Desespero, Pânico... escrita por Faceless


Capítulo 8
Capítulo 8 - Doutor Frank




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Eu e Ezequiel começamos a recuar. Os detentos avançavam, os braços trêmulos, os olhos focados em nós. Ezequiel passou o braço em torno de meu corpo e me colocou para trás em um instinto de proteção. Um homem levantou o braço e alcançou o meu ombro, então Ezequiel colocou a mão em sua cabeça, e no segundo seguinte explodiu sua cabeça.

– Que isso sirva de exemplo para todos que se aproximarem. - Ele disse em um tom intimidador.

Isso não pareceu afetar os outros, pois eles continuavam a vir em nossa direção. Então começamos a lutar, juntos. Ezequiel lutava com os punhos, as vezes algumas faíscas saíam de suas mãos. Eu peguei minha adaga e cortava ou esfaqueava os que chegavam perto. Um homem chegou por trás e me agarrou, então minha faca caiu e eu não consegui me mover. Mais três homens chegaram para me imobilizar, e um colocou uma faca em minha garganta, me fazendo de refém. Ezequiel, frustado, gritou para me soltarem. Os detentos começaram a tirar minha roupa, primeiro tiraram a camisa. Eles riam e diziam: "Doutor Frank disse que ela precisava estar viva, mas podemos fazer o que quisermos." " Ao raiar do dia você vai ser a puta mais arregaçada do hospício, Eve". Eu comecei a chorar, desesperada, mordi a mão do homem. Então ele gritou e me socou.

Uma grande luz dourada inundou a sala, então se transformou em preto. Ezequiel estava no alto da sala, com Slender, no corpo do garoto de cabelos negros. Seus olhos brilhavam e quase todos os homens presentes no depósito estavam mortos e dilacerados.

– Não irão machucar Eve, só eu posso fazer isso. Os que tentarem vão sofrer as consequências. – Disse Slender.

– Você não irá machucar Eve, Slender. Irá morrer antes que tenha a chance. Eve eu menti um pouco para você, eu sou não um anjo normal, sou um arcanjo. Isso significa que você tem que deixar o local agora. – Disse Ezequiel. Eu tentei protestar, mas ele gritou comigo.

– AGORA EVE.- Ele olhava para mim de um modo ameaçador, mas ao mesmo tempo protetor, então saí correndo. Aquele lugar estava em péssimas condições.

A iluminação era péssima, o lugar era todo molhado e estava cheio de goteiras. Para a minha surpresa, havia vários desenhos de Slender nas paredes. As celas estavam todas enferrujadas, com pessoas que nem pareciam pessoas residindo-as. Muitas enterravam seus rostos em suas mãos, estavam desesperados, mas pareciam saber o que estava acontecendo e onde estavam. O sangue pintava as camas e as paredes do lugar. “ Eu não queria te matar, Jane, filhinha, papai sente muito”. “Eu quero sair daqui, eu não mereço isso. Eu não fiz nada, as vozes me ordenaram”. “ Darcy eu tive que te matar, sinto muito. Eu gosto de você, eu só queria te mandar para um lugar melhor.” Coisas como essas saíam da boca dos prisioneiros, mas eu não sentia pena. Sentia nojo, aversão à essas pessoas. Repentinamente, enquanto passava correndo pelo lugar, um homem me agarrou através da jaula. Ele gritava, implorava para que eu ficasse com ele, eu consegui me desvencilhar de suas mãos mas ele agarrou meu cabelo e puxou com força. Vire a tempo de apunhala-lo no meio dos olhos, e então segui em frente.

Olhei em uma cela distante e percebi algo diferente. Um desenho me atraiu, então cheguei mais perto. Era Slender.

Então comecei a me perguntar se estava ficando louca. Cheguei mais perto e examinei o quarto. Uma mão agarrou meu calcanhar, então eu me desesperei tentando esmaga-la contra o chão. Mas aquilo era mais forte que eu. Aquilo me derrubou no chão e então saiu do lugar onde estava. Era um menino. Ele usava um grande jaleco que ia até seus calcanhares, estava todo coberto de sangue. Ele usava um monóculo e em tinha um casco no lugar do pé direito. Sua face não era humana, era uma face de porco. Estava um pouco rasgada na parte de cima, e um cérebro se mexia, bombeando sangue para o corpo. Ele carregava um facão e na outra mão uma caixa com linhas de costura.

– Olá Eve, meu nome é Doutor Frank. É um prazer te conhecer. O que achou do meu hospital? Percebi que você estava olhando para o desenho do Slender, eu admiro muito o trabalho dele. Sinceramente acho que você ficaria melhor sem essa sua cabeça humana sem graça. Sem esses braços. Nós poderíamos colocar umas asas de morcego no lugar de seus braços. Poderíamos tirar todas suas costelas e intestinos, assim te deixaríamos mais interessante. Não se preocupe, esse lugar, o meu amado hospital tem algo especial. Não importa o quanto eu corte sua carne, você ainda continuará viva.

Ele começou a andar em minha direção. Ele não sorria, como é esperado da maioria desses cientistas loucos. Ele estava sério sobre aquilo, para Frank, aquilo era algo profissional, aquilo era arte.

Comecei a recuar, então esbarrei em algo. Virei-me lentamente e olhei para cima. Slender me encarava, um olhar pirado de raiva.


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