Os raios de sol atravessaram a janela batendo no rosto de Eren que ainda dormia como pedra em sua cama, sonhando em como seria seu primeiro dia em uma nova escola, iniciando o ensino médio, finalmente. Abriu seus olhos lentamente ainda se acostumado com a luminosidade. Tomou coragem e levantou da cama ainda meio sonolento, seguiu para o banho que o deixou incrivelmente mais animado e disposto. Vestiu-se rapidamente e desceu para tomar café na companhia da sua irmã Mikasa e da sua mãe.  Seu pai estava em uma viagem de negócios, não chegaria hoje.

“Bom dia Eren, já está tudo pronto?” perguntou sua mãe sorrindo gentilmente pra seu filho.

“Já mãe!” Eren demonstrava animação, sabia que seu amigo Armin iria estudar na mesma escola e estava feliz por vê-lo depois de tantos anos e principalmente, não ficar só na escola.

Comeu rapidamente e saiu de casa com sua irmã seguindo-o. Ela permanecia calada e quieta como sempre, mas com um sorriso no rosto. Também estava relativamente animada. Andaram a maior parte do caminho calados e outra parte conversando bobagens. Ao chegar à porta do colégio entraram viram suas salas e se dirigiram a cerimônia de abertura. Para sua felicidade Eren logo viu que Armin ficaria na mesma sala que a sua e avistou o amigo mais no inicio da fila.

“Oi, Armin!” exclamou em tom suficientemente alto pro loirinho ouvir.

“Oi, Eren” respondeu feliz. Ouviram o som de inicio a cerimônia de abertura e silenciaram.

Como esperado todos os professores foram apresentados, e iria começar o discurso do melhor aluno do 1º ano do ano passado, que agora entraria no 2º ano, claro.

“Eu apresento a vocês novos alunos... blá, blá, blá... O melhor aluno do antigo 1º ano, Rivaille!” Isso foi tudo que Eren ouviu do grande discurso. Ele não sabia o porque dessas coisas, qual é a necessidade desse longo discurso? Ninguém presta atenção mesmo. O tal aluno subiu ao palco, e Eren o seguiu com o olhar, algo nele chamava atenção ele era diferente, bonito... Balançou sua cabeça em negação a esses pensamentos, além de nunca ter se apaixonado tinha plena certeza de que essas coisas de amor a primeira vista eram uma completa mentira. Coisa de louco. E essa coisa de louco, estava começando a acontecer com ele, por mais que negasse, passou toda a cerimônia olhando para o “live-senpai”, como era chamado pelos colegas, porém sem prestar atenção em uma palavra que o mais velho dizia. Repentinamente, Eren notou que o discurso acabará, e viu Rivaille se dirigir, provavelmente, a sala do segundo ano.

Os alunos foram levados para suas salas logo em seguida e tiveram um dia de aula menos pesado do que os que provavelmente virão a seguir, afinal o primeiro dia sempre é assim. Não conseguia parar de pensar naquele Rivaille. Ele tinha um ar serio como se fosse um comandante ou algo assim, ao mesmo tempo que era super baixinho e isso chamava atenção, porém por causa do seu olhar serio e frio ninguém ousava falar nada sobre ele. Ouvia-se alguns sussurros e boatos sobre eles, a maioria sobre coisas fantásticas e fantasiosas que ele tinha feito qualquer dia desses. O que mais intrigava Eren é que ele não era só, mesmo com aquele olhar assustador, e pelo que descobriu o jeito nada gentil que ele tratava as pessoas, ele sempre estava cercado de garotas bonitas babando-o.

Claro que de jeito nenhum, Eren se admitiria atraído por ele. Dizia a si mesmo que o tal senpai o incomodava profundamente com aquele ar superior e aquele jeito que dizia claramente “eu sou melhor que você”. Mas ele era sincero demais, e aquilo não duraria muito. Pois bastava alguém lhe falar a verdade que ele tanto precisava saber.

~ 3 meses depois ~

“Eren, porque você implica tanto com o Levi-senpai?” Questionou o loiro de olhos azuis, o encarando com uma cara de duvida.

“Ele não te incomoda? Com esse jeitinho sabe tudo?” Na verdade o que mais o incomodava, ele nunca iria admitir. Ele não queria admitir, sabia que era verdade, mas não admitiria em voz alta sem um empurrão. Como alguém podia mexer tanto consigo. Constantemente aparecendo em seus sonhos, lhe provocando peças em seu consciente, deixando seus sentimentos confusos, meio abobado, amando alguém que não conhece direito...

“Na verdade, não. Eu acho que o senpai é uma boa pessoa no fundo, mesmo com seu olhar me dando medo!” Como sempre aquele sorriso inocente que a muitos encantava venceu a discussão. “Eren, você sempre é sincero com sigo mesmo... não acha que possa estar apaixonado por ele?”. É verdade, o Eren era sempre sincero, até demais. E só faltava alguém realmente falar isso pra ele pra que aceitasse os fatos, talvez ele não devesse negar, talvez, não. Com certeza aquilo era mais possível que não gostar de alguém assim, sem motivo. O moreno sentiu seu rosto corar fortemente.

“Não é possível...” retrucou Eren.

“Amor à primeira vista. Eu notei desde que você ficou olhando com cara de bobo pra ele na abertura, seja sincero com sigo mesmo!”

“E se eu o amar? Eu nem o conheço direito? Qual será sua reação se descobrir?” Falou preocupado.

“Descubra mais sobre quem você ama! E só se confesse se tiver realmente pronto.” O loirinho mostrava mais segurança na voz que no inicio da conversa. Sabia que Eren só precisava de um empurrão. “Ele tá lá na biblioteca, o vi entrando quando tava vindo pra cá. Vai conversar com ele, tentar ser amigo.”

“Valeu Armin. Eu vou indo”

“Boa sorte...”

Já conhecia a maior parte daquela escola, mas ela ainda era muito grande para ser descoberta em meros 3 meses, e a biblioteca não era o lugar que mais frequentava. Por sorte não se perdeu, pois encontrou a Mikasa conversando com sua amiga, a Sasha, e ela explicou onde era a biblioteca.

Entrou pela porta dupla de madeira que abafavam o barulho de entrar naquele espaço. Rapidamente viu quem queria. Rivaille estava sentado, folheando um livro calmamente no canto do grande cômodo. Dirigiu-se um pouco inseguro em direção ao mais velho.

“O que você quer?” Aquela voz lhe causava certo arrepio. Grave, penetrava seus ouvidos.

“Nada de mais. Só quero conversar” Sorriu com após respirar lentamente, e se desesperar no seu consciente.

“Hum... Tem certeza que procurou a pessoa certa?” Virou seus olhos inexpressivos na direção do mais novo, fazendo-o congelar por dentro.

“Sim” Fez um esforço grande pra não gaguejar, e ficou feliz visto que funcionou.

Sentou-se na frente do amado senpai, e começou a timidamente fazer perguntas simples. Conseguindo com o tempo, para a sua felicidade tomar a atenção do senpai pra si. Continuaram a se encontrar durante 1 mês, e Eren estava cada vez mais feliz e animado com a aproximação da pessoa que gosta.

“Diga-me Eren, porque você veio atrás de mim pra conversar?” Eren não se sentia pronto pra confessar ainda, muito menos agora que estava conseguindo proximidade e ficar menos nervoso.

“O senhor não parecia, hã..., ter muitos amigos. Eu queria saber também porque de tantos boatos” É. Parece que foi uma boa desculpa.

“Entendo.” Live parou pra pensar, falando em seguida. “Você sempre pergunta sobre mim, e eu respondo. Hoje eu vou perguntar sobre você.” Falou com a mesma expressão de sempre.