Improvável?! escrita por André Granger


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo chato pra vocês, mas no próximo, aguardem novidades... Quentes ou frias...
Depende do ponto de vista.

Mas vamos a esse capítulo:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418965/chapter/6

-Me desculpe por isso. É que eu to muito feliz pelo meu filho. Ele superou a morte do irmão e fez um amigo na escola nova. Ele nunca foi muito de amigos.

-É, acredite Dona Lúcia, eu também não.

-Sei que ele é seu amigo e que vocês devem conversar sobre tudo, mas não lhe conte sobre isso. Diga apenas que eu fiz as perguntas simples, onde você mora, sobre os pais etc etc.

-Tudo bem. - Concordou mesmo sem saber o porquê.

-Pode ir pro quarto dele se quiser. Vai almoçar com a gente e não aceito não como resposta. - Ela o levou até o corredor e indicou uma porta- É aquela. Pode ir.

Andrew seguiu até chegar no quarto. Ele era simples, com poucas coisas, uma estante com alguns livros, uma escrivaninha com o pc, a cama, guarda-roupa. Porém o que ele realmente prestou atenção foi no dono do quarto. Assim que o viu, pediu desculpas por estar invadindo. Guilherme estava sem camisa, na verdade estava vestindo uma camiseta comum, trocando o uniforme.

-Sua mãe pediu pra eu entrar, não achei que estaria se trocando.

-Tudo bem... -Disse ele um pouco corado. -Quer ir no pc? Fique a vontade. Finja que o quarto é seu.

-Ok.

-O quê minha mãe queria com você?

-Nada não. Só me conhecer mesmo.

-Estranho...

-Por quê?

- Nada não. Deixa 'pra' lá.

-Por que esse site de metereologia está na lista dos mais acessados? Por acaso é um daqueles maníacos por clima e tempo?

- Não... Só gosto de fazer alguns cálculos usando os fatores climatológico.

-Ah é! As vezes esqueço que você é um mini gênio em Matemática e Física.

-E você em Português!

-Mas você quase nunca erra nenhum cálculo.

-Nem você um vocábulo.

-Somos duas metades geniais! Pronto. Caso encerrado.

-Como uma moeda. Duas metades em perfeita sincronia!

-Eu preciso mesmo almoçar aqui? Não quero incomodar.

-Tem algum problema? Seu pai vai ficar bravo?

Andrew nunca havia dito que o pai lhe batia. Não achava conveniente dizer.

-Não. Ele tá viajando. Só chega daqui a 3 dias.

-Ué, poderia dormir aqui hoje então.

-Não. Não posso. Meu pai me mataria se descobrisse. Figurativamente falando.

-Não vejo motivo! Ele acha o quê? Que o filho dele vai ser sequestrado pelo seu amigo alienígena para dar uma volta na Inglaterra e conhecer Hogsmeade*?

-Tá vendo muita ficção não?

-Que nada. É só mente fértil mesmo.

-Mas não sei. Ele é só..., meu pai. Daquele jeito todo doido e sem sentido. Não posso desobedecê-lo.

-Nunca desobedeceu ele? Nunca fez nenhuma loucura?

-Não!

-Nem eu. Não tenho motivos pra isso, meus pais são legais, minha mãe estuda arquitetura a noite, meu pai trabalha no hospital e tem plantão alguns dias na semana. Mas fora isso, raramente fico sozinho e quando fico, não tenho motivos para fazer coisa errada.

-O errado ou certo é apenas uma característica que o homem diz como tal.

-Profundo isso. Foi você que escreveu?

-Não. É meio que uma adaptação da frase um sociólogo que agora esqueci o nome.

-Oh meu Deus! Vou ligar pro meu pai. Você só pode estar doente. Esquecendo das coisas.

-Não é isso... Só que tem muita coisa na minha cabeça.

Realmente havia, mas algumas coisas não precisavam ser divididas.

-Posso ajudar?

-Não... Melhor não.

Eles conversaram mais algumas trivialidades sobre as aulas e logo depois, Lúcia, a mãe, chamou os garotos para almoçar.

-Mãe, o pai não vem pra almoçar hoje né?

-Não, hoje ele tem plantão até as 24h.

-Ah... Vou ficar sozinho de novo.

-Chama o Andrew pra vir dormir aqui.

-Seu pai não se importa né?

-Bem, na verdade, meu pai, que é caminhoneiro, está fora e eu não posso deixar a casa sozinha.

-Tudo bem. Mas quando ele chegar poderia vir passar uma noite aqui pro Gui não ficar tão sozinho. -Ela se preocupava muito com o filho, isso era evidente.

-MÃE!

-O que foi que eu fiz?

-Eu já falei pra não me chamar assim na frente dos outros.

-Mas ele não é "os outros" ele é seu amigo.

-Tudo bem, eu acho legal apelido. Embora nunca tive um.

-Poderia te chamar de Andy?!

-Não, isso parece nome de mulher. Melhor não me chamar de nada.

-Bem..., o nome "Andrew" vem de "André" né?

-Creio que sim! Por que?

-Nada não... Só que caso comece a me chamar de "Gui" eu começo te chamar de "Dedé"!

-Isso já é exagero. Gui é bem melhor do que, "Dedé".

-Não quero saber.

-Crianças, parem, vamos aproveitar a comida.

-Mãe, não somos crianças.

-Para os pais os filhos serão sempre eternas crianças.

                                               ***

-Obrigado pelo almoço. Mas tenho que ir embora, já passam das 14 horas.

-Precisa mesmo ir?

-Sim. Sua mãe é legal. Agradeça pelo almoço pra ela. - Lúcia havia ido ao mercado.

-Tudo bem. Mais tarde nos falamos?

-Creio que sim.

Quando chegou em casa a primeira coisa que fez foi tomar banho e se deitar. Como tinha dito, ele tinha muitas coisas na cabeça. E essas "coisas" começaram a passar todas juntas. Acabou dormindo, no sono, sonhos. Sem sentido, sem cor, como borrões que passam pela visão quando se está em grande velocidade. Um sono nada tranquilo.

Quando acordou, preparou o jantar e foi para o pc conversar com o Guilherme. Ficou acordado até as 23:30h e saiu do computador.

Na casa do Guilherme, a mãe dele já estava em casa, já tinha voltado da faculdade.

-Já deveria estar dormindo não mocinho?

-Sim mãe. To me despedindo do Andrew e terminando esses cálculos e já vou dormir.

-Melhor assim. -Ela o beijou, deu boa noite e saiu.

Na internet, ele disse "Bye" pro amigo, fechou a página do Facebook, deixando apenas a página de metereologia aberta.

Conferiu alguns cálculos e fechou de vez, a misteriosa página de metereologia.

*Hogsmeade é o único povoado totalmente bruxo segundo a série Harry Potter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uma pergunta? Eu devo investir em mais cenas como a que o Andrew pegou o Guilherme sem camisa? Escrever mais, detalhar mais...?
Grato!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Improvável?!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.