You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Sei lá... Sem criatividade pra N/a UHAHUAHUAHUAUHAUH



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Os dias com seus pais e irmãos na Holanda, estavam sendo melhores do que o casal podia esperar. Fabinho não cansava de ficar com Marcos, mesmo quando estavam todos presentes. Ele também pedia para a mãe deixá-lo trocar a fralda sempre que possível, o que deixava as quatro mulheres de sua vida louca de orgulho.

Malu estava aproveitando cada segundo da barriga da cunhada, que se divertia com isso. As longas conversas da pedagoga com o pequeno Lucas eram sempre hilárias, e logo Maurício havia entrado na onda da namorada e conversava com o sobrinho também.

Plínio havia saído um dia com Fabinho, Malu, Marcos, Dorothy, Luz e Kevin para uma tarde de pai e filhos. Desde que Malu colocara Bárbara para fora de casa, o cineasta e Irene haviam tomado para si os papéis de pais dos três mais novos, o que era fácil, levando em conta que eles sempre haviam visto Plínio como uma espécie de pai.

Silvério aproveitou para passar à tarde com a filha, visitando alguns campos de flores. Os dois aproveitaram muito bem o dia, passando um bom tempo conversando. Giane fez muitas perguntas sobre a mãe, perguntas que ela nunca havia feito ao pai. Ele respondeu todas com prazer, contando ainda algumas histórias de quando a menina era bem pequena.

No fim do dia, ao chegarem à casa do casal Queiroz, Margot e Irene esperavam todos com um jantar maravilhoso. Comeram em meio a conversas e risadas. Margot e Silvério resolveram contar as histórias constrangedoras de infância de Fabinho e Giane, como um “presente de casamento”. A mais deliciada com aquilo era, é claro, Irene, que adorava ouvir sobre seu filho mais velho.

_ Você está bem? – perguntou Fabinho para a mulher, quando ambos se levantaram para ir à cozinha pegar mais refrigerante.

_ O Lucas não para quieto, mas acho que é porque tá todo mundo ai. – ela explicou, se apoiando no balcão – Cara, minhas costas estão me matando.

_ Você quer pedir para eles irem embora? – perguntou o rapaz, e ela negou. Ele então começou a passar as mãos pelas costas dela, que suspirou – Quer subir descansar? Eu tenho certeza que eles não vão ligar. Você andou bastante hoje, deve estar cansada.

Ela concordou, enquanto os dois iam para a sala, abraçados.

_ Gente, eu vou subir. – avisou a corintiana – Eu andei bastante hoje e o Lucas tá um pouco agitado, então eu vou deitar.

_ Nesse caso já vamos... – começou Plínio, mas ela negou.

_ Fiquem a vontade. O Fabinho só vai me ajudar a subir e já volta, ok? – os demais concordaram, se despedindo da menina. O rapaz ajudou ela a subir e a se deitar, tornando a descer as escadas.

Giane abraçou o travesseiro que haviam comprado para facilitar que ela dormisse durante o dia, quando Fabinho não estivesse ali na cama, e começou a respirar lentamente, na tentativa de acalmar Lucas.

_ Vamos lá garotão, deixa a mamãe descansar um pouco. – pediu ela acariciando a barriga, mas Lucas não parecia disposto a obedecer a mãe. Pouco depois, ela começou a sentir uma pressão maior, e começou a ficar assustada – FABINHO.

Ele subiu as escadas devagar, rindo de algo que haviam dito na sala. Chegando na porta do quarto, estranhou encontrar a mulher sentada, com uma expressão de pânico.

_ Acho que o bebê vai nascer. – ela apertou a barriga com força, desesperada.

_ E o que a gente faz? – guinchou ele, correndo até a frente da grávida. Ela não pode evitar bufar e revirar os olhos.

_ Um churrasco... Claro que vai pro hospital né panaca. – ele revirou os olhos, mas ela apertou o ombro dele guinchando – Fabinho, tá muito cedo para ele nascer, eu não entrei nem no 7º mês ainda.

_ Calma, vai dar tudo certo. – ele prometeu, beijando o rosto dela – Você consegue andar?

Ela concordou, levantando com a ajuda dele. Ele a abraçou apertando, vendo que ela tremia de medo, e tentou controlar seu próprio. Começaram a descer as escadas, encontrando todos de pé na sala...

_ Gente, nós estamos indo e... – Malu começou a falar, mas parou ao ver a expressões dos dois.

_ Eu acho que o Lucas tá um pouquinho apressado. – Fabinho disse, engolindo em seco.

~*~

_ Calma cara, se o Lucas estivesse realmente nascendo, a médica já tinha vindo avisar. – Maurício consolava o cunhado, enquanto os dois e Malu aguardavam na sala de espere do hospital. Foram apenas os quatro pro hospital, deixando os pais e os mais novos na casa de Giane e Fabinho e prometendo ligar caso o parto se confirmasse.

_ É Fabinho, existem contrações falsas, lembra? – ele concordou automaticamente, sem ao menos escutar direito. Seus olhos e atenção estavam cravados na porta da emergência, seu cérebro relembrando a última vez que estivera em um lugar desses, quando havia descoberto que Lucas estava dentro da corintiana.

_ Pode ficar tranquilo rapaz. Sua namorada teve duas queimaduras leves como a sua, e está com algumas escoriações nos pulsos e tornozelos por conta das cordas. Mas já tomamos os cuidados, já tratamos a inalação da fumaça, e ela está bem. – todos respiraram aliviados – Oh, já ia esquecendo. O bebê também está em perfeitas condições.

Fabinho já havia virado de costas para abraçar a mãe adotiva, parou estático ao ouvir aquilo. Todos abriram a boca em choque, enquanto ele se virava para o médico.

_ Que bebê?

Como poderia imaginar que aquilo aconteceria? Que eles dois iriam ter um filho, tão novos e despreparados. Lembrou da reação dela no momento em que ele contou que o fruto do amor deles crescia dentro dela (precisava parar com essas frases melosas e clichês).

_ Pera... Então cê não sabe? – ele perguntou confuso, e ela o olhou, mais confusa ainda.

_ Sei do que cara? – ela perguntou, começando a se irritar com aquela confusão.

_ Do nosso filho.

_ Do nosso... – ela começou a gargalhar, caindo para trás no travesseiro, deixando o rapaz abismado – Inalou muita fumaça, foi panaca? Nosso filho, essa é boa. Se liga cara, onde a gente tem um filho?

_ Nesse momento, dentro da sua barriga. – ele apontou para o lugar que ela segurava, que doía de tanto rir. Ela se lembrou da cena confusa de minutos antes, de Fabinho conversando com o nada e beijando sua barriga. Arregalou os olhos em choque – É tranqueira, acho que nós esquecemos de ser cuidadosos.

Naquele momento, em meio a toda aquela confusão, nenhum dos dois poderia sequer imaginar que amariam tanto aquela criança quanto sabiam que amavam Lucas naquele momento.

_ Fábio Queiroz? – o médico apareceu com o prontuário de Giane na mão. O rapaz se levantou acompanhado da irmã e do cunhado.

_ It’s me. How is Giane? And the baby? – o rapaz perguntou nervosa, enfiando as mãos nos bolsos.

_ Your wife and son are well. – garantiu o médico, e os três suspiraram aliviados.

_ And the contractions? – perguntou Malu, e o homem de jaleco assumiu uma expressão séria.

_ Well, they were real. Giane came very close to going into labor for real. We took a medication to inhibit it, but she will need bedrest from now on. – o medico explicou, enquanto os três ficavam nervosos - She explained to me that there was an accident at the beginning of pregnancy, and that you are still under a lot of stress, especially for being so far from family.

_ And what can we do? – perguntou Fabinho, parecendo cada vez mais ansioso.

_ Honestly, I would say to go back to Brazil and stay close to family. I think it will do well for her. And avoid any stress, even if it is impossible. She has to stay home, will have to take some medicine, but if psychologically she does not improve, we will not be able to avoid the birth of the baby for much time. – os três concordaram, ainda meio em choque - You can get to see her in a few moments. The nurse will call them. Excuse.

Fabinho caiu sentado, escondendo o rosto nas mãos. Malu o abraçou, deitando a cabeça em suas costas.

_ Eu jurava que ela estava bem, levando isso de boa. – ele disse após um tempo.

_ Às vezes é algo subconsciente cara. – Maurício sugeriu – Ou então, o fato de estarmos aqui, fez ela sentir mais saudades de casa.

_ Acho melhor perguntarmos para ela. – Malu propôs – E não ficarmos pensando caraminholas.

Os rapazes concordaram, voltando ao silêncio. Logo a enfermeira os chamou, e os três rumaram para o quarto de Giane. E se tinha algo que o herdeiro Campana podia afirmar, era que odiava ver sua maloqueira em uma cama de hospital.

Ela estava com o rosto inchado de choro, abraçada a barriga, olhando pela janela como uma criança assustada.

_ Hey... – Fabinho chamou, atraindo a atenção da esposa. Sentou ao lado dela, colocando a mão na barriga da mesma – Que belo susto, hein?

_ Desculpa por isso. – sussurrou ela, fungando – Pode dizer o quão ruim eu sou, não consigo nem segurar nosso filho na barriga.

_ Deixa disso pivete, auto-depreciação não faz seu estilo. – Fabinho repreendeu, puxando o rosto dela para si – E o combinado de não esconder mais as coisas? Porque não disse que estava com saudades do pessoal? Ou pelo menos, saudade a esse ponto.

_ Eu não sabia. Claro que eu tava com saudades, claro que eu to nervosa e preocupada, mas sei lá, eu não tava pensando nisso. – ela explicou, secando as lágrimas – Mas hoje eu tava com o meu pai, ai a gente estava todo mundo junto, e eu comecei a pensar... E se a Amora não aparecer Fabinho? Já fazem meses que ela sumiu, que a gente está se bandeando de lá pra cá, se escondendo. Eu não quero o Lucas crescendo longe dos nossos pais, dos seus irmãos, nós todos vivendo nesse medo constante. Eu sinto falta da Casa Verde, de São Paulo, do pessoal da rua...

_ Giane, foi você quem disse que não queria voltar até que a Amora fosse presa. – ele lembrou – Mas se você tiver mudado de ideia, nós voltamos para São Paulo amanhã mesmo.

_ Esse é o problema Fabinho... Eu quero estar lá, perto deles. Mas eu não consigo me livrar desse aperto constante no peito. – ela explicou – É uma agonia enorme pensar em voltar para São Paulo, mas ela fica ainda maior quando eu penso em não voltar.

_ E que tal um meio termo? – propôs Malu, entrando na conversa – Vocês podem voltar para o Brasil, mas não necessariamente São Paulo. Talvez alguma cidade da região, ou em Minas. Vocês estariam perto, mas fora da rota da Amora, Sueli ou Lara.

_ Isso. E poderiam ir para São Paulo às vezes, e nós para onde vocês estivessem. – Maurício engrossou a ideia da namorada. Fabinho virou para a esposa, vendo que ela ponderava.

_ É com você amor... Eu vou aonde você quiser, você sabe disso. – ele garantiu, beijando a testa dela. A corintiana suspirou.

_ Hora de voltar para a terra do meu Timão.


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Notas finais do capítulo

ALÔ BRASIL, CASAL MARRENTINHO ESTÁ VOLTANDO COM O LUCAS ♥
Beeeeijos