Vou até me quarto, fico do lado de fora, bato a porta e a tranco, sorrateiramente vou até a entrada para o sótão, subo as escadas.

O sótão é mais um dos meus ''refúgios'', minha mãe não sabe que ele está lá, eu o descobri ano passado, lá tem uma cama, uma comoda, um roupeiro, uma estante cheia de livrs (que eu levei), alguns instrumentos, que aprendi  tocar sozinha e... um gato! Eu o batizei de Livro, porque quando o encontrei, ele estava dormindo em cima do meu livro preferido. Eu ''redecorei'' o lugar, pendurei estrelas e corações no teto, o chão está repleto de folhas de papel, de todos os jeitos, em branco, amassadas, com músicas, poemas e partituras. Voltando a realidade, Livro vem me fazer carinho, ele percebe que estou triste e irritada. Pego uma folha de papel e uma caneta. Inpiração: 0%. Ponho os dois em cima da comoda e vou até a estante:

- Livro, você viu meu livro?

Hahahahaha, começo a rir, foi um trocadilho...

Continuo procurando, onde ele foi parar? Ele tem uma capa azul, com uma menina segurando um guarda-chuva, na chuva, o nome dele é ''A menina da chuva''.

Sento na cama e Livo deita nos meus pés, como já ahei meu livro, abro-o, na contra capa está escrito: