Prague delicious escrita por Malu


Capítulo 40
Capítulo 40: The Destiny Is Calling.


Notas iniciais do capítulo

Título do capítulo inspirado na música de Krome Angels (Destiny Is Calling), uma das minhas favoritas deles, apesar de que a melhor seja Bounce... Enfimmmm, amores, nós estamos começando a nos despedir desta fic que vocês aturaram por bastante tempo. A música do capítulo será These Days, Foo Fighters! m/ ai gente, estou chorando aqui :c, ANIMAÇÃO HAHAHAHA, #partiuuu capítulo glr!

Boa Leitura!

Beijinhos! Até às notas finais galera! ❤️



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Um dia destes
O chão vai cair debaixo de seus pés
Um dia destes
Seu coração vai parar e dará a sua batida final
Um dia destes
Os relógios pararão e o tempo não vai significar nada
Um dia destes
Suas bombas cairão e deixarão tudo em silêncio...

These Days - Foo Fighters.

***

Dei um beijo em Bryan, e fui direto para o banho.

— Vamos para lá agora? — Bryan perguntou, e se levantou.

— Vamos! — gritei de dentro do banheiro.






Saí do banho e me arrumei rapidamente.

Desci e Bryan estava sentado em uma das poltronas da sala, mexendo no celular.

— Vamos? — perguntei.

— Vamos — ele replicou, pegando as chaves de casa e do carro.





Chegamos na casa de minha tia, o carro da minha mãe e de meu pai estavam estacionados à frente da garagem.

Estranhei.

Mas... De qualquer forma toquei a companhia.

Mas está tudo bem
Sim, está tudo bem
Eu disse que está tudo bem
Fácil para você dizer
Que seu coração nunca foi partido
Que seu orgulho nunca foi roubado
Ainda não, ainda não...

Bryan parou ao meu lado e me deu um beijo, ele deveria ter notado o meu nervoso.

Alguns minutos depois minha mãe atendeu. Ela estava chorando, com certeza. Mas ainda assim, ela sorriu e disse:

— Entra!

Eu e Bryan entramos, minha mãe (minha mãe!) abraçou Bryan.

E em seguida me abraçou. Ela me deu um abraço apertado. Um abraço que eu não recebia dela tinha um bom tempo.

— Sua tia está lá em cima — minha mãe disse, subindo as escadas.

Seguimos-a, ela andava a passos lentos e hesitantes.

— Mãe — chamei-a, e parei no meio da escada —, está acontecendo alguma coisa que eu não sei? — perguntei.

Ela riu desanimadamente.

— Não minha filha, claro que não — replicou-me e continuou sua caminhada lenta.

Bryan vinha logo atrás de mim, ele acelerou um pouco o passo parando ao meu lado e me cutucou, com o cotovelo, de leve.

Olhei para ele, ele arregalou os os olhos para mim, querendo dizer alguma coisa.

Chegamos ao topo da escada, minha mãe seguiu, o extenso corredor, para a direita.

Ela parou na última porta, e abriu-a. Bryan colocou uma de suas mãos na minha cintura.

Me assustei, ao me deparar com a seguinte situação:

Meu pai junto à Thomas Beker, todos os dois amarrados em uma só corda. E amordaçados.

E o pai de Bryan, somente amarrado.

Bryan correu até Charlie para ajudá-lo, Charlie começou a chorar baixo.

— Dê mais um passo e eu mato seu pai e você! — Me virei e vi Maria falando isso do canto do cômodo.

Ela estava de cabeça baixa segurando uma arma, alisando o cano da mesma e apontando, por tabela, para Charlie, com um dos pés apoiados na parede.

— Tá bom, podem me explicar o que está acontecendo e onde está a minha tia? — perguntei olhando para minha mãe.

Esta começou a chorar.

— Fala pra ela, Ellen! Fala o que você sabe sua vagabunda! — Maria disse apontando sua arma para minha mãe.

— Gente! Dá pra me explicar onde está minha tia?! — perguntei, quase gritando.

— Sua tia, é carta fora do baralho — respondera Maria.

Bryan correu até mim, pelo menos tentou. Maria apontou a arma para ele.

— Vamos estabelecer algumas regrinhas nesse jogo. Bryan, mantenha uma distância considerável de sua "noivinha", por favor, obrigada.

Maria riu sozinha, de alguma piada. Uma piada interna, só se for.

Meu pai se remexeu dentre as cordas que o amarravam, e tentou falar alguma coisa, porém a mordaça o impediu.

Maria se aproximou de meu pai e agachou, abaixou a mordaça e disse:

— Ah, querido Charlie! Quer dizer alguma coisa?!

— Ellen — meu pai começou, e tossiu —, conta para a Avery logo.

Maria sorriu.

— Isso Ellen, conta! — impulsionou Maria.

— Tá, o que tem de tãoooo importante que eu não possa saber nessa porra!? — perguntei.

— Avery, minha filha — começou Ellen —, são muitas coisas que são dispensáveis.

— Eu estou começando a achar que não — falei.

— Certo, então deixe eu começar a história desde o início — Maria começou, e se aproximou de minha mãe — Essa desgraçada aqui — Maria disse apontando para Ellen — DESTRUIU A MINHA VIDA!

Surgiu um silêncio pesado, e eu comecei a ouvir Maria soluçar, esta virou-se para mim e confessou:

— Ela matou o meu pai!

Fiquei boquiaberta. Eu não tive reação por longos minutos.

Então, quer dizer que minha mãe matou um ser humano?, pensei.

— Mas de quebra seu pai matou minha mãe. Então está tudo certo — mamãe falou para Maria.

— Não está não. Sabe... Eu tive que perder tantas coisas para tentar chegar nesse glorioso dia! Eu perdi minha irmã! — falou Maria —Se bem, que quem matou-a já está no inferno, então tá bom.

— E sua irmã era a Victoria, certo? — perguntei.

— Essa mesmo! Aquela idiota veio de Londres para me ajudar! Mas ela é burra! O que ela tinha que fazer, ela fez muito bem feito — Maria riu —, ela conseguiu atrair o seu "maridinho" — ela continuou e riu novamente. —, mas ela se apaixonou de verdade por ele! E isso não estava no script!

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Maria continuou:

— E depois, a ex namorada de Bryan, Evellyn, ficou com raiva e matou a Vic. Todas as duas devem ter ido para para o mesmo lugar.

— A Evellyn matou a Victoria?! — perguntei assustada.

Maria me rodeou, fiquei parada como uma pedra.

A mesma começou a bater palmas.

— Isso mesmo! Que filha inteligente você tem Ellen! — Maria fez uma pausa rápida — Minha mãe me ligou contando que "Avery Miller" — ela fez aspas com alguns dos dedos —, tinha ido fazer uma "pesquisa" com ela. Você devia pensar que ela era burra mesmo, não é?

— Então ela te contou? — perguntei.

— Sim! Claro!

Maria suspirou.

— Sabe, Evellyn era até burra. Mas ela, como cúmplice, servia. Até porque quem pensou na situação das mensagens, foi ela.

— Então a V, não era a Victoria — conclui, pensativa.

— Que coisa não? Você achava que eu te daria a dica de bandeja? Bom, mas vamos focar aqui. Eu trouxe o meu irmão também, como vocês podem ver "Thomas Beker" amordaçado — ela riu, como se aquilo tudo fosse uma bela brincadeira. — Ele também é um idiota que só pensa em dinheiro! Não é Leonard? — Maria perguntou olhando para o, até então, Thomas Beker, o mesmo assentiu, com medo.

— Então quer dizer que você colocou sua família toda aqui para arruinar a NOSSA família? — Bryan indagou, do outro lado do cômodo.

— É... Podemos dizer que sim.

Um dia destes
Eu aposto que seu coração será partido
Eu aposto que seu orgulho será roubado
Eu aposto, eu aposto, eu aposto, eu aposto
Um dia destes
Um dia destes...

— Foi você que mandou me sequestrar? — perguntei, me lembrando deste recente acontecimento.

— Te sequestrar? — Maria parou para pensar — Bom até onde eu saiba não.

— Bem, me sequestraram. E o cara disse tanta coisa sobre o passado da minha família, que agora eu vejo o que havia de tãoooo grave assim. Quer dizer, a vista da situação que eu pensava que fosse, essa nem é tão ruim.

— É porque você não perdeu um pai que era o alicerce de sua família! — Maria exclamou.

— Minha mãe era o alicerce de nossa família, mas ainda assim o seu pai, aquele pilantra, teve a parcimônia de matá-la — minha mãe comentou. —, e ainda ousou em querer tirar a minha filha de mim!

— Quando que eu fiz isso? — Maria indagou, com as duas sobrancelhas arqueadas.

— Antes de ela vir para cá, morar com a tia dela! Não se lembra? Que você estava me ameaçando!? Dizendo que mataria a minha filha se eu não mandasse ela para longe de Houston? Você não se lembra disso? Pois eu me lembro, me lembro muitíssimo bem. Eu fiz com que a minha filha me odiasse ainda mais! Ainda bem que eu tinha, ainda, a minha irmã.

— Vocês estão mais lavando as roupas sujas do passado, do que resolvendo alguma coisa. Então, certamente, estamos em um impasse — falei, com bastante calma perante a situação.

— EU QUERO QUE ESSA MULHER VÁ PARA O INFERNO! — mamãe gritou e cuspiu na direção de Maria. — VOCÊ NÃO PRESTA!

— Uma pergunta — comecei. — O meu acidente teve a ver com você? — perguntei apontando para Maria.

— Sim. Quer dizer, mais ou menos. Porque quem teve a ideia foi Evellyn, eu só ajudei. A sua amiguinha deu mole e ficou tempo demais longe do carro.

— Nossa, obrigada por quase nos matar! — agradeci ironicamente.

— Mas a minha intenção nunca foi te matar. O acidente era só para dar um susto na sua mãe... Mas aí eu me lembrei: "A Ellen pouco se fode para a filha".

— Uma outra pergunta... — comecei.

— FALA PORRA! — Maria gritou.

— Quer dizer que Thomas Beker é o Leonard II?

— Sim, ele é!

Charlie, que estava a observar toda a longa discussão, perguntou:

— Nosso casamento foi uma farsa?

— Sim. Eu já estava pensando em te matar, porque cada vez que eu acordava e olhava você ao meu lado eu pensava: Eu quero que esse velhote morra logo! — replicou Maria.

— Nossa, eu já tenho quarenta e nove e nem tenho cabelo branco ainda, eu não sou um velhote, tá bom? — retrucou Charlie.

— Tá, tá, foda-se!

De repente a campanhia tocou.

— Vá lá atender Ellen! — ordenou Maria.

E minha mãe foi...




Depois de alguns minutos minha mãe voltou acompanhada, não tão bem acompanhada... Ela estava com o homem que me sequestrou (!).

Maria estava concentrada na tarefa de alisar sua 9mm. Quando ela levantou o olhar, ficou paralisada. Com os músculos contraídos, somente olhando para aquele homem. Com os mesmos cabelos castanhos, os olhos cor de mel, ele me fitou e adentrou o cômodo sorrindo.

— PAI?! — Maria berrou, perguntando.

— Pai? — repeti.

— Pai? — minha mãe repetiu.

— Avô? — Bryan perguntou, olhando fixamente para o homem.

— Sogro? — Charlie perguntou.

Então aquele era o pai de Maria!

— Ele que me sequestrou! — falei.

Aproveitei a chance e corri para perto de Bryan, agarrei-me em seu braço. Ele me deu um beijo rápido e sussurrou:

— Nós já vamos acabar com isso.

— Hum-hum.

Então, quer dizer que na verdade minha mãe não matou o tal Leonard. Quer dizer que ele meio que se escondeu e foi dado como morto?

É, pelo visto é isso mesmo.

— Esse tempo todo você estava vivo? — Maria perguntou para Leonard.

Ela não parecia nada feliz com a presença do "ex-morto". E sim muito irritada.

— Podemos dizer que sim — Leonard respondeu.

— Você abandonou a mamãe, Leonard e eu, porque você estava com medo? — ela perguntou novamente.

— Foi mais para me preservar, e preservar vocês.

Bryan deu um risinho e murmurou:

— Que merda, eles vão ficar discutindo até quando?

— Ah, só Deus sabe — respondi. — Eu estou afim de sair daqui, sabe.

— Digo o mesmo.

E assim seguiram-se algumas horas de discussão, respostas para algumas perguntas e etc.

Mas o que mais me interessava em saber eu já sabia.

Um, quem matou Victoria foi a Evellyn, e depois Maria matou Evellyn.

Dois, quem me sequestrou foi o pai de Maria, e só Deus sabe o por que dele ter feito isso.

Três, Victoria era a irmã mais nova de Maria.

Acho que só isso que me interessava.

Enquanto eu pensava nisso tudo, Maria e Leonard continuavam discutindo a mesma coisa.

— Leonard, por que você me sequestrou? — perguntei.

— Eu te entregaria basicamente para a Maria — ele me respondeu.

Assenti em silêncio.

— Está na hora de acabar com essa palhaçada! — Maria disse, apontando a arma para mim. — Já te disserem que peixe morre pela boca? Por isso você vai primeiro, por fazer perguntas demais.

Ela destravou a arma, e nisso eu fechei os meus olhos. Esperando que a dor e a agonia chegasse até mim.

Ouvi o disparo efetuado.

— NÃO FAZ ISSO MERDA! — ouvi minha mãe gritar, abri os meus olhos.

Vi minha mãe pular em cima de Maria e jogar a arma dela para o canto.

— Aí, porra. Não pensei que fosse doer tanto — ouvi Bryan murmurar.

Olhei para os meus pés, e percebi o quanto eu estava viva.

E quem levou o tiro por mim, foi Bryan.

Comecei a chorar com um certo desespero.

Ele estava estirado na minha frente, sangrando.

(...)

Não diga que está tudo bem
Não diga que está tudo bem
Não diga que está tudo bem

Um dia destes
Seu coração vai parar e dará a sua batida final
Mas está tudo bem.




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Notas finais do capítulo

Puts... Gostaram? Reviews? ARRRRRRRRGGGGGGGGHHHH, o próximo capítulo é o último :"c eu sei que eu já disse isso milhões de vezes :c LEITORES FANTASMAS: Eu irei assombrar vocês de noite, sem roupa e com uma banana desidratada na mão. Acreditem (!), não será nada legal! Então, comentem! Hummmmmm, acho que é só isso!

Beijossssssss, até às reviews amores ❤️



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