POV STEBAN

– Steban?- Camillie sussurra para mim.

– Hm?- Pergunto com os lábios ainda grudados à sua pele.

– N-não seria melhor sairmos daqui... Izzy pode nos ver e, bem, ela tem só oito anos...

Apesar de ser loiro, entendo o que ela quer dizer imediatamente.

– Tudo bem, vamos- Falo pegando sua mão e guiando-a em direção ao meu quarto.

Quando chegamos à porta, lhe dou um sorriso malicioso e ela cora.

Entramos e eu dou um chute na porta para fechá-la. Então voltamos a nos beijar.

Vou empurrando-a lentamente até a cama. Só que não caímos na minha cama. Caímos em cima de alguém.

– AAAAAIII- Murmura o rapaz/homem/ser, que estava embaixo de nós.

– Mas o que?- A garota que estava com ele parece confusa.

– Saaaai... –O garoto murmura se mexendo e derrubando-nos no chão. Comigo embaixo.

– Sophie você... –Uma voz desconhecida começa a falar se aproximando então para- Quem são vocês?

– Nós, hm, bem, não sabemos o que fazemos aqui, desculpe, nós... Nós já vamos... – Falo.

– Não, espera ai- A garota fala- MAGNUS!

– Magnus?- Camillie, que já havia saído de cima de mim, fala.

– É, Magnus Bane, conhecem?- A garota de cabelos castanhos e olhos cinzas fala.

– Bem... Sim- Falo tendo a ajuda de Camillie pra levantar.

– O que foi Tessa?- Ouço Magnus falar. Olho em volta e vejo que caímos em uma sala. E que ele está na entrada de um corredor junto com a garota.

– Os conhece?- A tal de Tessa fala apontando para nós.

– Sim, Steban e Camillie, só não sei por que estão aqui- Ele fala dando de ombros.

– Nós... Bem... –Camillie tanta explicar, mas ruboriza ao lembrar o que estávamos fazendo.

– Nós caímos aqui. Mais especificamente em cima deles- Falo indicando o casal no sofá.

– Querem sorvete?- Magnus pergunta ignorando o rubor de Camillie.

– Hmm... De?- Ela fala curiosa.

– Flocos- Ele diz calmamente.

– Sim!- Ela diz e sai em direção a ele.

– Sophie, eu trouxe um pouco de sorvete para você- Tessa fala após eles terem saído, caminhando até o sofá e entregando um pote para a menina.

– O-obrigada, Senhorita Tessa- Sophie responde acanhada.

– De nada- Então se vira para mim- Quer também?

– E-eu vou buscar.

– Então tá- Diz dando de ombros e voltando a caminhar em direção ao corredor

Eu sigo-a após uma rápida olhada no cômodo. Tinha o sofá, uma janela, o corredor e uma parede que tinha somente um quadro, no corredor noto também duas portas. Uma rosa com os dizeres “Quarto das Meninas” e outra azul com os dizeres “Quarto dos meninos”.

Quando chego à cozinha noto que havia muitas outras pessoas ali. Dois meninos que eram praticamente uma cópia em versão masculina da Millie, um garoto parecido comigo só que com olhos dourados que conversava com os dois, outro parecido comigo só que com olhos verdes, uma menina ruiva que conversava com uma morena de olhos negros e um menino de cabelos cacheados, óculos e pele clara, uma menina também parecida com Camillie, só que com cabelos castanhos escuros, falava com um garoto de cabelos castanho-claros e olhos verdes, também havia uma menina loira que conversava com um menino de cabelos acinzentados, Tessa que se dirigiu direto a Magnus e Camillie que estavam parados encostados no balcão que ficava no centro da cozinha. Eu ruborizo ao perceber que todos olham para mim.

– O-oi -Falo sem graça.

– Oi- Todos falam, e, uníssono.

Magnus começa com apresentações então eu descubro que um dos meninos que se parecia com a Camillie se chama Will e o outro Alec, o menino que se parecia comigo só que com olhos dourados se chamava Jace, o outro loiro, o que tinha os olhos verdes se chamava Gabriel, a menina ruiva era Clary e a morena Isabelle, o garoto se chamava Simon, a menina parecida com Camillie era Emma, o garoto com que ela conversava se chamava Daniel (que se pronuncia como Deniel), a menina loira era Jessamine e o garoto que falava com ela se chamava Jem. Então começou uma longa explicação de Magnus do provável porque de estarmos ali. Foi longa e chata, mas pelo menos o sorvete era bom.

Quando as explicações e as apresentações terminam o tal de Will me chama.

– Então, quem é a menina bonita que veio com você?- Ele pergunta com um sorriso sugestivo.

– Minha namorada.

– Muito bonita sua namorada, hein, Steban- Ele fala, creio que só disse isto por ela ter cabelos negros e olhos azuis idênticos aos seus. Realmente, eles eram assombrosamente parecidos.

Tessa parece ter ouvido a conversa, pois ela se aproxima e dá uma cotovelada na barriga dele.

– Ignore, ele só diz isso por ela ser parecida com ele- Ela fala sorrindo simpática para mim.

– Des-ne... cessário- Ele fala quando se recupera.

– Muito pelo contrário, você mereceu. Não se esqueça de que sua namorada sou eu!- Ela fala irritada e sai de perto.

– Linda, mas muito, muito vingativa.

– O quê?- Pergunto.

– A Tessa, ela é linda, mas não perde uma oportunidade de se vingar.

– Ah, é... Parece que não mesmo –Digo para ele.

– Continuando. Porque sua namorada se parece tanto comigo?

– Não sei. –Digo dando de ombros- Por que você se parece tanto com a minha namorada?

– Querido, eu sempre fui lindo, achar alguém parecido comigo já foi raro. Achar DUAS pessoas que tem uma beleza parecida com a minha, mas nem tão grande quanto, foi com certeza um milagre!

– Acho que modestidade não está listada no meio de seus “inúmeros” dons.

– Errado, é o décimo item da lista.

– Décimo? O que vem antes?

– Ser naturalmente lindo, muito sedutor, ser muito habilidoso no treino e no combate com adagas, ter uma voz naturalmente sedutora, ter olhos profundos que conquistam qualquer garota, ter uma habilidade natural para irritar os outros, ser o Caçador de Sombras mais odiado por, pelo menos, metade da Clave, ter um sorriso naturalmente lindo que faz damas desmaiarem, ser extremamente inteligente e, por fim, ter uma modéstia simplesmente enorme- Diz ele enumerando suas qualidades nos dedos.

– Desnecessário, como você consegue ser o Caçador de Sombras mais odiado pela Clave?

– Eles simplesmente me odeiam nunca me disseram por quê. Acho que nunca se conformaram com o fato de que meu pai desistiu de ser Cônsul só por que queria a mim e as minhas irmãs afastados deste mundo. O que com certeza não deu certo.

– Seu pai desistiu de ser Cônsul, só por causa de vocês?!- Digo surpreso ao ouvir aquilo.

– Pois é, e veja no que deu, aqui estou eu, o Caçador de Sombras mais lindo e odiado do mundo- Respondeu dando de ombros.

– Eu não acredito que ele fez isto. Ele simplesmente desistiu da melhor oportunidade da vida dele por causa de vocês!

– É, e também porque não queria viver tão ocupado com o trabalho que nunca pudesse ficar conosco.

– Nossa, seu pai é realmente incrível- Falo ainda surpreso.

– Vai dizer que seu pai nunca fez nada por você?- Diz ele me olhando curioso.

– Meu pai e minha mãe morreram há tanto tempo que eu nem mesmo me lembro deles. Só tenho minha irmã, Isabelle, e um antigo amigo de família que cuidou da gente por todos esses anos. Fora isto, ninguém nunca fez nada demais para mim.

– Exagero, tenho certeza que não foi tão ruim assim.

– Acredite, não foram as melhores coisas da minha vida.

– AI! QUEBREI MINHA UNHA!- Uma voz feminina e irritada grita da sala.

Todos saíram correndo em direção à sala, encontrando lá paradas duas mulheres de costas para nós. Uma loira e uma morena.

– Vocês?- Magnus diz e as duas se viram. Continuo sem entender o que está acontecendo nem sabendo quem são, mas as duas são lindas. Vampiras. Mas lindas.