A Festa escrita por Tessa Herondale Carstairs, Tadashi


Capítulo 10
Temos um acordo?


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu poderia perder meia hora digitando um texto dizendo desculpas, porém eu não vou fazer isso. Só me desculpem, eu fiquei sem inspiração pra escrever e eu abria o Word e ficava encarando a folha em branco.
MAS ESSA SEMANA A LUZ DAS IDÉIAS VOLTOU À MIM E VEIO COM TUDO MEUS AMORES!!! :3 :D
Eu escrevi esse capítulo em dois dias e só estava esperando pra poder postar, e o próximo eu termino logo e programo. Eu juro que vou tentar demorar séculos a menos a partir de agora. But... nome mais divo que o meu não há! u.u
Entããããoo... Feliz aniversário atrasado pra minha história!!? kkkkkk.
Sério desculpem e boa leitura, 1878 palavrinhas só pra vocês!



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POV Autora

Mellynda estava com sua cabeça abaixada, e seus joelhos dobrados, em um sinal de reverência. Lilith, sua “mãe”, estava em sua frente sentada em um trono estranho. Ele era feito de ossos que, por falta de definição melhor, estavam brilhando.

– Hã... você por acaso fez alguma visita recente à Magnus? Seu trono está... brilhando um pouco.

Lilith fez um aceno com a mão, como que dizendo que este era um assunto irrelevante.

– Não foi para falar sobre meu trono que a chamei aqui. Gostaria de saber um pouco mais sobre essa sua nova invenção... como é mesmo o nome? Ah, claro. Esta... “Festa”.

– Hm, o que quer saber sobre minha festa?

– Porque?

– Hã... não estou entendendo você... mãe.

– Ora. Você não foi criada para se fazer de sonsa, Mellynda. Sabe o que quero dizer.

– Um objetivo? Nenhum em especial, fora a diversão, é claro.

– Sabe que seu conceito de diversão é bem diferente do meu.

– Bom, e você sabe muito bem que meu conceito de diversão é bem parecido com o de Magnus, só que um pouco ampliado.

– Claro, a maior diferença com certeza é que você mexe com os sentimentos de seus convidados. E é isso que me interessa. Quero saber se você está disposta a me fazer um favor, considerando que já lhe fiz muitos.

– Grandes favores, claro. Garantiu que o amor de minha vida permanecesse ao meu lado, porém sempre olhando para as outras. Me garantiu a eternidade, porém muito solitária. Mal posso sair da dimensão que me deu. E ainda por cima me deu esta marca de feiticeira idiota.

– Não deveria se queixar tanto, sabe que fui extremamente generosa com você. Sua marca de feiticeira é a maior prova disso, é mais discreta que a maioria. E você ganhou uma dimensão só para você...

– Que eu mesma tive que livrar dos demônios que habitavam lá.

– Detalhes insignificantes, você é poderosa. Sua reserva de poder é quase infinita, aliás. Eu trouxe seu amor de volta da morte, para ficar junto com você. E um detalhe que não pode ser ignorado é que foi você mesma que o matou. E você não sai da sua dimensão porque não quer. Você fica um pouco mais fraca, porém continua viva e respirando. Sabe que tenho um carinho especial por você, minha filha.

– Ah sim, você com certeza se orgulha muito por ter me mantido viva por todos estes anos. A primeira e única filha de Lilith, literalmente falando. Apesar de nunca ter sido ensinado à mim um meio de controlar meus poderes, de modo que, você sabe, mãe, eu acabei causando alguns acidentes até aprender.

– E você ainda conseguiu um meio de transferir sua marca de feiticeira ao colar. Sempre tive curiosidade de como fez isso.

– Ah, apenas um pequeno truque. Mas, sem escapar do assunto anterior, não. Não vou lhe fazer favores, mesmo sendo você a minha mãe, e tendo me ajudado taaanto no passado – “apesar de ser somente para conseguir um meio diferente de espalhar o horror de sua presença” Mellynda não pôde deixar de acrescentar mentalmente. Seu tom era sarcástico, e ela levantara a cabeça, encarando então sua suposta mãe.

– Que filha ingrata que eu fui arrumar –Lilith murmura cruzando os braços. –Acho que você vai agora então. Achei que você fosse fazer um acordo com sua querida mãe.

Juan se aproxima de Mellynda, em silêncio. Esperara no lado de fora por todo o tempo, porém entrara na sala a tempo de ouvir as últimas palavras de Lilith.

– Quanto sarcasmo para uma pessoa só –ele comenta, enquanto pega a mão de Mellynda, que levantara quando seu companheiro entrara no cômodo.

– Sabe que não gosto de fazer acordos com você. Pelo menos depois do último.

Lilith dirige somente um sorriso irônico em resposta, e Juan começa a emitir um leve brilho azul, principalmente na área de seu peito, quando inicia seu trabalho de transportá-los para casa.

Assim que chegam, Mellynda faz um feitiço de disfarce para ambos e eles param na sala para observar os convidados parados.

– Espera, estão faltando dois. Faltam os irmãos Tanner –Mellynda sussurra para Juan, que se vira surpreso.

– Sério? Achei que tinha lembrado de todos...

– Faltam dois. Vá rápido e traga-os aqui. Estou louca para que isto comece. Vou fazer uns pequenos reparos na casa, enquanto você vai lá.

– Não esqueça de me esperar, Mel. Sabe que sempre gostei de participar da diversão –ele murmura piscando e sorrindo para Mellynda, enquanto larga sua mão e desaparece em meio à luz que emite.

Mellynda aproveita que ele não vira o rubor em suas bochechas e começa suas mudanças. A sala, onde todos estavam sentados e conversando, ela aumenta um pouco, trocando a cor do sofá de branco para um amarelo-claro, colocando outro igual ao qual Magnus estava sentado, e mudando também as paredes, de branco, para um tom leve e sereno de azul. As flores em cima da mesa ela altera a cor, para uma cor de um vermelho vívido e brilhante, o tapete tem sua cor trocada para um cinza claro, as janelas são ampliadas e ela adiciona um pouco de vida à paisagem, parecendo, se você chegasse perto o suficiente das grandes janelas duplas, que você olhava para fora de uma casa de campo, próxima à um morro, com uma floresta ao longe e uma área grande na frente, também com uma piscina grande instalada ali. Saindo da sala, foi para os quartos, onde, primeiramente mudou a cor das portas, deixando ambas feitas de uma madeira grossa e resistente, de pinheiro, e mudando as plaquinhas, para duas brilhantes e cercadas de pequenas lâmpadas, como as que vão em árvores de natal. Dentro dos mesmos, adicionou detalhes ao interior, colorindo as paredes, ajeitando a posição das camas, adicionando um pequeno criado mudo ao lado de cada cama. Já na cozinha, adicionou mais espaço, para tornar possível que todos entrassem ali, e mais uma mesa, afim de todos poderem sentar-se à mesa caso fossem fazer refeições em grupo. Também repôs o estoque de sorvete, que quase todos comeram anteriormente. Adicionou outro banheiro, igual ao anterior, assim ficando um ao lado do quarto destinado às meninas e outro ao lado do destinado aos meninos. Quando estava para fazer um pequeno feitiço, para que o ar tivesse cheiro de canela fresca e lavanda, dois meninos aparecem pelo corredor que levava à cozinha, ainda conversando sobre quem alimentaria os cavalos mais tarde. Porém eles pararam assim que notaram que não mais se encontravam andando para sabe-se lá onde pretendiam ir. E as bochechas de ambos começaram a corar, conforme encaravam os rostos curiosos virados em sua direção.

– Impressão minha, ou realmente quando os dois apareceram o cômodo ficou com cheiro de canela? –Clary comenta olhando ao redor.

– Na verdade as mudanças são obra da Mellynda, os dois só apareceram por causa do Juan. Vocês não conseguem vê-los porque é muito provável que ambos estejam usando um feitiço de disfarce, mas eu tenho certeza de que eles estão aqui –Magnus responde esticando as pernas, devido ao fato de que Camillie e Steban haviam saído de sua frente e ido sentar-se no sofá.

Mellynda estala os dedos assim que Juan volta para sua forma normal, tornando assim os dois visíveis para todos. Os dois meninos, nomeados Thomas e Cyril, dão um pulo com a aparição repentina do garoto e da garota ao seu lado, indo rapidamente para longe deles.

– Juan, convidados especiais, por favor. Sabe que eu amo gatos –Mellynda sussurra e Juan some novamente, voltando logo em seguida para seu lado, conforme Church, Coroinha e Presidente Miau adentravam no cômodo, surgindo também do corredor. Metade das pessoas no cômodo se encolhem conforme os gatos se apressavam para dentro do cômodo.

– HÁ DOIS GATOS DEMÔNÍACOS! –William Herondale grita pulando para trás de um sofá, espiando por sobre o encosto com olhos desconfiados.

– Um Coroinha já era ruim, dois serão tortura –Tessa Gray concorda com um suspiro.

– Huh, Jem, acho melhor você correr. Eles estão indo em sua direção –Jessamine Lovalace murmura se encolhendo em cima do sofá.

– Mas... –sua resposta é cortada quando Church dá um miado alto e pula em cima do garoto, e começa a esfregar a cabeça muito afetuosamente no pescoço do rapaz.

– Ele... ELE ESTÁ VIVO?! –Jace Herondale exclama com horror, olhando do gato para James.

Isabelle, parecendo tão espantada quanto o irmão de criação, levanta-se do sofá no qual estava sentada e dá dois passos para trás.

– Church gosta de alguém...

– Coroinha sempre gostou de Jem. Mas somente dele, esse gato me odeia –William Herondale comenta ainda olhando desconfiado para os dois gatos.

– O nome dele é Church –Alec Lightwood corrige enquanto afaga o pelo de Presidente Miau.

– Não, é Coroinha. Jem que escolheu o nome dele, sabe –William Herondale replica teimosamente.

– Church. Fui eu quem escolhi o nome! –Max Lightwood retruca cruzando os braços.

– Que diferença faz? –Gideon Lightwood resmunga do sofá.

– Faz toda diferença! –William e Jace Herondale falam em tom exasperado ao mesmo tempo.

– Chega. Um se chama Church e o outro Coroinha, e isso é tudo. Sem mais discussões sobre o nome dos gatos –Mellynda encerra a discussão observando-os com olhos dourados, tal qual os de Jace.

– Impaciência –Magnus murmura, mais para si mesmo que para os outros, que lhe olham curiosamente.

– Como é? –Isabelle Strecker pergunta franzindo o rosto em confusão.

– Os olhos dela.

– Estão dourados, e daí? –Isabelle Lightwood retruca colocando uma mão na cintura, aparentemente já ignorando a presença dos gatos.

– Com a Mel isso é sinal de impaciência, mas eu creio que não vamos parar para explicar isso agora. Primeiro vamos fazer o que...? –Juan fala olhando interrogativamente para Mellynda.

Ela abre um sorriso que ilumina seu rosto, e alcança seus olhos, que brilham num tom azul muito escuro.

– Que tal dar início à melhor experiência de suas vidas? –Ela pergunta passando o olhar radiante sobre todos adolescentes e alguns nem tão adolescentes assim, e parando em Magnus.

– A melhor experiência da vida deles foi me conhecer, duvido um pouco da capacidade de sua festa me surpreender –Jace Herondale responde soando cansado.

– Eu creio que não poderemos sair daqui até um de vocês dois resolver nos tirar daqui, então não temos outra opção, querida –Magnus fala ironicamente e revira os olhos quando Alec faz uma careta para o seu “querida”.

– Então, acho que não tem problema dizer de novo, que comece a festa! –Mellynda fala abrindo os braços enquanto redemoinhos de luz saem dela e cercam todos convidados, que por um breve momento somem em meio à luz, e logo em seguida voltam a aparecer, olhando em volta como se tivessem caído na realidade após muito tempo desacordados, e todos vestindo roupas de banho.

– Mas eu! Mas eu... EU ESTOU SEMINUA! –Tessa grita em horror, enquanto tenta cobrir o corpo com as mãos (não obtendo sucesso), e com o rosto completamente vermelho, destacando seus longos cabelos castanhos.

Mellynda novamente sorri, então ela e Juan são cercados pelos mesmos redemoinhos de luz e quando ressurgem estão com as mesmas vestimentas, porém de outras cores, e não estão olhando de modo extremamente tímido à sua volta (com algumas pequenas exceções), a feiticeira cria uma porta que dê acesso ao clima quente do lado de fora da casa, e sai, esperando que seus convidados resolvam segui-la.


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. Muitas coisas serão explicadas em breve. Muita treta vai rolar. Muita pegação também (:v). E muitas, muitas coisas engraçadas.
~Le spoiler da cena que eu ri escrevendo do próximo capítulo:
"- Ah, valeu a pena. Agora tenho uma ótima desculpa para te abraçar –falo piscando enquanto a puxo para mais perto de mim.
— Tarado. Você só quer aproveitar que eu estou de biquíni.
— Nah, seu biquíni é muito feio. Aposto que ficaria melhor sem ele –comento casualmente e me divirto quando o rosto dela fica quase da cor de seus cabelos".
Cena Clace de comédia heuheueheuheueheuehu
Tiau. :3 juro que no máximo até semana que vem sai o próximo.



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