You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEELLO
Desculpa a demora, mas o Nyah tá com pau no meu pc e ontem eu fui pra Sampa e tal.
MAS DEPOIS DAQUELA DECLARAÇÃO QUE ABALOU MINHAS ESTRUTURAS, NÃO TINHA NEM JEITO NÉAM
(para mais informações sobre meu surto http://musicmagicandfairies.tumblr.com/post/63637696717/vamos-as-reacoes-a-declaracao-do-fabinho-ontem)
ENFIM, VAMOS QUE VAMOS QUE VAMOS



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Dois meses depois...

A Holanda era um lugar maravilhoso, especialmente agora que os enjoos de Giane haviam afinal terminado. Ela e Fabinho estavam morando em uma casinha pequena e ajeitada na área mais tranquila da cidade, um lugar aconchegante e que às vezes lembrava um pouco a Casa Verde.

Eles normalmente saiam depois de acordar, com bicicletas, e a corintiana se deliciava nos campos de flores. Aquilo não era o programa favorito de Fabinho, mas a alegria da namorada quando estava naquele clima familiar, era o que mais importava.

Malu e Maurício relutaram em ir embora, mas não havia mais como ficar longe de suas obrigações no Brasil. Pelo menos a partida deles agregou algo bom: Maurício voltou para à Crash Mídia e acordou com Érico para ele e Fabinho serem sócios. Agora, mesmo longe, o ex-badboy tinha o que fazer, já que constantemente o cunhado mandava campanhas para ele trabalhar enquanto a namorada cuidava do canteiro de flores nos fundos da casa.

Estavam em contagem regressiva pelo momento em que afinal seus pais iriam visitá-los (já que o médico só havia liberado Marcos para uma viagem tão longa de avião no quarto mês de vida) e pelas coisas que os mesmos trariam. Amora continuava desaparecida, e o advogado conseguira uma permissão para o casal ficar na Holanda até que a situação de resolvesse no país.

_ Eu sei pai, eu sei... – Fabinho falava com Plínio ao telefone. Acabou se tornando natural chamar o cineasta de pai após um tempo, especialmente com tudo que ele estava fazendo para ajudar o filho e a nora – Fala para a mãe que a gente entende, que ela não precisa se preocupar. O Marcos ainda tá muito pequeno para uma viagem tão longa, eu concordo com o médico e...

_ Ô cavalo, dá pra você me dar uma mão aqui. – Giane gritou do lado de fora e ele riu, sendo acompanhado pelo pai.

_ Ela está no jardim?

_ Provavelmente mais suja que uma criança. – garantiu Fabinho, começando a se encaminhar para lá – Vou ver o que ela aprontou, depois nos falamos.

Desligou o telefone, saindo para o quintal e logo começando a rir. Giane estava sentada no chão com um biquinho fofo, toda suja de terra e segurando uma muda de planta na mão.

_ Quem é esse porquinho e o que fez com a minha namorada? – ele se aproximou rindo, abaixando e ajudando ela a se levantar. Ela se equilibrou, segurando a barriga, e bufou.

_ Você pode não ver, mas eu estou gargalhando aqui. – a garota tentou se abaixar para pegar a muda, mas não conseguia e bufou – Pega para mim, por favor.

_ A barriga tá atrapalhando? – Fabinho perguntou, se abaixando e pegando a muda. Giane concordou, encarando a protuberância.

_ Eu tava abaixada e quando fui tentar levantar, desequilibrei e cai de bunda. – ela explicou e o namorado a repreendeu com o olhar.

_ Já falei pra ficar sentada cabeça dura, você pode cair para frente e machucar o bebê. – ele bronqueou, deixando-a mais irritada.

_ Você não precisa me ensinar a cuidar do meu filho. Até porque se é na minha barriga que ele está, é porque eu tenho muito mais condições de cuidar dele do que você. – retrucou ela, rumando para dentro de casa. Ele a seguiu nervoso.

_ Você está insinuando que eu vou ser um pai ruim, é isso? – ele perguntou com a voz alterada, e ela percebeu que havia ido longe demais.

_ Claro que não Fabinho, eu só... – Giane tentou se explicar, mas havia tocado em uma ferida grande do namorado e ele estava acuado. E isso não era bom.

_ Você só está falando que eu não tenho condições de cuidar do nosso filho. E isso porque ele ainda está na sua barriga. E quando ele sair, vai ser como? Eu não vou poder segurar, porque vou deixar cair? Não vou poder dar banho porque vou afogar ele? – o publicitário andava pela sala gesticulando, a voz alterada para quase grito – Acho que você devia ter dormido com o Bento ou o Caio então, porque eles também não tiveram pais exemplares, mas são meninos tão bons né? Vão ser pais muito melhores que eu, vão deixar tudo para trás para proteger o bebê, vão correr a Holanda atrás dos seus desejos, não é?

Ele terminou de gritar já fora de casa, batendo a porta atrás de si. A corintiana ficou estática, encarando a porta por alguns minutos, antes de cair no sofá em prantos.

Claro que ainda discutiam e se provocavam sempre, e vira e mexe ela o havia botado pra dormir na sala no meio de uma crise de raiva. Mas fazia muito tempo que não via Fabinho com tanta raiva como naquele momento.

A experiência na Holanda estava sendo incrível para os dois, era ótimo estar em um lugar tão maravilhoso e com tantas flores, e ver como Fabinho ficava feliz criando para a agência da qual era sócio agora, ouvi-lo conversando com o Feijãozinho antes de irem dormir a noite ou apenas observar o sorriso bobo que ele lançava para sua barriga todos os minutos, a deixavam plena de felicidade.

Mas nos últimos dias as coisas estavam estranhas. Fazia mais de uma semana que ele não relava nela direito, e isso a estava irritando. Ele também ficava a repreendendo toda hora (não que nunca merecesse, já que era bem teimosa) e parecia que só se importava com o bebê, não mais com ela.

Em meio a esse turbilhão de pensamentos, o celular de Fabinho tocou e ela percebeu que ele havia esquecido o aparelho em casa. Olhou no visor e leu o nome de Malu, atendendo.

_ Oi Malu. – tentou controlar a voz, mas a outra percebeu.

_ Giane, cê tá bem? Você tá chorando? Aconteceu alguma coisa?

_ Eu discuti com o Fabinho, nada demais. – a corintiana mentiu.

_ E eu posso falar com ele?

_ Ele saiu de casa sem o celular, tava bem nervoso. – explicou Giane, suspirando – Ai Malu, eu falei merda.

Ela explicou a discussão para a cunhada, que ouviu tudo em silêncio.

_ Olha Giane, eu sei que vocês dois não são muito fãs disso, mas você precisa explicar o que sente, o que te incomoda. Eu conversei com o meu irmão ontem, e eu não acho que ele esteja menos apaixonado por você do que no dia em que vocês começaram a namorar, acho que ele está até mais. – a florista já havia voltado a chorar com isso – Talvez ele só esteja com muitos conflitos, e tenha explodido hoje.

_ Eu não acho que ele vai ser um pai ruim. – garantiu Giane, e Malu sorriu do outro lado da linha.

_ Eu sei, e ele também. Mas talvez, ele precise ouvir isso de você, assim como você precisou ouvir dele que seria uma boa mãe. E conversa sobre o que está te incomodando, garanto que vai fazer bem para vocês dois.

_ O que seria da gente sem você Malu? – perguntou a corintiana e a cunhada gargalhou.

_ Não quero nem descobrir.

Desligaram logo, já que Giane não estava com disposição de ficar no telefone. Zapeou um pouco a TV (odiava a programação holandesa, então zapeava o Netflix), tentou assistir alguns filmes e séries, mas não conseguia se concentrar.

Depois de quase quatro horas que Fabinho havia saído, suspirou e subiu para o chuveiro, decidindo sair em busca dele.

~*~

Estava sentado em um banco no famoso Bairro Vermelho de Amsterdã. Sabia que durante a noite aquele lugar era um puteiro, mas durante o dia era um bom ponto turístico. Ele e Giane estavam planejando ir lá há semanas, mas ela sempre amarelava.

_ Capaz de você me largar e ir correndo atrás de alguma prostituta. – brincava ela, mas ele sabia que no fundo ela tinha medo.

Giane sempre havia sido insegura sobre si, apesar de não demonstrar. Ela era um moleque quando criança, e demorou para criar coragem de ser aquele mulherão que era. E agora, grávida, parecia estar mais insegura que uma adolescente de aparelho e cheia de espinhas.

E tinha também o desconforto que ela vinha sentindo. Sabia que era normal, haviam lido os sites e livros, mas ainda sim era complicado. A barriga estava muito grande, mesmo que o bebê não estivesse tão grande ainda. A médica e Irene haviam dito que cada gravidez era diferente, que a barriga não crescia exatamente proporcional ao bebê, então não deviam estranhar que com apenas cinco meses a de Giane já estivesse tão grande (algumas pessoas podiam jurar que ela já estava de sete).

Mas a corintiana encontrava cada vez mais dificuldade para dormir, para se locomover, para andar de bicicleta (ele já estava boicotando isso até providenciar um carro). Fabinho também havia percebido que ela ficava muito incomodada quando faziam sexo, talvez porque não estivesse acostumada com uma melancia entre eles.

Estava tentando ser o mais carinhoso e compreensível que podia, não a forçando a nada, não impondo nada. Sabia que tentar cuidar dela a irritava, então usava o Feijãozinho como desculpa, mas nem isso mais a impedia de estourar.

Quando percebeu que o sol já baixava no horizonte e que as ruas estavam mais “movimentadas”, achou melhor voltar para casa. Não sabia quanto tempo fazia que havia saído, mas desconfiava que Giane estaria preocupada. E isso não seria bom, nem para ela e nem para o bebê.

Entrou em casa em silêncio, encontrando o andar de baixo vazio. Subiu em direção ao quarto do casal, encontrando a porta semiaberta. Observou as costas de Giane, vendo apenas o fecho do sutiã preto, e começou a ouvir o que ela falava.

~*~

Saiu do chuveiro após um longo tempo. Havia chorado mais sob a água, mas também pensara muito. Precisava conversar com Fabinho, realmente.

Parou em frente ao espelho, se observando atentamente. Sua barriga estava enorme, maior do que ela poderia esperar. A médica havia dito que provavelmente não cresceria mais depois do 7º mês, levando em conta o quão grande já estava. Ela esperava realmente que sim. E que seus peitos seguissem o mesmo raciocínio. Nunca havia tido uma comissão de frente muito grande, mas agora estava parecendo uma siliconada.

Colocou uma calcinha e um sutiã e sentou na cama, cansada. Queria ir atrás de Fabinho, mas não sabia nem por onde começar a procurar naquela cidade.

Antes que percebesse, já estava acariciando a barriga, um ato involuntário e corriqueiro que havia adquirido, mas que ela amava.

_ Desculpa a mamãe pela confusão viu meu amor? E lamento informar que não vai ser a última vez, porque eu e o papai somos muito esquentados, sabe? Mas nós nos amamos muito, e vamos amar muito você, eu prometo. Você sabe que eu te amo né? E o papai também. Ele te fala isso todos os dias. – ela começou a conversar com o bebê, distraidamente – E não liga para a insegurança dele, eu também sou assim. Mas ele vai me ajudar a ser a melhor mãe do mundo para você, e eu vou ajudar ele a ser o melhor pai do mundo também. E você vai ser muito feliz, nós três vamos ser. Nós dois nunca vamos te deixar sozinho, nunca vamos te deixar desamparado, vamos te proteger de tudo. Seu pai é muito cabeça dura, você sabe né? E ele invocou que vai cuidar da gente, então tenha certeza que ele vai. E vai fazer isso muito bem. Ele pode ser um idiota e grosso, um cretino quando quer, mas eu amo ele demais, e eu não podia ter escolhido um pai melhor para você, isso é a verdade.

_ E porque você não diz isso para ele? - ela virou-se, vendo o namorado encostado na porta, imitando a voz de bebê – Porque você não fala isso para mim?


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Notas finais do capítulo

Qual é? Giane e Fabinho sem brigar, não é Giane e Fabinho HUAHUAHUAUHAHAUUHAHU
Mas juro que logo passa.
COMENTEM HEIN?
Beijinhos