Os Sobreviventes escrita por Beta23


Capítulo 26
A segunda captura é sempre a melhor


Notas iniciais do capítulo

ufa, to postando depois de tanto tempo sem poder postar. Queria agradecer aos deuses, sem eles não teríamos semideuses, logo, não teríamos Leo Valdez. Agradecer á Suzanne Collins, aquela diva maravilhosa, por ter feito The Hunger Games, uma saga para lá de perfeita. Chega de agradecer, um beijo á todos vcs, se eu não postar amanhã é pq eu fiu ver EM CHAMAS NO CINEMA!!!!!!! ANIMADISSIMA E SUPER ANSIOSA PARA VER ESSE FILME, AMO DEMAIS!.
Até as notas finais....



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POV Daniel.

– Daniel, que direção eu sigo agora? – perguntou-me Floquinho.

– direita no rochedo – repeti pela quinta vez – direita no rochedo, siga em frente e encontre a caverna.

– certo – falou

Floquinho guiou nosso corpo até o rochedo, virou a direita e seguiu em frente, pelo menos uma coisa de navegação ele sabe seguir, ordens expressas.

Sim, eu deixei-o controlar. Após um dia inteiro de tentavas falhas de sua parte, eu finalmente cedi e deixei-o assumir, mas o fiz prometer que seguiria minhas ordens, o fiz jurar pelo rio Estige. Ele não sabe nada sobre o rio Estige, então, eu disse á ele que se ele quebrasse a promessa, morreríamos. Floquinho não é lá muito brilhante, omiti a parte em que isso fazia parte de um livro que eu era fã.

– achei a tal caverna – falou, suspirando de alivio – o que procuramos agora?

Pensei um pouco, o relevo de uma grande cadeia de montanhas apareceu em minha/nossa mente, deixei-o ver o contorno, assim reconheceria-o quando o víssemos.

– o que tem aí? – perguntou

– se eu estiver certo, o que sempre estou – falei – é para onde a Mel levou a Bonnie.

– presunção, típico dos humanos – resmungou – e se não encontramos nada lá?

– pensamento positivo – repreendi – eu não sei como chegar lá, ou como entrar, mas a Mel disse algo sobre isso quando ainda éramos vizinhos. Algo sobre seu tio Geb ser fascinado pelo lugar.

– e se esse tio tive sido capturado? – perguntou

– Geb não – falei – você não conhece aquele velho.

– sim, qual é o plano? – perguntou – passar mais três dias nesse deserto e morrer ressecado?

– você é muito pessimista Floco de Neve – reclamei – eles devem nos ver, eu sei que vamos chagar lá.

– como pode ter tanta certeza? – perguntou

– é da minha irmã que estamos falando – falei – faça o que eu disse, lembre-se do juramento que fizemos.

Ele estremeceu, sorri internamente.

esse é meu garoto – falei – continue, está indo muito bem.

Floquinho continuou andando pelo deserto, tive tempo de pensar comigo mesmo.

Eu não tinha a mínima ideia do que devia fazer, mas eu sabia que devia começar pela montanha. Não sabia como, mas tinha um pressentimento quanto aquele lugar.

Ainda mais agora, querendo mais do que tudo encontrar Bonnie.

– Daniel, quem é essa? – perguntou-me Floquinho.

Droga! Eu pensara em Bonnie, sem tomar o cuidado de esconde-la de Floquinho.

– Daniel? – chamou – responda

Continuei calado, a imagem da jovem de cabelos negros e lisos não saia da minha mente.

– ela parece sua mãe – comentou – é outra das suas primas?

– é – menti – uma prima muito distante.

Ele continuou olhando para o rosto da minha irmã, observando vagarosamente o contorno de seus lábios, dimensionando varias vezes seus olhos brilhantes. Comecei á me sentir mal, Floquinho não percebia, mas estava analisando minha irmã, exatamente como os garotos analisam as garotas.

– como ela se chama? – perguntou

Marie – não era totalmente mentira, já que estávamos falando de Bonnie Marie Clark.

– bonito nome – disse

Fiquei em silencio, ele continuou revirando o rosto da Bonnie na minha frente, até eu não suportar mais e gritar.

para Floquinho! – mandei – não olha para ela assim.

– calma Daniel – falou, espantado – eu não tive maldade.

– chega de olhar para ela – falei – nunca mais pense nela.

– Dan, tenha calma – pediu – por favor, você está me assustando.

Tentei ficar calmo, contei até cem duas vezes, até conseguir parar de torturar Floco de Neve com visões catastróficas. Ele continuou em silencio, só me perguntava coisas relativas ao deserto de vez em quando, mas sempre foi cauteloso, eu mesmo admitia, tinha pegado pesado com ele.

foi mal Floquinho – falei – me desculpe.

– tudo bem Dan – falou, sua voz estava frágil – eu infligi seus limites, me perdoe.

Fiquei calado depois disso, mas não pude parar Floquinho. Mesmo sem querer, ele acabou pensando em Bonnie novamente. Tive raiva de mim mesmo, não devia ter exposto minha irmã dessa forma, agora Floquinho já sabia como era seu rosto, se a visse, a reconheceria.

– devia ter um carro escondido no meio do deserto? – perguntou

Realmente, tinha um carro escondido no meio do deserto. Estava muito bem camuflado, só conseguíamos ver porque me avô me ensinou algumas coisas sobre camuflagem, e o retrovisor esquerdo estava para fora, ao que indica que seu dono saiu com pressa.

– Daniel, eu vou ver – falou – qualquer coisa, assuma. Eu não saberia lutar.

tudo bem – concordei.

Floquinho avançou com passos lentos, não fiquei com raiva, estava apenas sendo cauteloso,isso era bom. Tentei não ficar muito nervoso enquanto apenas assistia Floquinho agir, ele ia bem devagar, com medo, aumentando ainda mais a tensão do momento.

Floquinho – falei – não abra a porta, é uma armadilha.

como sabe? – perguntou

– apenas obedeça – falei – e dá para ver a corda por baixo da porta.

Floquinho procurou a tal corda, achando-a escondida atrás do capô do carro.

desarme – falei – pegue meu canivete e corte-a.

– eu não sei usar um canivete – falou

é como cortar pão – falei – apenas memorize, arraste para cima e para baixo.

– vou tentar – falou

Acompanhei seus movimentos hesitantes com o canivete na mão, demorou, mas Floquinho conseguiu ganhar confiança em si mesmo, e corda se rompeu, desarmando a armadilha.

– quem deixou isso aqui? – perguntou

se eu soubesse, daria um tiro em seu pâncreas – falei – amador barato.

Floquinho riu, nem se importou com o fato de eu ter citado um tiro em alguém, não estou brincando quando digo que estava mudando a natureza daquele carinha. Ele abriu a porta, e acabamos no chão. Acho que subestimei o dono da armadilha, era apenas uma distração, e eu fui burro o bastante para cair.

– peguei! – disse uma voz.

Oh não, eu precisava do controle.

– pegue-o – disse Floquinho

– ainda não – falei – espere.

Três homens nos cercaram, todos sem a esfera prateadas, humanos. Eu poderia dançar o Harley Shake, se eles não tivesse me amarrado até os dentes.

– me soltem – disse Floquinho, deixando seu medo transparecer – por favor, me deixem ir.

O maior deles nos socou o nariz, ouvi Floquinho gemer em minha mente, e externamente também, enquanto o segundo segurava o braço do cara maior.

– Kyle – repreendeu – sem machucados, a Peg vai ver isso.

– dane-se – disse o tal Kyle

– a Sunny também vai ver isso – disse o terceiro cara.

– droga – disse Kyle – levantem-no, quero ir embora daqui, hoje foi um dia longo.

– Jack, ajude-o – disse o segundo cara – eu vou trazer o carro.

– falou – disse o tal Jack.

Eles me ergueram juntos, Floquinho não parava de gemer e tremer, chorando de medo.

– Daniel, assuma – pediu – por favor, eu estou com medo.

calma Floquinho – falei – eu já vou.

Expulsei-o gentilmente do posto de comando, Floquinho me deu a passagem de bom grado, chorando internamente. Recuperei meu corpo bem na hora que os caras me jogaram na traseira de uma picape, cobrindo meu rosto com um saco. Senti alguém me empurrando para o lado, com força, mas não tanta.

– Ian, vai com o Jack – reconheci a voz de Kyle – eu ficou com o novato.

– não mesmo, esse tem que chegar inteiro – disse Ian – encomenda especial.

Ouvi resmungos, mas eles devem ter concordado, eu chutaria dizendo que eles são irmãos, era o mesmo relacionamento que eu tinha com a Bonnie.

– quem são vocês? – perguntei – para onde estão nos levando?

– nos? – perguntou – espera aí, seu humano não foi suprimido?

– eu sou o humano – falei – e estou no controle

– não acredite nele, Ian – reconhecei a voz de Kyle – deve estar mentindo.

– almas não mentem – disse Jack

– ele ta certo – falei – me chamo Daniel, e você?

Silencio, esperei pela resposta, apenas para tentar distraí-los enquanto tentava desamarrar as cordas em meus pulsos.

– Daniel? – perguntou Jack – como o irmão da Bo...

– Jack! – disse Kyle – calado, ela vai te matar se disser algo, sabe que não se brinca com aquela garota. Esqueceu o que ela fez com o Spencer?

Ouvi risadas, meu coração deu um solavanco, o sobrenome de Jake era Spencer, Bo era o começo de Bonnie, e eu conheço aquela garota, ela sempre fora viciada em luta.

– aquele lá vai ficar infértil – disse Ian, contendo o riso – quem manda mexer com a mulher dos outros.

ESPERA AÍ, Bonnie era a mulher de quem? Quem era o filho de uma fruta que pegara a minha irmã?

Daniel, estamos sendo raptados e você fica com ciúme de uma garota que pode não ser a nossa irmã? – disse Floquinho – eu quero controlar, você não pensa mesmo.

– calado Floquinho – falei – espere e verá

– Floquinho? – perguntou Ian

– minha alma – expliquei – na verdade, é Floco de Neve, mas eu tenho preguiça de dizer tudo.

– com certeza é o Daniel certo – disse Jack.

– Jack – disse Kyle, um alerta.

– qual é, olha só para ele – disse Jack – parece mais com ela do que outra coisa.

– espera aí um segundo – falei, começando á ter um ataque de adrenalina – vocês conhecem a Bonnie?

Silencio, ofeguei.

– Bonnie Clark – falei – Bonnie Marie Clark, droga, eu sou Daniel Clark.

Silencio, soltei um suspiro aliviado.

– morena, cabelos lisos e cumpridos, olhos negros – falei, analisando a imagem de Bonnie – e tem aquele sorriso que faz todo o mundo em volta dela sorrir também.

– é ele – disse Ian

– eu disse que conseguiria! – falei, animado demais para caber em mim mesmo – a minha Bonnie está viva!

Daniel, você mentiu para mim – disse Floquinho – disse que aquela garota era a sua prima.

– desculpa cara – falei – senso de preservação.

– precisam me levar até ela – falei – por favor.

– calma Daniel – disse Jack – é para lá que estamos indo.

Dei uma risada aliviada, eu estava no caminho, estava indo até minha irmã.

Eu vou vê-la outra vez, vou abraça-la até perder os braços, vou ver se ela está bem, e, principalmente, vou descobrir quem está se engraçando para o lado dela.

Porque isso é ser irmão, isso é cuidar.

E eu cuidaria dela, até o fim dos tempos.

Mas ela não iria gostar nada de ver meus olhos, e ia tentar arrancar Floquinho de mim com as unhas.

– Floco, acho melhor você controlar – falei – a Bon vai tentar nos matar.

Senti minhas opções sendo reduzidas, Floquinho assumiu.

– gente, eu sou Floco de Neve – falou timidamente.

– Ian O’shea, Kyle O’shea e Jack Carter – disse Ian – e não se preocupe, não vamos te machucar, já lidamos com algumas almas.

– as namoradas dos dois são almas – explico Jack

– Jack, se você não calar essa boca, eu vou matar você – disse Kyle, calmamente, como se sua ameaça fosse a coisa mais linda do mundo.

– não se preocupe Floco – disse Jack – está entre amigos.

– pode chamar de Floquinho – disse Floquinho, sorrindo.

menos – falei – diga á eles para não dizer nada á Bonnie á meu respeito, ela tem que pensar que eu fui suprimido até gostar de você, assim você sobrevive.

Nem tentei escutar enquanto ele dava meu recado, não tinha outra coisa em minha mente, alem do sorriso de minha irmã, que em breve, eu veria outra vez.


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Notas finais do capítulo

Ufa, postei, super aliviada agora. Beijos e até os próximos.
Se possivel, comentem, isso me deixa tão feliz....



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