[HIATUS]Filha Do Não-Nomeado escrita por Saritcha


Capítulo 1
Cabine


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo está realmente curto, por isso amanhã postarei o segundo logo. Boa leitura e até as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/419565/chapter/1

Avada Kedrava. É esquisito como essas palavras anunciam a morte.

— Din, acha que está pronta? — perguntou.

— Há, é claro que estou Bellatrix. — disse.

A vida toda tinha sido treinada para aquilo. Enganar o tolo do Potter. Seria fácil, uma coisa banal. Ninguém fazia a mínima ideia do meu poder.

Jamais me derrotaram em um duelo, ou chegaram a pronunciar a primeira sílaba de um feitiço para mim.

— Pronta para cumprir seu destino, filha? — perguntou.

— Claro, Voldemort. — disse.

Ele sentava em um trono de madeira negra recoberta por veludo verde. Ele era minha imagem de inspiração. Ele me treinara a vida inteira para aquilo. E quando o maldito do Potter o tirava de mim, eu treinava mais ainda.

— Vocês vão aparatar até a estação de trem. Vão entrar e de lá é com vocês. — explicou Lúcio.

— Pai, sabemos nos virar. — disse Draco.

— Ele tem razão. Já somos crescidos. — falei.

— Então... O que estão esperando? — perguntou Voldemort.

Olhei para Draco e ele assentiu. Aparatamos da mansão dos Malfoy e paramos em uma beco em frente a estação de trem. Estava chovendo. Era estranho, tinha a impressão de que antes aquele lugar estava ensolarado e alegre.

— Vamos? Odeio lugares assim. — falei.

— Sim, são repugnantes. — disse pegando a mala do chão.

— Assim como os trouxas. — comentei.

Peguei minha mala e atravessei a rua. Estava praticamente deserta, e agora estávamos ensopados.

— Odeio ter que ir para aquele lugar todos os anos. — falou.

— Pense bem, esse vai ser o último. Depois desse, o Potter estará morto e poderemos despedaçar Hogwarts tijolo por tijolo. — falei.

— Isso parece ser divertido. — falou com um sorriso malicioso.

Dei uma risada baixa e continuei andando. Meus cabelos pretos estavam sendo açoitados pelo vento.

“Por que não tem um feitiço para parar com o vento?” Pensei.

Reparei nos números da plataforma, não existia uma nove três quartos.

— Draco, o que fazemos agora? — perguntei.

— Ai. Essa doeu. — falou, segurando o riso.

— Como assim? — perguntei me virando para olhá-lo com um ponto de interrogação na testa.

— Para entrar temos que atravessar a parede. — falou calmo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo inteiro. Tão óbvia quando dois mais dois.

— Ah, agora entendi por que doeu. Mas nem pense em contar pra algum comensal. — ameacei, pois ele sabia o que aconteceria, e não iria gostar nada.

— Tudo bem. — concordou.

Corri em direção a parede, e só notei quando estava no outro lado.

Ao contrário de onde eu viera, lá fazia sol. O calor de seus raios tocando minha pele era aconchegante.

— Vamos Din? — Draco chamou, esperando por mim.

— Claro. — falei.

Peguei minha mala — achava muito melhor a palavra mala do que malão — e fomos em direção a plataforma.

Estava cheio de bruxos e bruxas, mas ainda podíamos encontrar sangues-ruins e trouxas, o que era deplorável e fazia mal para minha saúde mental.

— Todos a bordo! — o condutor apareceu em uma das portas gritando.

Subi no trem e fui a procura de uma cabine vazia. Como aqueles idiotas podiam ficar ali em pé só para dar um simples tchau?

— Aqui, essa está vazia. — falou Draco.

Ele abriu a cabine e entrou. Entrei também e pus minha mala no compartimento de cima. Fechei a porta e sentei ao lado da janela.

— Bom, se não se importa, vou dormir. — falou tirando o casaco e pondo por cima do rosto.

— Ok. — concordei.

Pus os pés em cima do banco e fiquei vendo as pessoas passarem.

Fiquei perdida em meus pensamentos, mas notei quando uma garota de cabelos rosados parou em frente a cabine. Ela procurou por indícios de mais pessoas dentro da cabine e chamou alguém.

Finalmente abriu a porta e entrou. Ela foi seguida por três pessoas.

Meu coração parou ao ver que o maldito do Potter era uma delas. Meus olhos se arregalaram e comecei a suar frio.

— Hã, será que pode tirar os pés do banco? — perguntou a menina de cabelos rosados.

Eu não apenas tirei os pés como me levantei, sentando-me ao lado de Malfoy. Cutuquei-o com força e ele acordou num pulo.

— Ai, será que não dar para ser sutil? — perguntou com raiva.

— Malfoy? — perguntou Potter.

Ele se virou e olhou para o Potter.

— Ok, vamos sair daqui. — disse uma garota de cabelos mel; a sangue-ruim da Granger.

— Não, deixa que nós saímos. — falei.

— Que grossa. — ouvi o ruivo comentar. Analisei-o por um tempo. Cabelos ruivos, vestes de segunda mão. Weasley.

— Como é que é Weasley? — perguntei já com a varinha em mão, apontada em sua direção.

— Vai com calma. — disse a rosada apontando a dela para mim.

— Como ela sabe meu sobrenome? — perguntou o Weasley.

— A fama da sua traição do sangue chega longe. — sorri.

— Ok, podemos deixar isso de lado e ir embora? — perguntou Hermione, querendo manter a diplomacia.

— Cala a boca sangue-ruim! — estrilou Malfoy.

— Já chega. — o Potter interviu.

Ele tirou a varinha do bolso e a apontou para Draco.

— Que vontade de... — comecei.

— Din, sua manga. — Malfoy cochichou baixo.

Olhei-o incrédula e depois para a manga de minha blusa. Ela estava na metade do antebraço, deixando a marca negra à mostra.

Puxei a manga e guardei a varinha.

— Vamos Malfoy, são perda de tempo. — falei.

— Espere! — disse o Potter.

— O que foi, Potter? — perguntei com desprezo.

— Quem é você e por que fez isso? — perguntou.

— Din. Meu nome é Din, e fiz isso porque foi divertido. — falei.

Peguei minha mala e abri a porta. Não quis nem saber se Malfoy veio atrás. Só queria me afundar em um dos bancos do vagão da Sonserina.

Fim do capítulo 1.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Mereço comentários? Beijos, até a próxima e não sejam leitores fantasmas.