Perdidos No Amor escrita por Carol di Angelo


Capítulo 1
Ilha à vista


Notas iniciais do capítulo

Planejo narrar a fanfic inteira pela visão do Zoro.
Bem, primeiro capítulo e tals, espero que gostem X3
Boa leitura!



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Abri os olhos para encontrar a imensidão azul do céu e do mar, se unindo em um longícuo ponto no horizonte. O ar úmido estava carregado de partículas de água salgada . A brisa fresca  bateu contra meu rosto trazendo consigo o cheiro inconfundível do mar, tomado pelo odor da comida sendo preparada por aquele cozinheiro pervertido. 

Levantei com um bocejo e, esfregando os olhos, pus-me de pé num impulso, já fazendo a preparação para mais uma sessão de treinamento.  Alongamentos aqui e acolá, despi o casaco e peguei o peso. Esse é um nome um pouco inconveniente, já que meu instrumento de treino nada mais é que um cilindro de ferro do tamanho um carro. Enquanto fazia os levantamentos, meus pensamentos voavam recordando os últimos dias.

Nosso capitão Luffy e a navegadora demônio Nami haviam sido encontrados, após passarem três dias perdidos em algum lugar numa tempestade horrível. O incrível é que o mais impressionante do episódio não foi eles serem encontrados ilesos, ou bem alimentados, ou nada disso. Foi a notícia que deram depois do retorno: estavam oficialmente formando um  casal. O anúncio foi uma grande surpresa para mim, imagine para os outros. Sanji só não fez churrasco de homem-borracha porque de algum jeito  Nami o prendera muito bem com a corda. Ainda me incomoda o fato de que os dois, por mais diferentes que possam ser, parecem feitos um para o outro quando juntos. Me pergunto como Luffy conseguiu fazer isso acontecer, criança e idiota do jeito que é. Se ele achou seu par, então creio que todos no mundo estejam destinados a uma chance com alguém. Passou pela minha cabeça se Robin pensava como eu... céus, de que me importa se a Robin pensa igual?

Um fio de suor escorreu em minha testa quando me dei conta de que meus pensamentos estavam voltados para aquela mulher de novo. Isso tem acontecido demais ultimamente, talvez eu deva falar com o Chopper... nah, seria vergonhoso demais. Eu sou inteligente o suficiente para reconhecer que o que está acontecendo é...

Meu transe de reflexão foi interrompido quando ouvi um grito estridente vindo lá de baixo. Larguei o peso e fui olhar pela janela, encontrando a Namicaída com uma expressão aterrorizada no rosto. Claro, havia um rei dos mares enorme sobre sua cabeça, preparado para o ataque. Antes que qualquer  pessoa pudesse fazer algo, o animal foi golpeado pelo potente soco de um braço de borracha. Assustado com a golpe repentino, o monstro mergulhou e desapareceu nas profundezas do oceano. Segundos depois Luffy já se encontrava no local, socorrendo a parceira ainda atordoada com o susto.

Quando cheguei lá embaixo, a maioria da tripulação já se encontrava em volta. Me aproximei, pegando parte da conversa.

- ... enquanto eu checava a direção do vento essa fera apareceu do nada!! - Nami relatou.

- Está tudo bem, agora aquele peixe já está bem longe - Luffy a tranquilizou enquanto pregava sua mão e a ajudava a levantar - mas ele teria dado uma boa refeição.

- Ouvi um grito da Nami-s...??! - Sanji veio correndo mas congelou quando viu os dois de mãos dadas.

Em seguida o cozinheiro caiu de bruços e começou a socar o chão, provavelmente em um conflito interno.

- Aaaahh! Não posso suportar isso! A minha querida Nami-san nos braços de outro homem!! Não posso, não posso!!

Eu dei uma risadinha dele enquanto observava seu lamento. Francamente, aquele cara realmente achou que por algum segundo a Nami lhe pertenceu? Tsc. Eu gostaria de ver a Robin comprometida também só pra ver o caco que o tarado ficaria. Ah... mesmo que fosse impossível, eu imagino ela comigo... Agh! De novo pensando nela! Maldito coração frouxo.

- O clima no momento está relativamente frio, sabia? - uma voz frustrantemente familiar veio de trás de mim.

Virei e pra variar encontrei a arqueóloga me observando. Depois de alguns segundos eu entendi o que ela quis dizer, pois havia deixado meu casaco no observatório lá em cima, e estava agora com o peito exposto. Involuntariamente meu rosto esquentou um pouco, e eu torci para que ela não percebesse.

- Se está tão frio porque você está usando vestido? - tentei usar o sarcasmo para disfarçar o nervosismo.

Sua resposta foi um simples sorriso, mas se fosse tão simples ele não me obrigaria a dar meia volta para esconder a expressão tensa. Simplesmente odeio como ela faz isso. Sorri de um jeito tão calmo e fofo ou ri baixinho e descontraída, só isso já serve para deixar meu coração acelerado. O que gosto nela é que sua beleza não se encontra na superficialidade. Claro, ela possui um corpo e tanto, com curvas que levariam qualquer homem à loucura, mas não é isso que me atrai. É o modo como seu olhar me tranquiliza quando se encontra com o meu, suas palavras ditas em uma voz doce, na maioria das vezes substituídas por uma risadinha alegre e simpatizante... Por mais pessimista que seja, ela tem um jeito maduro de lidar com as coisas, nunca perde as estribeiras em uma situação preocupante e age de modo sério e sábio, tomando uma posição de líder se necessário. São esses pequenos detalhes que tornam uma mulher interessante e desejável para mim, e Nico Robin conseguiu superar as expectativas.

Como aquele comentário devia soar? Preocupado, pois ela não queria que eu ficasse resfriado? Talvez. Zombeteiro, porque ela estava caçoando de mim? Improvável. Interesseiro, já que ela ficou observando meu peito nu...? Não não não, descartado. Ah, quando se trata dessa pessoa enigmática, só um especialista para adivinhar seus pensamentos.

Após ficar parado alguns momentos observando o mar e fazendo essas reflexões (estou refletindo demais, isso não é normal), eu me decidi por dar uma pausa nos exercícios e fazer uma boquinha. Depois de me vestir, é claro. Logo que voltei da minha cabine, entrei na cozinha e encontrei, para meu desgosto, o cozinheiro de merda, ainda frustrado por sinal. Ele mexia numa panela com cara de emburrado, murmurando coisas como ''quem ele acha que é'' ou ''como ousa sequer toca-la''. Enfim, como já estava com a cabeça cheia, passei em silêncio, fui até o freezer e peguei uma garrafa de sake. Dirigi-me aos fundos do navio e me acomodei em um canto. Depois de um longo gole da bebida já senti o stress diminuir. Isso não é bom, tenho tomado sake demais ultimamente pra aliviar a cabeça, desse jeito o estoque vai acabar antes de chegarmos à próxima ilha. Garrafa esvaziada, me inclinei e cai no sono.

Gritarias pra lá e pra cá faziam meu ouvido zumbir. Ao abrir os olhos vi uma correria que significa que ou a Nami estava distribuindo dinheiro ou íamos baixar âncora. Obviamente, e depois de sentir a velocidade do vento contra o rosto, era a segunda opção. Levantei e fui em direção à proa, e logo que cheguei, o grito da navegadora ecoou:

- Ilha à vista!!

E baixar velas, e consultar o log, e corrigir o leme, depois de toda essa festa ensaiada nos aproximamos da terra recém descoberta e constatamos que estava totalmente coberta de árvores enormes. Contornamos a costa até encontrar um canal, e por este seguimos adiante para o interior do matagal.

- Eeh... essa ilha não parece nada segura, vamos ficar no Sunny até o log se ajustar - disse Nami temerosa.

- Concordo com a Nami! - Usopp ergueu os braços - isso ta parecendo com Little Garden!

- Hai hai - Chopper concordou - Não sei o que é essa Little Garden, mas não quero descer pra descobrir.

- Tsc - eu comentei - vocês já deviam saber que, quando o capitão decide explorar, não tem mais volta.

Realmente. Luffy, que estava quieto até  agora, se encontrava debruçado no navio, fazendo uma dancinha com as pernas. Quando se virou, seus olhos brilhavam, e ele anunciou:

- Sanji, prepara uma marmita de exploração!!

Os três medrosos caíram depressivos chorando no chão, enquanto o homem-borracha roía as unhas de ansiedade. Franky, após baixar a âncora, subiu na cerca e  gritou:
- AAW, parece que teremos uma suuuuuupeer aventura!!


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Notas finais do capítulo

É isso aí, parece ter sido um bom começo XD
Vou me esforçar pra postar com frequência, talvez semanalmente.
Obrigada por ler, aguarde o próximo capítulo!



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