“Mostre-me como é estar inteiro”.

Surpresa passou para irritação.

Apenas pegou o papel.

“Abrace o silêncio... Porque não há nada que possa mudar o jeito que eu me sinto... Pegue tudo que você quiser... Agora que não há nada que possa mudar o jeito que eu me sinto... Aguente firme, garotinha... O fim está próximo”.

Ela leu novamente, bufou e quem era aquela pessoa?

Apenas socou a parede, assustando a sua companhia que lia um livro.

Era o que, decima, ou decima quinta vez que recebia aquilo, estava farta, um pouco cheia, mas aquela pessoa mexia consigo, droga, pensou para si, ela amava Jellal, mas quem era aquela pessoa que mandava a quase dois meses aquilo? Bufou, inflando as bochechas.

“Fim está próximo”.

Aquela frase ecoou em sua mente, maldição.

Irritou-se, enquanto jogou o papel no chão, amassando-o com todo a sua força – pobre papel – enquanto apenas socou novamente a parede, rachando a mesma.

–Er-chan, controle-se, eu não posso continuar a conserta as paredes...

Bufou ao ver a voz baixa, mas repreensiva para si. Apenas lançou um olhar a sua companhia, irritada com intromissão dela, enquanto apenas revirou os olhos em sarcasmo, sua paciência estava no limite normal.

–Não me teste!

Outra apenas fechou os livros, e deu um meio sorriso.

–Ai! Que maldade...

Apenas viu o sarcasmo em sua voz, enquanto revirou os olhos com isso.

–Você está testando...

–Ei! Não fiz nada! – ela fez um bico – Você e que está rasgando as coisas aqui! E quase destruído novamente a parede do quarto, e atrapalhando a minha leitura, está tensa, Er-chan.

Recuou.

Amaldiçoou aquela criatura sentada confortavelmente na poltrona.Estava tensa, obvio que sim, enquanto bateu o pé, irritada, enquanto revirou os olhos novamente.

–Pensando em que, Er-chan?

Ela bufou com isso.

–Nada que lhe interesse.

O riso ecoou suave, enquanto a garota apenas riu levemente.

–Por que está tão tensa? Por causar dos bilhetinhos, mas eles...

Ela a cortou, enquanto rosnou.

–Por que esse maldito admirado ainda continuar a mandar...

Outra continuou a tagarela, feliz em irritar Erza.

–Eu o achei fofo, ele tão lindinho, apaixonado, tem sorte Er-chan...

–Só você mesmo!

Gritou, grunhiu em seguida, e respirou fundo, controlando para não destruir metade do seu quarto, mas aquilo chegou ao limite do aceitável, ou extrapolou o mesmo limite que Erza tinha, o que era bem pouco já que a ruiva era conhecida por seu autocontrole belíssimo.

–Que isso Er-chan, fique calma!

–Eu tô calma! Não me teste, Raisu!

Replicou duramente, enquanto a outra explodiu numa gargalhada.

–Não está não! E está quase explodido.

Ela estava certa, a ruiva sabia disso, mas não admitiria a alguém que viver brigado com Laxus por causar de Freed, nem morta, apenas respirou fundo enquanto viu a garota rir de seus pensamentos. Erza saiu do quarto – o seu quarto, batendo a porta com força – aquilo havia se tornando perseguição, nem mesmo a maldita de sua amiga havia descoberto algo sobre o bendito admirado secreto, ainda tinha Jellal... E suas desconfias, não que não confiasse no azulado, mas ele andava estranho, evitando e cheio de conversinhas com sua amiga, além de vê-lo aos risinhos.

Ok, aquilo era já pedir demais já que ambos eram colegas de trabalho, mas por que diabos sentia que algo estava totalmente errado? Bufou novamente, enquanto apenas pisou duramente no chão, saindo da Fairy Hills.

Pisou fundo, andando seu rumo...

Foram os dois piores meses de sua vida – primeiro e acima de todos os problemas naquele momento insultado e irreal em sua vida, Jellal estava esquisito, não que ele não fosse, mas estava, bufou com isso, era uma de suas maiores preocupações desde que azulado decidiu ser parte da Fairy Tail junto com a rosada, seis meses atrás para felicidade dela, infelicidade de seus pretendentes misteriosos – segundo, seu ciúme, nunca pensou em toda sua vida ter quase matado a sua amiga por causar dele, tudo bem, ela tinha que ficar de olho nele...

Mas tão próximo? Erza respirou fundo novamente, prestes a explodir igual um vulcão que espancaria o primeiro que aparecesse na sua frente – o pobre diabo teria um fim trágico – enquanto andou, firmando entre as arvores que cercava a cidade de Magnólia.

Sentia-se ansiosa, muito ansiosa, o que era graças a Jellal. Apenas respirou fundo, tudo bem que ela tinha suas desconfias, e seu ciúmes, mas ele estava esquisito, ou ela paranoica demais, mas o que isso tinha haver com ele?

Tudo.

Jellal estava na sua cabeça desde a chegada em Magnólia, mas exatamente sua entrada na Fairy Tail, juntamente com Meredith que graças a uma testemunha sei lá do que – ela tinha quase certeza que tinha dedo de Yuri nisso, mas isso e outra história a ser contada aos netos – ele foi perdoada, mas nada...

Eles, os dois – cabeças ocas e duras como a pedra – não avançaram em nada na relação, culpa de quem?

De terceiros, nessa hora Erza lembrou-se da intromissão – quase – inconveniente de Laxus, aquele loiro pagaria senão estivesse com um grande problema, estranho, foi o primeiro dos pensamentos, mas ela ignorara, já que era realmente urgente...

E ajudará o loiro com filho, que estava berrando, e o segundo pai, Freed, estava missão, e o pequeno Daiki, era o bisneto/neto/irmão/filho mais mimado de toda a Magnólia...

Já que ele tinha dois pais babões, um bisavô bêbado, uma avó maluca e mãe superprotetora que tentar, lidar com os pais babões que arrumo, já que Freed e Laxus eram parceiros, literalmente – depois disso – foram, inconvenientes momentos que ela tentará tocar no assunto que todos, todos...

Atrapalharam, parecendo querer a ruiva numa eterna solteirice, mas fazia exato um mês, que o rapaz vivia em missões, ou com Raisu, ou com Laxus, ou com Wendy, até mesmo Gray, ou Natsu, mas nenhum com ela.

Nenhuma até mesmo Meredith fazia mais missões com ela do que o azulado, bufou novamente, talvez estivesse paranoica.

Estranho, certo, era estranho.

Terceiro, seu admirador secreto que fazia quase dois meses que lhe mandava cartinhas, bilhetes e presentes, pensará em Jellal, mas quando questionará o azulado nem mesmo ele sabia? Aquilo se tornou suspeito, agora estava irritado com fofo e apaixonado, como Raisu descrevera descaradamente na sua frente, tudo bem, ele era...

Mas ela não sentia nada por ele, ou sentia? Revirou os olhos com isso, foi quando apenas bufou novamente, voltando para cidade, havia se passado uma hora. Apenas marchou para Fairy Tail, decidida a falar com Jellal, sem nenhuma interrupção por parte de nenhum deles, ou haveria morte para algum pobre diabo.

Há visto o prédio reformado, apenas entrou, foi sua grande surpresa ver Jellal ali, mas não vestido habitualmente, todos em seus respectivos lugares – Raisu brincando com o pequeno loiro que corria de um lado pro outro com Freed ao seu lado e brincando com o filho adotivo, Daiki estava se tornando cada vez mais forte a cada momento e parecido com o arrogante loiro.

–Jellal, precisamos conversar...

–Olá, Erza.

Erza apenas respirou, enquanto abriu a boca.

–Jellal essa e a hora, rapaz...

Ouviu-se o comentário.

–Hora de que? – indagou à ruiva – Jellal?

–Jelly, fala logo!

–Deixe de sua covardia!

Ela viu o tom do rosto dele mudar drasticamente, enquanto pigarreou, e sorriu constrangido com isso.

–Vamos Jelly!

Murmurou Meredith rindo, enquanto estava olhando ansiosa para ele.

–O que está havendo aqui?!

Apenas cruzou os braços, vários pares de olhos focaram na cena a seguir. O azulado apenas pigarreou, enquanto apenas sorriu, escondendo algo nas costas, enquanto soou a sua voz ansiosa e nervosa, enquanto Erza concentrou-se no rosto do azulado, desconfiada.

–Eu fui aquele tolo, idiota e inconsequente... Mil coisas passaram por mim... Escuridão era o meu lar... Mas sua luz se tornou a minha fonte de poder... Sensação que sinto, mesmo perto de você e não ser suficiente... Mas sou egoísta, e não quero me separar de você, eu não deveria querer você... Abalo, eu vejo em seus olhos, eu queria ter a sua força... Por isso... – pausou, enquanto apenas corou mais ainda – Abrace o silêncio... Porque não há nada que possa mudar o jeito que eu me sinto... Pegue tudo que você quiser... Agora que não há nada que possa mudar o jeito que eu me sinto... Aguente firme, garotinha... O fim está próximo, lembra-se disso, Erza?

Claro que ela lembrava, abriu a boca, enquanto apenas olhou o azulado. Ela conhecia, era...

–Como você saber disso?!

Ele ignorou a perguntar, enquanto apenas moveu-se. Ele apenas ajoelhou-se, enquanto apenas trouxer para frente uma caixinha de veludo negro, e murmurou corado e um meio sorriso amarelo no rosto.

–Erza Scarlet, quer ser casar comigo?

Continuar.