New York City escrita por Raiane C Soares


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Muito tarde pra postar, né.. mas enfim.
Obrigada a Lari Sarfati por ter favoritado.



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Acordei lentamente, tentava entender as coisas. Em apenas um dia descobri que não era mais uma adolescente, não morava mais com meus pais, estava grávida, tinha uma esposa e, o mais importante, Britt não era nada para mim, a não ser apenas uma amiga. Pode parecer egoísmo mas, como eu queria mais dela, fiquei triste pela notícia. Olhei em volta e vi uma garota sentada na maca à minha frente.

- Você está melhor? – ouvi ela perguntar, com a voz fraca e chorosa.

- Estou sim. – respondi me sentando. – Onde está todo mundo?

- Rachel está na lanchonete do hospital. Não entendi ainda, mas ela acha o café do hospital gostoso. – soltei um pequeno riso e ela sorriu. – Britt e Nick foram para casa. Estavam cansadas, mas não queriam ir. Rachel obrigou-as a irem, ou dormiriam em pé.

- Nick, quem é? – perguntei, um pouco confusa. Percebi a tristeza se formar em seu rosto.

- Nick é a ruiva.

As lágrimas se formaram em seus lindos olhos, senti algo apertar fortemente meu coração, acariciei seu rosto, fazendo-a me encarar.

- Hey, linda. Eu sei que está sendo difícil para você, assim como percebo que está sendo difícil para Rachel, Britt, essa Nick... mas também está sendo difícil para mim. Imagine acordar achando que você ainda é adolescente, mas descobre que é casada e está grávida.

As lágrimas já se formaram em meus olhos, ela percebeu isso, então segurou minha mão e suspirou.

- Me desculpe. Eu vou te ajudar, eu quero te ajudar. Tudo o que você quiser saber, irei te contar, talvez assim você se lembre de tudo.

- Obrigada...

- Sarah.

- Sarah. – eu repeti, com um pequeno sorriso no rosto.

Ela me abraçou, apoiei meu queixo em seu ombro e senti seu cheiro, era algo familiar, mas eu não conseguia distinguir. Assim que nos afastamos, ela sorriu e acariciou meu rosto.

- Sarah. – eu a chamei. – Me conte como nos conhecemos.

- Claro. – ela respondeu com um grande sorriso no rosto. – Você tinha ido para a minha casa, que na verdade é uma república, nos vemos pela primeira vez quando você tocou a campainha e eu atendi.

Forcei meus pensamentos, mas nada vinha em minha mente. Fechei meus olhos, estava frustrada, Sarah segurou novamente minha mão e eu a encarei.

- Não se esforce tanto. Um momento você vai se lembrar.

Eu sorri. Aquela calma, aquele sorriso, aqueles olhos brilhantes, aquela pele macia... Santana, por Deus! Ela era uma criança e eu estava prestes a beija-la. Fechei meus olhos para tirar aqueles pensamentos da minha cabeça, senti sua mão em meu rosto novamente e eu senti aquele cheiro novamente, e eu tinha certeza que era familiar.

- Sant. – ouvi ela chamar.

- Hum? – eu abri meus olhos.

- Quer ficar sozinha?

Para minha surpresa, olhei para os seus lábios. Desviei meu olhar rapidamente para qualquer lugar e respirei fundo.

- É melhor. Depois você pode voltar.

- Está bem. Seu celular está em cima daquela mesa ali. – ela disse, apontando para o celular. – Qualquer coisa, é só ligar para mim, ou para Rachel, ou para Britt...

- Eu entendi, Sarah. – eu a cortei, fazendo-a rir.

- Te vejo depois, Sant.

Sarah depositou um leve e gracioso beijo em minha bochecha, fazendo-me sentir aquele cheiro novamente. Assim que ela saiu, Rachel entrou com uma caneca verde na mão, sorriu para Sarah e se aproximou de mim.

- Quer café? – ela perguntou, sentando-se ao meu lado, de frente para mim.

- Não, obrigada.

- Acredite, esse café é gostoso.

Soltei uma gargalhada, fazendo-a rir.

- É verdade! Ele é muito gostoso mesmo.

Rimos novamente e ficamos em silêncio. Olhei para a janela, estava chovendo, mas o sol permanecia instável, olhei para Rachel e percebi que ela me encarava.

- O que? – perguntei.

- Nada. Eu só... – ela abaixou a cabeça e sorriu. – Eu gosto de olhar para o seu rosto. É tão...

- Lindo? – perguntei, com um sorriso brincalhão.

- Sexy. – ela respondeu com o mesmo sorriso.

Rimos em sintonia, olhei para a caneca, olhei para ela e sorri.

- Não vai beber? – perguntei, apontando para a caneca.

- Eu até queria, mas bebi café demais.

Ela colocou a caneca na mesa ao lado da maca, olhou nos meus olhos e sorriu.

- Eles estão... brilhando.

- O que?

- Seus olhos.

Abaixei minha cabeça e meu rosto corou, por sorte, acho que ela não percebeu. Ouvimos um barulho na porta, olhamos ao mesmo tempo e vimos uma enfermeira com o bebê nos braços.

- Você precisa alimentá-lo.

Concordei com a cabeça, ela se aproximou, colocou o bebê em meus braços e me ajudou a abrir a roupa que eu usava, daquelas que deixam o bumbum aparecendo e têm uma cor horrível. Fiquei olhando para o bebê, era tão lindo, a pele era um pouco mais clara que a minha, os olhos fechados, apreciando o leite. Fiquei com medo de segurá-lo no inicio, com medo de deixá-lo cair, por ser tão pequeno e mole. Olhei para Rachel que tinha um grande sorriso no rosto e lágrimas nos olhos e sorri.

- Ele tem a sua boca, Santana. – ela disse, com um certo orgulho.

- Isso é bom?

- Claro!

Olhei para o bebê novamente, fiquei séria e voltei a olhar para Rachel.

- Qual é o nome dele? – perguntei.

- Não sei. Não tínhamos escolhido ainda.

Voltei a olhar para o bebê e sorri.

- Qual nome você acha bonito? – ela perguntou.

- Joseph.

- Realmente é lindo. Joseph Berry Lopez.

***

A semana passou rápido, eu já estava no que Rachel chamava de minha casa. Rachel decidiu dormir no quarto que era da Sarah e eu ficava no “nosso” quarto cuidando de Joseph.

Eu estava sentada no sofá assistindo televisão e torcendo para que minha barriga voltasse como era antes, ouvi Rachel andar pela cozinha, me virei e a vi subindo as escadas.

- Rachel. – eu a chamei, ela rapidamente se virou.

- Sim?

- Já vai se deitar?

- Vou sim. Amanhã Sarah vem para cá. Ela gosta de vir cedo, ainda mais agora que Joseph nasceu.

Rachel continuou subindo as escadas, desliguei a televisão, subi as escadas rapidamente e vi Rachel procurando por seu pijama no armário. Eu a abracei por trás e beijei seu pescoço, fazendo-a se assustar.

- Santana! O que está fazendo?

- O que acha que estou fazendo? – sussurrei em seu ouvido.

- Nós não podemos, Santana.

- Por que não? Somos casadas, certo?

- S-santana... – sua voz saiu fraca.

A pressionei mais contra o meu corpo, senti ela quase cair, beijei seu pescoço e a virei de frente para mim. Seus olhos estavam fechados, mordi meu lábio inferior me aproximei para beijá-la. De repente ouvimos Joseph começar a chorar, ela abriu seus olhos e olhou para mim.

- Hum... É... é sua vez de trocar a fralda...

Revirei meus olhos e caminhei até o berço.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se tiver algum erro, fiquei com preguiça de reler...
To achando que essa fic tá estendendo muito, e ficando meio sem nexo com a sinopse...
Não acham que eu mereço uma recomendação? Mentira, não façam as coisas por que eu fico implorando.



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