Depois de passarem a tarde juntas, Sakura, na cia de Tomoyo, levou Nadeshico para a casa em que ambas moravam, e lá, enquanto as duas amantes preparavam o jantar, observavam a menina escrevendo algo no caderno, Sakura se orgulhava da filha que tinha.

SAKURA – Olha como ela está linda.(com um sorriso iluminado)

TOMOYO – A Nadeshico é a menina mais encantadora que já vi.

SAKURA – Eu sei.

TOMOYO – Não foi certo ter aberto mão da guarda dela e...

SAKURA – Já chega, Tomoyo!(falando com energia, mas baixo para que a filha não escutasse) - Não vamos tocar nesse assunto.

Sakura quis logo cortar aquele assunto, o fato de ter aberto mão da guarda da filha era um assunto que a incomodava, mostrando que tinha algo por trás dessa decisão.

NADESHICO – O que as duas estão conversando?(ainda sentada à mesa olhando para elas)

SAKURA – Nada querida! Estava falando que a Tomoyo trabalha muito.(ela olha para Tomoyo) – Não é, Tomoyo?

TOMOYO – Claro.

Tomoyo trabalhava como figurinista de um estúdio de cinema, apesar de ser rica, ela fazia questão de trabalhar, pois gostava do que fazia, preterindo assumir a administração da empresa de sua mãe, enquanto Sakura cuidava dos afazeres domésticos da casa em que moravam.

MAIS TARDE

Já eram quase 11 horas da noite e Sakura estava no quarto da casa que era usado por Nadeshico nas vezes que ela passava a noite, sentava na cama em que a filha estava deitada.

SAKURA – Você está bem acomodada, querida? Não quer um outro cobertor?

NADESHICO – Eu estou bem, mãe... a senhora está igual ao papai.(rindo)

SAKURA – A verdade é que tanto ele como eu, nos preocupamos com seu bem estar.(acariciando o rosto a menina) - Nadeshico.

NADESHICO – O que foi, mamãe?

SAKURA – Você sabe que eu te amo muito, não é porque eu não fico o tempo todo com você que eu te ame menos.(uma lágrima cai do rosto dela) – Você é a melhor coisa que me aconteceu.

NADESHICO – Não chore, mamãe.

Nadeshico se levanta para abraçar Sakura, a menina queria mostrar a mãe que nenhum momento duvidara do amor que tinha por ela, essa cena era observada por Tomoyo, que ia entrando, mas preferiu não interferir naquele momento, preferindo voltar para sala à espera de Sakura, que minutos depois, estava saindo do quarto de Nadeshico.

TOMOYO – Você estava chorando?(ao observar os olhos lacrimejados de Sakura)

SAKURA –Bobagem, já passou.(tentando secar as lágrimas com as mãos)

TOMOYO – Não é bobagem!(ela encara a amante) – Você sabe o que tem que fazer.

SAKURA – Tomoyo, nós já discutimos isso... eu já tomei a minha decisão.

TOMOYO – Mas olha como isso está te fazendo mal, a cada vez que recebemos a visita da Nadeshico você fica mais feliz, mas em compensação a cada vez que ela vai embora com o Shoran para Hong Kong, você fica cada vez pior.

SAKURA – Tomoyo, eu não quero mais falar disso.

Sakura fechava os olhos, aquele assunto realmente a deixava incomodada e por isso ela foi para o quarto para acabar com aquele assunto, mas Tomoyo foi atrás dela e já estando dentro, tratou de fechar a porta.

TOMOYO – Você tem que contar para Nadeshico porque abriu mão dela e...

SAKURA – Não!(ela gritou) – Ela não tem que saber de nada... a Nadeshico é minha filha e não sua, portanto eu decido o que fazer, isso não é da sua conta.(Tomoyo ficou magoada)

TOMOYO – Eu sei que ela não é minha filha, mas eu a amo como se fosse, pois ela é sua filha.(Sakura percebe que foi dura demais)

SAKURA – Tomoyo.(ela segura na mão de Tomoyo) – Eu não devia falar assim com você, por favor me perdoe.

TOMOYO – Viu como isso está te fazendo mal? Anos atrás seria impossível vê-la gritando assim comigo... e isso é da minha conta sim, pois isso está te fazendo sofrer e vê-la sofrer me faz sofrer também, eu te amo, pôxa!

SAKURA – Eu também te amo.(ela da um selinho na amante) – Mas eu ainda peço que deixe que eu mesma cuide desse assunto, não interfira, por favor.

TOMOYO – O.k.! Como quiser, eu sempre estarei do seu lado.

SAKURA – Por isso é que eu te amo tanto.

Sakura e Tomoyo se beijam apaixonadamente para logo em seguida caírem na cama onde iriam ter mais uma noite de amor.

DOIS DIAS DEPOIS

Depois de ter passado o final de semana inteiro com a filha, Sakura, na cia de Nadeshico, estava em frente a casa que Shoran morava quando ficava no Japão.

SAKURA – Chegamos, querida.

NADESHICO – Por que a tia Tomoyo não quis vir?

SAKURA – Não é que ela não quis, ela ter que trabalhar.

Enquanto esperavam que alguém abrisse a porta, Sakura e Nadeshico sorriam uma para a outra até que finalmente a porta se abre e Shoran aparece diante das duas.

NADESHICO – Papai.(abraçando ele)

SHORAN – Oi querida.

Continuando a abraçar a filha, Shoran ignorava completamente a presença de Sakura, preferindo nem se quer olhar para a ex. esposa, mas mesmo assim, Sakura quis cumprimenta-lo.

SAKURA – Como vai, Shoran?

SHORAN – Bem.(seco) – Então até a próxima.

Ele ia fechar a porta, mas Sakura a segura se colocando mais a frente, impedindo Shoran.

SAKURA – Podemos conversar?

Shoran, com cara de poucos amigos, olhou bem nos olhos de Sakura e depois olhou para Nadeshico, que estava acompanhada de Wey.

SHORAN – Nadeshico, vá para seu quarto, o Wey a acompanha.

NADESHICO – Tá papai!

Prontamente a menina obedece, subindo para seu quarto, ela pressentiu a ira do pai, que vendo que finalmente estava fora de vista da filha, se virou para Sakura.

SHORAN – Como tem coragem de pedir para conversarmos? Não há nada para se conversar.

SAKURA – Pelo amor de Deus, Shoran! Nós temos uma filha em comum, quer queira que não, temos muito o que conversar.

SHORAN – Você abriu mão dela há anos para se juntar com aquela outra.

SAKURA – Não fale assim, Shoran... eu só quero que não me trate assim na frente da Nadeshico, ela não tem que ver nossa animosidade, você é um pai cuidadoso, sabe que estou certa.

SHORAN – O.k.! Vamos conversar à respeito.

Shoran abre totalmente a porta e da passagem para Sakura entrar na casa dele.

Próximo capítulo = O amor à prova