The Powerpuff Girls Of S.H.I.E.L.D- Fic Interativa escrita por Escritora Nova, New Rider


Capítulo 12
Medo, compreensão e orgulho.


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente! Desculpem nossa demora! Estávamos bolando o capítulo especial (por causa do tamanho. Desculpem se não gostaram do "especial", kkk!).
Queria agradecer à autora, Escritora Nova/Roxy!



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As garotas se olhavam, perguntando sem palavras se não podia existir um jato mais lento do que aquele da S.H.I.E.L.D.

– Falei que eu pilotaria mais rápido. - Fala Roxy. Elas se sentavam em fileiras, a ruiva estava do lado de Kyra e Raven, as mais velhas.

– Eu ainda me pergunto como você teve as melhores notas de pilotagem, se acabou destruindo o Jato Sky! - Diz Luna se virando. Na frente delas estavam Luna, Lilith e Marie.

– Eu não destruí. - Fala Roxy revirando os olhos.

– Não, é claro que não. - Fala Raven, sorrindo de lado. – Tecnicamente, você só fez o motor sair voando a mais de dez mil pés.

– E mesmo assim eu aterrissei perfeitamente. - Fala Roxy, rindo com as amigas.

Os Vingadores e Loki podiam ouvir a conversa, mais atrás, mas não se manifestavam. Quem pilotava era Natasha e Clint.

– Cadê as pequenas? - Pergunta Kyra, notando que na frente onde Cindy e Jéssica estavam antes se encontrava vazia.

– Elas estavam aqui há dois minutos! - Fala Marie. Como se fossem uma só, todas as garotas se levantam e saem, sem se importar com os adultos que observavam.

– E dois minutos é outra explosão, ou pior. - Fala Luna se lembrando das pequenas, que se feriram uma fez, nada muito sério, mas todas prometeram que não deixariam acontecer de novo.

– Jéssica? Cindy? - Perguntava ela por todo compartimento, e aquilo estava deixando os adultos preocupados também.

– Qual é! Aposto que estão brincando de esconde-esconde. - Fala Tony, tentando parecer despreocupado.

Como o jato era grande, havia algumas salas fechadas, e as garotas abriam e fechavam rapidamente.

– Calma. Elas estão aqui. - Fala Elizabeth, vendo as outras garotas entrarem em sua sala.

– Querem sorvete? - Oferece Cindy, tomando sorvete de morando com Jéssica, sentadas em um sofá ao lado da doutora.

– Quando saírem de novo sem avisar vão ficar de castigo. - Fala Roxy séria e zangada.

– Acho que seu mau humor é falta de glicose! - Fala Jéssica, fazendo as outras rirem.

– Anda gente! Eu não mordo. Sentem-se e façam suas perguntas. - Fala Elizabeth, depois de avisar pelo comunicador que as garotas estavam bem. - Espero que não tenham ficado zangadas comigo por parar vocês.
– Na verdade, eu queria perguntar mesmo. Como fez aquilo? - Pergunta Raven, se sentando. - Nunca tinha visto esse tipo de poder.

– Só fiz vocês pararem de ver uma à outra. - Diz Elizabeth dando de ombros.

– Nos cegou?! Eu também posso fazer isso, mas é mais magia e incapacita a pessoa por horas. - Fala Raven e a doutora concorda com a cabeça.

– Elizabeth, você parece legal, então como trabalha para a S.H.I.E.L.D.? - Pergunta Lilith, “uma ótima pergunta”, pensa a maioria. - Quer dizer, nós meio que trabalhamos. Só que não foi uma opção. - A garota não sabia por que disse aquilo, ou porque sentiu uma raiva do nada.

– Ei! Somos legais! - Fala Luna. Perguntando internamente se era verdade.

– Legais?! Somos crianças! Tá. Tecnicamente, adolescentes, a maioria. – Marie diz rápido, se sentindo, do nada, melancólica. - Que faz o trabalho sujo do governo.

– Marie, você fala como se não gostasse disso! - Exclama Kyra. O clima estava ficando pesado e a doutora só observava, assim como as pequenas.

– E você gosta? - Pergunta Raven para a prima. E sua mente a levava para momentos nada agradáveis de sua infância, tanto na S.H.I.E.L.D. como em Asgard.

– Sim! - Kyra não sabia se era verdade o que falava e sentiu que mentia para ela mesma e para as amigas.

– Não minta! Somos armas para a S.H.I.E.L.D., nada demais. - Fala Raven, com um brilho nos olhos. - Só que algumas são descartáveis.

– E você não é, é claro! - Fala Luna revirando os olhos. Elas sentavam praticamente uma de frente para as outras, pois o sofá era quase uma meia lua. - Como pode ser tão orgulhosa?

– Ela não é orgulhosa. Só está dizendo o óbvio! - Fala Roxy na frente da amiga. - Mesmo que a S.H.I.E.L.D. não fale, só querem nossos poderes. Estamos nessa desde os sete anos. Luna, você por outro lado teve uma vida quase normal de criança.

– Roxane Romanoff Stark sempre sabe o que dizer! - Fala Lilith irônica, sendo depois fuzilada com o olhar da ruiva. - Não cansa nunca de saber a verdade.

– A verdade é libertadora. Eu vejo o futuro, então a verdade é minha companheira. - Fala Roxy, apertando as mãos em punhos.

Depois de meia hora, a discussão era feroz e a raiva era latente.

– O que está acontecendo? - Pergunta Steve aparecendo e vendo a filha e Roxy quase saindo no tapa.

– Nada. Só estou trabalhando as mágoas passadas. - Fala Elizabeth, segurando-o. - Elas não vão brigar, só estão se descobrindo.

– Eu vejo as piores coisas que as pessoas já fizeram. Como acha que isso ajudava a S.H.I.E.L.D.? - Pergunta Raven sarcástica para a prima. - Você não sabe nada de mim. Não me olhe como se fossemos uma família! Aliás, não somos nem primas! Nossos pais não são irmãos! Seu avô é Odin e o meu é Laufey, ou já esqueceu?!

– Eu não quero você na minha família! – Rebateu Kyra.

Roxy começou a culpar Jéssica pelo fato de não ter um pai.

– E sabe qual é minha alegria?! Ele ter dito que sonhava com uma filha normal. E veio você! - Fala Roxy e a pequena começou a chorar.

Luna deixou de lado a briga com Marie e começou a falar sozinha.

– Eu o odeio, Clint Barton, como pode ser um bom agente e um otário como pai?! – Ela e perguntava respirando rapidamente e andando a esmo. - Me abandonou sem nem pensar duas vezes, assim como minha mãe!

– Por que está fazendo isso? - Pergunta Steve para a doutora, vendo as garotas meio loucas, como se não tivessem consciência de serem observadas. Cindy era a única calma, se lambuzando com seu sorvete.

– Porque é bom. Elas precisam deixar a raiva de lado. - Fala Elizabeth, analisando tudo.

– Mas que saco! Será que os ataques de piti nunca acabam? – Tony se pergunta aparecendo e vendo Roxy indo para cima de Jéssica, como se fosse levantar a mão e bater na pequena. O pai segura os braços da filha mais velha. - Tá maluca?! Qual é o seu problema? - Pergunta o bilionário balançando os ombros da filha.

– Você nunca me amou...! - Roxy não termina, pois se sente fraca, desmaiando nos braços do pai, que parecia chocado.

Como se fossem dominós, as garotas caíram desmaiadas.

– Isso foi ótimo! - Fala Elizabeth, demonstrando uma calma surpreendente. Vendo Steve verificando a pulsação de sua filha e depois das garotas. – Ei! Vocês deviam saber que eu estou sempre no comando da situação.

– Fury mandou você fazer isso? - Pergunta Tony, ajeitando suas filhas.

– Não. Foi minha ideia. - Fala a doutora, não se preocupando com os olhares duros dos pais. - Começou o show, queridos.

POV’s Roxane Romanoff Stark

“Droga!”, pensei ao sentir o chão duro tocar minhas costas. Senti uma dor aguda na coluna. Tento me levantar, mas meu corpo não reagiu, tento abrir os olhos e consegui depois de dois minutos completos. Vejo as estrelas em cima de mim e as memórias voltam como um turbilhão. Lembro-me de entrar na sala da doutora Swan, falar algumas coisas e depois nada. Estava tudo em branco. “Será que o jato tinha caído?”, me perguntei.

Com um pouco mais de força, eu me sento, não vendo mais minha saia cor de vinho ou meus sapatos de salto alto, e sim meu uniforme da S.H.I.E.L.D.

– Raven?! – Alto, eu chamo minha amiga, olhando ao redor, não vendo nenhuma das garotas, ou destroços. Chamei primeiramente o nome de Raven, pois era minha melhor amiga. - RAVEN?! LUNA?!

Tentei todas as garotas, mas nada. Levanto-me, sentindo meus músculos rígidos, e olho ao redor, vendo uma floresta densa e de árvores altas. Fecho meus olhos e tento ver o futuro, mas nada acontece, o que me deixou preocupada e um tanto aliviada. Só Raven sabia como eu odiava meus poderes. Tentei voar, mas nada também. Comecei a caminhar lentamente, precisava conhecer a área antes de me arriscar a uma corrida.

Em outro lugar.

– Abandonar minhas filhas em uma ilha? - Pergunta Tony para Fury. Eles estavam em um tipo de sala secreta dentro de uma montanha, cheia de telas, mostrando as garotas em uma floresta. - Tinha uma ideia mais idiota do que essa não?

– Não abandonamos, Stark, e não me faça expulsá-los da sala! - Falou o diretor, como sempre, sem expressão.

– Fury, elas são crianças. - Fala Steve do lado do bilionário. Eles não puderam fazer nada depois que as garotas desmaiaram e alguns agentes as levaram embora.

– Crianças a níveis de agentes de mais de vinte anos em campo. - Informa Fury.

– Como é possível? - Pergunta Natasha. - Mesmo com os poderes delas, a técnicas são o que definem um bom agente.

– Os distintivos que elas me mostraram têm certas informações que ainda estão sendo analisadas. - Fala o diretor. - Mas os que já foram, têm muita coisa parecida com vocês.

– Câmera dois. - Fala Elizabeth alto, chamando atenção para si. A doutora estava em um tipo de palco pequeno, onde poderia se ver todas as câmeras. - Parece que outra acordou.
Loki deu um sorriso de lado, ao ver sua filha acordando. Ele estava afastado dos mocinhos e sua mente trabalhava arduamente.

POV’s Raven Phoenix Lokison

Geralmente, antes de acordar, eu não gostava de nenhum barulho, mas ao não ouvir nada antes de abrir meus olhos, me assustou ligeiramente. Abro meus olhos e vejo só folhas verdes em cima. “Não me lembro de ter...”, Como um balde de água fria, eu me lembro de apagar depois de ir para cima de Kyra. Sento-me rapidamente e vejo que estou embaixo de uma arvore antiga. “Será que caímos?”, penso. Não. Não era possível, provavelmente o teste havia começado e não tiveram um mísero minuto para avisar.

– Roxy?! - Eu a chamo alto, olhando ao redor. Levanto-me, vendo meu uniforme da S.H.I.E.L.D. - Provavelmente fomos todas separadas. - Eu falo para mim mesma e abro a mão, tentando fazer meu cetro aparecer, mas nada. – Ah! Não. Sem magia? – Eu pergunto para o alto, porque, às vezes, falava sozinha. Era algo que só Roxy sabia, mas não algo que eu gostasse de admitir. – Voar pelo menos? – Eu me pergunto tentando e não conseguindo. - Que maravilha! – Falei irônica.

Começo a andar em busca das garotas, mas nada, e depois de trinta e sete minutos, sabia disso, pois meu cérebro funcionava como um relógio. A mata era densa e sufocante, mas estava indo bem.

Vejo um muro alto de trepadeiras e tento acha uma saída, quando uma cobra bege com detalhes pretos e marrons, pula em mim. Seguro ela antes de picar minha mão.

– Que coisa feia, Biúta. - Eu falo vendo dos dentes dela sair veneno. Se eu sabia facilmente diferenciar um animal do outro, saberia distinguir uma cobra africana. – Animais de Midgard. Tão simples e calmos. - Eu falo a jogando para longe. – Se Marie descobrir que eu atirei uma Biúta longe, ela me mata! – Acho uma brecha nas trepadeiras e saio. Viro meu rosto ao ver uma luz radiante na minha frente. Segurei um suspiro, mas não posso evitar tremer ligeiramente ao ver o que via. Meus olhos estavam cheio de lágrimas, mas nenhuma caiu. Era forte o suficiente para não chorar. Dando um passo, eu ando até Nova York, completamente destruída e com pessoas petrificadas. Mesmo sabendo que era uma ilusão, aquilo me doeu.

Em outro lugar.

– Tá. Cadê a minha filha? - Pergunta Thor, cansado da ladainha. Depois de ter chegado de Asgard, o loiro fora levado para a ilha e a base da montanha.

– Thor, fique calmo. - Fala Bruce vendo os amigos não dando atenção para o príncipe. Só tinham olhos para as câmeras, que mostravam suas filhas. Algumas dormindo, Roxy ainda caminhando e Raven parada como se não visse mais nada.

– O que ela está fazendo? - Pergunta Loki, não contendo sua curiosidade.

– Enfrentando seus medos. - Fala a doutora. - Como é mental meu poder, só posso descrever que está sendo doloroso. – Loki voltou sua atenção para a câmera que mostrava sua filha. – Câmera seis. – Avisa Elizabeth.

POV’s Kyra Sif Thorson

Acordei apoiada em uma pedra. A última coisa que me lembro é de falar para Raven eu não a queria na minha família. Como me arrependo de ter falado isso! Apesar de ela ser do jeito que é eu sempre a considerei uma prima. Mesmo que ela não me veja do mesmo jeito.

– Mas... Onde estão todos? – Me perguntei e comecei a pensar. – Os testes, é claro!

Tento voar, mas não consigo e havia deixado minha espada no banco do avião.

– Sem poderes! Sério?! Tô perdida! – Disse fazendo drama. – Mas que teste é esse?

De repente, tudo começou a esfriar. O ar estava frio, de cortar a garganta, o chão começou a congelar, assim como tudo a minha volta.

– Mas... O... Quê...?! – Tentava falar, mas meus dentes batiam um no outro, eu estava morrendo de frio. Raven não teria nenhum problema! Acharia até... Aconchegante.

Ouvi um estalo e depois um enorme rugido. Detrás das árvores pude ver uma enorme criatura de pele azulada, com linhas no corpo. Inconfundivelmente, era um Jotun. Sem pensar duas vezes, comecei a correr sem rumo. O monstro estava correndo atrás de mim. Eu gritava internamente, morrendo de medo. “Por que comigo?”, eu pensei.

Na montanha.

– Por que ela tá correndo? – Thor pergunta.

– Correndo de seu medo. – Disse a Swan.

– Medo do que ela tem?

– Informação sigilosa. – Ela disse pondo fim na conversa e indicando outra câmera. – Câmera três.

POV’s Cindy Collins

Acordei com um pouquinho de dor de cabeça, debaixo de uma árvore alta.

– Jesse?! – Chamei. – Cadê todo mundo? Onde eu tô? E cadê meu sorvete?

O soninho tava bom. Lembro só de todas as minhas irmãs PPGS brigando. No fundo do coração eu estava chorando.

– O que eu faço? Tô sozinha. – Disse quase chorando. – Tô me sentindo tão fraquinha. Será que perdi meus poderes?! – Dei de ombros e engoli o choro. – Hum. Tá bom, né?!

Ouvi alguma coisa atrás de um arbusto e fui lá ver o que é.

POV’s Jéssica Potts Stark

Que soninho! Deixou-me com um torcicolo, mas eu me recupero.

– Cindy?! – Chamei minha melhor amiga. – Roxy?! – Chamei minha irmã, mas nada também. – Tô sozinha.

Fiquei meio triste por estar sozinha num lugar desconhecido, mas tudo bem.

De repente, ouvi várias vozes e uma delas me chamou a atenção. Roxy. Ela me olhou e disse:

– Por que ainda está aqui?

– O... O quê? – Fiquei confusa.

– Você só serve pra atrapalhar, pirralha! É por isso que ninguém gosta de você!

– Roxy, do quê tá falando? – Disse com lágrimas.

Roxy sumiu bem na minha frente, “evaporou?!”, pensei.

De novo, ouvi um barulho atrás de mim. Virei-me e vi ela, Pepper Potts.

– Ma... Mamãe?! – Estava feliz e espantada.

– Eu?! – Questionou ela.

– O... O quê tá fazendo aqui? Que lugar é esse? – Perguntei a abraçando forte.

– O que você está fazendo aqui? Eu não tinha me livrado de você? - Ela disse se soltando do meu abraço.

– Mamãe, o quê tá acontecendo? Se... Se livrar de mim? – Eu estava chorando.

– Sem você eu e seu pai estamos mais felizes que nunca! Não é, querido? – Tony Stark apareceu ao lado de Pepper.

– Isso mesmo, amor. Por que ainda está aqui? Colocamos você no programa PPGS para nos livrarmos de mais um peso morto! – Ele disse cruelmente.

– Ninguém te quer, não entende?! – Apareceram Roxy, Cindy, Kyra, Luna, Marie, Raven e Lilith.

Encolhi-me num canto de uma árvore, colocando as duas mãos nas orelhas para não escutar e fiquei lá chorando, enquanto minha “família” e minhas “irmãs PPGS” me xingavam.

Enquanto isso

– Por que minha filha está chorando? – Tony fala preocupado e com um aperto no coração de ver a filha chorando.

– Vou ter que falar quantas vezes?! – A doutora fala. – Vou resumir. Todas estão enfrentando seus maiores medos, cada uma. Sim, é doloroso de ver, mas precisam superar suas fraquezas. Ficou claro? Ótimo. Câmera quatro.

POV’s Marie Luize Banner

“Cara! Que dor de cabeça!”, pensei.

– Onde eu estou? Por que estou de uniforme? Onde está todo mundo? – Minha cabeça era bombardeada por perguntas.

Ouvi um barulho atrás de mim. E me virei rapidamente, encontrando... Meu... Pai?!

– Bruce?! O que está fazendo aqui? Ou melhor, onde estou?

– Você é uma aberração! – Ele disse firmemente e eu estranhei tal atitude.

– O quê foi que disse? – Indaguei descrente.

– Não compreende?! – Ele disse. Ao seu lado apareceu minha mãe e minhas amigas.

– Você não deveria nem existir! – Minha mãe falou.

– O mundo nunca irá te aceitar! Um monstro que nem você deveria sempre ficar numa jaula! – Kyra disse friamente.

– Quem aceitaria você sendo quem é?! – Luna disse.

Eu estava chocada, triste, confusa. Estava chorando, sozinha no mundo. Meu maior medo acabara de acontecer.

Ajoelhei-me no meio do círculo de pessoas que se formava a minha volta, com as duas mãos no rosto, chorava.

POV’s Luna Campbell Barton

Ah! Que droga! Onde é que eu to?! Ai! Eu mato o Fury! Com certeza o teste começou e nenhum idiota veio me avisar! Ai que ódio! Odeio não saber das coisas!

Eu estava caminhando pela floresta, sozinha, não fazia ideia de onde estariam minhas amigas e o silêncio estava me enchendo o saco. “Como a Roxy e a Raven gostam dessa tortura que chamam de silêncio?”.

– Isso tá mais parecendo Jogos Vorazes! Será que tem um Peeta pra Katniss aqui? – Eu disse fazendo graça. Meus poderes de dominação não funcionavam e quando eu puxava a corda do meu arco, a flecha não aparecia. E quando eu estava estressada, por incrível que pareça, gostava de fazer graça, me acalmava.

De repente, ouvi um grito, parecia da... Minha mãe!

Corri o mais rápido que pude. Não. Não podia ser! Se algo acontecesse com a minha mãe ou com qualquer outro que eu me importava, eu não me perdoaria. “Mas como minha mãe poderia estar aqui?”

Pude ouvir vários gritos depois. Reconhecia todos. Lilith, Roxy, Cindy, Jéssica, Marie, Raven, Kyra e... Meu pai!

– Ah! Não!

Eles gritavam meu nome, imploravam por ajuda.

Cheguei ao local de origem dos gritos, mas encontrei todos sendo atacados. Minha mãe já estava morta. Lágrimas jorrando dos meus olhos.

Eu via Chitauris atacando minhas amigas e meu pai. Marie foi atingida por uma lança de um dos Chitauris bem no peito, caindo depois morta.

Eu tentava ajudá-los, mas meus pés pareciam estar grudados no chão, eu não podia me mover.

Um por um, caíam mortos no chão. Meus pés foram soltos e pude me mexer, mas já era tarde demais. Não pude proteger quem eu mais amava.

Fiquei tonta por um instante. Estava olhando diretamente para o corpo de minha mãe. Gritei alto, queria arrancar meus cabelos, chorava. Eu não consegui!

POV’s Lilith Rogers

Qual é?! Sozinha, numa ilha, andando por aí sem nem saber se tô indo pro Sul ou pro Norte! “Ai ai! Eu devia ter escutado a Raven quando ela explicava como saber sua posição pelas estrelas. Onde raios ela aprendeu essa joça? Como eu ia saber que seria útil? Raven, eu te mato depois! E que droga de lugar é esse? Quê que eu tô fazendo?”, eu ficava xingando o universo pelas minhas condições. Meu cabelo tava todo cheio de folhas e meu rosto estava com alguns pedaços de lama, quer dizer, eu acho que é lama. Ah! Melhor eu não pensar nisso!

– Fury, se prepara! Tô mais que estressada e tenho absoluta certeza que é você quem me colocou aqui! Ah! Meu Karma tá pior que o da Roxy! E... Argh! – Engoli um mosquito! – Argh! Que nojo! Mas que droga! Cacilda! Isso pra não falar outra coisa mesmo!

Ouvi um galho se quebrar e fui ver o que era. Chegando lá...

– Mas o quê...? – Não consegui terminar. Ouvi os gritos de Luna, Cindy, Jéssica e várias pessoas mais.

– Socorro! – Gritou uma mulher. Era a... Doutora Swan?! Mas... por quê?!

– Já estou indo, Elizabeth! – Tentei, de todas as formas, correr até ela, mas eu não conseguia, quanto mais eu corria, mais longe eu ficava. Ela tentava escapar do fogo, que estava tomando a floresta. Queimando tudo o que tinha em sua frente.

Eu precisava salvá-la!

– Alguém me ajude! – Gritou uma voz familiar... Cindy!

– Calma, Cindy! Vai ficar tudo bem! – Eu estava sufocando com o ar. Nunca tive esse problema! Por que agora? Meus poderes não funcionavam! Meus olhos ardiam com a fumaça.

De repente, ouço muitas vozes clamando por ajuda, inclusive... Meu... Pai?!

– Pai! Calma! Eu tô indo!

E eu não estava conseguindo ver e nem respirar! Não conseguia fazer nada. Sentia-me uma inútil!

Perdi a confiança em mim mesma. Se eu pudesse ver, veria todos que eu amava sofrerem.

Na montanha

– O quê está havendo com elas? – Steve estava preocupado. Sua filha parecia estar sufocando. – Pare com isso! Não vê que estão sofrendo?!

– Não posso! Steve... – Ela tocou o braço do soldado. – Elas são fortes, vão conseguir!

POV’s Roxane Romanoff Stark

Não sei o que houve, só sei que meu coração despedaçou. Eu sabia que eles não me amavam, mas precisavam jogar na minha cara?!

– Você foi um mero acidente! Não devia existir! – Minha mãe dizia.

Eu sabia que era uma ilusão, mas de todas as formas, isso doía! Não chorava, era forte o bastante para não chorar. Mas... Eu sentia vontade de chorar!

– Nunca foi uma filha pra mim! Jéssica é! É a filha perfeita! – Meu pai dizia.

Eu estava farta disso! Queria que parassem! Aí vieram memórias. Lembranças de minha infância. Lembro-me do pouquíssimo tempo que passei com minha mãe. Eu estava... Feliz! Eram memórias há muito tempo não acessadas. Lembrei-me do que Raven me disse uma vez. Uma frase de Mark Twain “Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo”. Ela está certa! Por anos e anos fiquei tentando me convencer que não temia nada. Mas eu temo. Tenho medo de ser excluída da minha família. De eles não me amarem, de... Não se importarem comigo!

– Está na hora de enfrentar esse medo. – Eu disse voz alta, tomando coragem e fôlego.

– Ei! Vocês! – Chamei a atenção de meus “pais”, que pararam de me xingar. – Vocês não são reais! Meu pai e minha mãe de verdade nunca diriam isso! – Suspirei e continuei. – Natasha, lembro-me de você me colocando para dormir quando eu tinha apenas dois anos! Contava histórias de suas aventuras. Histórias que me fascinavam! Era, de um jeito estranho, uma boa mãe! Mesmo que aos três anos tenham me levado e essas memórias, há muito tempo, adormecidas. Você não pôde fazer nada. Tentou esconder meus poderes, para que não me levassem embora. – Virei para meu “pai” e continuei meu discurso. – E você, Tony, apesar de não ter ficado quase nada comigo, você... Tentou ajudar Natasha a me criar e me esconder. Ajudou em tudo! Mesmo não demonstrando que me amava. Você tentou ser um pai. – Eu, pela primeira vez, estava me abrindo com “alguém” que não fosse minha melhor amiga, mesmo que fossem só ilusões. Estava enfrentando meu medo. – Sei que são só ilusões, que são só parte do teste. Um teste para superar seu medo. E... Eu consegui!

Eles se olharam e depois sorriram para mim.

– Meus parabéns. – Disseram em coro. – Ajude as outras. - Dito isso, sumiram.

– Hum... As outras... – Fiquei pensando. – Essa não! Raven!

Saí em disparada, buscando minha amiga. O medo dela não era brincadeira. Seria algo doloroso.

Em outro lugar

– Tony, você tá chorando? – Thor fala surpreso e todos olhavam para o bilionário.

– Não seja idiota, Barbie! – Retrucou o Stark com a voz embargada.

– Essa é minha garota! – Fala Natasha pensando alto. Todos a olham descrentes. – É! Eu digo mesmo! Ah! Voltem a olhar a tela! – Romanoff estava um pouco vermelha. Todos voltaram sua atenção para as telas.

– É! Ela conseguiu superar seu medo! Vamos ver as outras. – A Swan disse com um sorriso mínimo no rosto.

POV’s Raven Phoenix Lokison

Tudo destruído! Pessoas petrificadas! O quê é isso! Não pode ser! Mas... Quem?!

– Você ainda não sabe?! – Me virei e vi... A mim mesma! Ah não! Esse teste, as ilusões tudo, é o meu... – Maior medo! Sim! Acertou!

– Pra quê isso tudo? – Indaguei já esperando surpresas. Eu era imprevisível.

– Bom! Você fez isso! Petrificou todo mundo! Destruiu cidades. Resumo?! Dominou o mundo dos mortais! – “Ela” disse com um tom maléfico.

– Eu não sou assim! Nunca faria isso! Não destruiria famílias, eu... Não destruiria o mundo! – Disse engolindo o choro. – Você é só uma ilusão, você não é...

– Real?! – Disse. – Tolinha, eu sou você! Não importa se isso tudo é uma ilusão! Estarei sempre com você! Sou a parte que você mais teme em si mesma!

Fechei os olhos respirando fundo, tentando me convencer de que eu tinha pleno controle sobre mim mesma.

– Você não tem pleno controle! Há vezes que eu domino! – “Ela” suspirou. – Ai ai! Olhe para tudo isso! Toda essa destruição que causou! Deixaria seu pai orgulhoso!

– Não me importa o que meu pai acha! – Disse com a voz um pouco trêmula.

– Ah não?! Então tá! Sua mãe ficaria desapontada! Nunca conseguiu cumprir a promessa! O que foi mesmo?! Hum...

– Cala a boca! Eu prometi a ela que iria levá-lo de volta e é isso mesmo que eu vou fazer!

– Awn! Que fofa! Mas e se ele não quiser ir?!

– Eu irei mudá-lo custe o que custar!

– Oh! Sério?! Uma fraca que nem você?! Eu sou mais forte. Eu tenho potencial para acabar com uma raça inteira só com um mísero feitiço! Você?! Você não é nada! Há! Ele não iria querer uma filha como você! Vulnerável, fraquinha! Nem sua própria mãe a quis! Aquela idiota, imbecil! Aurora Phoenix! A mulher mais bondosa de toda a Asgard, depois de Frigga. Ela é uma piada! Assim como você! Melhor! Os dois são uns inúteis! Você pode ficar com todo o poder ilimitado pra você! Por que não o utiliza, se o possui? Eu posso fazer isso! Se quiser se aliar a mim!

Eu estava ajoelhada, puxando meus cabelos com força. Mas quando eu escutei a última frase, quase surtei. Eu tenho uma guerra em minha mente. De quem ficará no comando. Bem ou o Mau? Mas aí me toquei! Eu tenho a escolha! Eu traço meu próprio caminho! Eu sou eu!

– Não! Você é o meu lado mais desprezível! Um lado que não gosto! Você é meu lado mau! Um lado que nunca irei usar! Tenho uma guerra em minha mente! Mas eu traço meu próprio caminho! Não importa o que digam sobre mim! Falam que eu sou má por ser filha de quem sou! Mas surpresa! Eu estou no comando! Não você! Eu escolhi ajudar a Terra e proteger os Nove Reinos! Se meu pai apoia ou não?! Isso é outra história! Só sei que minha mãe é forte, corajosa e ama verdadeiramente o meu pai! Assim como ele a ama! Resultado?! Eu! Mesmo ele não ter me conhecido e vice-versa. Prometi a mim mesma que nunca mais veria minha mãe chorar por ele! Então continuo tentando levá-lo de volta. Todos temos nosso próprio passado! Mas é o futuro que importa! Ele mudou! – “Ela” estava calada, só ouvindo. – Ah! E... Mantenho meu “ilimitado poder” sob controle, quase morri uma vez por liberá-lo. Acho que minha mãe não gostaria de fazer o enterro da filha, não é mesmo?! – Disse fazendo aspas com as mãos. Eu me libertei e falei tudo o que estava preso em minha garganta há anos.

Ela somente sorriu. Nada de maldade ou aquele olhar intimidador. Aquela era “eu”.

– Sei que ele está orgulhoso por superar seu medo. – Ela disse. - Hjelpe andre og være den du er. – Falou “Ajude as outras e seja quem você é” em norueguês. Por fim, sumindo. Assim como a Nova York destruída.

– Alltid, uansett hva. – Respondi “Sempre, não importa o que aconteça” na mesma língua.

– Raven! – Ouvi Roxy me chamar.

– Estou aqui! – Disse saindo detrás do muro de trepadeiras.

– Ah! Bozhe moy! Me assustou aparecendo assim do nada! Que bom que está bem! – Ela disse “Meu Deus” em russo. – Como foi o seu...

– Medo?! Doloroso, mas... Foi preciso. – Eu disse com um meio sorriso. – Suponho que seu medo também tenha “aparecido”. Foi...

– Idem! Mas fui verdadeira.

– Vamos achar as outras!

– Acho melhor nos dividirmos! Já superamos nossos medos!

– Ok! Eu vou pro Norte e você pro Sul! – Eu disse apontando as direções.

– Como sabe?

– Consigo ver as estrelas como um mapa, lembra?! Nossa! Tô parecendo o Heimdall! Credo!

– Quem? Ah! Deixa! Vamos!

Cada uma foi para uma direção.

Enquanto isso

– Que discurso, hein, irmão?! – Thor disse com um sorriso no rosto e Loki revirou os olhos. – Ah! Vai me dizer que não está com orgulho da sua filha?

– Estou curioso para saber sua história. – Ele não disse um “sim” ou um “não” concreto. Deixando o loiro confuso. Loki estava sim, orgulhoso da filha, mas não demonstraria isso na frente de todos. Ele estava curioso e perguntas vagavam por sua mente. “Quem será a mãe dela?”, “Como eu mudei?”, “O que eu fiz no futuro que faz minha... Esposa chorar?”. “Loki Laufeyson não se apaixona!”, essa é a frase que ele sempre pensava, mas agora ele a complementava, “Ou será que se apaixona?”. Ele estava confuso. Pensando que estava orgulhoso da filha, não conteve um pequeno sorriso.

POV’s Kyra Sif Thorson

Um Jotun! De todas as criaturas nos Nove Reinos, tinha que ser um Jotun?! Eu tenho pavor! Apesar de eu nunca admitir! Não sei por que isso?! Minha prima é neta de um Jotun! E um dos piores! Laufey, o antigo rei de Jotunheim!

Eu estava correndo sem parar. Desarmada, meus poderes não funcionavam. O que eu podia fazer? Cheguei ao pé de uma montanha, estava encurralada pelo monstro.

Meu maior medo! E eu pensando não ter medo de nada! Eu sou a filha de Thor! Ter medo não é o meu forte! Como eu odeio temer algo!... É isso! Eu sou filha de Thor! Preciso enfrentar meu medo! Coragem é uma palavra que define minha família! Vou dar orgulho ao meu pai e a minha mãe! Mesmo que ela não esteja aqui para ver!

A fera soltou um rugido alto. Temerosa eu a enfrentei.

– Sou obrigada a dizer. Estou com muito medo! Mas esse é o teste, não é?! Ver se superamos nossos medos! Pois bem! Eu achava não ter medo de nada! Eu estava enganada! Mas chegou a hora de enfrentar! Coragem é o lema da minha família! Raven está inclusa! Assim como meu tio! Não temerei mais nada! Darei orgulho a minha família! – Dito isso, parti pra cima do monstro, mesmo que este não seja real.

Por fim, consegui derrotá-lo.

Ouvi a voz de Roxy.

– Kyra! Nossa! Você tá suada! Qual era seu medo pra exigir tanto esforço?

– Cadê as outras? – Perguntei ignorando o comentário.

– Raven foi pro Norte. Nos separamos, eu fiquei com o Sul. – Eu a olhei estranho.

– Ah! Ela se guia pelas estrelas! Você é asgardiana, deveria saber! – Ela questionou.

– Fiquei mais com a força do meu pai! Raven herdou a inteligência do pai dela! Não estou dizendo que sou burra! Só não prestei atenção nas aulas de astronomia da S.H.I.E.L.D.!

– Ok! Tanto faz! Vamos achar as outras!

Corri junto com ela.

Na montanha

– Essa é minha filha! Honrando a família! – Thor disse orgulhoso e com um enorme sorriso. Loki revirou os olhos. Ficar ouvindo o irmão se gabar era uma coisa desconfortável. – Ora, Loki! Anime-se!

– Como me animar se eu continuo aqui, preso? – Ele respondeu ríspido.

– Pode pelo menos ver se consegue sentir orgulho de sua filha?! Ela, como Kyra disse, herdou sua inteligência. Herdou até seus poderes. É aplicada e forte. – Loki o olhou estranho. “Ele está elogiando Raven ao invés de continuar se gabando da sua?!”, pensou. – Obvio que Kyra é mais forte e conseguiu derrotar sei lá o quê e... – Thor continuou falando e vangloriando a filha. “Não, continua o mesmo.”, Loki corrigiu seu pensamento.

POV’s Marie Luize Banner

Todos estavam dizendo que eu não pertencia a este mundo. Eu chorava, não podia evitar. Meu pai me criticava, minha mãe me xingava e minhas amigas diziam o mesmo!

“Por quê?! Por que isso?”, eu me perguntava.

– Marie! Não dê ouvidos! É só uma ilusão! – Escutei uma voz falar comigo. A voz de Kyra, minha melhor amiga.

– O quê?! – Eu chorava um pouco ainda, mas tentava procurar a origem da voz. Não podia ser a Kyra que estava me xingando.

– Não dê atenção para nada que te disserem, Marie! – Agora foi a voz de Roxy.

– Marie, eu te conheço! Você é aquela garota meiga, carinhosa, que todos amam! É minha melhor amiga! E tem futuro como ativista do Greenpeace! Você não é um monstro! Você é você e nunca esteve melhor! – Podia ouvir Kyra, mas não podia vê-la pela multidão que estava ao meu redor. Mesmo assim, recuperei a esperança.

– Tem razão! Mesmo do meu jeito, do meu probleminha pra controlar a raiva, eu tenho amigos! Amigos que se importam comigo! Amigos que me amam! Minha mãe me ama! Você não é minha mãe! – Eu falei para a ilusão que se dizia ser minha mãe. E depois para meu “pai”. – E você não é o Bruce Banner! Meu pai é um homem simpático e tímido, que não chamaria a própria filha de aberração! Eu sou eu! Linda, inteligente, atlética e legal! – As ilusões sorriram e sumiram. Com isso, pude ver minhas amigas, Roxy e Kyra. Eu as abracei. – Obrigada, gente! De verdade!

– “Linda, inteligente, atlética e legal”?! Esqueceu de “humilde” e “modesta”. – Roxy disse, nos fazendo rir.

– Pois é! Quatro já foram, ainda faltam quatro.

– Quem já foi além da gente? – Pergunto.

– Raven. Ela foi pro Norte.

– Como ela sabe onde...? – Sou interrompida por Roxy.

– Ah! Sempre que dissermos isso, tem que perguntar “Como ela sabe onde fica cada um?”?! Resumindo. Estrelas, mapa, aulas de astronomia!

– Ah! Entendi! – Falei, o pior é que entendi mesmo!

– Por que ainda estamos paradas?! Vamos encontrar as outras! – Kyra disse. E nós fomos.

Enquanto isso

– Awn! Que coisa mais fofa! A filha do verdão viu que não era um monstro! – Tony tinha que debochar.

– Ela é realmente inspiradora! – Bruce disse sorrindo.

– É! Mas nunca mais como carne perto dela! – Thor disse e todos riram.

– Futura ativista do Greenpeace! Háháhá! – Tony não parava de gargalhar. Bruce já estava com vergonha.

– É... Mas depois do que ela aprendeu comigo, sobre animais que comem carne, acho que vai parar com os discursos longos. – Elizabeth Swan também se divertia.

POV’s Luna Campbell Barton

Não consegui protegê-los! Por quê?!

Minha mãe não merecia isso! E mesmo eu não gostando do meu pai eu ao mesmo tempo... O amo!

Agora estão mortos bem na minha frente!

– Luna! – Ouvi alguém me chamar, mas não dei atenção.

– Luna! É tudo uma ilusão! – Ignorei Roxy.

– Ilusão ou não, eles morreram porque não consegui salvá-los. Não consegui nem me mexer!

– A culpa não é sua, Luna! Esse é seu maior medo! Não proteger as pessoas que ama! Sei como se sente! – Roxy insistiu em dialogar.

Eu ainda estava “velando” o corpo de minha “mãe”.

– Todos! Minha mãe, vocês, até meu pai! Estavam mortos! – Ela disse com voz embargada, quase voltando a chorar.

– Mas não é real! – Disse a ruiva. Ela estava serena e com a voz doce. – Luna, na realidade, você enfrentaria todas as pessoas, áliens, seja o que for, você enfrentaria para proteger aqueles que ama e pessoas inocentes! Esse medo não tem como superar! Ele até ajuda! Te dá confiança para salvar a todos! Vejamos nós, por exemplo! – Eu as olhei. – Quantas vezes você já não nos salvou de encrencas, confusões e perigos?

– Várias vezes. – Sorri ao me lembrar das peças que eu e Lilith pregávamos.

– Olhe para onde você estava olhando. – Eu olhei e ela continuou. – Vê algo?

– Não. – Eu disse. O corpo de minha “mãe” havia sumido, assim como todos os outros.

– Viu?! Tudo uma ilusão!

– Obrigada, Roxy! Nunca pensei que te agradeceria por alguma coisa. E não é nada legal quando você vive Jogos Vorazes. – Eu disse sorrindo e elas riram.

– E eu nunca pensei que você diria isso! Nem nas minhas visões. – Nós rimos por estarmos todas bem... Quer dizer, quase todas.

– Onde estão Jéssica, Raven, Lilith e Cindy?

– Raven foi procurar as outras, mas até agora acho que só nós demos sorte. Lilith, Jéssica e Cindy ainda devem estar enfrentando seus medos.

– Enfrentando os... Mas Jéssica e Cindy são muito novas ainda! Se assustam com tudo!

– Por isso estamos tentando achá-las o mais rápido possível. – Falou Marie.

– Estamos esperando o quê?! – Eu disse.

– Falou, Katniss! – Roxy brincou e nós rimos. – Bons Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre a seu favor!

Em outro lugar

– Olha que coisa gatita! Formando uma equipesinha! – Tony debochou, mas estava preocupado com a filha mais nova.

– Stark. – Chamou Steve.

– O quê, Capicolé?

– Cala a boca?! – Tony olhou para ele indignado, como se fosse um rei tendo que ser respeitado.

– Há! Olha quem fala! O vov...

– Cala a boca, Stark! – Todos disseram, até mesmo Loki.

Stark ficou um pouco vermelho, mas calou a boca. Todos riram internamente.

POV’S Jéssica Potts Stark

Meus pais e minhas amigas estavam me dizendo que eu era uma inútil, que eu perturbava e incomodava. O que mais doeu, foram meus pais e minha irmã me xingando!

Eu chorava encolhida debaixo de uma árvore, quando escutei a voz de minha irmã. Mas... A voz era de Roxy! Mas... Ela estava me insultando na minha frente! Não podia ser a Roxy!

– Jéssica! Fique calma! – A voz falava.

– Você me odeia! – Falei para minha irmã, com lágrimas nos olhos.

– Não, Jesse! Você é minha irmãzinha! Eu nunca a odiaria! – Ela disse. Mesmo tapando meus ouvidos com as mãos, podia ouvi-la.

– Mas você nunca me viu como irmã! Você... Você só gosta da Cindy! – Eu estava soluçando, ainda podia ouvir os xingamentos das minhas amigas e de meus pais.

– Jesse, me desculpe por fazer você pensar assim! Você é minha irmãzinha mais nova! Eu te amo! E... Não dê ouvidos para o que esses projetos de gente falam, literalmente projetos. – Ela veio até mim como se... Atravessasse as pessoas que me rodeavam. Não entendi bem isso. E me abraçou e olhou pra mim. – Você é talentosa, gentil, meiga e doce! Como poderia te odiar?! Eu sentia inveja!

– Inveja?! De mim?! Mas... Por quê? – Minhas lágrimas secavam aos poucos.

– Você era a favorita do papai! A filha perfeita e... Eu era deixada de lado! Mas já passou. – Ela disse sorrindo pra mim. Eu segurei a mão dela e sorri.

– Roxy, eu sempre quis ser como você! Sempre te admirei! – Ela sorriu e me abraçou novamente. As “pessoas” que estavam me xingando sumiram. Eram simples ilusões!

– Agora vem, Prim! – Ela disse rindo. Não entendi direito.

– Quem?

– Ah! É! Esqueci que você não pode assistir Jogos Vorazes.

– Espera! Então não é você quem deveria ser a Katniss? – Luna falou. – Afinal, Prim é irmã da Katniss!

– Sim, mas ela me lembrou a Prim! – Roxy disse. Eu, sinceramente, estava boiando no assunto.

– Mas... – Luna não terminou.

– Vamos continuar! – Kyra interviu.

Caminhamos. Eu estava procurando minha amiga, Cindy, mas ela não estava no meio das outras.

– Foram cinco. – Marie disse.

– Faltam duas. – Kyra completou.

– Quem falta? Falta pra quê? E... Onde estamos? – Eu perguntava.

– Esse é o tal teste que Fury nos falou. Estamos numa ilha. Faltam Cindy e Lilith para vencerem os medos. – Luna disse.

– Espera... E Raven?

– Foi procurar as outras, mas até agora acho que nós tivemos sorte. Será que Raven encontrou alguém?! – Kyra respondeu.

– Sei lá! – Roxy falou.

Enquanto isso

– E aí, Stark?! Contente por suas filhas se entenderem? – Clint perguntou.

– É! Pode ser! – Tony estava chorando de orgulho por dentro.

– E você, Natasha! Ficou orgulhosa de sua filha! – Ele queria provocá-la. – Pude jurar que vi uma lágrima escorrendo.

– Clint, não enche! Eu também vi você com uma expressão dolorida quando Luna começou a chorar.

– Touché! – Disse a famosa palavra francesa, que significava “tocado”. – Tá! Eu admito! Tenho coragem pra admitir! Foi doloroso! Tá feliz?!

– Há! Vou espalhar pra toda a agência! – Ela disse entrando na brincadeira.

– E eu falo que você teve um caso com o Stark pra Victoria Hand! Ela pode ser séria, mas tem certo senso de humor!

– Touché! – Ela repetiu o que ele disse. – Não digo nada se você não disser.

– Feito.

POV’s Lilith Rogers

Estavam sofrendo bem na minha frente! Eu estava sufocando, mas não podia fazer nada! Nem conseguia desmaiar com essa “falta de ar”!

– Lilith! Me ajude! – Meu pai gritava pedindo minha ajuda. Ele estava debaixo de uma árvore, que estava em chamas.

– Lilith! Socorro! – Elizabeth falava. Ela estava queimando!

– Não! – Eu sussurrava pra mim mesma. Chorando. Havia perdido a esperança. – Isso não pode ser real! Não pode!

– E não é! – Ouvi alguém no meio das chamas. Delas saíram Jéssica, Roxy, Marie, Kyra e Luna, a dona da voz.

– Como...?! Não está vendo?! Está tudo pegando fogo! Não consigo usar meus poderes e... E... Elizabeth, meu pai, todos estão sofrendo e implorando por ajuda! Não vê? – Eu soluçava.

– Não! Eu não vejo! Porque não é real! – Ela disse.

– O quê?

– Não é nada real! É o teste! Se fosse de verdade, você conseguiria salvar a todos e sair sem nem um arranhão! Você é forte! Quem sempre prega peças naqueles agentes fracassados comigo? – O cenário de fogo e morte sumiu.

– E-Eu. – Estava parando de chorar.

– E quem salvou a gente quando destruímos uma base inteira da S.H.I.E.L.D. sem querer? – Ela estava me animando.

– Fui eu. – Eu dei um pequeno sorriso.

– E quem sempre fica atazanando a Raven quando ela quer ler em paz? E não presta atenção quando ela tá explicando sobre os Oito Reinos?

– Nove. – Kyra a corrige.

– Que seja! Quem é minha melhor amiga? – Ela disse sorrindo. E eu já estava confiante e segura de mim mesma. A esperança havia voltado.

– SOU EU! – Gritei bem alto e elas riram.

– Háhá! Essa é a Lilith que eu conheço! – Ela disse e eu estava com um enorme sorriso.

– Valeu, Luna! – Eu disse.

– Falta uma. – Kyra disse.

Montanha

– Aê! Capicolé! – Tony disse. “E lá vem zoação.”, todos pensaram. – A Frozen Yogurt conseguiu!

– Frozen o quê? – Steve perguntou. Estava contente pela filha.

– Ué! Você é o Capicolé, sua filha tem gordura a menos, então é Frozen Yogurt, aquele sorvete que tá famoso! – Todos riram pela piada, exceto Loki, que se perguntou como alguém podia ser tão infantil.

– Fazer o quê?! Tinha que tirar uma com a minha cara, não é?! – Steve falou revirando os olhos.

– Agora só falta uma. E olha quem está perto dela! – A Doutora Swan chamou-lhes a atenção. Todos voltaram a prestar atenção na tela. Mostrava Raven procurando as garotas.

Na Floresta

– Ninguém ainda?! Aposto que Roxy teve mais sorte que eu! – Raven indagou.

De repente escutou um grito inconfundível.

– Cindy! Estou indo! – A loira de mechas verdes correu em direção ao grito.

POV’s Cindy Collins

Eu estava gritando de medo e chorando, com as duas mãos tapando meus ouvidos. Eu via fantasmas a minha volta, esqueletos, tudo o que mais temia.

– Calma, Cindy! – Ouvia. Mas estava morrendo de medo. Eu gritava.

– Cindy! – Ouvi outras vozes. Pareciam minhas irmãs PPGS.

– Cindy. Abra os olhos e olhe pra mim. – Ouvi Raven dizer. Senti alguém segurando meus braços, mas estava com medo.

– Não! – Eu disse. – São... Fantasmas!

– Cindy, abra os olhos e olhe pra mim. Só pra mim. – Ela disse.

Eu abri os olhos, tudo a minha volta era vermelho sangue e fantasmas me rodeavam, mas Raven estava na minha frente. Eu olhava para os lados, morrendo de medo.

– Pra mim, Cindy! Olhe pra mim! Nada disso é real! Você é a garotinha mais corajosa que eu já vi!

– Mas... Os... Fantasmas... – Eu estava soluçando.

– Não tem fantasmas! É só sua imaginação! Nada. Disso. É. Real! - Raven falou pausadamente e eu a olhei.

– Raven... Eu tô com medo!

– Eu sei. Eu também tava.

– Tava?!

– Sim... De me tornar uma pessoa ruim, uma pessoa que todos pensam que eu sou. Má.

– Mas... Você não é.

Ela sorriu e disse:

– Eu sei. Agora eu sei. E você não tem o que temer. Você é valente.

– Como... Como a Merida do filme? – Disse começando a parar de chorar.

– Sim. Como a Merida.

Os fantasmas sumiram e pude ver todas as nossas amigas nos observando.

– Canta... Canta pra mim? – Eu ainda chorava, mas menos.

Minhas irmãs PPGS nos olharam abismadas. Raven apenas sorriu e disse:

– Vou cantar uma música que minha mãe cantava pra mim quando eu ia dormir ou quando eu chorava.

Ela começou a cantar a bela melodia. Sua voz era linda e harmônica.

Quando ela acabou todas estavam boquiabertos. Eu sorria.

– Raven! Isso foi lindo! – Eu disse.

– Vou te inscrever pro The Voice! – Roxy disse e nós rimos.

– Vamos achar o Fury e acabar com ele! – Luna disse empolgada.

– É! Ele mexeu com nossos medos! – Lilith apoiou. – E com as nossas pequenininhas! Só nós podemos mexer com elas! – Ela continuou.

Jéssica veio me abraçar.

– Se ele achava nossos pais perigosos, imagine a gente? Mesmo sendo cri... – Marie tenta falar.

– Não fala a palavra com C! – Lilith fala.

– Mesmo sendo... Menores, somos mais poderosas! – Kyra fala.

– Vamos achá-los agora. – Raven fala.

– Ouviram a filha de Loki! Vamos lá, galera! – Roxy falou e nós rimos.

– É isso aí, PPGS! – Eu disse e elas sorriram.

Enquanto isso

Elizabeth estava quase chorando de emoção.

– Ela canta bem. – Ela disse olhando a tela. – Todas tem uma união muito forte.

Todos estavam céticos olhando a tela. “Como uma garota durona e intimidadora poderia ser, ao mesmo tempo, doce, harmônica e compreensiva?”, todos pensavam.

– Isso foi... – Tony não encontrava uma palavra concreta. Não parecia a mesma garota que o atacou por chamá-la de covarde.

– Ok, né! – Natasha disse. Todos estavam pasmos.

– Irmão, ela deve ter herdado a compreensão da mãe. – Thor disse rindo.

– A pergunta é: Que mulher te aguentou a ponto de ter uma filha com ela? – Tony disse para Loki, que revirou os olhos. Todos riam do comentário. Mas tá aí uma pergunta que não parava de batucar a cabeça do deus da trapaça. “Quem será a minha... Esposa?”. Essa palavra passava como uma dor de cabeça na mente dele.

– Ora, anime-se, irmão! – Thor ainda insistia em fazer Loki mostrar um sinal de bondade... Ou pelo menos ânimo.

– Me animar?! Eu estou algemado, fui derrotado por humanos patéticos, tenho uma filha que é amiguinha de uma humana e tem medo de se tornar uma má pessoa, quer que eu me anime como?! – Loki praticamente gritava.

Todos olhavam para a porta. Lá estavam todas as garotas. Todos, inclusive as PPGS olhavam para Raven. Ela estava com uma expressão neutra, mas estava triste e chorando por dentro, nunca iria admitir isso, pelo menos, não na frente de todos. Roxy a olhava com uma expressão preocupada.

– Ah! Eu... Esqueci meu anel debaixo daquela árvore. – Raven mentiu, colocando as mãos para trás e tirando o anel. Loki, internamente, se sentiu mal, sabia que a filha estava mentindo. – Eu vou... Voltar pra floresta. – Ela estava quase saindo, quando se voltou e falou com Elizabeth.- Senhorita Swan, nossos poderes estão de volta?

– Sim... Estão sim, querida. – Ela respondeu.

– Certo. Diretor, terá que me desculpar. – Ela falou para Fury, que franziu o cenho, mas logo os equipamentos, câmeras e telas, entraram em curto, fazendo-o entender o porquê do pedido de desculpas. Quando ele olhou de volta para as meninas para dar um sermão em Raven, ela já tinha sumido.

– Ela não sabe que esse equipamento custou caro?! O que ela estava pens... – Ele não conseguiu terminar, Kyra o interrompeu.

– Senhor, não a culpe. – Ela disse olhando para o tio. – Só... Para ter um momento sozinha e pensar.

– Tragam-na, precisamos de todas para checarmos o nível de vocês. – Ele se voltou para os Vingadores e para a Swan. – Vocês vão junto procurar a garota.

Todos reclamavam, exceto a Swan e Loki.

– Pra quê?! É uma garota mimada que...

– Não fala assim dela! – Cindy falou alto, fazendo o lugar estremecer.

– Não sabemos nem onde ela está! – Clint falou.

– Eu sei. – Falou Elizabeth.

– Vamos. – Kyra falou.

Estavam todos saindo, Elizabeth e Loki foram os últimos. Antes de sair, ela o barrou.

– Eu li a mente dela. – Ela começou séria.

– E daí?! – Ele disse rude.

– Vi toda a história de Raven, não foi a mais feliz que já vi. Uma promessa vive nela, aquela música tem significado.

– E eu com isso?! Se ela está triste, paciência. Não posso fazer nada.

– Pode se desculpar. Falar o que realmente sentiu.

Ele riu.

– Nem sonhando. Não vou me rebaixar.

– Como pode ser assim?! – Ela estava indignada.

– Sendo. Eu sou Loki, não tenho arrependimentos.

– Você é orgulhoso! – Ela disse e ele deu um sorriso de lado, como se dissesse “Ah vá!”. – Existe uma maldição chamada Orgulho. Magoou sua filha, Sr. Laufeyson. Ela não merecia isso.

Ela estava indo em direção à porta quando se voltou para ele, que estava pensativo, e disse:

– Sabia... Que ela sempre quis usar a palavra “pai”?! – Ele a olhou e ela continuou. – Mas nunca teve a chance, você nunca deu essa chance.

Passaram-se minutos e Loki finalmente saiu da sala, abalado, confuso e até um pouco arrependido, mas não deixaria seu orgulho de lado.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM E ATÉ A PRÓXIMA!!
P.S.: Gostaram da capa nova?