Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 29
Algo grandioso!


Notas iniciais do capítulo

Me empolguei ok, rs Obrigado a vocês que decidiram comentar agora, serio, fico extremamente feliz, é bom ver novos rostos nos reviews. Obrigado Thays Seabra pela recomendação.
Espero que gostem, finalmente vamos conhecer alguém muito, muito especial para Melanie. kk
Por favor meus amores, comentem, favorizem e recomendem.
Estamos no fim da nossa fic, isso é extremamente triste, mas a cada fim, temos um novo recomeço.
Bj



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Deus, Beatrice ainda iria me deixar louca com todos os arranjos para o casamento, graças aos céus eu havia sobrevivido aos preparativos de nosso baile de mascaras, que por sinal será amanhã. Andava tão cansada ultimamente, estressada, esgotada. Não tinha imaginado que ser mãe poderia ser tão exaustante, ou gratificante, amava cuidar de Ethan em tempo integral. Ruim era ter de levá-lo comigo nos compromissos malucos que Trice inventava.

– Sim, não é um baile a fantasia sabia? Podemos usar trajes Arrigo sem parecermos idiotas. - graças a deus o baile era amanhã. Trice me encarava como se eu fosse patética. Hoje era a última prova de nossos vestidos.

– Você não parece idiota, muito pelo contrário Cherre, você está divina, uma mãezona gostosa. Nathan vai amar. - minha cunhada sorria maliciosamente, o que me dava medo.

Voltei minha atenção para o vestido, ele era bonito, mas deixava muita pele a mostra. Era de um verde delicado, feito de cetim, possuía uma abertura deixando toda minhas costas a mostra, acompanhada de uma grande fenda em minha perna esquerda, também a deixando a vista. http://jessicacirino.files.wordpress.com/2012/02/maria-menounos-oscar-2012.jpg

– Esta dizendo isso porque não está parecendo uma prostituta grega. Ah não, você parece sim uma prostituta. - o que era mentira! Ao contrário de meu vestido delicado, o de Beatrice era extremamente elegante com sua parte superior bastante decotada. Era preto e muito belo. http://www.madrinhasdecasamento.com.br/2012/03/vestido-festa-preto.html

– Não seja melodramática.

Alguns minutos mais tarde enquanto deixávamos o ateliê que Adden havia dado a Beatrice, decidimos que um sorvete cairia bem.

– É estranho ve-la assim sabe, e me imaginar exatamente da mesma forma daqui alguns meses. – Trice se referia a mim empurrando o carrinho de Ethan, que dormia tranquilamente.

– Sendo franca, não posso dizer que nunca me imaginei assim, porque o fiz, muitas e muitas vezes só que de uma maneira depressiva, pois sabia que não era possível. Como estava enganada não? Graças a uma mulher que nem ao menos conheci, tenho algo inexplicavelmente maravilhoso. Sei que não é a mesma coisa, não é como realmente ter um bebê, mas é o mais próximo disso que posso ter, e é o bastante, é suficiente. Amo Ethan desde que pus meus olhos nele.

Paramos na sorveteria e nos deliciamos com duas Bananas Split. Na volta Trice estava estranhamente silenciosa.

– Você está bem?

– Sim, é só Adden, ele anda meio estranho, distraído e super protetor. Não me permiti ir a lugar algum. – ela suspirava tristemente. – Talvez seja só estresse no trabalho.

Ele realmente andava estranho ultimamente, já tentei perguntar porque, ou puxar assunto, mas não obtive sucesso.

– Sabe acho que... - Trice ia dizer alguma coisa, mas apenas abriu a boca e a fechou em seguida. Parei encarando o que ela olhava tão abismada. A nossa frente um motociclista acabara de atropelar um pequeno filhotinho de cachorro.

Sem pensar, parei o carro e fui em direção ao pequeno animal, o cara da moto simplesmente fugiu. O cachorrinho marrom ainda respirava embora garnisse, meu coração doía por vê-lo assim.

– Temos que fazer alguma coisa Mel. – Trice chorava ao meu lado.

Pense Melanie, pense.

Não era muito, mas era o que tinha. A duas semanas descobri que James havia aberto uma clinica no centro, isso viria a calhar agora que precisava de um veterinário.

Peguei o cão não muito maior que minha mão e o levei até o carro.

– Me dê ele aqui. – o entreguei a Trice e sai cantando pneu.

15 minutos depois estávamos no tal endereço. Vi James fechando a porta da clinica, droga olhei o painel, eram 5:40.

Desci do carro o que chamou a atenção dele, que me fitava surpreso.

– Preciso de ajuda. Um desgraçado atropelou um cachorro e não sabia o que fazer, então o trouxe aqui.

Trice também deixou o carro com nosso pequeno acidentado nos braços.

– Claro, por favor me acompanhe. – James sempre soubera discernir as coisas, mesmo na faculdade.

– Obrigado.

Trice ficou para tirar Ethan do carro.

O segui até uma sala melancólica. No meio dela encontrava-se uma grande maca de metal onde James pediu-me para colocar o filhote.

Depois de algum tempo e mais alguns granidos James se voltou para mim.

– Ela tem algumas costelas e uma pata quebrada. Por ser recém nascida temos uma margem de cura muito grande e mais rápida, a probabilidade de que ela sobreviva é grande.

Soltei o ar sem perceber que o segurava até agora.

– Posso me lavar?

– Claro. – James apontava uma pia, onde fui lavar minhas mãos.

– Vou deixa-la em observação por algumas horas. – assenti, aliviada, ela sobreviveria. – Quer que eu encaminhe para um canil, ou a doe, ...

– Não, vou ficar com ela. – sim, eu ficaria com aquele filhote, não sei bem porque já que sou alérgica a pelo de animais.

– Tem certeza? Não seria problema algum.

Ia responder, porém Beatrice adentrou a sala com meu pequeno Ethan, caminhei até ela e o peguei. Virei-me para James que me olhava como se estivesse segurando um alienígena. Não devia explicações a ele.

– Ele é muito bonito. – meu antigo noivo sorria sem jeito. Era gratificante olha-lo sabendo que não sentia mais nada, talvez gratidão por ter-me feito enxergar o erro que quase cometi ao aceitar me casar com ele.

– Obrigado. – para ele esse era apenas um agradecimento comum, mas para mim ele tinha muitos significados.

– Ligo assim que o resultado de alguns exames que farei nela chegarem.

~~

Ainda naquela noite saímos para jantar, Adden estava cada vez mais estranho, nervoso. Tentei falar com ele algumas vezes nas últimas semanas, Trice também estava preocupada. Não comentamos nada sobre o cão ou James.

– Nos mudamos na semana que vem. - minha amiga parecia extremamente feliz, agora de três meses sua barrigudinha estava mais óbvia.

– Mal posso esperar. - Nathan sendo sarcástico, era algo muito erótico. - Aí! - é eu o chutei.

– O que foi amor, não gostou do peixe? - eu era maléfica. Embora estivesse um pouco estressada nas últimas semanas, também me encontrava com um humor sombriamente sarcástico em algumas ocasiões.

– Não querida. – meu futuro marido parecia irritado, ele ficava adorável assim.

– Ei Mel, onde deixaram meu sobrinho? – devo enfatizar que ver Adden falar de boca cheia era engraçado.

– Com Susan, ela disse que não se importaria de ficar com ele essa noite.

– Acha que consegue engolir a comida antes de falar querida? – Nate me olhava sugestivamente. Droga, enquanto ria de Adden não percebei que também falava com a boca cheia.

Coloquie mais um punhado de comida na boca e disse, infantilmente eu sei – Perfeitamente amor.

Trice e Adden riam enquanto Nathan me olhava ameaçadoramente.

– Acho que merece um castigo por isso Srta. Davis. – não sei se foi o fato dele estar sussurrando em meu ouvido, ou estar subindo sua mão até o meio de minhas pernas que me fez estremecer.

– Concordo plenamente senhor. – respondi, escorregando minha mão, casualmente ate sua ereção.

– Sugiro que pare, ou vou leva-la até um dos banheiros e querida, não serei nada gentil. – Deus, ele me fazia queimar de todas as formas possíveis com apenas algumas palavras.

– Não sou tão delicada quanto pensa amor.

Alguém pigarreava, irritada olhei para Adden e Trice que pareciam um tanto constrangidos.

– Ahn, desculpem mais estamos num restaurante sabem, com pessoas, publico. – essa era uma sugestão de que eles sabiam o que estávamos fazendo, acho que devo ter corado um pouco.

– Sabemos perfeitamente disso querido irmão. – Nathan praticamente rosnava para Adden.

– Quero uma sobremesa, doce, muito doce. – apenas pensar em algo doce me fazia salivar.

– Eu também. – como Trice me apoiava, os garotos não poderiam dizer não a uma mulher grávida.

~~

A noite fora maravilhosa, e o resto dela melhor ainda, em outras palavras eu fui devidamente castigada.

Quando acordei já passavam do meio dia. Puta merda, Ethan.

Nathan deixou um bilhete em seu travesseiro.

“Não se preocupe sobre Ethan, vou pega-lo, dia de garotos hoje. Amo você, esteja pronta as oito.

Sempre seu, N”

Aliviada por Nate estar com Ethan, desci as escadas até a cozinha a fim de tomar um café. Abri a geladeira e o cheiro de algo morto atingiu-me. Não sabia identificar da onde vinha, só sei que era repugnante, então me livrei de tudo o que achava que podia ser a causa do mal cheiro, peixes, queijos, alguns molhos...

No final quase não sobrou muita coisa, apenas, leite, ovos, manteiga, o pudim que havia feito ontem de manhã e um suco de laranja.

Depois de um banho, decidi ir ao supermercado, já que tinha acabado com a minha geladeira. Acho que demorei umas 2 horas, e porra, gastei mais de 700 dólares. Tentei me convencer que a culpa não era dos Donuts, nem dos bolos instantâneos, ou as outras dezenas de tipos de doces que peguei e sim por termos um bebê em casa agora e ele precisar de muitas coisas.

Ir ao mercado era exaustivo, quando finalmente abri a porta de casa aliviada, vi um envelope no chão. Peguei a única sacola que consegui trazer comigo do carro e a levei até a cozinha, depois voltei, peguei o envelope e o abri, o que vi fez meu coração parar de bater por alguns míseros segundos. Nele havia uma foto de Nathan com Ethan no colo, ela marcava a data de hoje, fora tirada a quase uma hora. Corri meus olhos pelo maldito bilhete e o que li me fez querer chorar.

“Brincando de casinha ursinha?”

~~

Durante todo o resto do dia cogitei não ir ao baile, algo me dizia para não faze-lo. Trice apareceu as 6h, tentei evitar deixa-la mais preocupada do que já estava em relação a Adden, então apenas sorri e fingi estar bem, e não com um turbilhão de sentimentos indistintos passando por mim.

– Não disse, eu sempre estou certa Mel. – e dessa vez ela estava, eu realmente ficara bonita com o vestido verde agora acabado, ele realçava meus olhos, minhas curvas, meus seios, tudo. – Ele é divino, simplesmente perfeito, mal posso esperar para ver o que esta fazendo com meu vestido de noiva.

– Nem tente mocinha, ele será uma surpresa.

Beatrice tanto quanto eu sabia que odiava surpresas.

– Não me olhe assim, sabe que essa será algo positivo, algo que nunca irá se esquecer. – Trice havia posto na cabeça que eu não podia ver o vestido até o dia do casamento, eu confiava nela, mais do que em mim mesma até, sabia que o que ela preparasse seria grandioso, seria perfeito, então apenas dei de ombros e aceitei sua sugestão. - ela foi embora para se arrumar, deixando-me apenas com a escolha dos brincos.

Quando Nathan pôs os olhos em mim, vi neles muito mais do que palavras poderiam expressar, surpresa, orgulho, adoração, irritação, descrença.

– Não, porra, de jeito nenhum você vai sair assim hoje. – serio?

– Não diga besteiras amor. – falei pegando minha bolsa de mão.

– Não estou brincando, vá se trocar. – Nathan me olhava como um pai mandão, isso era sexy, mas me irritava. E ele estava sexy como o inferno, em um terno azul marinho extremamente caro.

– Não me diga o que fazer. – ah Deus, por que diabos eu queria chorar?

– Merda, não chore amor, apenas gosto tanto de vê-la assim, que não quero que outro homem também tenha esse prazer.

– Desculpe, eu só... – não sabia o que dizer, apenas o abracei, forte, como se minha vida dependesse daquilo, dele, de seu calor, de seu toque. – Amo você Nathan Clark, espero que nunca se esqueça disso.

– Não irei pequena, sempre a terei junto de mim para lembrar-me o quão sortudo eu fui no dia em que te acertei com aquela porta. – ele sorria, mais eu não conseguia sorrir, ao invés disso, queria simplesmente tirar as roupas que nos separavam e nos fundir como um só. Esse era o meu refugio, o meu lar, onde ele estivesse eu também estaria, não só em corpo, mais em espirito.

– Para todo o sempre? – perguntei.

– Sim, para todo o sempre.

Fomos para o baile, Nathan havia deixado Ethan com Susan outra vez, ela era obcecada em nosso filho, assim como eu, e prometeu nos encontrar lá.

Colocamos nossas mascaras e adentramos o grande salão das Industrias Clark, vi alguns rostos conhecidos, a maioria dos que se encontravam lá eram funcionários.

Vi uma criatura pequenina de cabelos escuros e olhos verdes vindo em nossa direção, Pamela. Ela estava muito linda em um vestido amarelo elegante e jovial, ao seu lado havia um homem que não conhecia.

– Olá Pam. – disse sorrindo.

– Oi Mel, Nathan. Esse é Max, meu ahn, amigo. - era minha impressão ou apenas a iluminação do lugar ou Pamela tinha corado?

– Oh claro, prazer em conhece-lo Max, sou Nathan Clark e essa é minha noiva, Melanie Davis.

– O prazer é todo meu, felicidades pelo noivado.

Alguns minutos mais tarde Adden e Beatrice chegaram, ela estava bem reconhecível por sua barriga e os cabelos cor de fogo.

Cumprimentamos quase todos no salão e nada de Susan e Peter aparecerem. Acho que Nathan percebeu minha tensão, pois me conduziu até o meio do salão onde casais dançavam.

– Espere um minuto amor. – então ele se foi.

Um minuto mais tarde nossa musica começou a tocar e o vi caminhando para mim novamente. Não pude impedir uma lágrima de rolar.

http://www.youtube.com/watch?v=NdYWuo9OFAw

– Me concede a honra senhorita? – alguns poderiam achar aquilo brega ou antiquado, eu achava perfeito.

– Sim.

Então estávamos dançando, ele era ágil, determinado, sabia o que estava fazendo. Eu apenas flutuava, deixando-o me guiar.

– Amo você Srta. Davis.

Era estranho mais senti um aperto no peito.

– Também amo você Nathan. – sussurrei antes de beija-lo, como nunca beijei antes.

– Com licença? – nos viramos para encarar um senhor.

– Paul? – Nathan o conhecia, por que puxou o velho para um abraço de urso, temi que fosse o esmagar. Minha garganta estava seca, acho que um Martine cairia bem.

Fui até o bar e fiz meu pedido. Olhava algumas fotos aleatórias em meu celular quando senti o cheiro dele, mesmo depois de todo esse tempo ainda era o mesmo. Nem mesmo levantei o olhar antes de dizer. – Boa noite James.

– Olá Mel.

– Algo errado com o filhote?

– Não, ela esta indo muito bem, estou aqui por outra coisa. Estou aqui por você.

– Por mim? Não entendo, pensei ter deixado claro a você que vou...

– Não, só me escute por favor. Nathan esta mentido para você, desde o inicio, tudo foi estrategicamente planejado Mel.

– James ...

– Por favor, olhe, tenho provas. – ele disse me estendendo um envelope.

O peguei relutante e abri, tirando de lá um papel. Comecei a lê-lo e não sabia o que pensar.

“Deixo meu filho primogênito com posse total das Indústrias Clark, tendo ele de se casar em um ano após assumir o cargo provisoriamente até consumar o ato. Caso ele não o faça as Indústrias devem ser postas a leilão”.

Uma clausula?

– O que esta querendo dizer com isso?

– Pense Mel, Nathan estava desesperado e então você aparece, inteligente, encantadora, é perfeito não acha? Você estava machucada e ele se aproveitou disso.

– Pare James, Nathan jamais faria isso comigo, ele não é como você. – digo, embora minha voz falhe um pouco.

– Mel tente...

Meu celular apita, o que significa uma mensagem. A abro.

“Susan sempre foi tão descuidada não acha? Deixando criancinhas assim. Aproposito, adorei a cor dos olhos de seu pequeno mascote, azuis, se não fosse pelo cabelo ele passaria facilmente como uma cria sua. Acho que ele quer dizer oi a mamãe, então por que não vem aqui fora ursinha? Traga um casaco, esta meio frio sabe.”

Isso não esta acontecendo, não pode estar acontecendo. Inspiro, expiro, inspiro, expiro.

– Você esta bem? – James parece preocupado. Não o deixe saber, aja naturalmente.

– É só uma tontura, nada de mais, acho que preciso de um ar. Até James. – saio o deixando sozinho sem entender muito. Caminho cuidadosamente em direção as portas que me levaram a ele. Não vou chorar, não me permito desmoronar, apenas continuo. Quando dou por mim já estou lá fora, desejando ter trazido um casaco como o maldito dissera. Olho para todos os lados, não vejo ninguém, o silencio me assusta.

– Pensei que não viria ursinha.


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Notas finais do capítulo

http://damonsalvatorebrazil.blogspot.com.br/2013/04/photoshoot-ian-somerhalder-para.html
http://pt.hallpic.com/papel-de-parede/547047-homem_terno_Venezianas_chapu_Jensen_Ackles/
Mereço Reviews, curiosas?
Talvez eu seja um pouquinho má, rs