New York City escrita por Raiane C Soares
Notas iniciais do capítulo
Como prometido, mais um hoje.
Será que Rachel morreu? O que será de Santana agora?
Sem mais enrolações...
Sarah e eu tivemos que ficar na sala de espera, eu andava de um lado para o outro e Sarah estava sentada.
- Ela ama você, Sant. – ouvi Sarah dizer.
- Eu sei, Sarah.
- Mas ela te ama mesmo, desde o primeiro ano.
Olhe para ela, me sentei ao seu lado rapidamente e deixei ela continuar.
- Rachel me disse uma vez que você não gostava dela, por isso a chamava de anã. Mas ela gostava bastante de você, fazia coraçõezinhos em seu diário e toda noite dizia seu nome.
- Explique isso direito, Sarah.
- Bem, Rachel é minha prima. Todo natal ela fica na minha casa, mas se mudou esse ano para fazer faculdade.
- Mas, digamos que você era bem pequena...
- Eu me lembro de tudo Santana, cada dia que passamos juntas. Rachel é minha melhor amiga, eu adorava passar os natais com ela.
- Lembra de tudo? Então me conte uma coisa engraçada que aconteceu com ela.
Sarah ficou pensativa, logo sorriu e olhou para mim.
- Quando Rachel tinha 12 anos, ela inventou uma brincadeira de, tirar toda a roupa e ficar do lado de fora da casa. Eu ainda era um bebê, então não fiz isso, mas Rachel fez. Tirou TODA sua roupa e ficou na varanda.
- E o que aconteceu?
- Eu tranquei a porta, subindo em uma cadeira, fui para a sala e fiquei assistindo desenho. Rachel ficou lá fora por duas horas. Quando mamãe voltou, abriu a porta, cobriu Rachel e a colocou em frente à lareira.
Eu comecei a rir, mas Sarah ficou triste.
- Não quero que ela morra, Santana. Rachel é minha única prima e minha melhor amiga.
- Oh, querida... não fique triste. Rachel prometeu que não vai morrer, e eu acredito nela. – eu a confortei em um abraço.
De repente um médico parou em nossa frente, me levantei e ele assentiu com a cabeça.
- Senhorita Berry está bem no momento. Ela está dormindo por causa da medicação, mas logo acordará.
- Obrigada.
Ele se virou, mas segurei sua mão.
- Você pode me dizer por que isso aconteceu?
- Bem, os exames constam que a senhorita Berry tem leucemia.
- Isso eu sei. Acompanho seus horários para ela tomar seu remédio.
- Pelo que consta também, ela não tomou o comprimido no último horário. Seus sintomas atacaram ela, todos ao mesmo tempo, por isso estava desacordada quando chegou aqui.
Sarah e eu fomos até o quarto, me aproximei de Rachel e sorri. Sua pele estava um pouco pálida, mas ela já respirava sem a máscara.
- Podemos acordar ela? – Sarah perguntou, quase em um sussurro.
- Acho melhor não. Vamos deixa-la descansar.
Me sentei na cadeira ao lado da maca e Sarah sentou em cima das minhas pernas.
***
Não percebi que tinha pegado no sono. Abri os olhos e vi Sarah conversando com Rachel.
- Então eu liguei para a Sant. Estava com medo de perder você. – Sarah disse.
- Eu não vou sair daqui, Sarah. Você ainda vai me aturar até eu ficar bem velhinha. – Rachel tinha a voz um pouco fraca.
Me levantei lentamente e vi um sorriso no rosto da Rachel. Eu estava séria, mesmo estando feliz por ela estar bem, ao mesmo tempo estava brava, por ela não ter tomado o remédio na hora.
- Rachel Berry. – eu disse. – Por que não tomou seu remédio na hora que era para tomar?
- Eu ia fazer isso, mas comecei a sentir uma dor de cabeça e de repente, me deparei com o chão perto do meu rosto.
Eu a abracei forte, fazendo-a gemer um pouco de dor.
- Me desculpe, te machuquei?
- Não, você só me apertou forte demais.
Vi ela sorrir, Sarah sentou na cadeira e eu sorri.
- Não sabia que você gostava de ficar nua na neve. – eu disse com um sorriso divertido.
- O que? Sarah! Você não devia ter contado a ela.
- Me desculpe, mas não queria ver a Sant triste.
Dei um leve beijo em Rachel, mas logo me afastei por causa da Sarah. Rapidamente o médico entrou no quarto, me afastei da Rachel e olhei para ele.
- Me desculpem se atrapalhei algo. A senhorita Berry já pode ir para casa.
Rachel sorriu e segurou minha mão, o médico saiu do quart e eu beijei a testa da Rachel.
- Eu já volto.
- Onde vai?
- Preciso ir ao banheiro.
- Está bem.
Sarah se levantou e ficou ao lado da Rachel, eu sai do quarto e me aproximei do médico.
- Eu quero perguntar uma coisa.
- Fique à vontade, senhorita.
- Tem como vocês internarem ela aqui?
- Podemos, mas não fazemos isso sem a autorização do paciente.
- Rachel é teimosa, não vai querer ficar.
- Então por que a senhorita quer que a interne?
- Rachel se cuida muito bem, e eu fico vigiando ela, mas quem garante que o que aconteceu hoje, não pode acontecer novamente? Talvez com os enfermeiros vigiando ela sempre, ela pode melhorar mais rápido.
- Podemos fazer isso, mas você terá que convencer ela.
- Eu faço isso.
Voltei para o quarto, Rachel já se preparava para levantar.
- O que está fazendo? – eu perguntei.
- Você não ouviu o que o doutor disse?
- Rachel, nós precisamos conversar.
Ela me olhou assustada, Sarah entendeu e saiu do quarto. Me aproximei de Rachel e segurei sua mão.
- Rachel...
- Vai me deixar? Por favor, não faça isso...
- Não! Eu nunca vou te deixar. Eu só quero dizer que... seria melhor se você ficasse aqui.
- Como assim? Não quero ficar nesse hospital. Quero ir para casa e dormir ao seu lado.
- Mas Rachel, você viu o que aconteceu hoje? Quem garante que não irá acontecer novamente?
- Eu garanto. Prometo que irei tomar o comprimido na hora certa, mas por favor, não me obrigue a ficar aqui.
Rachel já chorava, o que eu não gostava de ver. A abracei e acariciei seus cabelos.
- Não quero ficar aqui sozinha...
- Você não está sozinha querida. Eu vou vir todos os dias ficar com você.
Senti meu casaco molhar com suas lágrimas, mas não liguei.
- Vamos combinar uma coisa? – perguntei me afastando. – Você fica internada aqui e eu venho todos os dias depois da faculdade e fico com você até você dormir.
- Não... quero acordar e ver você ao meu lado...
- Rachel... não faça isso comigo.
Senti meus olhos se encherem de lágrimas, Rachel abaixou a cabeça e assentiu.
- Está bem, mas... – ela olhou para mim novamente. – Não se esqueça de vir me ver.
- Como irei esquecer isso? Você é o que mais me importa no momento, até mais que minha própria vida!
Nos beijamos intensamente, Rachel limpou minhas lágrimas com seus dedos e fechou os olhos.
- Eu te amo, Santana Lopez.
- Eu te amo mais, Rachel Berry.
Vi um sorriso se formar em seu rosto, a beijei novamente e a abracei.
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Alguém morreu do coração? Espero que não... rsrsrs
Acho que o próximo só amanhã.. Não sei..