New York City escrita por Raiane C Soares


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais um hoje.
Será que Rachel morreu? O que será de Santana agora?
Sem mais enrolações...



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   Sarah e eu tivemos que ficar na sala de espera, eu andava de um lado para o outro e Sarah estava sentada.

   - Ela ama você, Sant. – ouvi Sarah dizer.

   - Eu sei, Sarah.

   - Mas ela te ama mesmo, desde o primeiro ano.

   Olhe para ela, me sentei ao seu lado rapidamente e deixei ela continuar.

   - Rachel me disse uma vez que você não gostava dela, por isso a chamava de anã. Mas ela gostava bastante de você, fazia coraçõezinhos em seu diário e toda noite dizia seu nome.

   - Explique isso direito, Sarah.

   - Bem, Rachel é minha prima. Todo natal ela fica na minha casa, mas se mudou esse ano para fazer faculdade.

   - Mas, digamos que você era bem pequena...

   - Eu me lembro de tudo Santana, cada dia que passamos juntas. Rachel é minha melhor amiga, eu adorava passar os natais com ela.

   - Lembra de tudo? Então me conte uma coisa engraçada que aconteceu com ela.

   Sarah ficou pensativa, logo sorriu e olhou para mim.

   - Quando Rachel tinha 12 anos, ela inventou uma brincadeira de, tirar toda a roupa e ficar do lado de fora da casa. Eu ainda era um bebê, então não fiz isso, mas Rachel fez. Tirou TODA sua roupa e ficou na varanda.

   - E o que aconteceu?

   - Eu tranquei a porta, subindo em uma cadeira, fui para a sala e fiquei assistindo desenho. Rachel ficou lá fora por duas horas. Quando mamãe voltou, abriu a porta, cobriu Rachel e a colocou em frente à lareira.

   Eu comecei a rir, mas Sarah ficou triste.

   - Não quero que ela morra, Santana. Rachel é minha única prima e minha melhor amiga.

   - Oh, querida... não fique triste. Rachel prometeu que não vai morrer, e eu acredito nela. – eu a confortei em um abraço.

   De repente um médico parou em nossa frente, me levantei e ele assentiu com a cabeça.

   - Senhorita Berry está bem no momento. Ela está dormindo por causa da medicação, mas logo acordará.

   - Obrigada.

   Ele se virou, mas segurei sua mão.

   - Você pode me dizer por que isso aconteceu?

   - Bem, os exames constam que a senhorita Berry tem leucemia.

   - Isso eu sei. Acompanho seus horários para ela tomar seu remédio.

   - Pelo que consta também, ela não tomou o comprimido no último horário. Seus sintomas atacaram ela, todos ao mesmo tempo, por isso estava desacordada quando chegou aqui.

   Sarah e eu fomos até o quarto, me aproximei de Rachel e sorri. Sua pele estava um pouco pálida, mas ela já respirava sem a máscara.

   - Podemos acordar ela? – Sarah perguntou, quase em um sussurro.

   - Acho melhor não. Vamos deixa-la descansar.

   Me sentei na cadeira ao lado da maca e Sarah sentou em cima das minhas pernas.

                                                                        ***

   Não percebi que tinha pegado no sono. Abri os olhos e vi Sarah conversando com Rachel.

   - Então eu liguei para a Sant. Estava com medo de perder você. – Sarah disse.

   - Eu não vou sair daqui, Sarah. Você ainda vai me aturar até eu ficar bem velhinha. – Rachel tinha a voz um pouco fraca.

   Me levantei lentamente e vi um sorriso no rosto da Rachel. Eu estava séria, mesmo estando feliz por ela estar bem, ao mesmo tempo estava brava, por ela não ter tomado o remédio na hora.

   - Rachel Berry. – eu disse. – Por que não tomou seu remédio na hora que era para tomar?

   - Eu ia fazer isso, mas comecei a sentir uma dor de cabeça e de repente, me deparei com o chão perto do meu rosto.

   Eu a abracei forte, fazendo-a gemer um pouco de dor.

   - Me desculpe, te machuquei?

   - Não, você só me apertou forte demais.

   Vi ela sorrir, Sarah sentou na cadeira e eu sorri.

   - Não sabia que você gostava de ficar nua na neve. – eu disse com um sorriso divertido.

   - O que? Sarah! Você não devia ter contado a ela.

   - Me desculpe, mas não queria ver a Sant triste.

   Dei um leve beijo em Rachel, mas logo me afastei por causa da Sarah. Rapidamente o médico entrou no quarto, me afastei da Rachel e olhei para ele.

   - Me desculpem se atrapalhei algo. A senhorita Berry já pode ir para casa.

   Rachel sorriu e segurou minha mão, o médico saiu do quart e eu beijei a testa da Rachel.

   - Eu já volto.

   - Onde vai?

   - Preciso ir ao banheiro.

   - Está bem.

   Sarah se levantou e ficou ao lado da Rachel, eu sai do quarto e me aproximei do médico.

   - Eu quero perguntar uma coisa.

   - Fique à vontade, senhorita.

   - Tem como vocês internarem ela aqui?

   - Podemos, mas não fazemos isso sem a autorização do paciente.

   - Rachel é teimosa, não vai querer ficar.

   - Então por que a senhorita quer que a interne?

   - Rachel se cuida muito bem, e eu fico vigiando ela, mas quem garante que o que aconteceu hoje, não pode acontecer novamente? Talvez com os enfermeiros vigiando ela sempre, ela pode melhorar mais rápido.

   - Podemos fazer isso, mas você terá que convencer ela.

   - Eu faço isso.

   Voltei para o quarto, Rachel já se preparava para levantar.

   - O que está fazendo? – eu perguntei.

   - Você não ouviu o que o doutor disse?

   - Rachel, nós precisamos conversar.

   Ela me olhou assustada, Sarah entendeu e saiu do quarto. Me aproximei de Rachel e segurei sua mão.

   - Rachel...

   - Vai me deixar? Por favor, não faça isso...

   - Não! Eu nunca vou te deixar. Eu só quero dizer que... seria melhor se você ficasse aqui.

   - Como assim? Não quero ficar nesse hospital. Quero ir para casa e dormir ao seu lado.

   - Mas Rachel, você viu o que aconteceu hoje? Quem garante que não irá acontecer novamente?

   - Eu garanto. Prometo que irei tomar o comprimido na hora certa, mas por favor, não me obrigue a ficar aqui.

   Rachel já chorava, o que eu não gostava de ver. A abracei e acariciei seus cabelos.

   - Não quero ficar aqui sozinha...

   - Você não está sozinha querida. Eu vou vir todos os dias ficar com você.

   Senti meu casaco molhar com suas lágrimas, mas não liguei.

   - Vamos combinar uma coisa? – perguntei me afastando. – Você fica internada aqui e eu venho todos os dias depois da faculdade e fico com você até você dormir.

   - Não... quero acordar e ver você ao meu lado...

   - Rachel... não faça isso comigo.

   Senti meus olhos se encherem de lágrimas, Rachel abaixou a cabeça e assentiu.

   - Está bem, mas... – ela olhou para mim novamente. – Não se esqueça de vir me ver.

   - Como irei esquecer isso? Você é o que mais me importa no momento, até mais que minha própria vida!

   Nos beijamos intensamente, Rachel limpou minhas lágrimas com seus dedos e fechou os olhos.

   - Eu te amo, Santana Lopez.

   - Eu te amo mais, Rachel Berry.

   Vi um sorriso se formar em seu rosto, a beijei novamente e a abracei.


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Notas finais do capítulo

Alguém morreu do coração? Espero que não... rsrsrs
Acho que o próximo só amanhã.. Não sei..



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