Prague delicious escrita por Malu


Capítulo 23
Capítulo 23: Estranged.


Notas iniciais do capítulo

Hey people... Demorei né... Pois é, e para a tristeza nacional, nem comecei o capítulo 24. Então não garanto o que possa acontecer. Tata Tomlinson, linda *_* comente mais vezes amei !! Vih, gata, comente, amo você! Um recado para as antigas: Cade o caralho das reviews de vocês? Hahaha. A música do capítulo é Estranged do Guns... Simplesmente perfeita! Amo! Escutem-a! Espero que gostem.

Boa leitura!
Beijo, beijo nas nádegas de vocês! U.u



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Quando você fala consigo mesmo

E não há ninguém em casa Você pode se enganar

Você veio a este mundo sozinho

Então ninguém nunca te disse, baby como seria isto

Então o que vai acontecer a você, baby Vejo que teremos que esperar e ver...

Estranged - Guns n' Roses.

***

— Você ouviu isso Avery?

— Não... Agora estou ficando surda também...— ironizei, e ele bufou.

— Da onde veio esse barulho?

— Sei lá. Parece ter vindo lá de cima.

— Meu pai deve ter alguma coisa pra se defender... — Você está com medo? — todos os nossos olhares estavam voltados para a escada. Olhávamos-a incessantemente.

— Qual é o seu conceito de medo? — me perguntou, ainda olhando para as escadas.

— Não responda minha pergunta com outra pergunta. Mas o meu conceito de medo é, no caso, você estar quase se mijando.

— Então eu estou com medo. — ele disse e eu ri.

— Ai meu Deus. — sussurrei. – No armário de ferramenta deve ter alguma ferramenta né.

Ele foi no armário de ferramenta correndo, e veio com uma marreta.

— Cara, nós não iremos matar ninguém não... — eu falei e ele revirou os olhos.

Fomos subindo vagarosamente, Bryan foi na frente e eu logo atrás. Chegamos no 2º andar, e tinha um longo corredor, a pouca luz do sol estava iluminando. As paredes também eram verdes, e logo que você chegava no 2º andar, havia um espelho e uma cômoda abaixo dele com um arranjo de flores. Tinha mais cinco portas. Para o lado esquerdo, de um lado, duas portas que eram os dois quartos, e do outro lado um banheiro independente. O corredor era largo e grande, enorme. O piso era de carpete bege. Do lado direito, ficava o escritório, e a porta do sótão.

— Quer verificar primeiro aonde? — Bryan me perguntou.

— Qualquer lugar... — respondi.

Fomos primeiro do lado esquerdo. Abrimos o banheiro, depois um quarto, logo abrimos o outro... Nada... Todos os cômodos eram super iluminados. Logo fomos para o lado esquerdo, abrimos o escritório. Nada. Por último, fomos para o sótão. Era totalmente um breu, subimos uma escada (que ainda estava tudo escuro), e chegamos em um cômodo. Bryan gelou. Eu segurei os dois braços dele.

— Amor... Aconteceu alguma coisa? — perguntei.

— N-não. — ele disse, e se virou pra mim. Ele estava com os olhos arregalados.

— Vamos voltar...

— Okay. Tem alguma coisa aqui? — perguntei, descendo as escadas.

— Não, eu só... Só...

— Só o que? — perguntei nervosa.

— Senti um calafrio.

Saímos do sótão.

— Quer que eu te aqueça? — perguntei brincando. Ele olhou pra mim, e revirou os olhos.

— Vamos conhecer o nosso quarto? — ele perguntou, mudando de assunto.

— Vamos... — concordei.

Andamos mais um pouco, e na última porta do lado esquerdo, entramos.

Era uma suite, as paredes eram uma cor de neve. A cama era de casal, estava com um ededron branco. Dos dois lados da cama tinha um criado-mudo de madeira, com um abajur em cada, em um deles tinha um telefone sem fio. Era super neutro. Tinha um canto com algumas almofadas/puf grafite, acompanhada de uma estante embutida de livros, do lado tinha uma escrivaninha, com um MacBook e um porta canetas. De frente para a cama tinha um largo e alto espelho, por trás desse espelho era um corredor que parecia dar para outro cômodo. Era, na verdade, um closet, e depois era o banheiro. As gavetas e tal, era embutidas nas paredes.

— Eu vou ficar com o lado esquerdo! — decidiu-se entusiasmado.

— Nossa. Que merda de diferença. — falei, revirando os olhos.

Me joguei na cama, e encarei o teto. Enquanto ele estava se observando no espelho.

— Ai... Quero brigadeiro. — falei, e ele me encarou.

— Tá, vamos supor: Se você tem desejo de comer pipoca e não come. Dizem que a criança nasce com cara de pipoca. Mas se você quer brigadeiro e não comer. O nosso filho nasceria com cara de que? — ele perguntou.

— Ah... Que pergunta mais idiota. — ele me encarava confuso — E eu sei lá. Só sei que eu vou comer brigadeiro. — falei, já pulando da cama.

Comecei a descer as escadas, e ele veio logo atrás. Ultrapassei o balcão de granito, abri um dos armários à procura de leite condensado.

— Me ajuda a procurar. — pedi, encarando ele sentado em cima do balcão. Acabei achando.

Fiz o brigadeiro, e armazenei o mesmo em um recipiente. Peguei duas colheres.

— Vai querer? — perguntei.

— Não... Pode comer tudo. — ele disse rindo, enquanto eu devorava a primeira colherada de brigadeiro.

— Qual é a graça? Otário. Estou grávida! — sujei a bochecha dele de brigadeiro.

— Você fez isso mesmo? — ele perguntou, passando a mão na própria bochecha.

— Fiz. — respondi, e dei língua para ele.

— Você tem cinco segundos para correr, senão...

— Senão o quê? — perguntei provocando.

— Vou te pegar e te fazer muitas cócegas.

— Ah não... — eu disse.

— Ah sim... — ele disse.

Sai disparada. Subi as escadas o mais rápido possível, e ele atrás de mim. Consegui chegar no 2º andar primeiro, entrei no quarto de hóspedes.

— Ahá! — ele apareceu atrás de mim. — Eu não disse que eu ia te pegar. — eu comecei a ter uma crise de risos.

— Como você conseguiu chegar aqui? — perguntei, arfando.

— Surpresa. Mas acho que agora vem as cócegas...

Ele me encheu de cócegas, e por fim me deu um beijo tênue. E caímos no chão.

— Amanhã é que dia? — ele me perguntou.

— Quarta. — respondi.

Ficamos em silêncio por um tempo.

— Você amanhã vai para a empresa né?

— É... Acho que Sim.

— Você vai ter uma secretária?

— Sim... — ele respondeu, e eu olhei-o atravessado.

— Já vou avisando... Se for piranha... Vou agarrar pelos cabelos e arrastar até no meio da rua e esfregar a cara no asfalto! — avisei, e ele riu. — Vai rindo mesmo! Você terá que pagar uma bela de uma indenização. — ele continuou rindo.

— Ui. Que mulher agressiva que eu tenho.

— Você já viu como a sua ex-namoradinha saiu machucada né.

— Qual ex?

— É tanta puta... Que chega a perder as contas... — sussurrei. — A Vic!

— Ah sim... Claro que lembro!

— Então já está avisado!

— Você é muito agressiva. — ele sussurrou pra mim.

— Sou mesmo. — cruzei os meus braços.

Eu me levantei.

— Vou tomar um banho para dormir. — avisei.

— Okay. Vou te esperar.

Fomos até o quarto, e ele recostou na cama. Pegou um livro e começou a ler.

Entrei no banheiro, ele era, tipo, perfeito. Coloquei a banheira para encher. E logo entrei. Não demorei muito para sair. Coloquei um roupão de seda.

— Nossa cara... Como você é viciado em Jogos Vorazes! — falei, e ele me olhou.

— Nossa cara... Como você é viciada em John Green!

— Tá. É Diferente. Ele é perfeito, os livros dele são perfeitos. — eu disse, ele riu.

— Okay. Vamos combinar, você irá ler Jogos Vorazes, e eu lerei A Culpa É Das Estrelas... Fechado? — propôs, e eu assenti.

— Okay.

Ele se levantou, me entregou o livro e me deu um selinho.

Pouco tempo depois eu adormeci.

***

Pov.: Bryan.

Acordei de manhã cedo, e desci para fazer o café da manhã. (Bem, gostaria de deixar claro que quando trata-se de comida eu sou um desastre... Quer dizer, quando trata-se de fazer a comida, porque comer eu sei). Forrei a mesa, e coloquei as paradas para comer. Tentei fazer panqueca. Acertei, mesmo que algumas tenham ficado deformadas, saíram gostosas. Tomei meu banho e coloquei meu terno, no qual fiquei muito bonito.

— Amor... — chamei a Avery, enquanto terminava de passar o meu perfume. — Estou indo, tá? — aproximei-me da cama e dei um beijo nela.

— Hum... Tá cheiroso hein. — ela disse ainda um pouco sonolenta. — 212 Sexy men? — perguntou, tentando adivinhar.

— Sim. — respondi. — Obrigado. — agradeci indo em direção da porta.

— Bom trabalho baby!

***

Demorei mil anos para chegar na filial, por conta do trânsito. Eu pensava que era, tipo, pequeno. Mas não... Tinha trinta andares. Só rezo que nunca falte luz de manhã, porque senão vou ter que ir de escada... E sinceramente, não tenho essa disposição toda. Na portaria, tinha um senhor, não muito senhor, mas tinha mais de quarenta anos. Cabelos dourados, com alguns fios brancos, e olhos azuis da cor do céu.

— Bom dia! — disse o senhor educadamente e com entusiasmo.

— Bom dia! — cumprimentei-o com o mesmo entusiasmo, aproximando-me.— Qual o seu nome? — perguntei, dando um leve sorriso.

— Oliver. E, eu acho, que o senhor é o filho do senhor Moore, certo?

— Certo. Bryan Moore. Mas me chame só de Bryan, e nada de senhor. — falei e ele riu. — Prazer em conhecê-lo! — falei, estendendo a minha mão para apertar a dele.

— Igualmente. — ele estendeu igualmente a mão, dando um grande sorriso. — O seu andar é o trigésimo. — confirmou, olhando em uma prancheta.

— É, pelo visto darei sorte se não faltar luz. — brinquei, e ele gargalhou.

Passei por uma porta giratória. O movimento na empresa era grande. O lugar tinha bastante vidraças. Isso era um perigo para a Avery. Cumprimentei por todos que passei. Entrei no elevador. Cheguei no trigésimo andar, no qual era somente o meu escritório.

Quando cheguei, dei de cara com uma mulher bem gostosa. (Desnecessário Bryan! Não pense besteira!). Ela era loira, com uma estatura mediana. (Bem, comparando à mim que tenho 1,80). Ela estava vestida com uma saia preta, um salto bem alto e fino (não sei como as mulheres aguentam isso), e uma blusa azul-marinho bem decotada. Mas ainda assim, nada era comparado à minha pequena.

— Bom dia. — falou essa tal mulher, me olhando por todo. Dando um sorriso malicioso, logo tirando o cabelo que estava a frente do decote.

— Bom dia. — respondi, com um ar de seriedade.

Ela foi em direção à uma porta de correr. Logo assim, abrindo-a.

— Esta é a sua sala! — disse a mulher, entusiasmada.

— Ah sim... — falei, sem prestar muito a minha atenção. — Obrigado! — agradeci, entrando no meu escritório. — A propósito, seu nome?

— Stacy! — respondeu. — O senhor é Bryan Moore, né?

— Sim.

— O senhor aceita, um café, uma água ou um suco?

— Não obrigado. Dispense formalidades, por favor. — ela assentiu e saiu.

***

Uma hora depois, mais ou menos, bateram na porta.

— Aqui, são para o senhor conferir! — Stacy disse, jogando um monte de papéis em cima da mesa.

— Okay. — falei, desviando o meu olhar do MacBook que estava na minha frente.

— O senhor deseja mais alguma coisa? — perguntou-me, apoiando os dois cotovelos sob a minha mesa, querendo mostrar os seios, que estavam quase pulando da blusa (Se podemos chamar aquilo de blusa né). Eu pigarreei, incomodado.

— Mais nada, Stacy. — respondi calmamente.

E ela se retirou.

***

Quando eu encontrar todas as razões

Talvez eu encontre um outro jeito

Encontre um outro dia

Com todas as mudanças de estações da minha vida

Talvez eu faça certo da próxima vez

E agora que você esteve por baixo

Tire sua cabeça das nuvens

Você está de volta ao chão

E você não fala tão alto e você não anda tão orgulhosa

Não mais, e para que?...

***

Cheguei bem mais tarde em casa. Mas dessa vez estava tudo apagado e quieto. Abri a porta da sala e estava tudo um breu. Para a minha surpresa tinha rastros de sangue por toda sala. Comecei a ficar desesperado.

— AVERY? — gritei da sala, ainda observando as manchas de sangue, fazendo de tudo para não encostar nelas.

Ninguém me respondeu...


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Notas finais do capítulo

Essa Stacy tá querendo hein... Comentem ai o que vocês acham que vai acontecer! Hahaha. Estão ansiosos para o próximo capítulo? Me digam. Gostaram? Amaram? Odiaram? Me digam tudo isso ... Mandem REVIEWS... Espero que os fantasmas reapareçam das cinzas hahaha.

Beijo, beijo com chocolate.