- Lily – James disse, sentindo sua garganta seca. – Olhe para mim.

Nada. A ruiva não iria nem mesmo se mover. Ela apenas ficava de costas para ele, fitando a parede com ódio, enquanto lutava com as lágrimas que ameaçavam transbordar de seus olhos.

- Lily, por favor, - ele implorou – olhe para mim.

Absolutamente nada.

James bufou. Por que ela tinha que ser tão cabeça dura às vezes? Por quê?

- Você não tem o direito de ficar brava comigo – ele vociferou. – Não hoje.

Um grunhido rasgou a garganta dela e Lily, finalmente, virou-se a fim de encará-lo.

- Eu não tenho o direito de estar brava com você, Potter? – Ela cuspiu as palavras. – Eu vejo meu namorado beijando outra garota e eu não tenho o direito de ficar brava?

- Eu não estava beijando outra garota! – James apressadamente disse.

- James, – Lily disse lutando para manter sua voz firme. – Eu vi você. Toda Grifinória viu você.

- Foi ela quem me beijou! – Ele disse, cerrando os punhos. – Kim só estava feliz porque nós ganhamos o campeonato de quadribol. Por acaso, você percebeu que graças a mim o time ganhou o campeonato?

Lily balançou avidamente sua cabeça em reprovação.

- Eu não acredito! – Ela gritou, seus lábios e nariz incrivelmente vermelhos. – A garota está feliz então ela, simplesmente, beija o meu namorado. Onde isso faz sentido para você, James?

- Eu... – ele levou a mão ao cabelo, tentando pensar em algo para dizer. – Por que você sempre distorce tudo, Lils? Foi só um beijo estúpido.

- Mas você a beijou de volta – Lily respondeu amarga.

- Foi um reflexo – ele revirou os olhos. – E quem se importa? Você nem mesmo me parabenizou pela vitória.

- Não acho que eu consiga olhar para você agora, James – ela disse, voltando a encarar a parede. – Vá embora, por favor.

Um nó se formou na garganta de James. Ele queria gritar, queria chacoalha-la, tentar colocar bom senso na mente dela. No entanto, tudo o que fez foi socar a porta antes da sair, porque ele sabia que estava errado.