Nebulosa escrita por Letícia Silveira, Ray


Capítulo 2
1. ISOLAMENTO


Notas iniciais do capítulo

YAYYY, YO, tudo bem? Todos me pareceram bem animados com a fic, o que já é um ótimo sinal, ainda que eu tenha recebido apenas 3 comentários no primeiro dia (quando eu não parava de olhar o PC). :D
Mas eu amei todos e espero respondê-los ainda essa semana (só não o faço hoje porque não são nem 6:30 da manhã e eu já preciso sair D:).

Espero que curtam esse capítulo, feito com muito amor. Beijos e boa leitura ♥

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Sempre, nas notas iniciais, terá o nome de uma música, juntamente com o seu cantor e o link para ouvi-la com a tradução. Essa música sempre será meticulosamente escolhida por conter uma letra em que o capítulo foi baseado ao escrevê-lo, ou pela qual eu identifiquei tais partes. Embaixo do nome da música, terão alguns trechos com as devidas traduções feitas por mim* (pois não os colocarei dispersos no texto, já que nenhum livro os possui).
* Desculpe-me qualquer erro, mas há frases em inglês que não possuem uma tradução literal. Acho que quem estuda a língua me compreende e me perdoa por isso... Pelo menos, espero *-*

Acho que é só isso por enquanto. Aproveitem e vejam o modelo que se segue sobre a musiquinha.

PERSONAGEM (a quem a música é direcionada): Renesmee
MOMENTO (quando ouvi-la ou quando eu me identifiquei): Primeiro Beijo da Personagem
MÚSICA: The Outside
CANTORA: Taylor Swift
"I tried to take the road less traveled by, but nothing seems to work the first few times"
Eu tentei pegar a estrada menos viajada, mas nada parece funcionar nas primeiras vezes.
"I would give it all up to be part of this, part of you"
Eu desistiria de tudo para ser parte disso, parte de você.



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1. ISOLAMENTO (PARTE 1)

LIBERDADE. O ÊXTASE QUE A PEQUENA SWAN VIVIA ERA INEXPLICÁVEL. Ela parecia não se aguentar no estofado acento da Ferrari de Alice, sua tia. Essa levaria a sua sobrinha, Renesmee – uma doce menina, meia vampira e meia humana, que acabara de completar doze anos fisicamente, mas aparentando ter a sua maioridade: dezessete anos –, ao aeroporto.

A pequena não sabia o verdadeiro motivo de sua viagem para Port Angeles, no estado de Washington, onde seus pais conheceram-se. Ela pensava que Isabella e Edward Cullen haviam-na deixado, finalmente, ter a sua liberdade, como um presente por completar a maioridade.

Não era esse, porém, o verdadeiro motivo. As ameaças aos Cullens tornaram-se constantes; e, desde então, eles consideraram o afastamento de Renesmee uma hipótese, antes intocável.

Bella via-se despedaçada internamente, mas fingia perante a filha que estava animada com a sua independência – com o tempo, pois, ela havia aprendido a mentir.

Assim que descobrira da gravidez na ilha de Esme, Edward levara Bella ao Alaska, aonde Carlisle tinha afluências suficientes para poder manter-se e onde os lobos não procurariam matar Bella juntamente ao feto. Logo que Jacob chegara para avisar sobre o ataque iminente da matilha de Sam, os Cullens prepararam as malas e mudaram-se para o Alaska em dois dias. Antes, felizmente, Jacob havia tido a ideia de alimentar Bella com sangue, o que causou uma melhora significante em seu quadro.

Jacob. Jacob Black. Eis um nome intocável naquela casa. Desde que eles deixaram Forks, não se falara mais nele. Bella sentira muito a sua falta – sentia uma necessidade abrasadora de estar perto dele. Após o nascimento de Renesmee, contudo, ver o sorriso em sua pequena fizera-a esquecer de sua dor por abandonar o melhor amigo.

Este, porém, seguira um rumo diferente. Direcionado à Los Angeles, a capital da fama, procurara fugir de sua dor, daquela que, por anos, perturbou-o. A fuga dos Cullens perturbara-o demais; e, por dias, ele vagou livremente como lobo pelas florestas densas dos estados americanos.

Mesmo com pedidos mudos de Seth e Leah, ele não voltara para casa. Viu-se na Califórnia e, necessitando de dinheiro para ter mais do que apenas uma muda de roupa e poder comer comida humana, arrumou um trabalho como mecânico. Os dias arrastavam-se; e, no banho, via-se chorando encostado à parede, sentindo um aperto em seu peito ao pensar no seu amor tão longe e definhando aos poucos. Por diversas vezes, tentara ter um imprinting com alguma garota, indiferentemente da idade. Não sabia como aquilo funcionava, porém; e a dor não parecia passar tão facilmente.

Uma de suas clientes, logo, seduziu-o e, após uma tórrida noite de amor, chamou-o para fazer uma campanha de roupas íntimas de sua franquia. Ele sentiu-se um gigolô, mas aceitou a oferta que lhe ofereceria mais dinheiro do que um mês de trabalho na mecânica.

Após fazer a tal campanha, viu sua carreira expandir-se. Não visava ao sucesso, mesmo tendo-o. Tornou-se reconhecido nacionalmente depois de um ensaio fotográfico para a Elle Magazine. Não importava, porém; não enquanto não pudesse ter aquilo ao qual almejava.

Ao longo do tempo, continuou a transformar-se e a comunicar-se com Seth, que lhe repassava as informações sobre o seu pai. Evitava ligar-lhe para não causar euforia ou resgatar-lhe alguma esperança. Não, pai, eu não vou voltar para casa, era a frase que ele mais dizia ultimamente, nos seus telefonemas.

Mal esperava ele que, com uma fatalidade ocorrida com seu pai, teria que voltar mais cedo ou mais tarde e que novidades aguardavam-lhe.

Enquanto isso, Renesmee continuava a quicar no banco traseiro, sendo censurada por Edward de soslaio. Isabella, percebendo o êxtase da filha e a inquietação do marido, não pôde deixar de sorrir – Edward continuava sendo tão protetor como ela se lembrava. Algumas memórias humanas perderam-se com o tempo – como o seu aniversário de dezesseis anos ou o último natal que passara com Charlie, seu querido pai que não via há doze anos –, mas lembrava-se do quão protetor seu marido fora quando humana.

– Edward, querido, deixe Renesmee em paz. Ela apenas está animada com a ideia de abandonar os seus pais aqui em Livingston. – Bella sussurrou, sabendo que sua filha ouvi-la-ia. Livingston, citada em tal fala, era uma pequena cidade no estado de Montana, para onde, após a estadia no Alaska, a família mudara-se.

– Mamãe, eu não queria deixá-los, eu juro. Mas, se esse é o preço para a liberdade...

Um estalo foi-se ouvido, e logo soube-se que Isabella tinha rebatido tal resposta com um leve tapa na boca de Renesmee, apenas para a menina não concluir sua sentença.

– Filha, chegamos. – Murmurou Edward, observando o movimento do aeroporto, procurando por uma daquelas vozes que frequentavam à sua mente ultimamente: os ameaçadores.

Rapidamente, retiraram as duas malas do porta-malas e entraram no saguão. O momento tão prolongado por Isabella deu-se início: a despedida.

Após alguns abraços e lágrimas contidas nos olhos imortalizados, o voo fora anunciado, e a pequena e protegida Cullen deu as costas à sua família, sem saber do perigo iminente que os ameaçava.

A partir de então, ela não se chamaria Renesmee Cullen – pois poderiam lembrar-se de sua última estadia lá –, chamar-se-ia Renesmee, apenas Renesmee. Não entendera o porquê de sua mãe querer pô-la como Renesmee Wolf, mas seu pai negara veemente: Minha filha não é nenhuma loba. A pequena apenas rira da piada do pai, que não se passara como tão engraçada para os demais familiares – um clima de tensão formou-se naquele dia. Não se chegara em um acordo, então assim ficara. Ela era órfã e vivera em um orfanato, essa era a estória a ser contada.

Aterrissando em Port Angeles, Renesmee sentiu, imediatamente, uma vontade imensa de ver o avô Charlie, do qual apenas ouvira falar e vira fotos, nunca o vendo pessoalmente. Porém, foram ordens frisadas de Edward para que ela não fosse à Forks tão cedo.

Alugou um táxi – devido ao fato de que o seu carro chegaria apenas em dois dias – e desceu em frente ao novo apartamento, que estava alugando por um mês. Os Cullen esperavam que, depois desse período, pudessem tê-la de volto. Não havia nada confirmado, todavia.

Adentrou no apartamento e sorriu largamente ao perceber que a tia Alice não havia exagerado. Seus tons beges – seus preferidos – emolduravam a maioria dos cômodos, dando-lhe um ar discreto. O quarto possuía uma imensa cama de casal em seu centro, com um enorme banheiro acompanhando-o. A colcha vermelha da cama contrastava com os móveis brancos do quarto, juntamente à parede, onde se encontrava a sacada, que era pintada de vermelho vivo, como sangue. Renesmee riu nasalmente devido ao duplo sentido daquela pintura e rolou os olhos em seguida – aquela baixinha nunca mudaria.

Seu estômago roncou, dando ênfase à saudade que sentia da sua família, e ela decidiu ir comprar mantimentos em algum estabelecimento próximo.

Caminhou pelas ruas desertas, observando, através dos prédios baixos de dois a quatro andares, o pôr do sol de Port Angeles. Avistou um mercadinho à três quadras de distância. Adentrou-lhe e separou alguns mantimentos básicos como leite, ovos e bebidas.

Já no caixa, uma moça de cabelos revoltos negros encarou-lhe espantada. Renesmee pensou que talvez pudesse estar assustando-a, então tratou de sorrir delicadamente. O coração da moça acelerou, e ela logo tratou de explicar-se:

– Você é alguma modelo? Nunca vi ninguém tão linda assim! – Ela exclamou, nem um pouco incomodada com o seu comentário.

– Hum, não, eu não sou nenhuma modelo... Quanto deu ao todo? – Perguntou Renesmee, corando levemente, procurando não a fitar diretamente.

A resposta monossilábica fora o suficiente para Renesmee suspirar aliviada. Ela achava-se feia perante a sua família – nunca se compararia à beleza de Rosalie... Nunca ninguém se compararia à beleza de Rosalie. Porém, por conter genes vampirescos, ela sabia que seus traços exóticos por serem tão delicados e perfeitos não se passavam por despercebidos aos olhos humanos.

Seus olhos chocolates perfeitamente desenhados, assim como a boca rosada e vívida, chamavam a atenção dos demais. Seu cabelo dourado caía-lhe delicadamente pelas costas curvilíneas. Seu corpo era balanceado – glúteos firmes e grandes e peitos médios. Nunca tivera problemas com engordar ou estar acima do peso, o que não a agradava – seria bom fugir do padrão estético estadunidense. Ela odiava aparentar ser perfeita; pois, então, sua personalidade não seria – ninguém é perfeito, portanto.

Realmente, Renesmee não se considerava perfeita – corava muito facilmente, odiava ver os outros sofrerem ou ser o centro das atenções, seus pensamentos eram tão óbvios que pareciam estar impressos em sua testa e considerava-se um tanto cabeça dura (depois que decidia algo, dificilmente mudava de ideia).

Deixando o supermercado, notou que a noite chegara e andou mais rapidamente até sua casa do que antes. A uma quadra de distância, vira homens bebendo próximo a uma lata de lixo e evitara passar muito perto. O outro lado da rua, porém, estava em reformas na calçada.

Passou-se por despercebida por quase todos, até um homem gritar – Não é que hoje é o meu dia de sorte? – de modo arrastado. Renesmee apressou o seu passo, rezando – por mais que não fosse muito católica – para Deus ajudá-la. Ela acreditava em fé, contudo não acreditava em milagres.

Logo sentiu um aperto no seu braço, enquanto outro homem agarrava os seus cabelos, fazendo-a dar um solavanco devido à parada repentina. Renesmee tentou gritar; todavia, um homem pôs a mão em sua boca. A menina congelou: não conseguia mais mover os seus membros, não conseguia usar a sua força sobre-humana e não conseguia reagir.

Assim que um deles apertou o seu peito, as lágrimas que ela continha foram derramadas, e seu coração apertou-se de tal modo que ela pensara que ele fosse parar.

Apenas um som salvou-a de sua agonia – sirenes de uma viatura. Logo que o grupo fora iluminado, os homens saíram correndo, pensando que certamente acertariam as contas depois com aquele policial, o desgraçado que estragara o seu "lanchinho".

Renesmee ajoelhou-se no chão, então, e começou a chorar. Sentia-se nojenta, usada; nem queria pensar no que teria acontecido se o policial não tivesse passado por ali.

Com o rosto entre as mãos, banhado por lágrimas, sentiu um toque gélido – comparado à sua temperatura anormal –, afagando-lhe os cabelos. Ergueu a face inchada pelo choro e avistou àquele que desejara ver por toda tarde – Charlie, seu avô.

Um sorriso emoldurou-se em seu rosto – finalmente estava conhecendo-o. Seu cabelo grisalho devido ao tempo dava-lhe um ar conquistador; os olhos, da mesma coloração dos de Renesmee, fitavam a garota preocupadamente, assim como as linhas de expressão em sua testa mostravam.

– Você está bem? – A pergunta que soara de Charlie fora idiota até para ele.

Renesmee apenas assentiu, sentindo-se salva e acolhida pela sua família. Por mais que ele não soubesse e nem fosse saber, era o único parente que ela tinha nas regiões próximas.

– Então você é o famoso Charlie? – Renesmee perguntou assim que adentrou na viatura, após um convite de seu avô para comer uma pizza posteriormente à denúncia na delegacia, que já havia sido feita.

– Como assim "famoso"?

– Oras, o policial chefe do nosso condado. Quem não te conheceria? – A pergunta fora retórica, mas Charlie respondeu-a ressentido:

– Podem até me conhecer, mas não me visitam.

A mágoa que ele sentia de Edward Cullen, por ter levado a sua filha para longe após o casamento e nunca mais vê-la, era imensurável. Charlie ainda tinha esperanças que sua pequena fosse chegar a casa com um sorriso e tropeçar na escada com os seus dois pés esquerdos. Fazia doze anos que estava sozinho, afinal. Billy Black já não era o mesmo – cada vez mais debilitado sem os filhos –, e Sue Clearwater visitava-o semanalmente, já que Charlie não ia até a reserva por receber olhares tortos, principalmente de Sam.

Renesmee entrou na famosa casa dos Swan encantada. Seus olhos brilhavam de emoção por estar no lugar onde sua mãe crescera.

Enquanto assistiam a um jogo de futebol americano, comiam uma pizza encomendada – Bella já havia avisado à Renesmee que Charlie era um péssimo cozinheiro. A conversa fluiu tranquilamente, e não viram o tempo passar.

– Bem, acho melhor eu ir indo... – Renesmee murmurou descontente.

Charlie sentia-se tão bem diante da neta que não queria que ela fosse. Porém era um tanto estranho que ele insistisse para que ela ficasse, sendo que não a conhecia.

– Volte quando quiser... O velho aqui precisa de mais companhia! – Charlie limitou-se a dizer.

Em seguida, ofereceu uma carona à Renesmee. Levou-a ao seu apartamento e voltou para casa, onde conseguiu descansar tranquilamente, sentindo-se feliz novamente.

Enquanto isso, Renesmee entrava em casa e ligava para os seus pais. Antes de encontrar Charlie, sentira uma saudade imensa e esmagadora de sua família. Seus avós sempre amáveis, dando-lhe tudo que ela queria, mas repreendendo-a quando era preciso. Seu avô era um modelo de homem – ela queria alguém tão honesto, calmo e simpático como ele. Seu pai não deixava de ser também – um tanto altruísta, coisa que ela herdara. Sua mãe era o seu modelo feminino – delicada, honesta, simples – , e elas tinham muitas coisas em comum. Sua tia Alice era a maluquinha que ela amava, por mais que a torturasse nas compras no shopping. Rosalie era como uma segunda mãe para ela – sempre a ajudando quando preciso, como em seu primeiro ciclo menstrual, por mais que Rose não o tivesse há décadas. Jasper sempre a acalmava com seus sentimentos conturbados, e Emmett sempre a distraía nesses momentos.

Com lágrimas contidas, desligou o celular, escovou os dentes, vestiu o pijama e deitou-se na cama, exausta. Amanhã seria o seu primeiro dia de aula na escola de Forks, a mesma que seus pais conheceram-se.

O sono fora agitado – pensamentos e caretas de desgosto cercavam-na enquanto adentrava no colégio. Acordou, porém, e relaxou no banho, deixando a tensão fluir para o ralo.

Após o banho, vestiu um short jeans escuro e uma bata rosa bebê, sem necessitar de maquiagem – achava que alterava a beleza natural das pessoas, pois prejudicava a pele.

Pegou a sua mochila branca, observou-se no espelho e saiu inalando fortemente. Estava nervosa com o seu primeiro dia de aula, com medo se sentiria uma sede tão forte quanto a de seu pai. Por mais controlada que fosse, qualquer preocupação não era demais para ela. Ela poderia caçar uma vez em apenas um mês, sendo bem mais controlada que os seus familiares.

O táxi logo chegou, e ela adentrou-o. Temerosa, foi dirigida ao colégio e chegou em questão de minutos, muito mais rápido do que imaginara que seria – infelizmente.

Pagou ao taxista e viu-se sem saída: teria que enfrentar os olhares curiosos dos adolescentes à sua volta. Saiu do automóvel e agarrou fortemente a sua mochila – era como um refúgio para as suas mãos trêmulas.

Virou-se e então viu o que temia: diversos pares de olhos encarando-a. Os comentários que se seguiram foram embaraçosos – desde Que gata! Espero que ela esteja na minha turma!, dito pelos meninos, até Aposto que é filhinha de papai, vindo da maioria das meninas.

Caminhou rapidamente pelas pessoas que se encontravam ali e dirigiu-se à secretaria. Ao adentrá-la, uma mulher com cabelos grisalhos atendeu-a com um sorriso, perguntando se ela era Renesmee. A mesma não sabia como seus pais haviam inscrito-a no colégio sem dizer o seu sobrenome, mas, tratando-se de Edward Cullen, ela tinha uma ideia.

Sua primeira aula era de Química; e, para lá, ela foi. Havia poucos lugares vagos; então, decidiu-se por sentar-se na única classe que não possuía acompanhantes.

Enquanto ela rabiscava desenhos de sua família no caderno, um menino sentou-se ao seu lado. Ele encarou-a ainda no estacionamento e não pôde evitar de impressionar-se com a sua beleza. Ela, com certeza, era a mulher mais linda que ele já vira.

– Olá. – Ele disse, tentando perder a vergonha de tê-la encarando-o com seus belos olhos chocolates.

– Ah, oi. – Ela sorriu amavelmente após erguer os seus olhos de seu caderno. – Prazer, sou Renesmee.

– Renesmay? – Ele perguntou confuso com o nome incomum, mas era tão incomum, raro e lindo como ela.

– Não, R-e-n-e-s-m-e-e. Eu sei que é difícil, mas a minha mãe deveria ter tragado umas antes de me batizar... – Sentiu-se suja por dizer algo assim sobre a sua mãe, porém todos acreditavam que ela era órfã e deveria ter certo ódio dos pais.

– Sou Chaz Matthews, prazer. – Cumprimentou ele após rir da careta da companheira de Química.

A aula sucedeu-se calmamente, em meio a conversas e risos. A explicação sobre química inorgânica passou-se despercebida à Renesmee e ao Chaz.

Os demais períodos foram tão animados quanto; e Renesmee, em sua única aula separada de Chaz antes do almoço de segunda feira, conhecera Amy, uma menina que não parecia ter pensamentos invejosos sobre ela.

No horário de almoço, elas sentaram-se juntamente ao grupo de Chaz, também composto por Bradley, que era um afrodescendente muito engraçado e descontraído; Ashley, que nem levantara a cara para cumprimentar Renesmee, apenas continuou lendo a sua revista; William, que mandara à Renesmee uma piscadela; e Amanda, que fora muito simpática com ela, além de Amy e Chaz. Renesmee beliscou uma maçã enquanto todos conversavam animadamente à sua volta, até ser despertada dos seus pensamentos por um grito histérico vindo da Ashley.

– Relaxa, ela nem sempre é tão ruim assim... – Bradley ou Brad (como pedira para ser chamado) sussurrou na direção de Renesmee, ao ver a sua expressão confusa, ao franzir a testa.

– O BLACK ESTÁ SEM CAMISA NESSA FOTO! OLHA, AMY, OLHA! – Ashley praticamente avisou a todo mundo o motivo de sua excitação. Ela começou a revirar os olhos, e Renesmee podia jurar que ela estava tendo um orgasmo apenas por vê-lo sem camisa. Céus, ele não pode ser tão lindo assim..., pensara Renesmee.

– Arg, arruma um quarto, Ash! – William pediu ao vê-la tendo aquela reação.

– Imagina quando ele posar nu, quero só ver... – Chaz sussurrou em direção ao Will.

– Mas o que esse tal de Black tem, afinal? – Perguntou Renesmee, a única daquele círculo que nunca o havia visto, nem ouvido falar dele.

Os demais a fitaram apavorados – como ela podia não o conhecer, sendo que ele era nativo da tribo Quileute, de La Push, ao lado de Forks?

– Você não o conhece? – Amy, que parecia ser a mais tímida naquele grupo, perguntou, sem deixar o fato de sua voz esganiçar-se no final da frase incomodá-la.

– Por quê? Eu deveria?... Pois não, nem faço questão. Ele deve ser apenas mais um halterofilista, que passa o dia malhando na academia para poder receber uns trocados para as pessoas olhares para o seu corpo. Resumindo: ele deve ser um idiota que se acha superior.

Diante do comentário de Renesmee, Chaz cuspiu o líquido da Coca-Cola que bebia em Ashley, que gritou agudamente, surpresa e horrorizada. Os palavrões que se seguiram acompanharam a sua fúria.


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Notas finais do capítulo

#NOTA DA LETÍCIA SILVEIRA:

E aí? Gostaram? Eu sei que o primeiro capítulo normalmente é o pior e o mais chato, mas vai vir coisa boa por aí. Até tive de dividir o capítulo no meio por estar muito cumprido. Mas domingo ele chega todo lindinho (e só atrasou dessa vez porque a beta tava viajando).
O que acharam do Chaz? Do Embry? Do Seth? (Eu vou detalhar mais os momentos do Jake com a Ness, mas eu não quis focar no Seth...)
Mereço reviews? Sei que não irei ganhar muitos, mas um só já me estimula a continuar :D
Lembre-se sempre de que eu sou movida a REVIEWS E RECOMENDAÇÕES (:
Beijooos ♥

Prévia de postagem: todas os domingos, podendo ocorrer um adiamento caso haja imprevistos. Caso comentem muito ou recomendem (isso vale para qualquer capítulo), posso postar antes.

Att, Letícia Silveira :*


# NOTA DA RAY:

Olá meninas, como estão? Antes de mais nada quero agradecer pela recepção da fic. Amei ler cada comentário. E podem esperar que a fic vai ser linda. E eu já estou apaixonada por ela. Cada capítulo que a Lê me manda quando escreve eu fico babando por mais! Vamos lá gatinhas, comentem e aguardem o próximo. Um grande beijo.