You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeello
Bom, eu não sei como são os parâmetros comparativos para uma fanfic de novela e tal, mas acho que estou bem hm*
Enfim, deem sua opinião, ok?



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Plínio encarava o filho estarrecido. Nunca havia pensado em ver Fabinho tão fragilizado quanto estava naquele momento, revelando sua decisão.

_ Você tem certeza do que quer fazer Fábio? – o rapaz assentiu – Você sabe que a Amora não vai parar, não sabe?

_ Plínio, nós dois sabemos do que a Amora é capaz. – o homem concordou – Ela quase matou o Bento, que é o grande amor dela. Ela não hesitaria em matar a Giane, ou a Malu. Droga, até a Irene e a Margot ela poderia ferir.

_ E você acha que você ir embora vai impedir isso? – o mais novo deu de ombros.

_ Eu preciso tentar Plínio. Eu não vou suportar se ela fizer algo com as minhas mães, com a minha irmã, ou com... – ele não conseguia suportar a ideia de algo acontecer com sua marrentinha.

_ E o que você precisa filho? Dinheiro, contatos? – Plínio ainda não se sentia confortável lidando com esses assuntos com Fabinho, mas sabia o quanto o rapaz havia mudado, graças a Giane. E podia ver que essa decisão estava saindo cara para ele.

_ Na verdade, preciso que você seja meu contato com elas. Não sei se a Giane ainda vai querer saber de mim, mas a Irene e a Margot vão surtar sem notícias. E eu não posso contar para elas. A Margot contaria para o seu Silvério, e a Irene não pode se exaltar por conta do bebê.

_ E a Malu iria atrás da Amora, tirar isso a limpo. – concluiu Plínio.

_ Não sei você, mas não quero a Malu rolando de mais nenhuma escada. – garantiu o badboy, suspirando – O tio Gilson conseguiu o contato de um garoto que viveu no lar quando éramos crianças. Ele tem uma agência no interior, lá em Piracicaba. Eu to indo para lá, vou ficar na casa dele um tempo. Quando eu conseguir, venho buscar a Margot, para ela ficar longe da Amora. E você, por favor, cuida das quatro enquanto eu estiver fora.

_ Quem diria Fabinho... Você, uma pessoa que só sentia ódio, amando tantas pessoas assim. – apesar de tudo, Plínio sorria orgulhoso do filho. O rapaz sorriu, se levantando e apertando a mão do pai – Vai tranquilo, e de notícias logo, por favor.

_ Você também. – o rapaz estendeu um cartão para ele – Esse é o telefone do Daniel, o dono da agência. Liga para ele amanhã, que ele vai passar o telefone da casa dele.

Desceu as escadas já com a bolsa que havia trazido. Pegou um táxi até a rodoviária, e um ônibus direto para Piracicaba. Olhou o plano de fundo de seu celular, uma foto sua com a maloqueira que tanto amava. Não era uma foto romântica, mas podia se ver o quanto os dois se gostavam. Fungou, enfiando o celular no bolso.

~*~

Na Casa Verde, o clima na casa da corintiana era tenso, mas por conta das duas ex-sogras e da ex-cunhada, que estavam ali, tentando entender o que havia acontecido.

_ Como assim ele disse que estava terminando com você pela sua segurança? – perguntou Malu, perplexa.

_ Ele não falou para minha segurança. – retrucou Giane, nervosa pela dramatização – Ele apenas disse que atrai problemas para quem ama, e que me ama demais para isso. Eu perguntei se tinha alguma coisa a ver com a Amora, mas ele não respondeu.

_ Mas só pode ter ligação com isso. – garantiu Irene, acariciando a discreta barriguinha – Quer dizer, não tem outra explicação para a atitude dele.

_ A explicação é que ele nunca mudou, nós apenas vimos o que queríamos ver. – suspirou Giane, tentando acreditar em suas próprias palavras. As três mulheres a olharam compreensivas – Agora, se vocês não se importam, eu quero ficar um pouco sozinha.

_ Claro querida. – Margot se aproximou, beijando a testa da mais nova. Irene fez o mesmo, e Malu abraçou a amiga, antes das três se retirarem. Giane caminhou para seu quarto, pegando o celular. Não havia nenhuma mensagem, mas ela não esperava que houvesse.

Observou o plano de fundo, ele a abraçando pelas costas, fazendo careta contra o pescoço dela. Não podia ter sido tudo imaginação dela, havia sido real. Mas do que ele a estava protegendo, do que ele fugia?

_ Seu grande babaca, fraldinha idiota. – murmurou, lutando com as lágrimas que vinham. Jogou o celular na cabeceira, se abraçando a camiseta dele que estava ali desde que ela havia o ajudado. O cheiro dele era inebriante, e foi o sentindo que ela afinal caiu no sono.

~*~

_ FÁBIO QUEIROZ, VENHA AQUI AGORA. – Margot entrou chamando o filho, com Irene e Malu ao seu lado. A mais nova tinha certeza de que havia dedo da irmã adotiva na história – Fabinho?

As duas mães do rapaz foram para o quarto dele, enquanto Malu esperava no sofá. Seu ódio transbordava ao pensar que Amora podia ter estragado a felicidade de mais alguém, de outro casal. Já havia feito isso com ela e Bento, depois com ela e Maurício, quando descobriram que os exames de DNA haviam sido trocados.

_ Malu... – virou-se na direção dos quartos, vendo as duas mulheres voltando com o semblante abatido. Margot lhe estendeu um pedaço de papel desdobrado.

Mãe, por favor, sem surtos dramáticos. Você a essa altura já está sabendo sobre eu e a Giane, então eu sei que vai estar com um discurso clichê na ponta da língua. Acredite em mim, eu fiz a coisa mais clichê possível, estou fazendo na verdade. Eu estou indo embora pelo bem, tanto a maloqueira quanto você, a Irene e a Malu. Uma vez imã de problema, sempre imã de problema, certo? Mas saiba que eu amo vocês. Ok, isso ficou muito clichê. O Plínio manterá vocês informadas sobre mim, está bem? É isso. Fabinho.”

_ O que isso quer dizer? – perguntou a jovem, frustrada – Que tipo de problema ele está atraindo?

_ Malu, você sabe o quanto armaram para ele nesses últimos meses. – lembrou Irene, e a enteada concordou – Mas deve realmente ter acontecido algo sério.

_ Você acha que meu pai sabe? – a mais velha deu de ombros.

_ Não custa perguntarmos ao seu Plínio, não é? – perguntou Margot, e Malu negou.

_ Eu estou com o carro... Vamos.

~*~

O cineasta observava os documentos em sua mesa, sem prestar real atenção neles. Sabia que o ônibus de Fabinho devia ter saído havia pouco tempo, mas já queria notícias. Preferiu deixar o rapaz quieto, já que ele puxara a personalidade de Irene. Quando algo o feria, como o rompimento com Giane havia ferido, ele se fechava para si com sua dor. E se escondia, como ele estava fazendo indo para longe.

_ Plínio? – ouviu Irene chamando e se levantou, rumando para a sala. Parou estático, vendo a mulher, a filha e a mãe adotiva de Fabinho. Engoliu em seco.

_ Para onde meu menino foi? – perguntou Margot.

_ O que a Amora fez? – quem perguntou foi Malu.

_ Ele está bem? – perguntou Irene.

_ Ok, uma de cada vez, por favor. – pediu ele, indicando que elas sentassem – Ele está em uma cidade do interior, foi para a casa de um conhecido da época em que morava com o Gilson e a Salma. Ele estava bem abalado, mas creio que vocês já falaram com a Giane e devem saber por quê. E quanto a Amora... Não posso garantir se tem ou não dedo dela, mas ele tem os motivos dele para ter ido.

_ Pai, a Amora não pode continuar destruindo a felicidade dos outros de maneira desenfreada e ninguém fazer nada. – garantiu Malu – Eu sei que tem o dedo podre dela nessa história, e nem o Fabinho, nem a Giane, merecem isso. Eles se amam, estavam felizes juntos.

_ Filha, eu concordo com você em tudo, você sabe disso. Mas nem eu, nem o seu irmão, queremos você rolando de mais nenhuma escada. Nem você, nem ninguém.

_ Então é isso? – perguntou Irene, nervosa – Vamos deixar a Amora fazer o que bem entender, destruir a felicidade de quem quiser?

_ Irene, as ameaças que o Fabinho recebeu não foram brincadeira. – garantiu Plínio – Ele precisou de muita maturidade e força para tomar a decisão que tomou, pode acreditar nisso. Pode não ser a coisa mais corajosa, deixar a Amora impune, mas para preservar quem amamos, fazemos as escolhas que mais parecem erradas.

_ A Giane precisa saber disso. – garantiu Margot.

_ Ela tá certa. E nós precisamos ir para onde o Fabinho está, conversar com ele. – Malu já pegava o celular, mas Plínio a impediu.

_ A Giane não pode saber de nada, é a ignorância que a protege. E eu não vou contar onde o Fabinho está, pelo menos não por hora. – Plínio era firme – E nós não vamos deixar a Amora sair impune. Já temos muitas coisas para acusá-la, dos mais diferentes crimes. E vamos continuar trabalhando nisso, mas na surdina. Pela segurança de todos nós.

A ideia não agradava nenhuma das mulheres. Nem Margot, nem Irene, queriam seu menino longe delas novamente, e Malu não queria ver o irmão e a amiga sofrendo por estarem separados. Mas não havia muito o que se fazer, sabia que Fabinho e Plínio estavam certos.

Amora já havia passado de um dedo podre para alguém muito mais perigosa, e agora haviam muitas vidas que ela poderia por em risco.


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Notas finais do capítulo

Aguardo reviews hihi'
Beijinhos