You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 45
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

É gente... Chegamos ao final :/
Eu queria agradecer, do fundo do coração, a todas vocês que acompanharam essa história. Foram 72 leitores, 50 que favoritaram, 3 LINDAS recomendações e mais de 530 reviews (o maior tanto de reviews que eu já tive).
Foi uma história DELICIOSA de se escrever, eu amei cada capítulo, as interações e sugestões, o apego de vocês as ideias e ao nosso lindo Feijãozinho.
Como vocês sabem, eu já comecei uma nova fic Fabine chamada "9 meses", tenho uma a caminho chamada "E se..." e terei mais uma, chamada "Aprendendo a ser uma família". E espero ver vocês em todas.
É isso aí, curtam esse capítulo *---*



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Quando Giane encontrou Fabinho à beira da morte, ela fez uma escolha. Claro que deixá-lo para morrer não era uma opção, mas cuidar daquele fraldinha ingrato e ajudá-lo a se tornar alguém melhor, sim. E era a escolha menos viável e apoiada. Mas foi a que ela escolheu.

E hoje, só podia ser grata por ter feito essa escolha. A verdade era que ela o havia encontrado, lhe mostrado o que era amor, o que era um lar, mas sem que ele soubesse, ele também a havia encontrado, a ensinado o que era amar e ser amada em mesma intensidade, e que o lar não eram várias pessoas e casas, mas sim uma determinada pessoa. Ou atualmente, quatro.

Pouco antes de seu terceiro aniversário, nos primeiros dias de janeiro, Lucas ganhou o presente que mais esperava. Giane deu à luz o segundo filho dela e de Fabinho, um menino que era a cópia da mãe, e que foi batizado pelo irmão mais velho de Matheus.

E ao contrário do primogênito, que havia demorado longas horas e uma dor de cabeça para vir ao mundo, o pequeno Matheus nasceu rapidamente, em um hospital de ponta, com o pai e o irmão presentes. Mas assim como Lucas, abriu um verdadeiro berreiro quando tentaram colocar o macacão do Corinthians nele, para desespero de Giane.

Fabinho continuou com seu trabalho na agência, enquanto a jovem mãe se desdobrava entre suas sessões de fotos e os dois filhos pequenos. Foi uma época cheia de estresses, mas recheada de alegrias e realizações para o casal mais marrento e esquentado que já havia habitado a Casa Verde.

Por esse motivo, foi com grande surpresa que toda a família recebeu a notícia de mais um herdeiro Queiroz-Campana, logo após Matheus completar seu quarto aniversário. A verdade era que Fabinho sempre alimentara o desejo de ter uma menina, algo que Giane via claramente pela maneira como ele interagia com Clara e Manuela, a filhinha de Caio e Camila. Então a corintiana resolveu fazer um último chute a gol, e a pontaria foi certeira: o ultrassom no quarto mês confirmou que o último bebê seria uma garotinha.

Como Lucas havia escolhido o nome do irmão, os pais concordaram que fosse Matheus a escolher o nome da caçulinha da família, e o garotinho batizou a irmãzinha, de cabelos acobreados como os da avó Irene, de Beatriz.

_ Mãe, a Bia tá chorando. – Lucas reclamou da sala, jogando seu videogame. Matheus atazanava o irmão mais velho, tentando que ele lhe deixasse jogar também – Fica quieto pirralho, ou eu quebro seu nariz.

_ Delicado que nem a mãe, é impressionante. – Fabinho debochou do filho mais velho, caminhando até o cercadinho e apanhando a filha de quatro meses – Pronto princesa, pronto... Papai já tá aqui, não precisa mais chorar.

_ E é impressionante como sua filha é birrenta, igual você. – Giane entrou na sala, secando as mãos no guardanapo. Fraldinha vinha logo atrás, seu osso de brinquedo na boca – Lucas, deixa o seu irmão jogar, ou eu desligo esse videogame. E Matheus, sem fazer gracinha com o controle do seu irmão, ou eu tiro seus carrinhos.

_ Mas essa casa mais parece um quartel general, com um sargento mandando em todo mundo. – os dois meninos riram da implicância do pai, vendo a mãe franzindo o cenho – Daqui a pouco vai falar que se a Bia chorar, vai ficar sem leite.

_ Continue com gracinhas para ver sem o que você fica. – a mulher estapeou o braço do publicitário, fazendo os dois meninos pequenos rirem – Olha isso, você acaba com a minha autoridade perante os nossos filhos.

Mas a caçulinha da família não estava para graçinhas, e logo chorava novamente, mostrando que seu mal era fome. Giane a pegou do marido, mandando que os dois meninos desligassem o jogo e ajudassem o pai a terminar de arrumar a mesa para o jantar, enquanto ela alimentava Beatriz. Subiu ouvindo os dois reclamando e argumentando com o pai para jogarem mais ou irem brincar com o cachorro no quintal de casa, mas sabia que Fabinho era firme com os dois. Às vezes.

_ Calminha senhorita esganada, já vai. – a mãe sentou na cadeira de balanço do quarto da filha, abrindo a blusa e deixando que Beatriz mamasse – Parece que é mais esfomeada que seus dois irmãos juntos, como é possível?

Quando parava para pensar que já faziam mais de oito anos que ela e Fabinho estavam juntos, e que nesse curto período de tempo, toda a sua vida havia virado de cabeça para baixo, podia rir e chorar ao mesmo tempo.

Se lembrava de como era apaixonada por Bento, de como sua vida era o florista, sua única ideia de futuro, mesmo que um futuro difícil de se concretizar. Hoje, ele era padrinho de Beatriz, juntamente de Silvia, e havia expandido a cooperativa Acácia Amarela pelo país. Ainda criava Andre e Mayara, os dois agora quase na faculdade, e esperava Amora sair da prisão, para talvez começarem uma família deles dois, em meio à bagunça que ainda viviam.

Não podia esquecer Caio, e o quanto o fotógrafo a perseguira e quisera seu amor. Hoje, o herdeiro da fortuna Cardoso era casado com Camila Lancaster, fotógrafo oficial da Vogue brasileira, e pai de uma menina de dois aninhos, além de estar aguardando a chegada de um menino para dali a poucas semanas.

Mas no fim, não foi nem o primeiro amor platônico, ou o primeiro rapaz a lhe dar atenção e olhá-la com outros olhos, que haviam conseguido o que o maldito Fraldinha irritante conseguia em um único sorriso...

_ Pensando em mim, espero. – Fabinho interrompeu seus pensamentos, parando na porta do quarto de Beatriz, sorrindo lindamente. Giane bufou, se levantando e caminhando até ele.

_ Se você se esqueceu, ô bezerrão, eu sou mãe de três filhos... Acho que tenho mais o que pensar do que você. – o rapaz riu, roubando um selinho da esposa.

_ Realmente, tem tanta coisa para pensar, que são mais de 19h30 e você não se tocou ainda que hoje é seu aniversário. – Giane escancarou a boca, enquanto Fabinho roubava Beatriz do colo dela – Não sei como você ainda consegue se lembrar de tomar banho todo dia.

_ Não me diz que tem uma festa enorme me esperando. – implorou ela, fazendo Fabinho gargalhar novamente.

_ Não... Mas da família Dó-Re-Mi você não tem como fugir. – desculpou-se ele – A propósito... Feliz aniversário de 32 anos.

Na sala, Silvério e Plínio babavam em Lucas e Matheus, os dois xodós dos velhos babões. Margot e Irene por outro lado, dividiam sua atenção entre Clara e Emília, as duas filhas de Malu e Maurício. Marcos estava sentado com Kevin e André, os três entretidos em algo no tablet do mais velho.

Dorothy e Mayara babavam na pequena Gabriela, a filhinha de dois meses de Luz e Jonas, que ressonava no colo da mãe, diante do olhar babão do pai. E Bento conversava com Malu e Maurício, os três rindo e se divertindo com alguma história boba, enquanto a pedagoga enchia Fraldinha de carinhos.

_ Ah, chegou a aniversariante avoada. – comemorou Bento, sendo o primeiro a abraçar a “irmã”.

_ Tente cuidar de uma casa, um emprego, três filhos e um marido, e vamos ver se você se lembra de uma besteira como o aniversário. – Giane brincou, passando para abraçar os demais.

_ Agora pergunta se ela se esquece de assistir a droga do jogo do Corinthians? – provocou Fabinho, recebendo uma fuzilada.

_ Corinthians fede. – gritou Matheus, erguendo os braçinhos, nervoso.

_ Fica quietinho ai palmerense, que a conversa não chegou no chiqueiro. – rebateu a mãe, fazendo o menino emburrar – Ô meu amor, não fica bravo com a mãe não.

_ Ele tá bravo porque sabe que é verdade. – provocou Lucas, correndo até o pai – Ele é o porquinho da família né papai? Tem que morar no chiqueiro.

_ Não tenho não. – Matheus emburrou mais, fazendo todos rirem.

_ Claro que não filho. Eu e sua mãe te amamos, mesmo você sendo um porquinho. – Fabinho se abaixou, deixando que o garotinho corresse para seu braço livre, já que o outro segurava Beatriz – E você filha... Segue o bom exemplo do papai e do Lucas, não do seu irmão porquinho.

_ Corintiana pelo menos sabemos que não é. – brincou Plínio, e Giane bufou.

_ Carreguei os três por nove meses, aguentei a dor do parto, amamentei e dei amor, e nenhum segue o bom exemplo de torcer pro Timão. Só pode ser carma. – a mulher entrou na brincadeira. A verdade era que, por mais que quisesse que os filhos torcessem para o seu sagrado Corinthians, lhe agradava ver que os três demonstrassem suas personalidades desde pequenos, mesmo que fosse gritando que nem loucos quando colocavam o uniforme do time neles.

_ É porque eles são inteligentes, que nem o pai. – Fabinho provocou, sorrindo de lado – Quer dizer, o Matheus é um pouquinho menos, mas é porque ele é mais parecido com você.

_ Antes que algum dos três comece a chorar de novo, vamos cantar parabéns? – propôs Margot – Ai a Beatriz já pode dormir sossegada.

Foram até a sala de jantar, onde já haviam preparado a festinha no meio tempo em que Giane estivera cuidando a filha. Ela apanhou Beatriz, enquanto Fabinho pegava Matheus no colo. Apesar do ciuminho, Lucas gostava de ficar no chão, para provar que era o mais velho e independente dos três.

Cantaram parabéns com gritos e assovios de Fabinho e dos dois meninos, enquanto Giane apertava a filha e evitava que ela chorasse, já que as palmas e cantoria poderiam assustá-la.

_ Vai mãe, faz um pedido. – pediu Matheus, quando acabaram de cantar.

_ Só se vocês fizerem comigo. – rebateu ela, e os três concordaram. Fabinho colocou Matheus no chão, abraçando a cintura de Giane e apoiando o outro braço na mesa. Ela se abaixou, mantendo Beatriz firme nos braços – No três. Um, dois, três.

E assopraram juntos, extinguindo a chama da vela. Claro que os dois pequenos pediram algum brinquedo novo, mas o pedido do casal foi o mesmo. Que aquele amor sempre durasse, que a alegria sempre os acompanhasse, e que se em algum momento de loucura e raiva, se perdessem, um encontrasse sempre o outro, para mostrar o caminho de volta para casa.


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Notas finais do capítulo

É isso aí gente.
Até a próxima.
Mil beijos ;@