Amiga Morte escrita por Quézia Martins


Capítulo 6
Não Mereço Um Beijo?


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy meus lindos!! Digitei esse capítulo rápidão pra vocês, porque não sei se sabem mas, essa história eu já tenho quase completa, só falta o fim ... Bom, bom... Sem mais delongas... Vamos ao capítulo!
OBS: Agradecimentos calorosos a Tammy e Evy, leitoras fiéis que sempre comentam. Muito obrigada,

Boa leitura!



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...

— Gostou das roupas? - Clara inquiriu.

— Acho que vão ficar lindas guardadas!

— Você vai usar né Babi?

— Tentarei. - disse dando de ombros. Ela estava com esse péssimo hábito.

— Sorvete? - Clara perguntou revirando os olhos.

— Não, obrigada. Enfraquece as pernas.

— Não sabia dessa!

— Descobri um tempo atrás. Vamos onde agora? - Babi mudou de assunto.

— Cabeleireiro?

— Meu cabelo está ótimo assim.

— Não está não! Esse louro está super ressecado. Vamos mudar esse tom. O que acha? - Babi simplesmente odiou a ideia. Ela amava suas madeixas douradas. Mas, Babi se calou. - Babi?

— Oi. - respondeu parecendo sair de algum transe.

— Viu alguma coisa?

— Será que vou perder o meu cabelo? - seu olhar era triste.

— Claro que não! - Clara respondeu num tom animador e contagiante.

— Não quero ficar careca!

— Você não vai.

— E se eu ficar?

— Prometo ficar também. - respondeu abraçando a amiga.

— Aceito mudar o tom. Mas, não muito tá? - Babi disse com um bicão.

— E que tal cortar um pouco? - Clara sugeriu sorridente.

— Já tá abusando.

— Só um pouquinho?

— Um pouquinho? - Babi pareceu reconsiderar e então torcendo os lábios disse: - Só um pouquinho.

***

Já eram quase cinco da tarde quando Babi chegou. Seus pais estavam no sofá assistindo algo. Ela os cumprimentou e foi para seu quarto. Alguns minutos depois e sua mãe bateu levemente na porta entrando logo após.

— Sim?

— O gato daí da frente pediu que fosse lá quando chegasse.

— Ele esteve aqui? - Babi perguntou sobressaltada.

— Almoçou comigo e com teu pai. Ele é maravilhoso.

— Ele é meu médico mãe - Babi disse respondendo ao sorriso malicioso e nada sugestivo de sua mãe.

— Idaí boba? Agarra ele! - Babi encarou sua mãe confusa e riu daquela ideia.

— Que horror mãe!

— O que você fez no cabelo? - Sandra perguntou passando a mão nos cabelos curtos de Babi.

— Não gostou?

— Ficou meio curto, não acha? - Babi deu de ombros indo até um espelho na porta de seu guarda-roupa. Ela olhou bem sua imagem e viu os cabelos loiros caírem um pouco abaixo dos ombros.

— Não acho não. Cabelo cresce, mãe - Babi respondeu indiferente. - Vocês falaram sobre o que? - Babi indagou voltando ao assunto "Octávio na minha casa"

— Sobre tudo.

— Sobre a minha doença?

— Pra ele você é perfeita, querida. Ele mesmo disse isso.

— Ele disse? – perguntou de repente inquieta.

— Disse - Babi sorriu boba e mordeu os lábios. - Você gosta dele. - sua mãe deu o veredito.

— Não gosto não!

— Gosta sim. Só o fato de você estar na defensiva comprova isso. Com o tempo você assume isso para si. Agora vá.

— Só irei tomar um banho. Sabe... Ficar um pouco mais apresentável. - Babi riu e sua mãe saiu do quarto.

***

— Onde você esteve o dia todo? - Ryan perguntou.

— Com a Babi

— Você casou comigo, mas passa a maior parte do tempo fora. Com outras pessoas. Você se preocupa demais com essa sua amiga. Você tem a mim agora e ao nosso bebê que tá crescendo aí dentro, Clara.

— Vocês são tudo pra mim. - Clara disse passando a mão sobre a barriga que mal tinha forma. - Mas, a Babi sempre foi como uma irmã pra mim. Uma irmã mais nova. Me vejo responsável por ela. E agora ela está precisando muito de mim.

— Tá, mas não dá pra parar em casa?

— Não, não dá. Você não pode sair um pouquinho pra fora desse seu mundo de egoísmo? Nem que seja só por alguns minutos, Ryan? Você nunca pergunta o que aconteceu. Só quer saber de você e do que te satisfaz. Ela tá precisando de mim. Poxa! Acabei dizer isso. - Babi colocou a mão na testa - Ela tá morrendo. E você se importa? Claro que não!

— Amor eu... Eu... Não sabia. Juro que não...

— Boa noite Ryan - e Clara saiu deixando-o só.

***

— Mãe? - Babi chamou

— Sim?

— Não vou jantar hoje, tá?

— Tudo bem - sua mãe respondeu com cara de que não estava nada bem - Vai lá?

— Estou indo. - Babi disse entendendo o que sua mãe quis dizer e depois saiu.

Bateu na porta de Octávio que foi rápido ao atender.

— Estava esperando - ele disse surpreendendo-a com um beijo no rosto.

— Demorei muito?

— Uma eternidade.

—Você está me paquerando, doutor? - Babi inquiriu arqueando a sobrancelha.

— Por que? Você é impaquerável?

— Essa palavra existe?

— Não, mas nada me diz que eu não possa inventar.

— Direito teu - ela disse em um tom brincalhão sorrindo - Pediu para que eu viesse aqui? - ela perguntou quando o silêncio se fez presente.

— Pedi. Quero dar uma volta com você.

— Onde?

— Na praça. Topa? - ela fez um gesto com a cabeça. Octávio segurou em suas mãos e eles saíram.

Andavam lado a lado.

— Qual a sua? - Babi enfim conseguiu dizer.

— Estou louco por você - ele disse obrigando-a a se virar para fitá-lo.

— Impossível - ela respondeu desviando o olhar.

— É possível sim!

— Sou sua paciente. - lembrou.

— E eu seu médico. Acha que é fácil para mim? Nem um pouco. Mas, uma mulher sinistra que nunca vi, invadiu meu apartamento e me disse umas verdades. Precisei admitir para mim o quanto te quero.

— Lua. - Babi disse baixo maneando a cabeça. Octávio não pareceu ouvir.

— Vai negar até quando que você também me quer?

— Vamos voltar? - Babi pediu cortando o clima. - Está frio aqui. - ele a olhou e suspirou alto.

— Não vai poder fugir para sempre, Bárbara.

E segurando novamente na mão dela, seguiram de volta para o prédio. No corredor do apartamento deles, ele percebeu que ela olhava para a porta dela.

— Vai me deixar? - Octávio perguntou a encurralando contra a parede.

— Preciso pensar um pouco.

— Não mereço nem um beijo?

Babi o olhou observando cada traço. A barba por fazer, os dentes perfeitos, a sobrancelha bem contornada, os lábios... Ela se aproximou dele e... Smack! Depositou um beijo sobre a bochecha do mesmo.

— Consulta amanhã. - Octávio lembrou quando ela abriu a porta de seu apartamento e entrou sorrindo. Ele seguiu para seu lar e ela se escorou contra a madeira bem polida da porta.

— Já filha? - sua mãe perguntou ao vê-la.

— Sim. Boa noite pra vocês. Tenho que dormir, consulta amanhã cedo. - informou andando até o quarto, antes que sua mãe viesse com seu interrogatório costumeiro.

— Filha? - seu pai chamou com a voz grossa.

— Sim?

— Esse médico é competente?

— Sim. Ele é e muito. - Babi respondeu tentando passar segurança ao pai.

— Amor, o médico dela é Octávio. - sua mãe falou sorrindo toda boba.

— Ele é médico?

— Sim. - Babi aproveitou pra fugir. - Babi conte ao seu pai. - Sandra pediu. Ouvindo o silêncio, olhou em volta - Essa menina não tem jeito! - resmungou voltando a contar para o esposo o quão maravilhoso Octávio era.

Babi entrou em seu quarto pensando em Lua. Queria tanto a ver. Não entendia porquê ela desaparecera.

E assim, mais uma vez, pegou no sono.

***

Já eram onze horas da manhã quando Babi acordou. Correu pro banheiro. Se ajoelhou ao lado do vaso sanitário. Achou que não pararia mais de vomitar. Quando conseguiu parar, tomou um banho, fez sua higiene matinal e saiu.

— Que horas são? - ela perguntou a sua mãe que estava de saída.

— Quase meio dia.

— Da manhã?! - Babi perguntou não acreditando muito.

— Sim.

— A senhora vai sair?

— Sim e chegarei tarde. Quer alguma coisa?

— Muitas barras de chocolate. - Babi pediu fazendo biquinho. Sua mãe a abraçou e saiu.

Babi se sentou no sofá. Estava sozinha e perdera a consulta.


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Notas finais do capítulo

Reviews? ...

Até logo!