Mantendo O Equilíbrio - Um Novo Amanhã escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Testando o Nyah pós-manutenção, vamo ver no que vai dar.
Pro capítulo de hoje temos uns flagras que... hum... vejam por vocês mesmos(as) *esconde o risinho*

Ah, o Duke de G.I. Joe: http://bit.ly/Hc3Yjh

Dica de cast para Anderson: Drew Van Acker (Pretty Little Liars)
http://bit.ly/1eCF2NV

Professor Carvalho: Doug Savant (Desperate Housewives)
http://bit.ly/1a14EFb

Sei que já mencionei de onde tirei a inspiração pra Sávio (http://bit.ly/8OZWua - infelizmente não achei com legenda), mas vai aqui uma imagem também: Bryan Greenberg
http://bit.ly/1c7NhEh

Enjoy!



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- Qual é a piada? Também quero rir.

Gui se aproxima da mesa da lanchonete onde eu e Iara estamos sentadas, eu lhe contando a mais nova de meu irmão depois do belo incentivo que ela deu àquela peste.

- Gui, meu irmão tá se achando o Duke.

- Duque? Duque de quê? Estamos no Brasil, isso num existe mais. Ou existe?

Acho uma graça como ele sempre tenta se inteirar de um assunto e acaba mais perdido que outra coisa, fazendo Iara rir mais ainda, e de repente sinto o peso de vários olhares sobre nós, assim como Gui, que senta-se rápido e tenta dispersar a atenção.

- Ontem no almoço na casa do avô de Vini assistimos a um filme que simplesmente o protagonista é A cara do Murilo, um tal de Duke. Iara já tinha me falado isso, tive minhas dúvidas. Mas depois de ter visto, sério, cara, é igualzinho. E agora ele tá se achando o herói, fica imitando e tudo. Hoje de manhã mesmo, ele tava contando pra cozinheira lá de casa. Ele mostrou o dvd.

Iara faz um esforço tamanho pra não gargalhar, principalmente quando alguns chefões de departamento passam por nós na lanchonete, espiando nossa conversa. Como ela é bem branquinha, seu rosto fica avermelhado.

O domingo foi ótimo, maravilhoso. Murilo dispensou o videogame, insistiu em ver o tal filme. Então assistimos todos. Sim, todos. Juntamos os sofás, com direito a pipoca, dentre outras guloseimas. E claro, muitos comentários pra manter a emoção do filme.

Já nas primeiras cenas, o ator principal logo apareceu. Djane foi a primeira a apontar que era o Murilo, assim como seu Júlio. Aline também foi, se juntou comigo – que não gostei nada, pra não dizer o contrário – para ficar rindo do meu irmão levando porrada de mulher no filme. Ainda no começo o tal Duke leva uma da ex dele. Pra não baixar de vez a moral de meu irmão, Djane quis lhe dar algum apoio:

- Se preocupa não, Murilo, você tá muito bem até agora.

Aline, das minhas, não concordou. Infelizmente não botou pilha:

- Ah, o ator é bonito, isso a gente não pode negar.

- Eu sou mais bonito.

Isso que dá elogiar uma peste dessa, começa a se achar demais. Como era filme de ação, umas horas as conversações eram baixas, outras eram altas demais. Não importava, a gente fazia zuada com conversas paralelas, isso sem falar de jogar pipoca na cara do meu irmão, às vezes sem razão alguma.

- Realmente, Murilo, o Duke é você. Porque pra ser burro de beijar a mocinha com o vilão ali do lado, enquanto poderia ter derrubado ele ou fugido com ela, tem que ser você.

Não resisti. Então as pipocas choveram no meu cabelo.

- Hey! Sou um comandante de ação G.I. Joe, mais respeito, tá?

Vê o que digo?

O caso é que o domingo compensou o sábado meio tenso. Reconciliada a Vini – com Murilo querendo créditos – aceitei sua proposta de almoço. Cheguei bem na hora. Fui salva, num momento de tensão, por Sávio, mais uma vez.

Durante o almoço com os companheiros de equipe da faculdade de Vini, dentre eles Anderson, me mantive bem social, pra não dar mais entrada de qualquer desconfiança mais sobre o fato de eu por sempre me afastar. Participei com certo entusiasmo das conversas, estava fazendo “a sala” por Vinícius. Depois do descanso, quando eles voltaram para finalizar a maquete, eu fiquei mais foi observando, pois os raciocínios deles era de um assunto bem mais específico, me deixando de fora. Quase apelei procurar Djane, que ficou no quarto, mas permaneci para não ficar dúvida alguma.

Ver Anderson novamente trouxe um pouco de apreensão, me parece uma coisa inevitável. É como que ter uma pessoa como bomba de informações minhas que pode vazar a qualquer hora, em qualquer papo. Senti que, de algum jeito, Anderson estava me observando, como se também buscasse alguma resposta para suas próprias dúvidas. Se Vini sentiu que eu me afastava quando Anderson estava envolvido, o próprio terá percebido? Perguntado?

Droga de conveniências. Ele não me diria, assim como eu permaneceria na minha.

Houve certo momento em que meu estômago deu uma revirada. Vini saiu para procurar não sei o quê no quarto, me deixou na varanda com seus convidados. Os outros faziam algum cálculo lá quando Anderson veio para meu lado.

- Acha que tá meio torto?

- O-o quê?

- Aquela placa. E o teto, ali ó.

Me apontou o material, onde estava disposto um trabalho de Urbanismo se não me engano. Pisquei rápido com uma respiração presa, por ter entendido aquilo de outro jeito, que nem sei bem agora o que fora.

- Hã... acho que o teto nã-ão. Talvez a placa. Pra esquerda, né?

- Aham. Valeu.

E então Vini reapareceu. Não demorou muito, a campainha tocou. De gentileza, fui atender. Sávio estava na porta, segurando umas papeladas. Por um segundo ficamos só nos olhando, como se perguntássemos um ao outro o que fazia ali. Talvez perguntássemos mesmo. Acordei para mim mesma quando Vini perguntou quem era, aí abri mais a porta e dei entrada a Sávio. Ele encontrara uns documentos avulsos dentre um material que Djane havia cedido a ele. Para não esperar até segunda, felizmente lembrava onde ela morava. E Djane estava mesmo doida atrás daqueles papéis.

- Meu Deus, Sávio, eu já tava ficando maluca de tanto checar os que eu tinha pra saber onde tinham parado.

Ela ficou tão aliviada que ainda na entrada de casa o abraçou em profundo agradecimento, o que o deixou mais uma vez sem jeito, sob o olhar de todos. É divertido como ele fica assim com facilidade. Para confortá-lo mais, ofereci uma cerveja, das que os amigos de Vini tomavam. Por dispensar, parece que os caras o olharam mais. Sabe-se lá por quê.

Só sei que por lá Sávio ficou, se ofereceu pra ajudar Djane com uns documentos, que eram tanto da monitoria dele quanto do próprio departamento, que agora era o novo cargo dela. Ele sempre é muito solícito, Djane vivia me falando isso. Só por estar atarefada, com uns relatórios pra fazer pra se ocupar muito desses documentos sumidos, que ela aceitou nossa ajuda. Isso mesmo, eu e Sávio. Ele foi meu alívio naquela tarde.

E preciso dizer. Isso despertou alguma coisa em Vinícius. Ele e os companheiros finalmente terminaram o trabalho pelo meio da tarde, se despediu deles e arrumou sua bagunça na varanda. Ainda fui na porta para dizer tchau e tal, deixei Vini limpando as sujeiras finais enquanto deixava a maquete em seu quarto, aproveitei para ir ao banheiro. Na saída deste, Vini me procurava no corredor. Queria porque queria me beijar com gosto de cerveja. Disse-lhe que aceitava só se ele me deixasse mastigar um dente de alho, brincalhona, mas séria.

Voltei para a sala para continuar a verificar uns dados com Sávio. Um tempo depois Vini reapareceu, de dentes escovados, nos sondando. Quando fui na cozinha deixar o copo sujo de suco que ofereci a Sávio, Vini fez a graça de me agarrar lá. Tá que eu cedi fácil, mas não pude deixar de sentir outro gosto naquele beijo. Ciúme. Ri por seu ciúme bobo... que não era só de mim. Infelizmente por todo o finde não pude falar com Djane sobre isso. Ela vai adorar saber disso.

- Qual era o filme?

- G.I. Joe, A Origem de Cobra. Tinha a animação que passava aos sábados, não sei se você lembra. Comandos de Ação?

- Hum, lembro do desenho, não sei se assisti o filme.

Iara responde, se levantando. Era hora da saída, mas o trabalho dela nunca parava – coisa que eu dizia pra ela diminuir.

- Acho que não assistiu, pois se tivesse diria que o Duke é a cara do Murilo também. Tenho que ir, vejo vocês amanhã.

Nos despedimos dela, acenamos para outros estagiários que também estão de saída. Gui logo se põe de pé, espera minha coragem voltar para levantar. Quando vê que não vou conseguir sozinha, ele mesmo me puxa.

- Bora pra aula, tu num quer que um comandante G.I. Joe venha aqui, né?

- Acredita que Murilo ainda disse ser mais bonito que o cara? Não seja mais um a dar esses créditos a ele, que tá podre com essa história.

- Ele é o Murilo, ele faz isso por ser da natureza dele. Bora.

- Tá, eu vou.

Até Gui sabe da fama de meu irmão de se achar.

~;~

- Viu como é chato quando as pessoas estão falando de uma coisa que não se tem a mínima ideia e você se sente totalmente de fora?

- Ai, seu exagerado. Eu contei da história do Murilo sim.

- Dessa vez, né?

Gui me pentelha, pois, quando chegamos na faculdade, tinha uma rodinha de nossos amigos discutindo sobre ser ator e tirar a roupa por isso. Quer dizer, Dani me perguntou isso de cara quando nos aproximamos. Se eu seria capaz de tirar a roupa em público se fosse atriz e meu trabalho exigisse. Foi estranho porque de repente todo mundo queria saber minha resposta e eu não fazia ideia se aquilo era uma pegadinha ou coisa parecida.

E por sempre isso acontece com Agnaldo, por incrível que pareça. Ele que é sempre o mais centrado, fica como o perdido de muitas histórias. Ficou nessa também, mas estava curtindo comigo porque dessa vez eu senti o que era estar no lugar dele. Só que nem deu muito tempo de ficar embaraçada, porque o diretor Fabiano apareceu, pediu que eu e Gui levássemos urgentemente uma pilha de documentos que ele e Luciano, o quebra-galho da recepção, carregavam, para a sala dos professores, que haveria uma reunião logo mais e, sem mais nem menos, nos empurraram os papéis antes de abrirmos boca pra alguma coisa.

Eu diria que a monitoria havia acabado faz um bom tempo, mas era o diretor, né? Não dava exatamente pra dizer não. Assim deixamos a galera e o papo de ser atriz e de tirar a roupa para seguir caminho para a sala dos professores. Como não era uma área pra alunos, íamos conversando baixo, sobre essa história de ficar perdido nos assuntos, de como eu faço de tudo pra ele entender as coisas e ele estava me ralhando por provocá-lo com brincadeiras. Colocamos tudo na mesa principal da sala, aí avistamos que professor Bart iria entrar pela porta principal.

Como evito esse homem, ainda mais porque na sexta passada ele reclamou mais uma vez de minha apresentação de ensaio científico, tava com raiva dele, quis não topar com esse careca maldito. Tinha até feito uma aposta com Flávia, de que a nota que sairia essa semana não iria chegar a 7 novamente, talvez nem 6. Ela tinha suas dúvidas que professor Bart fosse capaz de me avaliar mal outra vez só por causa de provocação. Assim puxei Gui para a porta alternativa, que levaria a um corredor que daria na secretaria. Ele entendeu rápido o que era a situação, tomou a minha frente.

Mal abriu a porta do corredor, ele voltou-se de volta, me empurrando para trás. Falo baixo, repreendo por sua atitude brusca. Não sei como seu ombro bateu na minha testa, mas bateu – ele nem é tão alto assim, foi tudo muito rápido.

- Hey! Que foi, hein? Poxa, doeu.

- Vamos pelo outro lado mesmo.

A batida nem foi essas coisas, a dor foi ligeira, o que me desorientou mesmo foi o Gui me empurrando de volta, tentando fechar a porta. Aí me estiquei para ver por cima de seu ombro e...

- O que? Por quê? Bart tá do outro lado, o que você v...?

Nem pude terminar de perguntar, se o empurrei de lado para ver o que fez pensar em voltar. Dei um suspiro de espanto, saltei os olhos ante a cena.

É, era uma boa tomar a outra saída mesmo.

Pois quem estava do outro lado do corredor, próximos à porta, era Djane. Djane e professor Carvalho. Se beijando. Ela de costas para nós. Eles não nos viram. Passamos como jato pelo professor Bartolomeu, que adentrava a sala dos professores e resmungara algo inteligível.

~;~

Quase abracei professora Amália quando ela liberou mais cedo, meu trabalho de Marketing II com Sávio e André estava quase pronto. Na aula mesmo a professora deu espaço para que trabalhássemos em equipe, o que deu pra fechar boa parte de nosso roteiro. Só faltava mesmo era terminar de estudar e então apresentar, sem neuras, porque o material do seminário estava bem definido.

A turma foi se dispersando para sair, ficamos eu e meus amigos para trás.

- Gente, tô sem coragem. Quem me carrega? Gui?

- Epa, num olha pra mim, já fiz isso no estágio hoje.

- Mentira! Tu só me puxou da cadeira, exagerado.

- Cansado do jeito que tô, Lena, aquilo foi um esforço e tanto.

Sávio e Flávia riem do nosso drama, terminam de copiar uns detalhes que ela não tinha pegado ainda. Me levanto na marra, sem ajuda alguma do meu amigo e companheiro Gui, que aparentava tão degastado quanto eu. Nos juntamos à porta para esperar os dois ainda nas carteiras.

- E aí, você vai falar com... errrr... Djane?

- Eu? Eu por quê?

- Porque é amiga dela, oras.

- Sei lá, vou dizer nada não.

Não só porque foi ela quem primeiro viu eu com seu filho num flagra, na cama (cof cof) meses atrás, mas porque... Porque talvez ela não queira falar no assunto. Eu que não seria a primeira a abordar. Além de que eu não teria cara pra chegar nela comentando sobre isso. Nem a Vini, que eu sei que anda de ciuminho. Ele já praticamente surtou quando soube dos rumores de que ela estava ficando com o diretor, que era mentira.

Gui sussurra mais uma vez:

- Olha, se eu não tivesse visto, talvez não acreditasse.

- Por que não?

- Sei lá, já ouvi tanta coisa sobre ela que separar o que é verdade e mentira, mais fácil acreditar que tudo é mentira.

- Hum. Faz sentido. De qualquer forma, não conte a ninguém, tá? Nem pra Flávia, nem pro seu espelho. Djane precisa de paz.

E talvez de um amor pra viver – isso ressoa em minha cabeça. Ela merece.

De fininho, Flávia nos aborda por sobre nossos ombros:

- Quê que vocês estão cochichando, aí, hein?

- Oxi, tava dizendo pro Pink que hoje não conquistamos o mundo, mas sempre haverá o amanhã, né, Gui?

- Por que toda vez eu sou o Pink?

E Flávia o puxou para um momento love deles, indo para a rampa. Era quase hora do intervalo, eu também ia logo pra casa, isso de esperar Vini demora. Eu poderia muito bem chegar cedo, tomar um banho, arrumar umas atividades, ajeitar uns trabalhos, e então Vini só aparecia depois, pois até ele me buscar e eu começar tudo isso, já é de madrugada.

Sávio me acompanha no caminho pelo corredor para sair, deixamos o casal seguir bem mais à frente.

- Vai esperar o Vinícius?

- Não, hoje não. Melhor eu ir logo.

- Te levo então.

- Num precisa, você mora pra outro lado. Posso pegar um ônibus.

Apesar de sem coragem. Algumas realidades não mudam.

- Nada, eu ia pegar esse caminho mesmo. Sério. E conheci um atalho, sei como chegar em seu bairro em 20 minutos.

- Com esse trânsito aí? Duvido.

Caminhamos para o estacionamento da frente, ele insiste. E só porque o faz, eu respondo sim. Agora que nos conhecemos melhor, Sávio anda mais solto. Antes era meio travado, ficava sem graça pra qualquer coisa – ainda fica, só não com tanta frequência, não costumava conversar muito, era mais na dele. Se deixar, ele bagunça meu cabelo – pegou mania de Gui, faz piadinhas comigo e... bom, ele ainda não aprontou. Ainda. Sabe ele que se tentar alguma coisa, tem volta. Ah, se tem.

- Tô te dizendo, sei um jeito de cortar caminho.

- Tá, se é assim, acho que vou aceitar... Gostei da tua camisa. É uma flor legal.

Era branca, simples, com um efeito no espaço do peitoral, num traçado vermelho em forma de flor (http://bit.ly/1bMUw0b). Ou não.

- Não é uma flor, é um símbolo. Vê, é um conjunto de Bs.

Inclino a cabeça ao passo que Sávio traçava a linha de um B, entrelaçado a outros. Realmente, não era uma flor, vi melhor por me aproximar mais. Ali no estacionamento a luz era escassa.

- E o que significam?

- Breaking Benjamin. É uma banda que gosto.

- Hum. Nunca ouvi falar...

- Não é muito conhecida mesmo. Gosto mais deles assim. Sabe colocar o capacete já?

- Aham, sei.

De qualquer forma, gosto de ficar de papo com ele. Sempre tão gentil, tem uma vibe calmante, já me salvou umas vezes, é muito bom amigo. Como o Aguinaldo. E forte, seguro. Bonito também. Quando abraço sua cintura para me firmar em sua moto sei que esses pensamentos não são nada demais, nem ameaçadores... São normais. Se caracterizo meus amigos assim, não tem por que me preocupar de algo ademais, tenho? Só são meus amigos, nada demais.

~;~

Existem dias na vida de um ser humano em que a gente não tá na cabeça da gente. Isso deve acontecer pelo menos umas 20 vezes por ano sem que se perceba, porque é uma coisa tão trivial, que ninguém liga. Não é bem o dia de distração, é um desligamento, seus pensamentos não estão exatamente coerentes ou consistentes, variam, saltam, se aquietam. Você também não nota isso.

Nem nota que poderia ter 3 gangues sangrentas se debatendo atrás de você ou esperando te atacar, que a central de água e esgotos poderia ter aberto cem buracos na sua rua para verificar um vazamento e você não sacaria até cair num deles. Que teria carros estacionados na porta de cada casa, que estivesse rolando uma festa em alguma, coisa de vizinhos, e você está tão alheia que aparenta ser mais um dia normal de carros nas portas das casas de sua rua.

Você anda por todo o caminho, porque isso se sabe bem, por instinto. É a guarda-baixa, que não nos deixa olhar para as coisas como elas realmente são até que haja uma chamada de atenção que nos faça despertar.

Essa sou eu tentando me convencer ante a cena, sob a pergunta “como eu não vi antes?”. Como que não vi dois carros parados na minha porta e não sobre eu ter pegado Murilo com uma mulher num momento um tanto inadequado em nossa casa. Mais especificadamente, nossa cozinha.

Todo mundo resolveu sair se agarrando hoje ou o quê?

E por que me escolheram de testemunha?


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Notas finais do capítulo

Whaaaaaaat?



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