Finalmente recuperada.! Já não precisava mais de chás horríveis que Lauren preparava, nem os olhares atentos do Doutor 'S', agora eu voltaria a ser normal como antes e ajudaria todos na prisão. Infelizmente a gripe piorou, atacou Andrew e agora ele e Kath estavam entre a vida e a morte. Lauren me contava tudo e eu pude percebe o quanto ela estava triste com Andrew. Um grupo comandado por Michonne , Brian e Bob foram procurar medicamentos em outros lugares, Rick tinha saído com Emily,Carl e Dilan cuidavam do restante que não foi contaminado nem atacados, eram os quarentenas. Só Daryl, Lauren e eu cuidávamos de todos e da prisão.

– Pronta ?. - Daryl entregou o machado na minha mão. Bufei três vezes e peguei machado. - Vai ser um longo dia.

Pude sentir o gosto que Daryl pronunciou aquelas palavras, ele iria abusar no nosso esforço físico entregando todo o trabalho pesado para duas almas pobres, eu e Lauren.

Daryl tinha preparado alguns troncos para segurar o peso das grades. Vários zumbis juntaram em uma das grades, as grades não iriam aguentar e as madeiras poderiam salvar, não por muito tempo.

– Descobriram quem queimou os corpos ?. - Perguntei.

– Não. - Daryl respondeu. - Mas Rick desconfia que foi Emily, por isso decidiu dar uma volta com ela.

– E como vai ser ?. - Lauren segurava uns dos troncos, ela olhava para Daryl que arrumava um dos troncos.

– As decisões de Rick, são de Rick. - Daryl respondeu um pouco misterioso.

– Mas eu acho que... - fui interrompida por um barulho de tiro que ecoou por toda à prisão. Olhei para Daryl que assentiu, eu teria meus dias de ação de volta. Lauren também quis ir mas Daryl mandou ela ficar e ajudar. Corri ate o bloco D, onde todos os infectados estavam, meu pai e Glenn cuidavam das pessoas, era um enorme perigo, mas eles gostavam. A porta estava trancada, ótimo. Bati várias vezes na porta e ninguém veio atender, a única solução foi ir ate a sala aonde todos conversavam, atirei no vidro e os cacos veio ao chão, você só precisa encontrar seu pai e Glenn só isso.

Pelo que eu pude ver já tinha 4 corpos no chão, Senhor Collin infelizmente foi pego por um zumbi, um zumbi que mordia a carne dele com vontade. Passei meu olhar por todo o bloco e não encontrei ninguém. De repente senti alguém puxar meu pé, era um zumbi. Chutei o braço dele e consegui me livrar, coloquei meu dedo no gatilho e atirei. Ouvi um grande alvoroço e quando olhei para cima estava lá, Senhor Hershel lutando contra um zumbi tentando pegar um tipo de câmara de oxigênio improvisado que ele mesmo preparou.

– Não. - meu pai gritou. - Você pode acerta o oxigênio e Andrew preciso disso.

Eu não quero saber.! Mirei na cabeça do zumbi e respirei fundo. Atirei. Acertei a cabeça do zumbi e sorri.

– Aonde está Andrew ?. - perguntei.

– Aqui encima, na cela 'cem'. - meu pai respondeu.

Quando entrei na cela, Andrew estava horrível, saia sangue da sua boca e ele parecia sufocado. Sentei no chão mesmo e coloquei sua cabeça sobre minhas pernas. Quando meu pai chegou ele colocou um cabo na garganta de Andrew e apertou a câmara de oxigênio, aos poucos Andrew foi se acalmando e voltou a ficar normal, não debatia mais nem nada.

– Já acabou ?. - Uma menina, Lizzie, estava na porta da cela, olhando toda aquela cena, Glenn estava atrás dela.

– Espero que sim, querida. – eu segurava os braços de Andrew.

[...]

O grupo que foi em busca dos medicamentos havia voltado e com isso, meu pai pode descansar. Rick ainda não tinha voltado e por isso nenhuma novidade. Glenn, Meu pai e Daryl me colocaram como vigia de todos no bloco D. Lá tinha uma sala bem separada de todos, ficava na entrada do bloco e com isso eu seria menos exposta. Eu ficaria ali dia e noite, não sairia por nada. Os corpos que foram mortos já foram quemadros e os outros, ainda estavam lá, não sei por quanto tempo. A sala era inútil. Tinha uma cama improvisada, uma mesa cheia de coisas antigas, esquecidas pelos guardas e minha arma. Meu passatempo era encarar as paredes e pensar me várias coisas. Nada acontecia lá, o único barulho era as contantes tosses de todos.

Ouvi alguém bater na porta e mandei entrar, era Glenn.

– Como é ficar aqui ?. - ele praticamente me tirou obrigada da cadeira e sentou no meu lugar.

– Inútil. - respondi. - Nada acontece e essas tosses são insuportáveis. E lá ? com as grades ? como foi ?.

– Os zumbis conseguiram derruba-las mas Daryl conseguiu colocar tudo no lugar. Amanhã começaremos a deixar tudo mais seguro. - Glenn colocou os pés sobre a mesa. Eu sempre fui de achar aquela atitude idiota por isso bati com as mãos nos pés deles e ele os retirou de lá.

– Você quer alguma coisa ?. - Glenn perguntou já se levantando da cadeira.

– Você. - respondi. Bom, não teria ninguém ali e as pessoas não ligariam para nada, não seria nada errado ter um pouco de diversão.

Puxei Glenn pela gola da camiseta e colei nossos corpos, logo inciamos um beijo. Glenn fechou a porta e retirou tudo que estava encima da mesa e me deitou lá. Meu corpo arrepiava a cada toque que Glenn me dava, a pegada dele estava andando tão bem quanto antigamente. Eu estava tão exitada e em transe como antes. Glenn me penetrou e eu gemi. Gritei alto mesmo, nem liguei. Eu precisava dele e ele de mim, eu gostava daquilo, daquilo errado, errado é sempre bom. Arranhei a costas de Glenn com força e ele mordia meu pescoço ao mesmo tempo que beijava-o, isso vai deixar alguma marca horrível. Eu sentia um prazer desconhecido, era tão bom aquilo, tão bom para mim ter alguma coisa com o que passar o tempo. [...]

– Você Menina Grenne, é errada demais. – Glenn ironizou, dei de ombros.

Ele estava quase vestido, só faltava sua jaqueta que estava em algum lugar da sala. Eu usava sua camiseta que cheirava muito bem par um apocalipse zumbi.

– Bom, eu tenho que ir... - Glenn me de um beijo. - Depois eu volto, vai ter uma reunião com o conselho. Não abuse da sua saúde por favor.

Não pude deixar de rir. Glenn se preocupava demais comigo, ate demais... as vezes era bom outras nem tantos.

Alguém batia na porta, achei que era Glenn que tinha esquecido alguma coisa, por isso mandei entrar, mas não era, era Kath e ela não tinha o melhor olhar do mundo.