Perdidos No Amor escrita por Carol di Angelo


Capítulo 2
Dando uma voltinha


Notas iniciais do capítulo

Chegou mais um capítulo!! o/
Avisem se a história estiver ficando muito enrolada que eu serei mais direta, ok?
Boa leitura!



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Francamente, esse trio de medrosos devia ter mais fibra. Depois de tudo chegamos aqui no Novo Mundo, mas esse medo deve ser da personalidade mesmo. Chopper, Usopp e Nami estavam pedindo de joelhos para ficarmos no navio longe de confusão, mas o capitão já se decidiu, e quando o capitão se decide não há quem o faça mudar de ideia.

O vento gelado soprou por entre as enormes árvores, trazendo consigo um cheiro exótico e natural, porém selvagem e frio, como se algo se espreitasse ao redor das margens, esperando escondido o momento em que adentraríamos em seu território. As folhas verdes balançaram inocentes nas copas das árvores, que possuiam uma forma estranha, notei. Quase no topo o tronco se abria até as folhas, fazendo uma '' clareira'' que daria uma  boa moradia.

- Pra que esse medo? Já paramos em ilhas muito mais assustadoras que essas - perguntei.

- Não estamos afim de mais problemas! - Usopp disse.

- Isso, essa ilha tem uma aura estranha! Não vejo nenhum animal! - constatou Chopper.

- Além disso, o tempo parece que vai piorar! - Nami apontou para o céu - Vamos ficar muito bem aqui no Sunny esperando o campo magnético do Log se ajustar.

Luffy, é claro, não iria desistir tão fácil.

- De jeito nenhum!! Olha só o tamanho desse lugar, tem tanta coisa pra explorar!! 

- E nada contra sua opinião, Nami-san, mas seria uma ótima oportunidade para repor os suprimentos - argumentou o cozinheiro.

Os três caíram de bruços, choramingando.

- É, não vai ter jeito - disseram em uníssono.

- Se fazem tanta questão, fiquem aqui no navio enquanto o resto desce - eu sugeri.

- Ótima ideia! Façam isso - o animo do trio pareceu melhorar de depressão para animado em dois segundos.

- Yosh!! Nami, Usopp e Chopper ficam cuidando do navio e nós vamos numa aventura!

Correria pra cá e pra lá, todo mundo parecia estar arranjando coisas para levar. Um ar ansioso parecia tomar a atmosférica, e talvez fizesse sentido. Essa era nossa primeira exploração inesperada depois de 2 anos. Uma sensação de nostalgia tomou conta de mim enquanto eu pegava minhas espadas e lembrava dos momentos bizarros que já passei junto dessa turma. Em meio a lembranças felizes e trágicas, cômicas e assustadoras, eu acabei cruzando com alguém no corredor, e levei um esbarrão. 

- Ei, tenha mais cuidad... - minha voz sumiu quando percebi que o alguém era ninguém menos que a Robin - Oh... desculpa.

Como resposta ela deu aquela risadinha irritante pra variar.

- Se apresse, eles estão dividindo duplas para a expedição. Se demorar vai perder a chance de ir com quem tem em mente - ela disse calmamente e se afastou.

Por alguns segundos fiquei ali parado, avaliando se havia alguma chance daquilo ter sido uma indireta. Claro, eu adoraria  passar um tempo com ela sem ninguém pra encher o saco, mas isso estava tão na cara a ponto dela perceber? Quando meu cérebro começou a dar um nó eu desisti e tomei a direção da proa. Após chegar no depósito por acidente, eu consegui encontrar os outros, que já estavam todos reunidos. Sanji parecia estar passando instruções.

- ...evitar mais confusão que o normal, vamos nos dividir em três duplas. Eu, claro, irei acompanhar e proteger a linda Robin-chan!

- Espero  que não tenha nenhum animal assassino nos esperando lá dentro - a arqueóloga demonstrou seu grande otimismo.

- Mesmo que tenha, eu não permitirei que ele sequer encoste em você, minha lady! - o tarado idolatrava a mulher.

Por mais que me odiasse por dentro por causa disso, não consegui evitar me sentir um pouco enciumado por não ser o acompanhante dela. Mas não poderia pedir sem deixar meu sentimento claro e exposto, e ainda sofrer com algumas risadas, talvez.

- Quem vai comigo?! - Luffy nem tirava os olhos do verde exterior.

- Aw, pode deixar que eu vou maninho! - Franky se ofereceu.

- Aah sugoi!! Se precisar você pode usar suas  invenções mega robóticas incríveis! - Luffy disse excitado.

- Suuuuper sim!! - concordou o ciborgue.

- Parece que sobramos eu e você Zoro-san - Brook se aproximou.

- Sim, teremos uma dupla de espadachins, e ai de algum monstro que apareça - concordei com um sorriso.

- Isso parece tão épico, meu coração vai explodir de ansiedade!! Ah é, eu não tenho coração. YOHOHOHOHOHO.

Depois de tudo estar decidido, Luffy já começou a correr para fora, mas foi parado pelo pigarreio de Nami.

- Não está esquecendo nada mocinho? - ela perguntou.

Como se lembrasse agora que tinha uma namorada, ele deu meia volta e lhe deu um carinhoso beijo de despedida. A cena pareceu comover alguns, outros ficaram indiferentes, mas nenhuma reação se comparou a do cozinheiro. Este parecia sofrer convulsões enquanto observava a troca de carinhos entre seu capitão, agora não mais tão imaturo, e a garota por quem sempre dizia alimentar grande paixão.  

Às margens do rio, demos um último aceno à equipe do navio e encaramos o matagal. Logo na entrada, cada dupla tomou uma direção, e por algum motivo fui alertado a nunca me afastar do Brook. 

Dei um último olhar discreto ao lado que o Sanji e a Robin tomariam, e para minha surpresa os olhos dela estavam direcionados à mim, mas logo se desviaram. Por mais que tenha durado uma fração de segundo, esse último contato visual serviu para plantar um broto de esperança em meu coração, cujos frutos eu descobriria apenas mais tarde.
 

Cada passo sobre os galhos quebradiços e sobre as folhas murchas no chão podia esconder uma surpresa. Não que andar por essas terras desoladas fosse emocionante, mas era um passatempo divertido e nostálgico. Íamos caminhando entre troncos e plantas, o desenho recortado do sol por entre o teto de folhas refletido no chão. Brook ia murmurando uma melodia  qualquer, e junto com a brisa fria, fazia meus pensamentos tenderem a viajar por aí despreocupados. 

Mesmo assim, toda essa minha vida de treinamento me deixou bem atento, e não seria em uma cena tranquila dessas que minha guarda baixaria. Quando meus tímpanos captaram um ruído anormal a alguns metros ao lado, parei instantaneamente e estendi o braço, interrompendo a caminhada de meu companheiro.

- Algum problema, Zoro-san? - perguntou.

- Eu ouvi alguma coisa - eu disse - parecem passos.

- Oh, acho que meus ouvidos captaram o som também! - ele pôs a mão esquelética ao lado da cabeça - Ah, espera, eu não tenho ouvidos. YOHOHOHOHO!

- Sshhh!! - repreendi colocando o dedo na boca - não sabemos que tipo de ser está vindo.

Mais uma vez o ruído soou, dessa vez mais forte, o que significava que seu emissor estava se aproximando. Agucei o ouvido para descobrir de que direção vinha o som, enquanto minha mão pousou levemente sobre a katana. 

Quando estava tão próximo que me preparei para avançar, uma folhagem se levantou, revelando... a figura de Robin, andando normalmente.

Meu coração deu um enorme salto de surpresa. Acho que se um monstro aparecesse eu estaria mais tranquilo. Ela deve ter notado minha expressão assustada, já que falou:

- Estava esperando alguém?

- Alguma ameaça na verdade - respondi.

Ela sorriu e disse:

- Aguarde alguns segundos.

Fiquei um pouco confuso,  mas após um tempo comecei a ouvir passos novamente, dessa vez rápidos. Não demorou para as folhagens se abrirem e alguém passar por elas. Dessa vez não fiquei nada contente, já que o aparecido era o Sanji.

- Robin-chwaan, finalmente te encontrei! - disse todo eufórico - estou correndo por todos os cantos a sua procura!

- O que está havendo aqui?? - perguntou Brook.

- Nada demais. Eu apenas resolvi analisar por mim própria o caminho que estávamos seguindo enquanto Sanji subiu naquela árvore - explicou a arqueóloga.

- Porque diabos você estava em uma árvore, ero-cook? - zombei dele.

- Eu queria ter uma visão ampla do território, mas não achei que a Robin-chan continuaria a andar sozinha - ele disse - E não venha encher o saco seu marimo de merda!!

- Heh? Quem você está chamando de marimo, seu cozinheiro pervertido?? - retruquei posicionando a mão na espada.

- Agora você vai ver! - ele ergueu a perna preparando o chute.

A briga estava pronta para começar quando um barulho a interrompeu. Não um barulho de passos como antes, e sim um rugido, um intenso e furioso rugido.

Ao mesmo tempo, todos os quatro olhamos para cima, onde as árvores estavam balançando. Um momento depois elas tombaram revelando, agora sim, um motivo de preocupação.

Não que fosse algo assustador, era só um leão de 15 metros de  altura, com uma fome voraz estampada em seus olhos. E a direção de seu olhar indicava que nós seríamos a refeição.


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Notas finais do capítulo

Isso aí, pessoas, chegamos ao final de mais um capítulo!
Como está a história? Aceito críticas e elogios :3
Até semana que vem /o/
Obrigada por ler, aguarde o próximo capítulo!



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