Mantendo O Equilíbrio - Um Novo Amanhã escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceu!
Modem me trollou feio essas últimas duas semanas, tô zerada e mal sobrevivendo. Aproveitei a passada na lan house pra fechar a temporada logo :)
Valeu quem tá acompanhando, mais uma vez agradeço (já falei mil vezes, falarei mais mil vezes hoho), essa galera já é por nós muito conhecida e amada :D
Vejam as notas finais que lá tem umas notas muito válidas sobre o que vai acontecer daqui pra frente, afinal, esse post é o úuuuultimo da temporada 4.

Então vô parar de enrolar e vamo descobrir quem era que tava ligando e por quê!
Enjoy :)



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Não era bem uma mentira, eu tinha que preparar a mala mesmo. Eu e todo mundo pelo jeito, e isso foi bom para camuflar o fato de que precisaria ir embora mais cedo, aos protestos de seu Júlio de nos segurar em sua casa – que realmente adora que alguém faça zoada. E para esse camuflar eu não estava... sozinha.

Tive que contar, só tive. Porque se não contasse, seria mais complicado de escapar. Porque também devia essa a meu irmão, não só para recompensá-lo, mas também para deixar que tivesse mais participação em “meus” problemas, assim como fortificar nossa confiança, um grande buraco que eu devia preencher, e não de mágoas. Era só isso que ele me pedia.

E foi bom contar, me deu segurança do que faria, além de alívio, de não ter que lidar com isso sozinha. Apesar de Filipe não fazer parte das preocupações de Murilo, eu, assim como Vini, éramos outra história.

- Alô?

- Milena? É Filipe. Não diga meu nome.

- S-sim. Oi.

- Nem à Iara... Ela me pediu tanto para não fazer isso.

Filipe hesitou e a última parte me pareceu bem dolorosa de se dizer, além de que parecia que ele falava mais para si do que para mim. Não entendi nada pega de supetão dessa maneira.

- Hum?

- É o seguinte, Milena, liguei para dizer que desisti... e, Deus, isso é tão difícil de falar, mas tenho de dizer que... que desisti de meu filho, Milena. Perdi a batalha, perdi a guerra, perdi meu filho.

Podia estar no telefone, mas sabia que aquilo era sério e o sabia justamente por sua voz não estar 100% como geralmente é. Assim como disse, percebi o sentimento de derrota diluído em sua inflexão de falsa segurança. Isso me desnorteou um pouco, não esperava que um dia ele faria isso, ou sequer que me ligaria para tal desabafo.

- Mas... Mas...

- Eu só queria te dizer isso. Para que cuide de meu garoto, ele merece ter amor. E isso, comigo... infelizmente, bom... é... não vou mais... insistir. Ele cons...

- Você não pode fazer isso.

Também não acreditei no que acabei por proferir, só sei que saiu.

- ...seguiu. Como assim?

- Só... não pode. Deve haver outra maneira.

- Não há, eu percebi.

Como ele poderia estar tão resoluto?

Ante a iminência de alguém chegar à sala, me movi para a varanda para ninguém me ouvir. Não sei o que acontecia comigo, havia algo que me exasperou um pouco. Filipe desistindo? Depois de todo esse tempo? Acho que isso me pasmou a ponto de dizer a primeira loucura que consegui pensar no momento. E me vi enrascada no instante seguinte, ao fazer um pedido de última:

- Pode me encontrar? Naquela mesma lanchonete?

Não sei explicar, algo me dizia para averiguar isso. Não que acreditasse que ele falsamente chorava ou falsamente se sentia mal, era para verificar se aquela era uma boa decisão. Eu ainda penso que há fios de esperança para os dois.

- Hum... Ok, eu acho.

- Te mando uma mensagem sobre o horário.

- Mas... Milena?

- Oi.

- Já tomei minha decisão.

Ele desligou, eu permaneci na varanda ainda. Dali umas horas eu estaria em estrada com Vini, Djane e Murilo, no dia seguinte. Sem muita noção do que fazer, pensei em não dizer nada a ninguém e dar um jeito de escapulir deles. Era uma reação natural minha, pois costumava fazer isso em relação a qualquer situação. Diante dos últimos fatos, essa não era mais qualquer situação, era uma coisa muito séria. Além das dívidas que tinha, em questão de confiança, me prontifiquei em mudar esse aspecto destrutivo de mim, que só acabava com as pessoas ao meu redor.

Assim, me muni de coragem de enfrentar esse meu lado interior. Determinada, voltei onde meu irmão estava, saindo do banheiro depois de sua limpeza e lhe contei, da maneira mais sóbria que consegui. E ele se manteve calmo por todo o tempo, como se eu não tivesse dito nada demais:

- Murilo, preciso te contar uma coisa.

- O quê?

- Filipe. Ele... me ligou. Ele...

Era difícil até mesmo de falar, de tão espantada pela atitude daquele homem. Mesmo com minha hesitação, minha pausa longa que parecia não ter uma resposta, meu irmão não se irritou, apenas me instigou, e isso de certa forma foi um alívio. Suspirei quieta no corredor, ninguém à vista. Ao longe ouvia as vozes dos outros retornando à sala.

- Ele quer desistir do Vini. E, desculpe se isso vá soar idiota, mas acho que isso é errado. Alguém tem que fazer alguma coisa.

- Não é idiota, de uma maneira ou de outra, é o pai dele. Iara já...?

- Não, Filipe disse para não mencionar com ela. Justamente porque ela também não quer deixar que isso aconteça.

- E o que você pensa em fazer?

Um medo de sua reação me pegou. Esfreguei uma mão na outra, quis não olhar diretamente pra ele, fiz de tudo para me manter olhando pra qualquer coisa, menos a meu irmão. Assim que o fio de voz saiu, eu encarando o chão, algo mudou por dentro, e mesmo tendo um segundo de vacilo, levantei o olhar para mostrar que estava determinada.

- Marquei de me encontrar com ele... e quero que você vá comigo.

Murilo via a seriedade com que eu falava, ele entendeu que era uma necessidade, e que era urgente. Tive mesmo um receio de que ele não aceitasse, ou até me proibisse. A minha sinceridade deve ter sido tanta que isso só o fez suspirar, meio cansado, e concordar.

- Eu vou. Quanto ao Vinícius, acho que não precisamos falar com ele sobre isso agora. Pelo menos não agora.

- Não deixo de concordar.

E assim que terminamos de jantar, que o avô de Vini nos chamava para uma nova atração, Murilo interrompeu, disse que estava na hora de ir, e emendei a história das malas. Eu mesma estava com pouca coragem de terminar de arrumar a minha, o que acabou sendo uma verdade no meio de uma mentira. Ou omissão. Tava mais pra omissão mesmo. Não pude deixar de agradecer a meu irmão quando nos encontramos sozinhos, dentro do carro, ninguém havia estranhado em nada nosso comportamento.

Isso me deu certa confiança.

Até o carro parar na lanchonete e, mesmo de longe, eu entrever Filipe nos esperando numa mesa distante.

Mais seguro que eu, Murilo afirmou:

- Tudo bem. Vamos ver o que foi isso.

~;~

Entrar em casa para lidar com as malas foi meio dificultoso. Surpreendida da maneira que me encontrava, não havia palavras para sair de minha boca, ou pensamentos exatamente coerentes. Eles, na verdade, se chocavam com todas as “verdades” que eu achava serem “verdades”. Percebi mais uma vez que errei e fui até egoísta de pensar que só acontecia comigo.

O que quero dizer é que por sempre tive em mente que se alguém da família de fato me aceitasse como sou, e não como me idealizam, as pessoas iriam ganhar mais de mim do que elas achavam, que não seria perda, seria lucro. Foi isso que comentei com meu avô um tempo depois do Ano Novo, antes de voltar para casa. E até mesmo com Luke, quando invejava sua calmaria e confiança em mim. O que nunca pude imaginar é que isso também funcionava para meu irmão. Quão errônea era minha ideia sobre ele e seu comportamento.

Quão besta fui! No momento em que permiti uma entrada a ele, Murilo se revelou uma pessoa tão sensata – razão de eu me sentir uma total idiota de boca aberta, já que não há como descrever bem a sensação, a surpresa de sua conduta e postura – que me odiei por não ter tentado isso antes. Imagino que se lhe dissesse como isso me fazia sentir – uma tapada, ele me responderia algo como “claro, você é minha irmã, burrice é com a gente mesmo”, e não poderia deixar de concordar.

Isso definitivamente mudou minhas perspectivas sobre ele.

Filipe se sentiu até um pouco ameaçado no começo, quando sentamos à mesa para uma conversa, e “relaxou” para se abrir conosco só quando Murilo lhe deu a partida. Murilo lhe deu a partida! Parece piada, e diria de mal gosto uns meses, senão semanas atrás.

Sentada na lanchonete, a conversa um pouco abafada pela avenida, a zoada de veículos e suas andanças pelas ruas, as pessoas ao redor, o movimento, ou até mesmo o vento da noite quente que tinha, me vi numa indecisão. Se prestava atenção na mudança de meu irmão ou na de Filipe. A diferença que pude ver era que Murilo estava encarando aquilo com muita sobriedade e Filipe estava entregando seus pontos, retirava seu “alojamento” do campo de batalha. Ele desistia da luta, entregava-se a favor do que chamou de “bem maior”: a real felicidade de Vinícius, seu filho.

- Queria muito poder chegar no meu filho e dizer, com toda a sinceridade, que, por todo amor que tenho por esse garoto, eu engulo minha infelicidade em prol da dele. Gostaria de dizer-lhe cara-a-cara, “eu entendi, filho. Você não me quer. Vou me afastar, não vai ouvir de mim se isso é o lhe dá paz de espírito. Eu terei alguma paz, espero, em te dar isso. Eu finalmente entendi, tarde, mas entendi”.

De pensar num pai desistindo assim, me encheu os olhos. Esse homem não era o mais perfeito das criaturas e nem o mais maléficos de todos. Ele errou e muito, tentou consertar, porém o que fazia não encontrou força o bastante para as consequências de seus atos anteriores. O caso dele era difícil, claro, mas desistir? Agora?

- Infelizmente nem posso estar próximo para dizer todas essas coisas, não preciso de restrição judicial para determinar uma mínima distância. Minha consciência fará o que é necessário. Tenho que reconhecer que perdi para seguir em frente. Iara que me perdoe, mas parece que é este meu destino. Só peço que deixem isso claro a ele, não vou mais perturbá-lo.

Vinícius costumava idolatrar esse cara! Enquanto esteve preso na rede de mentiras, quis que Filipe fosse seu pai. Na verdade, era mais pela falta que, Gustavo, seu pai adotivo fazia... Ainda assim, o apoio que ele encontrou em Filipe fez crescer uma grande relação. Só foi infeliz de ser uma casa de tijolos feita por mentiras.

Pisquei forte em ver de tão perto quão cansado e vencido Filipe se mostrava. Ele não nos olhava diretamente, encarava tristemente uma latinha de refrigerante que pedira. Seus ombros estavam tão caídos quanto sua face, sem esperanças, só suportando o peso de si. Era doloroso não poder fazer coisa alguma para ajudar, impotência quase não suportável.

Não havia vistas de destitui-lo dessa decisão, mesmo. E me senti mal por esse seu sacrifício, pensando no bem de Vinícius. Me senti mal por vê-lo tão desistente, tão derrotado... tão quebrado e exausto. Ver a queda do outro nunca é uma boa visão e até Murilo se compadeceu dela.

Numa coisa Filipe tinha razão, Iara não ia gostar disso de jeito nenhum. Então antes que me desse conta, ele terminou sua bebida num último gole e levantou-se. Só então encontrei as palavras:

- Por que eu? Por que me dizer? Poderia ter falado para qualquer um, ou até mesmo só se... só se afastado.

Um sorrisinho triste se desenhou junto da testa franzida, do mesmo jeito que acontece quando Vini está preocupado com alguma coisa, senão pra baixo. Essa foi uma das poucas vezes que percebi os traços de semelhança neles. Inquieto, segurando firme a chave de seu carro, ele se virou para mim:

- Porque você, Milena, é uma das maiores felicidades de meu filho. Confio em você para cobrir a ferida que deixei nele. Desculpe se pareço estar lhe dando uma responsabilidade... mas vejo que isso é de sua natureza. Antes de ir para aquela delegacia, eu vi isso em você, como cuida, como protege, como lhe dá orgulho. Assim como bagunça as ideias de meu filho, você as arruma. E não sabe o quanto agradeço por ele ter encontrado alguém forte como você.

Ok, eu chorei um tantinho. E nem sei muito bem por que chorei. Ou era uma cena muito triste ele ir embora ou aquilo estava se revelando um tamanho sacrifício que nunca imaginei que ele poderia fazer. Murilo me abraçou de lado de sua cadeira mesmo, escondendo-me um pouco dos olhares que perpassavam por nós, num ambiente tão público. Com um meneio de resposta, Filipe seguiu seu rumo.

Um pouco perdida, Murilo me soltou, me deixou. Num pulo ele foi atrás daquele homem, que andava a passos lentos para seu carro. Claro que os segui, e pude ouvir meu irmão lhe chamar atenção:

- Filipe, espera.

Quem não iria estranhar, né? Até outro dia meu irmão mesmo queria trucidar esse homem, por mim, Vini, Djane e até por seu Júlio. Ele aceitar Iara foi um milagre, que nem foi exatamente meu, acredito. De qualquer maneira, ali estava me dando mais orgulho.

- E... Viviane?

Imagino ter saltado os olhos tanto quanto Filipe.

- O quê?

- Vinícius está atrás das coisas dela. Ele quer conhecer a mãe. E só você pode dar informações sobre isso. Se quer fazer algo de bom para seu filho...

Filipe entendeu. E concordou. Se comprometeu em buscar tudo que tinha guardado sobre sua ex, e quando tivesse uma gama de coisas, ele nos contataria para nos entregar. Dito isso, seguimos cada um seu rumo.

Seria difícil encontrar Vinícius no outro dia tendo tamanha informação em mãos. Não era a hora, não quando ele está tão animado com outras coisas, tão disperso desses assuntos. Por isso selei com Murilo de que ou falaríamos sobre a desistência de Filipe durante a estada na casa de meus pais ou após nossa chegada. Dependeria muito do que viria a seguir. Quanto à Viviane, só quando tivesse algo concreto a lhe mostrar.

Eu ia para meu quarto, ouvi Murilo me chamar da cozinha. A passos pequenos retornei, em tempo peguei uma expressão diferente em seu rosto, muito calado, seus olhos captando além da água dentro do copo que segurava. Não gostava quando ele ficava muito pensativo, era um alerta de que algo o preocupava. O que ele expressou, no fim, não me aterrorizou... só me deu, surpreendentemente, orgulho mais uma vez:

- Lembra as vezes que você costumava dizer que conseguia ver através das pessoas e de seus verdadeiros sentimentos?

- Sim.

- Acho que acabei de ver. Vi através de Filipe, e finalmente entendi. O sacrifício não é uma fraqueza, mas é algo que te deixa fraco. Ele não é tão covarde quanto pensei que fosse...

- Eu sei. Fico feliz que agora pode entender.

Meu irmãozinho estava tão tocado que deixou o copo sobre a mesa, aproximou-se de mim e me abraçou. Me acobertou em seus braços, melhor dizendo. Sob seu aperto, senti que deixara um beijo no topo de minha cabeça, e mais logo veio sua voz calma e abafada:

- Nós vamos dar um jeito, Mi, eu prometo.

- Vini não poderia ter um amigo melhor. Acredite, está fazendo muito por ele.

- E não só por ele, Lena. Por nós.

Meu coração saltou ao quebrar de sua voz e me senti estranha. Estranhamente bem e confusa. É meio ruim de explicar.

- Obrigada.

- Agora vê se não entope o porta-malas.

O clima mudou instantaneamente. Me desfaço de seu aperto, dou-lhe um tapa na testa. Costumes assim não se esvaem com tanta facilidade, por mais que muitas mudanças estejam sendo trabalhadas em nós. Ele se foi para seu quarto, caminhava devagar, não sei se preocupado ou não, talvez só cansado. Às suas costas o observei, ali ia meu irmão, quem parecia o mesmo de sempre. No entanto, cara-a-cara, era outro sem deixar de ser quem é. Faz sentido? Vira e mexe às vezes eu não o reconheço, não sei quem é, que mentalidade tem, apesar de estar gostando que me surpreenda. A esperança se trabalha na minha cabeça.

Suspirei. Amava aquela peste como nunca, sob as alienações minhas ou não.

~;~

- Alguém quer água?

Vinícius foi para a loja de conveniências de um posto da estrada em que paramos o carro. Nessa parada aproveitei para esticar as pernas e Djane para ir ao banheiro, estava tão apertada que se demorasse mais um pouco, faria em qualquer lugar da estrada. Fiquei a guardar o carro enquanto os três se espalhavam pelo espaço deserto. Murilo foi o primeiro a voltar, trazia uma sacolinha de picolés.

- Só tinha de fruta.

- Tem problema não.

Peguei um de morango e me recostei no carro, adorando aquele climinha de viagem, de papo bom, de música boa, umas cantorias, risadas... Era acolhedor. Murilo fez o mesmo, ficou ao meu lado e suspirou todo aquele ar natural. Ele tava era com cara de preguiça. Não sei se era uma boa ideia ele pegar a direção de novo.

- Abre esse olho, Murilo, ou eu coloco o Vini pra dirigir.

- Calma, Lena, tá tudo assegurado, tô com sono não.

- Sei. Se bater o carro, eu te mato, tu sabe, né?

- Eita, mas tu implica.

Djane volta a tempo de ouvir esse trechinho de conversa:

- Já estão discutindo de novo?

- Esse aí que tá com cara de sono e quer continuar a dirigir.

E ele tava mesmo. Entregou um picolé a Djane, e retrucou:

- É mentira.

- Meninos, sem briga, né?

Ficamos saboreando o picolé, de longe víamos pelo vidro da loja que o atendente estava demorando a passar os itens que Vini pegou nas prateleiras.

Djane não se aguentou, disse:

- Ai, estou numa ansiedade danada. Faz tempo que não tirava umas férias. Na verdade, nem sei mais o que significam férias ou feriados.

- Pois se prepare, Djane, vamos te viciar na jogatina. E fique sempre de olho nesse daqui, ele adora roubar.

Empurro de leve meu irmão com o ombro, que faz bico, ultrajado.

- Mas que mentira, Lena! Quem faz isso é você e tenho testemunhas.

- Testemunhas compradas.

- Mas de novo?

Djane nos interrompe, mesmo sacando que aquilo ali era de brincadeira. A gente gostava de implicar um com o outro, não tinha jeito. Podia ser o fim da terra, podia ser o dia de premiação Nobel. Se bem que não o imagino ganhando um Nobel com a genialidade que detém.

- Vocês dois são um perigo pra sociedade, viu?

Murilo bufa e me sacaneia:

- Porque a senhora não sabe o que essa aí fez no outro dia...

Djane quer saber:

- O quê? Milena, o que você fez?

Pronto, já tava vendo ele correr pra debaixo da asa dela.

- Eu? Nad...

- Ela postou meu vídeo do hospital. Aquele que ela me bateu com a bandejinha de metal pra me fazer tomar injeção.

- Milena Lins! Como pôde fazer isso?

Bato no braço de meu irmão, que tem o disparate de dizer que doeu.

- Poxa, Murilo, agora só porque contou tá me obrigando a postar o vídeo verdadeiro. E eu tenho muita coragem de postar, tá?

- Você não faria.

Desdenha, irmãozinho...

- Quer duvidar?

Nisso Vini chegou para retornarmos à estrada. Perdido, ele tentou entender a conversa. Me lembrou muito o Gui desse jeito:

- O que foi, gente?

Murilo fez que tava esfregando o braço. Sendo que eu havia batido no outro.

- A Milena, diz que vai postar o meu vídeo de novo. A versão verdadeira.

- Mas de novo essa história?

Ficamos com ar de desafio um para o outro, eu e meu irmão. Aos olhos dos outros era uma discussão, aos nossos, no entanto, era um gesto de amor e carinho. Ele sabe que eu não postaria se não tivesse uma boa razão, e sabe que se comportando, as chances de eu postar eram mínimas. A gente só gostava de discutir mesmo. Aquele era nosso amor incondicional, de peste pra peste.


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Notas finais do capítulo

(sem acentuaçao pq a plataforma do Nyah ta trollando as notas)

Pensei varias vezes no que aqui dizer, parece que ja tinha 'decorado', aí chego pra postar e nao lembro nada. Sacanagem!

Mas entao, eis umas notas:
— Quem se pergunta sobre o final e as temporadas
Bom, estou escrevendo o final por esses tempos, fechando a historia e me despedindo de meus queridos personagens. Em que temporada finaliza? Na sexta. Assustei???? HAHAHA
Era pra terminar na quarta hoho e a historia deu uma boa engrenada que rendeu quarta e quinta. A quinta eh uma de minhas preferidas, logo saberao por que (os posts vao sair em breve, #oremos por um modem rs). Sim, a quinta temporada esta completa, eh a sexta que esta em processo de escrita e finalizaçao. Entao podem acalmar seus coraçoeszinhos que ainda tem umas tramas ai pra se desenrolarem.

— A quinta temporada sera postada nessa mesma pagina, Mantendo o Equilibrio - Um Novo Amanha.

— Essa nota eh meio fora do paralelo, mas... Li outro dia um livro chamado "Como Eu era antes de Voce" (Jojo Moyes) e, apesar de uma pegada mais dramatica, eu lembrei muuuuuuuuuito de MoE em certos detalhes, principalmente no que toca a questao da familia. Mas nao se enganem, a historia la leva pra outros lados e toca bem no amago do ser. Indico.

— Ja disse obrigada pra voces? Só pra saber :D

— Espero que tenham gostado dessa temporada que finaliza e que acompanhem também a próxima que virá.

O que mais eu lembrar, já falo em posts seguintes.
E, YEAH, já vou fazer a abertura :D

Abs,

Alexis K.



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