A risada infantil ecoava por todo apartamento, deixando um moreno de olhos verdes e porte atlético animado.

- Você gosta disso? - o rapaz questionou sem esperar resposta. Afinal, um bebê com onze meses não seria capaz de respondê-lo.

No entanto, o sorriso banguela que estampava o pequeno rostinho do bebê, denunciava que o pequeno gostava da brincadeira.

- Pega. - o homem de olhos verdes disse, enquanto as mãos gorduchas tentavam, em vão, pegar o mordedor azul.

A brincadeira teria continuado, se uma voz não os tivesse interrompido.

- Percy, pare. - uma voz suave, porém autoritária, disse enquanto entrava no quarto.

- Por quê? - o moreno, vulgo Perseu Jackson, ou apenas Percy, questionou.

- Isso o deixa frustrado. - a loira devolveu, enquanto pegava seu filho no colo.

- Na verdade, ele parece gostar. - o homem devolveu olhando-a, enquanto a mesma se preparava para amamentar o pequeno ser daquele quarto.

- Bom, se ele tiver puxado a mim, o que é bem provável, isso o deixa frustrado.

- E você poderia me explicar o porquê, Sabidinha? - a Sabidinha sorriu convencida.

- Para que explicar se eu posso te mostrar, Cabeça de Algas?  - a mulher disse de forma sensual.

- Como? - o rapaz perguntou alheio ao plano de sua namorada.

Annabeth sorriu e começou a se aproximar de Percy que sorriu, e também se aproximou, mas quando seus lábios, finalmente, se encontrariam, a loira virou o rosto e Percy beijou-lhe na bochecha.

Deixando-o visivelmente frustrado.

- Viu? - a loira perguntou e Percy franziu o cenho sem entender.

Lerdo do jeito que é, perguntou:

- O quê, Sabidinha?

Annabeth revirou os olhos, mas explicou:

- Que quando alguém tira algo que você quer, você fica frustrado.

E então, a compreensão se fez presente, nos lindos olhos verde mar de Percy.

- Você só fez isso pra me mostrar que eu não devia fazer isso com Peter? - o moreno perguntou se acreditar.

A loira sorriu satisfeita e assentiu com a cabeça deixando Percy com um lindo bico nos lábios.

- Isso é injusto. - o rapaz disse olhando-a de esguelha.

- Injusto é o que você faz com o meu filho. - Annabeth disse se defendendo, mas Percy fechou a cara e continuou olhando-a, emburrado por não ter ganhado seu beijo.

A loira apenas revirou os olhos e continuou a amamentar seu filho.

Enquanto, alimentava seu bem mais precioso, a mesma pensava no quanto sua vida tinha mudado nos últimos meses.

Perdera os pais e fora abandonada pelo cara que julgava ser perfeito, no entanto, o impacto do abandono não teria sido tão grande se não estivesse grávida do rapaz. Mas o abandono em si não fora o que mais lhe atingira, e sim, o fato dele saber que ela estava grávida, e julgá-la como um golpista.

Sim, sem os seus pais e o pai de seu filho, Annabeth teve de recomeçar a vida, sorte que teve com que contar. Thalia Grace sua melhor amiga, junto de sua família lhe estenderam a mão aparando-a quando ela mais precisou.

Ou seja, não há mal que não venha para o bem.

Mas o que mais impressionara a garota fora como achara alguém em tão pouco tempo. Percy Jackson. Moreno, olhos verdes e o cara mais cavalheiro que já tivera o prazer de conhecer.

- Dois beijos pelos seus pensamentos. - Percy disse quebrando o silêncio que se instalara depois da brincadeira da garota.

- Só estava pensando no quanto eu sou sortuda.  - Annabeth disse brincando, até porque perder os pais não é, nem de longe, sorte.

- Sortuda? - Percy questionou, confuso.

- Apesar de tudo que já me aconteceu, eu tenho um filho maravilhoso... - a loira disse levantando-se e andando até o carrinho do filho. -... As pessoas que me cercam, gostam de mim, ou pelo menos é o que parece e... - a Chase parou antes de completar a frase deixando Percy ansioso para o desfecho.

- E...? - o rapaz disse incentivando-a a terminar a frase.

A loira olhou para ele e fingiu pensar se devia ou não completar sua frase, e enquanto torturava Percy de curiosidade, tomava todas as precauções necessárias depois de amamentar Peter.

- E, então vai me responder? - Percy perguntou angustiado. Odiava quando o deixavam curioso.

- E tenho um namorado quase perfeito. - respondeu de costas para Percy, mas tinha um sorriso brincalhão estampado em seu rosto.

- Quase? - o moreno disse exagerando na falsa indignação.

- Shhhh. - a loira disse exasperada, quando o rapaz praticamente gritou.  - Peter dormiu, não o acorde.

Ao terminar a frase a Chase deixou o quarto, fazendo com que Percy a seguisse.

- Annabeth, você não me respondeu. Como assim quase perfeito? - até agora o rapaz não tinha percebido que ela estava brincando.

A loira riu baixo, para que Peter não acordasse, e o colocou em seu carrinho, para que assim pudesse cochilar melhor. Só que Annabeth não contava que quando deixasse seu filho ressonar no carrinho, seria puxada de encontro a um corpo forte e com cheiro de maresia.

- Você não me respondeu, Sabidinha. – Percy constatou falando baixinho no ouvido de Annabeth. – Por que você tem um namorado quase perfeito? – o moreno questionou, e a mulher não soube responder, já que estava perdida na imensidão que era os olhos de Percy.

- Eu... É... – a loira não consegui completar nenhuma frase, o que passava a ser engraçado aos olhos de Percy.

- Você...? – o moreno disse, incentivando a continuar, e ela teria feito isso, se as mãos do moreno não começassem a desenhar coisas aleatórias nas costas da garota, fazendo-a perder a linha de raciocínio.

Percy riu ao vê-la tão entregue as suas caricias, que não demorou a juntar seus lábios ao dela, e com certeza aquela era a melhor sensação que já tinha provado em toda a sua vida.

Os lábios macios se encaixavam com perfeição aos lábios de Percy, e o gosto de morango com chocolate era característico dela e de mais ninguém. A loira também aproveitava das sensações que os lábios do moreno de olhos verdes, proporcionavam ao seu corpo, os lábios salgados e com sabor de menta a levavam a loucura, e ela nunca sabia como agir diante tanta perfeição.

- Então, o que você disse sobre seu namorado ser quase perfeito? – Percy disse quebrando o beijo, e deixando-a visivelmente frustrada.

- Eu disse que ele era quase perfeito, porque ele é um pouquinho lerdo, e chama atenção demais das outras mulheres. - a garota disse se desvencilhando dos braços fortes do namorado. – E não pense você que eu me esqueci daquela ruiva aguada que estava se jogando em cima de você no parque. Entendeu? – a loira disse algumas oitavas mais altas, mas não o suficiente para acordar seu filho.

Percy riu alto ao vê-la com ciúmes, coisa que ele adorava ver desde o chilique que ela dera a quase um ano em Montauk.

- Minha Sabidinha, eu já lhe disse que ela estava pedindo uma informação. – a o moreno disse seguindo-a até o quarto.

- E precisava ela segurar no seu braço? – a loira perguntou, enquanto arrumava a cama.

Percy riu, e se lembrou da cena que vivera no dia anterior.

O moreno estava com Peter em seus braços, enquanto Annabeth sumira para comprar duas garrafinhas de água, já que o calor que fazia beirava o insuportável.

De repente, uma menina de no máximo dezoito anos se aproximou dele, e com educação disse:

- Com licença.

Percy olhou para cima, tirando seus olhos de Peter, este que tentava agarrar sua camiseta.

- Pois não? – o moreno disse tentando ajeitar Peter da melhor forma possível em seu colo.

- O senhor saberia dizer-me onde fica o colégio Brooks? – a garota disse olhando em todas as direções.

Percy tentou se lembrar, e quando conseguiu respondeu:

- Ele fica perto da Quinta Avenida, e uma das travessas com a Terceira.

Os olhos castanhos da garota brilharam e ela sorriu colocando uma mão nos braços musculosos de Percy.

- Obrigada, você me ajudou muito. – a garota disse, e olhou para Peter. – Muito bonito o seu filho.

E se foi. Simples assim, nem mesmo uma cantada ela tentara jogar para cima de Percy, no entanto, não fora bem assim que Annabeth interpretara toda aquela cena.

- Quem era aquela garota, Perseu? – a loira perguntou bufando de raiva, e Percy soube que estava encrencado.

- Bom, eu acho que ela só se aproximou, porque achou o Peter bonito. – o moreno disse com um ar brincalhão e Annabeth o olhou, cética.

- Já eu acho que ela te achou bonito. – a loira disse com raiva, e Percy riu voltando a se aproximar da garota.

- Eu não acho que ela me achou bonito. – o rapaz disse, e Annabeth ergueu a sobrancelha irônica. – Sabe por quê? – ele questionou e ela negou com a cabeça. – Porque eu sou um namorado quase perfeito, e namorados perfeito são tudo. Inteligentes, bonitos, educados. E bom eu sou quase perfeito. Então, eu acho, que ela não me achou bonito. – o moreno disse jogando na cara de Annabeth o que ela dissera.

Annabeth revirou os olhos, e com raiva respondeu:

- Ela te achou bonito sim, porque você é bonito. Na verdade você é bonito até demais, o que acaba sendo um problema.  Não pra mim, é claro, mas é que você chama muita atenção, e isso definitivamente, não é legal, sabe por quê? Porque você é meu, e eu não suporto ter que dividir a minhas coisas, com ninguém.

Percy sorriu abertamente ao ouvir o que Annabeth tinha dizer.

- Do que você está rindo, seu idiota? – a loira perguntou ainda com raiva.

- Da sua declaração. – Percy respondeu sentando-se na cama.

- Que declaração, Cabeça de Algas, idiota? – Annabeth perguntou querendo arrancar aquele sorriso pretensioso dos lábios de Percy.

- Sabe a parte que você diz que eu sou bonito, e que você tem ciúmes de mim, e que eu sou seu. – a moreno disse, e só então Annabeth se deu conta do que despejou em cima de Percy.

Apesar de quase dez meses de namoro, Annabeth ainda não se sentia confortável, para ficar declarando o quanto Percy era importante para ela. Mas ás vezes, o moreno a irritava tanto, que ela acabava falando de mais, como em uma das vezes que ela estava morrendo de raiva do moreno, e deixou escapar que estava irrevogavelmente apaixonada pelo rapaz, o que só fazia o ego enorme de Perseu inflar ainda mais.

- Argh. Eu odeio quando você faz isso. – a garota disse estapeando o braço de Percy, este que ria da raiva da garota.

- O que eu faço? – o moreno se fingiu de desentendido.

- Isso. Me fazer falar o que eu não quero falar. – a loira disse, batendo com mais força em Percy.

- E por que você não gosta de falar essas coisas? – Percy questionou segurando os pulsos da garota.

E a sombra do passado passou a pairar acima da cabeça de ambos, fazendo Annabeth suspirar.

- Isso me deixa vulnerável, e eu odeio me sentir assim. – a garota disse, e Percy deu um meio sorriso de lado.

- Sabidinha, não precisa se sentir assim. Sabe por quê? – Percy questionou, e a garota negou com a cabeça. – Eu também morro de ciúmes de você, eu também morro de vontade de sair gritando por ai que você é minha, e só minha. – o rapaz disse, e Annabeth deu um meio sorriso, mas o ar ainda pesava e para dissipar o clima tenso, Percy iniciou uma sessão de cócegas na namorada, fazendo-a se contorcer para escapar das mãos do garoto.

- Pára, Percy. Pára. – a garota pedia em meio aos risos, e Percy não lhe dava trégua, intensificado. – Pára, por favor. – a garota pediu, e o rapaz a olhou de forma intensa.

- Só se você me der um beijo... – antes que ele terminasse a garota já tinha enlaçado seu pescoço, e seus lábios já estavam juntos, em perfeita sincronia.

De repente, um barulho vindo do andar de baixo, chamou a atenção dos dois fazendo-os se encaminhar até a sala de estar do apartamento de Percy.

Sim, Sally e Poseidon desembolsaram uma grande quantia para comprar o apartamento do filho, este que tinha dois andares, três quartos, sendo duas suítes, cozinha, área de serviço, e é claro uma piscina, já que era cobertura.

Não foi surpresa para nenhum dos dois encontrarem Thalia entrando pela porta da sala, com uma sacola de pães em uma mão, e na outra o celular.

-... Estarei ai minutos. Está bem, eu aviso. – a morena dizia, enquanto fechava a porta. – Mas você tem certeza que é segurou voltar, não tem? – Thalia perguntou para a pessoa do outro lado da linha, esta que deve ter assentido, já que a morena concordou e se despediu, desligando o celular em seguida.

- Quem era? – Annabeth perguntou, e a melhor amiga a olhou de forma divertida.

- A Maria. Ela disse que já é seguro voltar para casa. – a morena disse e foi até a enorme cozinha do apartamento do irmão, deixando os pães na bancada.

Maria, a empregada da família Jackson, não foi embora do emprego depois que seus patrões descobriram que sua filha, Calypso, era uma verdadeira cobra.

- Você tem certeza que é segurou voltar? – Percy perguntou com um pé atrás.

Na verdade, ele estava certo em estar com aquela dúvida, já que ultimamente Sally e Poseidon vinham brincando com uma freqüência alarmante, e tudo isso por culpa da mãe do Jackson que queria trazer a ex-futura-noiva do homem para o aniversário de vinte cinco anos de casamento dos dois.

- Maria me disse que ele dormiu no quarto deles hoje. – a morena respondeu pegando a nutella, e passando em algumas panquecas que Annabeth tinha preparado.

- Eu acho que a Sally está errada em brigar com Poseidon. – Annabeth disse expressando a sua opinião. – Até porque a culpa não é dele, se a Réia não gosta dela.

Thalia contorceu sua expressão em nojo ao ouvir o nome da sua “querida” avó.

- Minha mãe não tem culpa nenhuma daquela bruxa ainda estar viva, muito menos o meu pai. Essa é a verdade. – a garota disse, e deu uma mordida em seu café da manhã.

- Thalia! – Annabeth a repreendeu, e a morena fez cara de desdém.

- Que foi? – a garota disse de forma inocente, e Annabeth relevou, já que sabia sobre o histórico do relacionamento neta e avó, que Réia e Thalia tinham.

- Bom, eu prefiro falar o quanto dia está bonito, ao invés de falar da minha querida avó. – Percy disse tirando o foco da conversa. E Thalia agradeceu, mentalmente, ao irmão, já que o assunto Réia ainda era um tanto quanto delicado.

 - Já tomou café? – Annabeth questionou, e o moreno negou com a cabeça. – Então, tome logo que eu preciso falar com a sua mãe, urgentemente. – a loira disse, e subiu para olhar Peter, deixando os dois irmãos para trás.

- Você acha que essa briga tem fundamento? – Thalia perguntou para Percy, este que deu de ombros, enquanto passava nutella em sua panqueca.

- Eu acho que essa tal de Anfitrite vai receber uns bons tapas, se aparecer por aqui. – Percy disse lambuzando-se com o recheio de seu café da manhã. – Sem contar, que a mamãe podia controlar mais o ciúmes, afinal eles vão fazer vinte e cinco anos de casado, o que significa que ele a escolheu e não a essa outra ai com o nome esquisito. – Percy disse defendendo o pai.

- É, mas ele podia muito bem ter falado para a mãe dele que não queria que essa tal de Anfitrite viesse. Na verdade ele podia ter falado que não era para nenhuma das duas vir. – a morena disse, e recebeu um olhar de repreensão do irmão. – O que é? Eu só estou falando a verdade, ou vai me dizer que ela não era contra esse casamento desde o começo?

Percy teve que concordar com esse ponto. Mas não disse isso a Thalia, já que aquilo só inflaria o ego da garota.

- Mas é serio, eu acho que ela só está vindo para arranjar confusão. – Thalia disse, e Percy a olhou apreensivo.

 Antes que o moreno pudesse dizer alguma coisa, Annabeth já estava ao seu lado, com um Peter dorminhoco em seu colo.

- Vamos? – a garota disse, e Thalia assentiu limpando as mãos.

- Espere um pouco. – Percy pediu com a boca cheia.

Annabeth o olhou e riu ao vê-lo com a boca completamente suja.

- Meus deuses, você se suja mais do que o Peter. – a loira apontou, e Percy fez bico.

- Não, não faço. – disse birrento, e a loira riu.

- Sério, Percy? Você que parece a criança da casa. – Thalia disse, enquanto subia as escadas para pegar sua mochila.

- Annie, fale para ela que eu não sou criança. – o garoto pediu, e Annabeth riu negando com a cabeça.

- Desculpe Percy, mas você está parecendo uma. – a loira disse, e Percy fechou a cara. – ainda mais com essa boca lambuzada, e esses cabelos desgrenhados. – a loira disse rindo, e Percy a olhou malicioso.

- Te garanto que uma criança não faria isso.

E antes que Annabeth pudesse questioná-lo, o mesmo já estava puxando-a para um beijo avassalador, e mesmo com Peter no colo da mãe, o beijo não deixou de ser quente, e quase obsceno.

- Argh. Eu já não pedi que vocês se beijassem na minha frente? –a voz de Thalia perguntou com uma falsa entonação de nojo.

- Saia daqui, então. – Percy respondeu mal-criado, e Annabeth lhe deu um tapa no peito.

- Termine logo o seu café, Percy. – a loira disse, ignorando a provocação de Thalia.

- Eu já terminei. – o moreno respondeu.

- Então vamos? – a garota perguntou, e o rapaz a parou.

- Eu só preciso limpar a minha boca, e pegar as minhas coisas. – Percy disse, e Annabeth assentiu, deixando-o passar, mas antes que ele sumisse de sua vista, ela o chamou.

- Pode deixar que eu limpo a sua boca para você. – e o beijou, só para provocar Thalia que olhava tudo com nojo, falso, é claro.

- Procurem um quarto. – a morena disse, enquanto comia nutella com colher.

- Temos o meu lá em cima, o que você acha, Annie? – Percy perguntou malicioso, e Thalia jogou um pano de prato entre os dois.

- Quem sabe mais tarde? – a loira devolveu, e Thalia fez outra careta.

Percy riu com a provocação que Annabeth estava fazendo, e deu-lhe outro selinho sumindo em seguida.

- Vocês não sabem como é estranho ver a sua melhor amiga, beijando o seu irmão. – Thalia disse pensativa, fazendo Annabeth rir.

- Talvez, um dia você se acostume. – a loira disse, e Thalia concordou.

- É talvez.

A loira riu e colocou Peter no carrinho, chamando Thalia com a cabeça, fazendo-a segui-la até a porta do apartamento de Percy, este que desceu correndo com duas mochilas nos ombros, e esbarrou propositalmente no ombro da irmã, fazendo-a xingá-lo de todos os nomes imagináveis, e inimagináveis  

 Annabeth só riu e os acompanhou até o elevador, imaginando o quanto a vida fora boa com ela, e o quanto tudo aquilo parecia um sonho.