como agir, remexendo a boca, desgostosa pela situação. O que ele queria com aquilo, afinal? Se provar que era o quê? Cruzo os braços.

– Não tô envergonhada...

– Então por que não tá olhando pra mim?

Isso me faz fitá-lo de instantâneo. A camisa vermelha está estendida sobre seu ombro direito, os braços estão cruzados também, de forma que seus músculos ficavam mais evidentes, contraídos, e há algo indecifrável no seu rosto. Isso me faz tremer um pouco na base interna. Pois não havia aquele feeling de segurança que normalmente sinto quando estou com ele. Talvez por ter me tocado de algo mais, sinto é um alerta. Tento ao máximo, contudo, não demonstrar muito. Não sustento nosso contato por muito tempo, acabo virando, voltando a transitar pelo ambiente.

– Porque é inconveniente ficar encarando. Como você tá fazendo agora.

Minha percepção periférica entende quando ele faz que se rende, jogando as mãos um pouco pra cima e pra sua frente.

– Só estou conversando.

– E por que parece um idiota enquanto o faz? O que quer provar?

Ouvi um barulho de motos ao fundo do estabelecimento. O atendente havia nos avisado que havia um bar bem discreto por ali, ponto de encontro de muitos viajantes que ficavam de lá para cá pelas cidades. Se não fossem tão suspeitos, já teria pedido uma carona. Existe limite para tudo afinal.

– Não preciso de provas... mais.

Esse “mais” sussurrado dele que me parece uma jogada. O que quis dizer? Abraço meu corpo, ali começava a fazer frio. Mas Sávio? Parece que nem sentia o vento. Terminei por revirar os olhos.

– Certo. Talvez você tenha tomado doses demais.

– Talvez tivesse razões para tomar...

Ele dá de ombros. Fico na dúvida se aquilo era pra mim ou não.

– Não estou condenando.

– Na verdade, está sim.

Ok, eu tava. E daí?

– Ache o que quiser.

Saí andando, iria para o tal bar, acenei para o atendente que nos via pelo vidro transparente, avisá-lo que estaríamos por perto. Quem sabe lá estivesse mais quentinho. Mais seguro.

– Pra onde você vai?

– Pro bar.

Não retrucou mais nada, só andou ao meu lado, muito orgulhoso com do que quer que seja que passava por sua cabeça. Aquele silêncio todo dele era diferente das outras vezes, e eu não estava gostando nadinha daquilo.

~;~

Era aconchegante, por incrível que pareça.

No bar havia uma porção de casais, distribuídos pelas mesas, balcões e até numa pista improvisada que dispunha, onde alguns dançavam ao ritmo lento e calmo das músicas que tocavam.

Trilha citada: Bom Jovi – Open All Night

[2:00]

Aparentemente bem antigas, identifiquei com um pouco de dificuldade “Open All Night” do Bon Jovi quando entramos. Tinha também uns observadores bem estranhos conversando enquanto bebiam de suas cervejas, sozinhos e outros acompanhados. Me sentia deslocada ali, principalmente com Sávio a meu encalço.

– Não sei por que tá chateada comigo...

– Não estou.

– Está sim. Se não tivesse, não estaria sendo rude assim.

– Só estou chateada por ter ficado presa aqui.

– Presa. Comigo. Ok.

Bufei sozinha andando pelo salão pequeno do bar para avistar um lugar bom pra ficar, ele só me seguia. Era capaz de ser uma longa noite. Nunca brigamos ou discutimos sério, mas sentia que isso não iria demorar muito a acontecer. Eu com meu humor, ele em péssimas condições. Se segura, Milena, se segura!

– Não adianta o que eu disser, sei que é nisso que vai acreditar.

– Você nem tenta porque não há o que dizer senão isso.

Essa foi sacanagem da parte dele. Virei de supetão no caminho e apontei o dedo. Apesar de não parecer muito “aí” pra isso, por dar de ombros novamente, sei que me escuta e entende que não era um comportamento legal.

– Você quem está sendo rude.

– Ok. Eu fui.

– Então não reclama.

Como não havia muitas mesas, e menos ainda disponíveis, ficamos no balcão. Pedi uma coca-cola com limão, e notei que Sávio iria pedir algo mais elaborado, quer dizer, concentrado. Com uma olhada de rabo de olho, ele desistiu e pediu pelo mesmo que eu.

– O que você tem contra as bebidas? Num tô dirigindo.

Onde estava meu amigo? Sério? Ele não é insolente assim, é destoante da pessoa que conheço. Sinto uma inflexão diferente quando ele fala, como se estivesse sendo irônico sem querer deixar muitas evidências disso. Mas ele não chega a tocar em mim, mesmo estando tão próximos nas banquetas em que estamos sentados.

– Só acho que não são necessárias.

– Então você nunca bebe?

Permanecemos com os braços deitados no balcão apenas, esperando o pedido. Vejo uma moça ao fundo mexer numa jukebox moderna e logo começa alguma música romântica da Roxette. Só sei reconhecer a banda, não o nome da música que toca.


Trilha mencionada/não identificada: Roxette – Milk And Toast And Honey

– Só raras ocasiões. Não é algo que me dê vontade.

O atendente dispõe as bebidas à nossa frente, pagamos (ainda tinha minha bolsa comigo, só o celular mesmo que havia ficado na poltrona) e ele sai para atender outros pedidos. Estou dando um gole quando Sávio me solta essa, vacilante:

– Acho que... você tem medo.

– Do quê, exatamente?

– De colocar suas frustrações à vista. Seus reais pensamentos.

Se ele acha que é por isso, tá muito enganado. E se imagina que eu vá contar meus problemas para ele e mais ainda do modo que está, é porque tomou muita birita e tá começando a ver coisas. Mas falo isso? Nããaaaao.

Vou dar motivo pra um cara que claramente não tá bem das ideias?

– Então acha que são estimulantes? É por isso que toma?

– Algumas coisas às vezes precisam ser ditas.

Filosófico ele? Nada.

– Mas não necessariamente precisam de álcool.

– Algumas sim.

– Se você diz...

Sávio finalmente toma de sua coca, despreocupado.

– Não acredita que possam ser... estimulantes?

– Acredito. Só não bons estimulantes. Quantas misturas você fez, afinal?

Ok, eu não devia ter dito isso. Sou muito idiota assim pra discutir com bêbado?

– Por quê? Tá preocupada com o que eu possa dizer?

– Não... Não há nada para dizer mesmo.

Ele... bufa. Quer dizer, bufa uma risadinha.

Ok, micro-ônibus, já pode voltar, porque isso tá ficando cada vez mais estranho e quero me sair dessa situação.

– Tem certeza?

– Pela preocupação ou pelo quê dizer?

Vai que a cabeça dele entra em fuso com a pergunta? Vale a tentativa.

– Hum.


Trilha mencionada/não identificada: Alter Bridge – Shed My Skin

[03:14]

Enquanto toma novos goles, sua cabeça mexe um pouco ao ritmo de uma música que toma o ambiente. Não consigo identificar, mas sei que parece o seu estilo, hard rock com metal alternativo ou grunge. Algo assim. É bonita até. Mas não me detenho muito, nem quando ao meu lado, começa a cantar baixinho o que parece o refrão, com um tal de “shed my skin”. Utilizo então minha técnica de inversão para tirar a atenção de mim.

O melhor era nos manter conversando acho, em silêncio o incômodo seria maior.

– Você bebe regularmente?

Inspira fundo e nega com a cabeça.

– Não muito. Hoje foi um dia para exceção.

– Por que hoje?

Fecho os olhos discretamente por... Por que eu tô insistindo nesse tópico? Ele pode entender outra coisa! Burra, Milena, burra. Desvia agora que eu quero ver. Fala da música, melhor.

Só que ele segue o mesmo rumo antes de tornar a mudar:

– Algumas coisas eu não tava suportando. Não sou um anjo, Milena. E você...

Engulo em seco de repente olhando para meu copo e ao seu redor a água condensada começar a descer pelo vidro para o balcão.

– Eu o quê?

– Tá me julgando.

– Não sei de suas razões, mas para mim, só não traz coisas boas. Principalmente se você não tá legal. Já tive problemas com Murilo e Vinícius por causa disso.

Ainda que eu esteja na merda, nunca apelei para a bebida. E olha que guardo muita coisa podre.

– Você não o esquece, esquece?

Sei que ele não fala de meu irmão, porque, bom, é meu irmão. E como isso soa, o que deixa no ar, fica aquele desconforto. Porém, me faço de boba e sigo com o que já havia começado:

– Nem quando tento. E já tentei quando tivemos um temp... O quê, que foi?

Do nada ele para com o copo a meio caminho da boca, pensativo. Pela leve luz do ambiente posso ver seus olhos se entrefechando e... que porra é essa que ele tá fazendo?

– Essa música... não tô lembrando o nome.


Trilha mencionada/não identificada: Creed – My Own Prison

Ele sai do modo estático ao tomar mais um gole da coca, estava concentrado ainda na entrada da música. E eu achando que era coisa séria. Mas me mantenho na conversa.

– Não sei nem a banda...

– Creed. A banda passada era Alter Bridge. Até que aqui tem um repertório bom. Não é em qualquer lugar que se encontra esses grupos tocando.

– Parece o seu estilo, de qualquer forma.

– Você não gosta?

Eu não tô julgando, caramba!

– Não é que não goste... só, sei lá... Não tenho muitas referências.

Imaginei que ele pudesse me contar mais das músicas, das bandas, de seu gosto particular e tal, então quando a pergunta vem, por um instante acho que minha cabeça não processa:

– Dança comigo?

~;~

Devia ter dito não, apenas.

Mas como me pronunciar se ele já havia levantado, vestira a camisa de volta, estendia a mão para mim e as pessoas do local já nos fitavam? E pior, se os argumentos dele me deixaram sem ter o que responder senão sim?

“Confie em mim”.

“Não dançamos na noite passada”.

“Já dançamos valsa uma vez, e não aconteceu nada”.

Antes que eu pudesse comentar sobre “o que poderia acontecer”, preferi manter para mim e desci logo da bancada, tomando sua mão, firme na minha, para o fundo onde estava o jukebox e, pela ficha que o atendente lhe dera, tínhamos direito a três músicas da seleção, era só listar no aparelho. Mas eu tava tão aloca que nem me meti de fazer isso, só o segui e esperei enquanto escolhia.

Três músicas, aí eu me sentaria e ficaria na minha o resto da noite até o atendente da loja nos buscar – eu só não fiquei lá na loja de conveniência porque parecia mais sinistro e inseguro.

Trilha citada/indicada: Nickelback – How You Remind Me

Nisso que a seleção começou, reconheci a primeira. Nickelback, “How You Remind Me”. Acho que até já foi de alguma novela. Algum nome me vinha quando foi subitamente interrompido por Sávio que me puxou para o centro do espaço, onde outros agradeciam pela escolha num pequeno urro. Ele mesmo me segurou os braços e passou por seu pescoço, a proximidade me dando aquele alerta e um nervosismo repentino – principalmente se ele passou os braços por mim, cruzando-os à base de minha coluna. Sendo mais alto, minha cabeça ficava em seu ombro.

Fechei os olhos, respirei e busquei entrar no ritmo, que era um pouco agitado, hard rock, mas fui me mexendo de um lado para outro. Ainda que a camisa dele exalasse bebida alcoólica, ali no bar eu meio que me acostumei, se todo o ambiente era tomado por isso mesmo. Entretanto, tão próxima assim, meu nariz conseguiu captar os resquícios de seu perfume masculino e esperava sinceramente que ele não pudesse me perceber vulnerável do jeito que me sinto.

No fim das contas, havia sim um “clima”. Que posso ter alimentado sem querer. E me chuto mentalmente por isso. Esperava que as músicas logo acabassem e que fossem daquele nível, que nos fazia balançar de passinhos para o lado. E se não bastasse isso, ele puxou papo:

– Essa é bem conhecida, não?

– Acho que sim. Tenho impressão que era de alguma novela.

Preferi não encará-lo, aquilo tava esquisito o bastante. Assim permaneci com o rosto virado e ele se envergou um pouco, de modo que me trouxe mais para si e sua cabeça ficou próxima da minha para a conversação.

– Encontrei umas legais lá na seleção, mas a maioria acho que você não conheceria. Escolhi essa por você.

– Ah. Valeu, eu acho.


Trilha mencionada/não identificada: Creed – Inside Us All

Não demorou muito a segunda veio. Era muito mais calma, mais grunge do que hard rock – meus ouvidos sabem um pouco a diferença – e isso diminuiu nosso ritmo de passos, a gente praticamente não saía do lugar, o que não me ajudava no nível tensão. Só me informou que era o tal de Creed novamente. Mais quieto, o que tive pra mim ser algo bom de primeira, Sávio me abraçou mais e, engolindo a seco, deixei. Era errado, meu íntimo dizia. Mas como sairia dali?

A música era um pouco longa ainda por cima!

Era bonita, porém, havia um toque triste nela. Não prestava atenção na letra, mas algo me dizia que trazia uma pontada de frustração. Rezava internamente para ser só impressão minha e no mínimo movimento que fiz, já ao final dela, para me desfazer daquele aperto, ele não cedeu. E isso me assustou um pouco.

– Uma última.

Trilha mencionada/não identificada: Staind – Everything Changes

Eu mal respirava ao começo da última. Era mais lenta ainda!

Com a cabeça grudada na minha, o braço cruzado na minha coluna, ele ditava o ritmo, como se estivesse me guiando mais uma vez como fizemos no salão. Permanecia, no entanto, aquele feeling de errado, e eu procurando alucinadamente uma maneira de me sair, então ele cantou o que me pareceu o refrão.

– But everything changes, if I could… turn back the years, if you could… learn to forgive me, then I could learn… to feel.

Era baixo, era… num sei. Me deu uma ânsia grande de sair logo, me incomodava num nível sério e o nervosismo aumentava gradativamente. Outras pessoas dançavam ao lado como nós, no mesmo ritmo calmo, e nem isso me dava segurança alguma. Eu praticamente contava os segundos como se precisasse até pra respirar.

Não era nada de bom presságio.

Principalmente quando veio o refrão novamente e senti ele se mover, de modo que me largou minimamente, e de repente me encarou. Fitamos um ao outro. E o que vi lá naqueles olhos, não era bom. Assim como a mão quente que se deslocou para meu rosto e quando fui respondê-lo, surpresa...

– Sáv...

Fui invadida. Ele se aproveitou da deixa, do sentimentalismo da música, de meu estado e me beijou, o descarado, assim, sem mais nem menos. Mas foi aquele beijo com paixão, com posse, que nem começou por me sugar os lábios. Não, fui de fato invadida. A sua língua quente e entorpecida tocou a minha como se eu a tivesse deixado deslizar para dentro, o que, pelo susto de sua atitude, “permitiu” esse encontro às escuras. Ao fundo, um solo de guitarra chegava ao cume.

Ele me segurava com força, apesar de delicado, como se não quisesse me machucar, mas também não me soltar. Mas do pescoço dele, me desfiz. Daí eu simplesmente parei. Eu totalmente paralisada, ele persistia naquele beijo e aquilo foi me quebrando por dentro.

Me sentia... presa. Claustrofóbica. Em pânico. Não sei se demorou a perceber isso, não sei se ele queria a todo custo me instigar, só não retribuí, claro.

Em todo seu cuidado, ele me machucava de qualquer forma. Ao fim do beijo, dele – friso bem – eu já sentia as lágrimas vindo. Quando me soltou, nem me dignei a fitá-lo, cara a cara, simplesmente baixei a cabeça, espalmei as mãos ao peitoral dele, me impulsionei para trás, respirar um espaço.

– N-não.

Sávio tentou segurar pelas mãos minhas que ainda insistiam em manter a distância entre nós e aquilo foi absurdamente demais. As lágrimas me queimavam os olhos. Não era chateação, não era ira.

Decepção.

Como ele pôde?

– Lena... e-eu...

Havia álcool em minha boca por causa dele.

– Não se aproxima de m-mim.

E o ar... Ele faltava.


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Notas finais do capítulo

EITA.

(Sávio só me lembra esse estilo de música, Staind então... marcou)



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