A Última Esperança escrita por MandyB


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Críticas construtivas, por favor! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418704/chapter/1

Patrick havia acabado de chegar no colégio, estava mais frio que o normal e um vento forte batia em seus cabelos loiros e lisos, seus olhos azuis observavam as pessoas ao seu redor. As pessoas o encaravam e ficavam comentando sobre sua chegada e o seu jeito de agir. Foi caminhando até a sala de cabeça baixa, olhando para o chão, as mãos enterradas no bolso do casaco. Chegando lá, se dirigiu até a última mesa e esperou a aula começar.

Patrick estudava em uma escola local, no Alasca, tinha dezenove anos, era alto, 1,85m de altura, pele branca, gostava de ler livros antigos, de filósofos, Dostoiévski era seu autor preferido. Adorava música clássica, mas também tinha seu lado rockeiro. Em poucas palavras, Patrick Schmidt era um rapaz super culto. Mas era muito reservado, esquisito, como diziam as pessoas do colégio. Nunca o viam com ninguém, não gostava muito de conversa nem de fazer novas amizades e não dava em cima de nenhuma garota. Mas o que ninguém sabia é que Patrick tinha um segredo, tinha algo nele que o levava a agir de tal forma.

[...]

Era o primeiro dia de aula daquele ano e Manuela já havia chegado atrasada. "Logo no primeiro dia de aula?", pensou. Manu, como preferia que fosse chamada, era brasileira, gaúcha, para ser mais precisa, a mãe e o irmão também eram gaúchos e o pai carioca. O pai fora transferido no fim do ano passado para o Alasca, ou seja, mais uma mudança. Manuela não aguentava mais tanta mudança. Mas enfim, voltemos ao primeiro dia de aula de Manu. Ela chegou atrasada, mas, felizmente, conseguiu entrar para a primeira aula. O professor de matemática, George, permitiu sua entrada e disse-lhe que teria de sentar com aquele rapaz, e apontou para Patrick. Rapidamente ela caminhou até o fim da sala e sentou-se ao seu lado.

Patrick passou praticamente a aula toda de matemática observando-a até que por fim perguntou-lhe seu nome.

– Manuela - respondeu - mas pode me chamar de Manu.

– Hum... O meu é Patrick - ele deu uma leve pausa e perguntou - Você não é daqui. De onde é?

– Sou brasileira. - ela riu - Como você percebeu que eu não era daqui? - perguntou admirada.

– Seu jeito. É totalmente diferente. - disse dando um leve sorriso.

Ambos permaneceram quietos até o término da aula. Patrick não tirou os olhos de Manu por um segundo. Quando tocou, despediram-se e Manu foi ao encontro da amiga, Lizzie.

Os pais de Lizzie e Manu eram amigos há muito tempo e por consequência elas também. Lizzie foi para o Alasca bem antes de Manu. Elas tinham a mesma idade, 17 anos. Manu era alta, loira, tinha olhos verdes e Lizzie era baixinha, tinha olhos e cabelos castanhos claros.

Lizzie abraçou a amiga e perguntou admirada:

– Então, quer dizer que você conseguiu puxar conversa com o garoto mais esquisito do colégio, Patrick Schmidt?

– Bem, na verdade foi ele quem puxou conversa - as duas riram - Por que ele é esquisito? Creio que ele seja tímido, só isso.

– Ele é super esquisito, Manu. Não fala com ninguém, vive pelos cantos, não tem amigos e nunca deu em cima de nenhuma garota.

– Isso é bom, Lizzie! Significa que ele tem respeito pelas garotas!

– Não é isso... É que... Ele mudou drasticamente, sabe? Três anos atrás ele até que falava, chegava nas meninas e tal. Mas agora ele nem fala. Entende?

– Hum... Entendo. Mas deve ter um motivo para ele ter mudado drasticamente...

– É, deve ter, mas se eu fosse você não ficava de papo com o Patrick.

– Ok, relaxe. Quem são aqueles acenando pra você? - apontou para um grupo de quatro pessoas.

– Ah, são meus amigos. Vem, vou te apresentar a eles!

A sala ficava de frente para a escada, eles estavam lá. Em poucos passos elas chegaram ao grupo, Lizzie apresentou cada um deles.

– Essa é Jane, esse é Jack, Michael e Davi. Gente, essa daqui é a Manuela, ou Manu, como ela prefere, uma grande amiga.

– Oi - disse Manu.

– Oi - responderam em uníssono.

– Gente, vamos, ainda temos que fazer o trabalho pra entregar amanhã - e foram caminhando em direção ao pátio que dava para a entrada do colégio e logo depois havia um estacionamento. Ao entrar no estacionamento, os olhares de Patrick e Manu se cruzaram. Davi percebeu e disse:

– Manu, deixa o Patrick de lado... Dizem que ele não é boa gente, todo esquisito, estranho, se eu fosse você caia fora.

[...]

Naquela noite, Manu se pegou pensando em Patrick. "O que será que ele fez?", perguntou-se, "Será que aconteceu alguma coisa grave para ele ter mudado drasticamente?" e foi mergulhada nesses pensamentos que Manuela caiu no sono. Ela sonhou com Patrick.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Última Esperança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.