Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 14
As pessoas sempre partem...


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, tive alguns contratempos e problemas pessoais, sinto muito, espero que entendam.
Tentei não chorar nesse capitulo.
Indicações :
Sob a pele - Jullie Clark
Alice - Brih Monteiro
PS: Comentem por favor, comentários são o meu combustivel e fazem tão feliz.
BJ BJ



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– Nathan

Era muito bom dormir e acordar ao lado dela todos os dias. Hoje era segunda, Melanie dormia tranquilamente ao meu lado, ela não fazia ideia do que a aguardava hoje.

“ – Você tem certeza Nathan? Não acha que é muito cedo? – Susan estava insegura quanto a minha decisão, não importava pediria Melanie em casamento com, ou sem o concentimento dela ou de qualquer um.

– Não Suzzie, nós nos amamos, e nunca estive tão feliz. – respondi.

– Estou muito orgulhoso de você. Ela merece alguém que finalmente a faça feliz, e acho que você talvez possa ser esse cara. – Não pude deixar de rir, Peter era sempre assim, compreendia minhas decisões.

– Ficarei feliz em ser seu padrinho Brother. – Adden sorria genuinamente. O que me encomodava era a preocupação no rosto de Susan. Ela sempre gostara tando de Melanie, porque agora essa obgessão contra nosso possivel casamento?

– Suzzie? – perguntei.

– Tudo bem Nate, mas se você a machuca-la... – não a deixei terminar, a abracei dando vários beijinhos em sua bochecha.

– Amo você Suzzie.”

Quase perto da hora do almoço ouvi batidas na porta. Estranho Melanie não batia.

– Entre. – disse.

Levantando o olhar vi Hanna entrando. Deus essa mulher nunca desistia?

– Olá Nathan. – ela parecia uma cobra pronta para dar o bote, o sorriso em seu rosto me intrigava.

– Estou ocupado Hanna, não tenho tempo para seus caprichos. Melanie e eu estamos indo almoçar, se me der licença. - disse me levantando.

Ela veio em minha direção e atirando-se contra mim. Ela era patética.

– Pelo amor de Deus Hanna, nos não temos nada. – falei tentando afasta-la.

– Então porque dormiu comigo Nathan? – Essa era uma boa pergunta, a qual não podia responder.– Peço que se retire Hanna, nós não temos e nunca teremos nada, nunca. – ela parecia impaciente agora.

– Não creio que seja possível Nathan, estou grávida de um filho seu. – acho que não ouvi direito o que ela disse, ou talvez só tivesse escutado errado. Ela disse filho?

– O que?

– Sim Nathan, um bebê, creio que saiba como eles são feitos. – isso não podia estar acontecendo, tinha de ser algum tipo de brincadeira idiota. Eu, pai ? Não suportava crianças.

– Pare Hanna, isso é muito baixo, até mesmo para você.

– Então explique isso. – disse ela, tirando um papel da bolsa. Peguei-o lendo. “Teste de gravidez, ....... POSITIVO” Não aquilo não estava acontecendo. – Espero que veja a segunda chance que estamos tendo Nate, podemos voltar a ser o que éramos antes, podemos fazer dar certo. – falou ela inclinando-se para mim, e me dando um casto beijo no canto dos lábios.

Fiquei assistindo enquanto ela deixava a sala.

Não vi o tempo passar, nem tão pouco me importei com ele. Algumas horas e uma garrafa de uísque depois, Pamela entra em minha sala.

– Onde a Mel esta?

Droga, não queria ter de encara-la, se o fizesse e teria de fazê-lo, o que diria? “Case comigo?, ah minha ex-noiva esta grávida, de mim” Eu era um fracasso, tinha certeza disso agora.

Como não respondi, ela continuou – Fui até a sala dela na hora do almoço e não a encontrei, liguei e deixei mensagens, ela não responde. Já são 5h, estou preocupada. – a aflição em sua voz era evidente. O que chamou minha atenção, já eram 5h? Ela estava sumida a quatro horas?

Peguei o celular tentando ligar para ela, porém como Pamela disse, ela não atendia.

– Vou encontra-la não se preocupe Srta. Davenport. – disse saindo o mais rápido que pude.

Enquanto ainda tentava falar com ela pelo celular, fui para meu apartamento, nenhum sinal dela. Em seguida fui até a sua casa, Melanie também não estava lá. O medo tomou-me, e se aquele bastardo tivesse posto suas mãos nela? Como eu fora tolo, demorei quatro horas para perceber que ela tinha desaparecido. Depois de ir ao Nani’s e não encontra-la, estava desesperado começara a chover muito, não sabia o que fazer. Foi então que lembrei “Kirsten adorava o Alamo square park, moravamos ali perto. Quando ela se foi, Susan e Martha me levam lá.” O park, dirigi mal vendo o transito. Quando desci do carro em meio a chuva gelada, sai correndo, a encontrei embaixo de uma árvore, ela tremia, seus lábios estavam roxos. A tomei nos braços quando ela desmaiou, Deus como ela estava fria, levei-a até o carro a depositando no banco de trás. Não podia perdê-la, não agora que a tinha encontrada novamente.

Duas horas depois eu já havia dado banho nela, e Brian ja a examinara. Durante dois dias angustiado a assisti dormir. Já estava ficando louco. Na manhã do terceiro dia, desci para comer, não porque estivesse com fome, mas porque ela precisava de mim, tanto quanto eu precisava dela. Quando voltava ao quarto tive a surpresa de ve-la em pé ao lado da cama, ela apenas ficou ali olhando-me, a dor refletida em seus olhos , corri até ela quando a vi ceder.

– Venha, vou colocar você na cama. – disse.

– Não quero mais ficar na merda dessa cama – a dor em suas palavras me fez recuar um pouco, ela sabia? - Me deixa Nathan, posso andar sozinha. – ela disse dando se afastando de mim.

Fui até ela, prendendo a mim em um abraço.

– Não Melanie, não pretendo deixa-la. – droga eu ia chorar, como aqueles filhos da puta em filmes de garotinhas, foda-se. – Sinto muito, juro que não a toquei depois de você.

– Então como Nathan? Como? – queria mentir e dizer que nada disso era verdade, mas não podia, não para minha Mel.

– Naquela noite quando encontrei você e Pamela no restaurante, eu bebi muito, a levei para casa e não me lembro de mais nada, só de que acordei na cama de Hanna, com ela ao meu lado.– eu tinha começado, agora teria de terminar, mesmo que me matasse por dentro olhar dentro daquela imensidão de azul em seus olhos, e ver a dor neles. – Por favor Mel, não sei o que fazer. Quando ela veio até mim, tudo o que pensava era em como me livrar dela para poder estar com você, e depois quando ela disse, disse que... – depois que ela disse “Ei Nate, estou grávida e adivinhe, É SEU” - Mesmo depois do que ela disse, eu ainda queria você Mel, quando a procurei e não encontrei comecei a pensar que aquele bastardo podia ter te pegado. Procurei você em todos os lugares que achei que podia estar, e então me lembrei que você disse que Kirsten costumava te levar até o parque. Cheguei lá e vi você embaixo daquela árvore no meio da chuva, - vi quando ela olhou para mim, e a surpresa em seu rosto delatou a verdade, eu de fato estava chorando. Não fazia isso a anos, nem sabia que ainda tinha essa capacidade, mas a mera possibilidade de perde-la era tão dolorosa que não me importava de chorar. – você estava tão fria Mel, e quando você desmaiou eu a trouxe para casa, chamei Brian que a examinou, mesmo assim você não acordava e eu pensei, pensei que fosse perde-la. – a lembrança dela, fria, molhada e sem vida, atormentou-me desde o momento em que pus os olhos nela embaixo daquela maldita árvore, e saber que eu havia causado isso, era imperdoável.

– Por favor Nathan, preciso ficar sozinha. – ela não me queria. Não me olhava mais nos olhos, aparentava estar tão distante. Meu peito doía.

– Não faça isso Mel, preciso de você. Entenda, amo você e nada nem ninguém irá mudar isso. Por favor não me afaste. –as lágrimas vinham mais rápido agora.

– Não posso mais fazer isso Nathan. – suas últimas palavras me quebraram emocional e fisicamente, apenas fiquei assistindo enquanto ela corria até o banheiro.

Nem ao menos me lembro de como exatamente cheguei até minha casa, mais aqui estou eu, bebendo todo o uísque que encontrei e quebrando algumas coisas.

–-------------

Droga minha cabeça doía, meu peito doía, eu estava mesmo fodido. Levantei, precisava de algo para me ocupar, depois iria até a casa dela, não iria desistir, Melanie Davis seria minha, de certa forma ela sempre fora. Corri até meus pulmões não suportarem, a exaustão me impedia de pensar, pensar doía.

Ás 7h entrava no condomínio de Melanie. Bati na porta e toquei a maldita campainha até meus dedos ficarem inchados. Talvez ela já tivesse saído, afinal era terça, dia de trabalho.

Quando dava a volta e passava pelos portões vi Jorge, o porteiro, que acenava para que eu parasse.

– Bom dia Sr. Clark.

– Bom dia Jorge. Viu a Melanie hoje? – perguntei meio impaciente.

– Sim, ela saiu no meio da noite, estava apressada. – o velho não dizia coisa com coisa, Melanie não sairia no meio da noite, não estava em condições para isso. Com toda a calma que pude, perguntei. – Para onde?

– Para onde eu não sei, mas carregava malas. Veja ela deixou isso, pediu que eu lhe entregasse. – disse ele apontando o que parecia uma carta.

Quando peguei o objeto me vi a 3 anos atrás abrindo uma carta que sabia, ia me quebrar. Respirei fundo e a abri.

“Nathan, não acho que posso lidar com tudo isso agora, fui embora, por favor, não me procure.

M.”

Melanie tinha me deixado, como Hanna fizera. Eu era um fodido de merda.


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Notas finais do capítulo

Comentem gente :)) Até a proxima.