Destino Incerto De Um Casal Certo. escrita por MisaChan


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Beijos,



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Quinto dia.

– Olha o que eu achei! - Falei pegando uma frutinha vermelha.

Naruto que estava a alguns metros longe de mim, me olha, e sai correndo em minha direção.

– Não! - Ele a tira da minha mão. - Não coma isso!

– Por quê? - Falei assustada por sua reação.

– É venenosa. - Ele a joga no chão e pisa.

– Ah... Obrigada, nossa eu nem sabia. - Agradeci sem graça, ele acabou de salvar a minha vida, me senti uma burra por não sacar que era uma frutinha venenosa.

– O importante é que você está bem. - Ele sorri.

(...)

Continuamos andando e explorando a ilha depois do ocorrido. Queríamos conhecer mais do local onde estávamos, afinal, até segunda ordem, até um milagre, para ser bem sincera, essa ilha era o nosso lar, a nossa casa.

Minhas pernas já estavam me matando. Senti elas formigarem várias vezes.

– Podemos parar um pouco estou cansada. – Falei demostrando o meu cansaço com uma careta.

– Claro! – Naruto se senta em uma pedra.

Sento-me ao seu lado. Ficamos calados por alguns minutos. Estávamos cansados de tanto explorar a ilha.

De repente escuto um som.

– O que foi isso? – Falei, levantando-me subitamente da pedra.

– Não é nada. Deve ser o vento, ou algum galho caído, sei lá. – Naruto fala sem dar importância.

Escuto o som de novo, mais forte, mas não consigo identifica-ló.

– Você ouviu isso? - Falei assustada. - Céus... não se mexa! - Fala mudando o meu tom, para um tão baixo, praticamente um sussurro.

Levei minhas mãos para a boca. Estava com medo do que poderia acontecer.

Naruto por sua vez, virou sua cabeça calmamente para o lado aonde estava ouvindo o mesmo som que eu.

Meus olhos não desgrudaram de Naruto. Um milhão de coisas ruins passaram pela minha cabeça.

Ele de primeira, parecia assustado, curioso... e depois aliviado.

– Está tudo bem... - Sua respiração amostrou que ele estava tranquilizado. - Não é venenosa.

Olhei para a cobra e olhei para Naruto. Só meus olhos agiam, meu corpo inteiro estava imóvel.

– Só fica parada, vamos espera-la ir embora. - Ele sussurra e quase nenhum som sai da sua boca.

Ficamos imóveis até a cobra sair de perto. Não demorou muito. Mas eu suei frio a cada instante que eu fiquei ali.

Assim que a cobra estava em uma distância considerável. Naruto se levantou e veio até mim..

– Vamos! - Ele pegou na minha mão me puxando. - Essa não era venenosa, mas não sabemos se há outras por essa área! Não voltaremos mais aqui entendido? - Ele falava sério.

Acenei com a cabeça positivamente.

Caminhamos para longe daquela área, quietos. Até que eu resolvi quebrar o gelo, e tirar uma dúvida minha.

– Como você sabia que ela não era venenosa? - Perguntei.

– Simples. - Ele sorri - Cobras Não Venenosa tem a cabeça estreita, alongada, mal destacada... Seus olhos são grandes e têm escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso. Essas cobras também tem uma cauda longa e afinada gradualmente. Fora que, quando perseguida, foge.

– Impressionante... - Falei admirada.

Como eu poderia imaginar que o órfão, o garoto que vivia com cara de confuso dentro da sala de aula sabia de tantas coisas.

– Como você sabe de tudo isso? - Perguntei.

– Eu já te disse que eu sempre acampo né? Então, eu tinha sempre alguma noção de algo. Fora que eu já tinha visto uma cobra antes, e meu avô me ensinou isso. - Ele fala orgulhoso ao mencionar do avô.

Meus pensamentos mudam totalmente o rumo.

– Você... você sente saudades do seus pais? - Perguntei meio sem jeito, isso era uma pergunta pessoal.

Ele fica quieto por alguns instantes.

– Claro que sinto falta dos meus heróis. - Ele fala com um sorriso triste.

Eu iria perguntar como eles morreram, como ele ficou órfão. Mas, não me senti no direito disso. Eu sabia muito bem, como dói-a lembrar de pessoas que amamos demais, e que não podemos mais ver, pois elas já se foram.

Ficamos uns segundos quietos, e então ele quebrou o gelo.

– E você? Sente saudade dos seus pais? - Ele me perguntou.

– Sim. - Respondi rapidamente.

Chegamos ao nosso destino. O local onde ele havia feito a barraca, o local onde nós já estávamos ficando a cinco dias.

– Nada como o lar. - Tentei descontrair.

– Né? - Ele sorriu.

Depois de alguns segundos olhando uma para a face do outro, caímos na gargalhada.

Mesmo rindo, no fundo, não tão distante. Eu estava triste e com saudades da minha mãe. O que deve estar acontecendo... Como ela deve ter reagido ao não me ver em casa? Provavelmente ela já voltou...

Estava no fim da tarde... Sentei-me em uma enorme pedra para pensar um pouco. Como um filme, lembranças da minha infância, da minha vida atual, tudo que marcou a minha vida, passou pela minha cabeça.

Me lembrei do cheiro da chuva, das brincadeiras e das conversas com as minhas amigas, do cheiro da comida nas panelas que a minha mãe preparava. Dos concelhos que meu pai me dava. Me lembrei também, da moeda que eu ganhei quando perdi meu primeiro dente. Da minha primeira vez na escola. Do minha primeira nota Dez. Da tentação que eu sentia em me sujar e brincar na lama. Do desespero que eu sentia quando tinha um pesadelo e só me sentia segura na cama dos meus pais. Do meu primeiro e vergonhoso primeiro beijo. Do meu primeiro ''amor'' adolescente. Da minha primeira paixão por um ator da TV. Da minha festa de 16 anos. Da minha primeira viagem. Da minha formatura no ensino fundamental, e dos planos que eu fiz para a minha futura... formatura do ensino médio... que eu tanto imaginava.

Por fim... lembrei-me do rosto de todas as pessoas que eu amava. Minha mãe, meu pai, dos meus avôs, das minhas avós... e das minhas melhores amigas doidas: Tenten, Sakura e Ino... minhas ''amigas irmãs'', apesar de todas as besteiras que falamos, sempre fomos muito unidas.


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Notas finais do capítulo

P.s: Por um erro, no dia 26/09, eu postei um capítulo errado :c
Mas, já arrumei. =)