Passado algum tempo, Quinn e Sam continuavam namorando, mesmo que a menina sentisse que não o amava de verdade, ela gostava dele e parecia bastar, a única coisa que a incomodava é que ela se sentia incompleta.

Tudo estava bem realmente à família dela era perfeita, sua mãe até planejava como seriam os futuros filhos do casal.

– O que você acha Frannie? Se fosse uma menininha, seria loira e teria os olhos iguais aos da Quinn ou de Sam? – Judy se referia à cor dos olhos de Quinn ser verde e os de Sam azuis, pois os dois eram loiros somente a cor dos olhos era diferente.

Sam sorrindo escutava a interação das mulheres a sua frente, enquanto Quinn estava completamente corada, achando tudo muito louco.

– Sei lá mamãe, mas essa bobona aí (Frannie fala em tom de brincadeira, mostrando a língua para a irmã), realmente tem lindos olhos.

– Hey sua idiota... – Quinn ia começar a brigar com a irmã, mas nesse instante Russel entra na sala.

– Por que estão brigando? Não gosto de ver minhas menininhas brigando – Fala com uma voz suave, cumprimenta Sam e suas filhas e dá um beijo em sua esposa.

– Nada não papai, só estava brincando um pouquinho com minha maninha não é mesmo Quinn? - Diz Frannie abraçando a irmã, mas com um sorriso sarcástico no rosto.

– Éhh... Foi só uma brincadeira - Ela responde com uma cara de “Te pego depois!”.

E assim passam o resto do dia, entre brincadeiras e sorrisos.

Mais tarde naquela noite, Quinn está em seu quarto quando ouve uma batida.

– Pode entrar – Ela responde já sabendo que era seu pai, pois desde pequeno eles tinham uma batida secreta, que era só deles.

­– Desculpa te incomodar minha princesinha, mas podemos conversar? – Olha a filha com uma expressão de expectativa.

Quinn arruma seu melhor sorriso e diz – Claro Papai aconteceu algo? ­- Arqueia uma sobrancelha de preocupação com relação ao conteúdo da conversa.

– Nada demais minha filha, só que já faz algum tempo que tenho notado que você anda meio diferente, não quer mais voar, anda meio triste, quer me contar alguma coisa? Tem algo te incomodando? Sam? – Fala em um tom de preocupação e totalmente compreensivo.

Quinn se pergunta, como ele pode a conhecer tão bem? Pensa um pouco e responde a pergunta do pai

– Talvez... Quer dizer tem sim papai - começam a escorrer lágrimas de seus olhos – É que sei lá, é só essa pressão toda, tenho que ser perfeita: não posso cometer erros, devo ser o exemplo de todos, pois estão todos esperando isso de mim, e todos esperam um erro para poder me julgar... E ainda tem o Sam... – Agora o seu pranto estava tão forte que as lágrimas escorriam em seu lindo rosto, e o soluço estava muito alto.

Russel deixa escorrer uma lágrima sem que Quinn perceba e logo abraça a filha – Meu amor não precisa ficar desse jeito, eu sei o quanto é difícil, mas não ligue para os outros, são todos uns idiotas faça o que te faz feliz. E quanto ao Sam... Realmente gosto dele é como um filho, mas sinto que você não realmente feliz ao lado dele, seja feliz minha pequena – Nesse momento Quinn o olha e o abraça mais forte, pois sabe que sempre terá o apoio dele para tudo.

Depois de tanto chorar, ela acaba então adormecendo no colo do pai.

No outro dia ela acorda super disposta, essa conversa realmente tinha surtido algum efeito nela.

– Bom dia família linda! – Diz Quinn com um enorme sorriso e logo dá um beijo em seu pai e em sua mãe.

– Bom dia filha, está de ótimo humor hoje – Judy fala sorrindo.

– Pode dizer agora o que você fez a Quinn que eu conheço... kkkkk - Fala sorrindo e debochando da irmã.

– Sua chata idiota, só acordei mais feliz hoje - Quinn fala com um enorme sorriso – E também tenho novidades... – Nesse momento todos a lançam um olhar curioso.

– Eu resolvi fazer uma viajem para Lima, Ohio! – Fala com um tom de empolgação, pois amava New York, mas sempre quis conhecer outros lugares. Então percebe que Russel está feliz e Frannie também, somente sua mãe tem um olhar descontente. – O que foi mamãe, não gostou da ideia?

– Para dizer a verdade não. Minha filha você sabe onde fica esse fim de mundo, e também você já falou com Sam a respeito disso? – Olha Quinn com expressão de desaprovação.

– Mas mamãe eu já decidi que vou ir, e Sam... Bom ele vai entender - Ela fica de boca aberta, como assim? Sam não mandava nela, muito menos interferia em suas ações e seus sonhos.

Depois desse pequeno confronto, eles seguem o restante do dia normalmente, apenas Judy estava meio distante.

Mais tarde ela manda um sms para Sam:

Sam: Oi amor da minha vida, como está?

Quinn: Oi, tudo bem. Preciso falar com você, pode passar aqui em casa?

Sam: Claro, aconteceu alguma coisa?

Quinn: Nada importante, apenas venha. Até mais...

Sam: Chego em 10 min, até...

Depois que Sam chegou eles deram inicio a conversa, e ela então resolveu falar de seus sentimentos e contar sobre a viagem para Sam.

– Então... Sam eu queria conversar com você... É que eu estava pensando em fazer uma viajem... – Onde está toda aquela coragem? Ele também é meu amigo. É errado mentir para ele não é?

Ele a olha com uma carinha de triste, como se já soubesse do que se tratava o assunto – E você quer terminar comigo, por que tem medo da distância. Acertei? - Ele lança um olhar compreensivo.

­Ela solta um sorriso nervoso – Mais ou menos... Na realidade não tenho bem certeza do que sinto por você, e sinceramente não quero te magoar.

– Quinn eu te conheço desde sempre, sei quando você não está feliz, e não é ao meu lado e queria, mas não é. Só saiba que eu estou aqui tá? Quero que você seja feliz minha princesa – Sorri e a abraça

Ela deixa cair algumas lágrimas – Obrigada Sam, você é o melhor amigo do mundo.

Depois disso eles vão fazer o que sempre fazem... Voar...

Algumas semana depois

É chegado o dia da viagem de Quinn, todos estão empolgados, com exceção de Judy parece um pouco chateada, magoada, ou talvez seja só receio pela viagem da filha.

– Então maninha é hoje... Sua bobona quer me fazer chorar né?! – Diz isso sorrindo, mas com lágrimas nos olhos assim com Quinn – Eu te amo viu, e curte por mim... kkk.

– Hey maninha kkkk, sério minha princesa, tem certeza que não quer que eu vá junto? – Pergunta Sam

Ela ri um pouco - Não Sam, obrigada, mas preciso fazer isso sozinha.

– Se cuida viu minha filha, qualquer coisa você sabe que sempre pode ligar para o papai – Uma lágrima cai de seus olhos.

– Pode deixar papai... Mas cadê a... - ela ia perguntar por sua mãe, quando ela apareceu na pista onde estava o avião de Quinn.

Judy abraça a filha, as duas já estavam em prantos – Você sabe que eu não concordo, e não tenho um bom pressentimento, mas eu te amo e te desejo sorte.

Ela se despede de todos e dá partida em seu avião com um aperto no peito, mas segue rumo a novas descobertas, novas aventuras.

O tempo não estava muito bom para o voo, mas Quinn sempre pilotou muito bem, então não tinha medo algum. Mas de repente, o avião tem problemas devido a uma falha mecânica e ela tenta fazer um pouso forçado, mas acaba caindo. Ela até consegue sair do avião antes dele explodir, mas acaba desmaiando logo em seguida.

Apenas algumas horas depois o socorro chega ao local, mas ninguém encontra quem estava pilotando o avião. Até que uma das médicas que estava procurando no local encontra algo. Quinn vê a imagem de uma mulher e escuta sua voz bem longe.

– Moça você pode me ouvir? Britt me ajude aqui ela esta desacordada – A médica prestou os primeiros socorros a Quinn salvando sua vida. Quinn acorda e fala coisas desconexas e logo apaga outra vez. Pouco tempo depois ela foi levada para o hospital, e a pequena médica curiosamente estava sempre ao seu lado. Quinn só conseguiu ver um nome: Rachel...

Continua...