Acordei cedo, era um dia ensolarado, mas não muto quente.

Coloquei meu vestido rosa preferido (na verdade todas as minha rooupas eram sweet lolita), em meu cabelos levemente avermelhados e pela cintura coloquei um laço. Sim, eu tinha seis anos e me vestia sozinha, eu gostava.

Ao sair do meu quarto (que era completamente rosa) encontro meu irmão, saindo do quarto dele, ele estava vestindo uma calça jeans, uma camiseta vermelha e um casaco de couro preto.

- Olha para você, como podemos ser irmãos? - eu disse quase que ironicamente (a ironia é uma coisa que sempre me acompanhou)

- Olha para VOCÊ, como podemos ser irmãos? - Ele rebateu.

Nos olhamos fixo, vendo nossas diferenças de estilo, e depois rimos, descemos as escadas correndo, afinal, tinhamos seis anos.

- Bom dia mãe, bom dia pai! - Eu disse dando um beijo na bochecha de cada um.

- Mãe, vamos ao parque tá? - disse Castiel com uma maçã na mão.

- Ok, mas Tiel, Rô, cuidado, juízo e...

- ... Volte antes do almoço - terminamos em coro sua frase.

Saímos porta a fora como loucos e descemoas a rua correndo, o que fazia com que meus longos cabelos voassem.

Ao chegarmos ao parque vimos nossos amigos, Alexy, Armin, Yume e Lola.

Alexy vestia um moletom laranja com um átomo azul, uma calça jeans e um tênis. Armin, uma camiseta branca de manga comprida, um colete roxo, uma calça jeans, tênis e um cachecol.

- Dor de garganta de novo, Armin? - Eu pergunto.

- Adivinhou  - disse ele, rouco.

Depois disso, eu e Cstiel nos semparamos. Eu fui em direção ás meninas, ela os meninos.

Yume desde pequena gostou de preto, tanto que, nesse dia, ela estavacom um vestido preto, um pouco rodado, ele era muito bonito (ERA, pelo menos até Castiel, que sempre foi uma peste, atirar ela em uma poça e o vestido ficar todo sujo). A lola, bem, a Lola estava bem comum, uma calça de malha, uma blusa azul escuro e um casaco que cobria suas mãos.

Brincamos muito naquela manhã, e as 11:30 fomos para casa. Quem dera tivessemos ido mais tarde!

Ao chegarmos em casa, vimos nossos pais brigando:

- Como você foi capaz disso, seu... seu cafajeste!

- Olha como fala comigo!

- Cala a boca!

- Cala a boca VOCÊ!

- E as crianças?

- Dane-se elas! Eu te disse que não as queria!

- Mas, mas... eles são seus filhos!

- EU JÁ DISSE QUE EU NÃO QUERIA! - e deu um tapa no rosto meigo e lindo de minha mãe, agora com a marca da mão de meu pai. Seus cabelos se despenteram do coque perfeito.

Isso foi a gota d'água para mim. Meus olhos marejaram!

- Pa-papai?

- Roberta?! Mas o que...

Depois disso saí chorando, e Castiel saiu atrás de mim:

- Emy, volte aqui! EMILY!! - Castiel gritava - Ah meu Deus!

Corri at´chegar na cas de minha avó, que se preocupou comigo e com Castiel. Foi então que vovó nos mostrou a cabana da floresta. Naquele dia mu avô faleceu e meus pais se separaram. Duas perdas em um dia! Meu mundo havia desmoronado!

Resolvi, depois de tudo, que não seria mais a garota meiguinha, fofa e ''cuti-cuti''. Naquele dia me revoltei, jogando todas as minha roupas lolita e minhas coisas cor-de-rosa no lixo da minha casa e do meu pensamento, para o mesmo lugar onde meu pai foi parar. Esqueci ele. Completamente.