Voltando ao tempo atual. Sakura e Kiba continuavam em sua busca pelas crianças desaparecida. Já haviam se passado longas horas dês de o inicio da busca, Sakura já mostrava traços de cansaço e propõe:

–Daqui a pouco vai amanhecer, hoje o dia foi duro. Vamos dormir – A garota, rapidamente, deita no pé de uma arvore e começa a dormir.

–EI! NÓS AINDA VAMOS DISCUTIR ISSO! LEVANTA AÍ!

–Para de gritar! Tõ tentando dormir!
–JÁ FALEI PRA SE LEVANTAR!

–SENTA AÍ E DESCANSA SE NÃO EU CONTO PRA HINATA QUE VOCÊ GOSTA DELA!
–JÁ FALEI QUE NÃO GOSTO DELA!
– Ótimo então você não se importa se eu contar...
–Droga!...Você venceu! – O rapaz senta no pé de outra arvore contrariado.

– A-a-a-a-au! – Um latido semelhante a uma gargalhado é emitido de Akamaru

–CALA A BOCA VOCÊ TAMBEM! SEU TRAIDOR!
–Shhh! Kiba, quieto! Deita!
–EU NÃO SOU UM CACHORRO TÁ LEGAL!

Na mesma hora, Porém em outro lado da floresta, Sasuke seguia o rastro que lhe foi designado rapidamente, pulando de arvore em arvore, buscando os melhores ângulos para continuar avançando ligeiro...

–Está quase amanhecendo – Sasuke pensava - Nem sinal do monstro... Mas se ele voar mesmo, qualquer um pode esbarrar com ele até mesmo... - Sasuke fecha os punhos bem forte, demostrando preocupação e continua se locomovendo, cada vez mais rápido.
 

Hinata e Naruto seguiam o rastro detectado com eficiência pelo byakugan de Hinata quando ela avista uma caverna e imediatamente para. Naruto se atrapalha com a súbita parada da amiga e acaba tropeçando e caindo de cara no chão.

–Ué? Porque paramos aqui, Hinata? – O garoto diz se ajeitando

–O rastro... Acaba aqui nesta caverna... Naruto-kun... – a garota desativa o byakugan, para poder descansar os olhos.

–Ah, é mesmo... – Notando a caverna, que estava um pouco longe ele se levanta batendo a poeira - Claro... Eu quis dizer, porque paramos aqui, na entrada da caverna hehe! Vamos entrar.
 

Eles entram na caverna que se alongava como um corredor, as curvas cada vez mais sinuosas bloqueariam a luz do sol, se houvesse naquela hora da madrugada, Naruto andava apalpando as paredes para não bater em nada.

–Parece que não tem ninguém aqui... - Naruto afirma - Se bem que eu não enxergo muita coisa nesse escuro... ops! - Naruto tropeça em uma pedra e cai.

–Naruto-kun!...Você está bem? – A Garota passa pelo rapaz a procura dele ao fazer isso, ela percebe um respiração rápida vindo do que ela julgou ser o fundo da caverna.

–Ai, eu tô legal! – diz Naruto se levantando pela segunda vez

–Naruto-kun... Eu acho que tem alguém ali no final... Dizendo isso, Hinata já preparava o selo para usar o byakugan mais uma vez, mas ela é pega de surpresa pela voz de Naruto em um tom não habitual:

–Ei...Hinata... Eu sinto muito –As palavras do rapaz pareciam tristes - No final das contas eu sempre atrapalho...

–Naruto... kun... – A garota se vira para o amigo

–Seria melhor se você tivesse vindo com alguém melhor... O Shino, Sakura ou... Sasuke... Sasuke... Talvez ele seja melhor do que eu... É por isso que a Sakura...

–Eu... Não acho... Na verdade é ao contrario – Hinata começa seu discurso em tom sonhador - No final, o Naruto-kun sempre da um jeito nas coisas, não importa o quanto ela pareça impossível... Oh... Naruto-kun? O que você está fazendo? – Hinata estava sendo abraçada - Não... Você... Naruto-kun, eu – A garota começa a ficar vermelha e quase desmaiar, mas ela pensava que Naruto precisava de alguém para consolá-lo, e se sentiu no dever de ajudar seu amado, sem mais relutar ela o abraça carinhosamente.

– Ei Hinata o que você esta fazendo aí? – A voz de Naruto vem de um angulo totalmente diferente do que Hinata abraçava.

–Não é você? – A garota para de abraçar o estranho - Então quem é? BYAKUGAN!!!

– Hinata? – Naruto chama a garota no escuro, sem saber em qual direção virar a face e também achando tudo muito estranho.

–Acho que encontrei uma criança do orfanato... Ela está meio fraca... – Hinata via uma criança em sua frente, bem magra e fraca, estava também suja.

–Ah é? Perai... Onde você está? – Naruto sai tateando atrás da companheira

–Aqui, mais para esquerda.

–Ah, esse vulto aqui né? – Naruto apalpa um vulto sem o menor pudor

–Oh... Naruto-kun...

Ainda apalpando, Naruto se põe a fazê-lo com mais seriedade e com as duas mãos, logo ele faz suas observações:

– Nossa Hinata você esta tão magrinha... E baixinha... E sem... Peitos...

–Esse aí é a criança Naruto-kun

–Oh, é mesmo... AAAAAAAAAAÍ! NÃO MORDE ISSO AÍ QUE NÃO É COMIDA! SUA CRIANÇA ESTUPIDA!!!! – A pequena criança morde a mão de Naruto sem piedade

–Vamos sair Naruto-kun, e traga a criança, por favor

–Já tô com a mão na massa mesmo!

Eles saem da caverna. Naruto carregava a criança, era um menino de cabelo comprido e baixinho, ele estava com uma péssima aparência, provavelmente não comia nada por alguns dias.

–Coitado... Está morrendo de fome... – Hinata diz com pena da criança

–Consegue falar? – Naruto agora é quem diz com pena, ele coloca a criança no chão

–A...ju...da....fo....e – As palavras mal saem da boca da criança.

–Ok! Vamos voltar rápido, Hinata! – Naruto coloca o garotinho nas costas e vai para uma direção

–Tudo bem... Mas é por aqui

Naruto retorna e vai para o caminho que Hinata apontava. Os três começam a voltar. Em quanto isso, Shino seguia o rastro sem perder tempo.

Os primeiros sinais do sol já estavam surgindo, já não era possível ver as estrelas no leste o céu já estava clareando. Shino observa restos de frutas no chão e mais a frente uma criança dormindo encolhido entre as raízes de uma arvore. Shino chega perto sem fazer barulho observando a criança, era um garoto magro de cabelo castanho curto, estava sujo e para a surpresa de Shino, o garoto estava de olhos arregalados olhando para Shino, ele estava visivelmente com muito medo. Shino diz:

– Você é um dos garotos que fica no orfanato do sul? – O Aburame aponta a direção - Que foi recentemente atacado por um monstro?

O Garoto, muito assustado diz:

–Ele está atrás de mim... Eu não fiz nada... Porque ele me persegue...?

– Venha comigo garoto, vou te levar para o orfanato - Shino vai pegando o menino, tirando-o das raízes.

O Garoto olha um inseto andando no rosto de Shino, isso o assusta e ele de imediato começa a se debater gritando:

– AAAAAAAHG! ME SOLTA!

“ME SOLTA... ME SOLTA... SOLTA... SOLTA...”.

O grito do rapaz ecoa pela floresta fazendo vários pássaros levantarem voo ao mesmo tempo na floresta, bandos e bandos de pássaros sobrevoam suas cabeças. Shino solta o garoto e diz:

–Você está com medo disso? – ele cria uma nuvem de insetos na palma da mão. O garoto corre para traz de uma arvore e fica olhando.

– Venha, eu não vou lhe fazer mal. Os insetos são meus parceiros - Os insetos entram pela manga de Shino.

Ainda assustado, mas mostrando certa curiosidade o garoto pergunta:

– Os insetos ficam na sua roupa?

Shino confirma balançando a cabeça.

– E eles não te mordem?

– Não.

O garoto olha para cima do ombro do Shino e começa a tremer de medo. Shino ouve atrás dele um som de asas batendo, asas grandes e mais um par. O Garoto diz quase gaguejando:

– N-Não falei, Ele está me perseguindo...

Shino se vira e olha o monstro. Ele era grande, tinha mais de dois metros e possuía uma forma humanoide, ele tinha a pele cinza e quatro asas negras, como as de um morcego; também possuía três chifres, um na testa e outros dois em cada lado da cabeça, seus olhos eram vermelhos e brilhavam.

– Ei, rapaz, siga esses insetos - Um pequeno enxame de insetos sai da manga de Shino - Eles iram te levar de volta para o orfanato.

– E você, vai fazer o que?

– Eu vou segurar o monstro enquanto você foge.

Os insetos de Shino formavam uma seta na frente do garoto que olhava admirado para a coragem do jovem rapaz que viera lhe salvar.

“FLAP, FLAP”, o monstro já estava perto de aterrissar e Shino elava o tom da voz ordenando:

– Vá logo!

Os insetos começam a sair e o garoto vai junto, mas antes ele lança um ultimo olhar para traz e observa Shino ajeitando o óculos calmamente.

“BUM!”

O monstro aterrissa na frente de Shino levantando um pouco de poeira, suas quatro asas negras se encolhem e de forma ameaçadora ele encara Shino que apenas retribui com um olhar escondido atrás das lentes escuras.

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