Esme

Finalmente chegamos ao shopping de Port Angeles e fomos direto comer.

– Rene tenho uma novidade. – disse meio tímida.

– Ai meu Deus! Não faz suspense fala logo.

– Ok, ok. – disse rindo.

– Fala!

– Eu e o Carlisle estamos namorando.

– Ai eu não acredito isso é tão....- os olhos dela encheram de lagrimas.

– Ei pode parar não quero choradeira não.

– E quem disse que eu ia chorar. – ela disse limpando uma lagrima.

– Você é tão boba sabia.

– Sou boba sim e estou muito feliz por vocês e principalmente por você. – Rene sabia de tudo que tinha acontecido comigo e sabia todos os detalhes que não contei pro Carlisle.

– Eu sei amiga e obrigada por tudo.

– Ai chega vamos parar de lenga lenga e comer logo porque hoje eu quero me acabar nas compras. – ela disse animada e eu reparei em dois homens olhando pra gente numa mesa próxima a nossa.

– Tem alguém agradando aqui. – disse rindo.

– Como?

– Tem um cara ali que não tira os olhos de você.

– Onde? – ela disse olhando em todas as direções.

– Rene disfarça!

– Que mane disfarça... Cadê?

– Ali. – disse apontando com a cabeça e ela virou com tudo por pouco não deu um jeito no pescoço.

–Aquilo? – ela disse se voltando pra mim.

– Não gostou?

– Claro que não ele é horrível e é calvo. – eu ri alto com a cara dela.

– Não sabia que você era tão exigente amiga.

– Exigente não, mas vai eu sou bonita e mereço algo melhor sem falar que eu vou ficar com vergonha com um namorado feio perto do seu doutor delícia.

– Ei! Que história é essa de doutor delícia?

– É assim que seu namorado é conhecido no hospital minha querida. – ai isso me deu ciúmes, como assim delícia? Mas ele era mesmo.

– Você sabe se as mulheres dão muito em cima dele? – disse insegura.

– O que você acha?

– Com certeza. – disse triste.

– Esme o Carlisle nunca ficou com nenhuma mulher dessa cidade você é a primeira e com certeza vai ser a ultima, não precisa ficar insegura você não confia no seu taco?

– Rene eu não sou tudo isso.

– Ah você é sim e pode parar de se colocar pra baixo, mas mudando de assunto posso...hum..posso te fazer uma pergunta indiscreta? – ela disse com uma cara maliciosa.

– Fala vai.

– Vocês já transaram? – ela soltou de uma vez e eu cuspi o suco que estava na minha boca, achei que ela ia ser mais discreta e fosse falar pelo menos baixo.

– Rene! – a repreendi – Fala baixo.

– Por favor né? Vai me dizer que tem vergonha de falar sobre isso?

– Não é vergonha é porque você falou alto.

– Ai e qual o problema? Todo mundo transa ou já transou ou vai transar um dia. – ela disse falando alto.

– Você ta fazendo de propósito não é?

– Estou. – ela disse com a cara mais deslavada do mundo e nos duas começamos a rir.

– Vem vamos logo fazer nossas compras. – disse me levantando e indo pro caixa.

– Ei mocinha você não respondeu minha pergunta. – ela disse.

– Ainda não.

– Como assim vocês ficam tanto tempo sozinhos e não fazem nada? – ela disse incrédula.

– É serio Rene agente ainda não fez nada, mas não foi por falta de oportunidade. – disse rindo.

– Então por quê?

– Porque eu não quis.

– Porque você não quis? Como assim? – mas essa minha amiga era fofoqueira viu.

– Rene não quero pressa quero que as coisas aconteçam naturalmente entre agente.

– Se é assim tudo bem, mas pelo amor de Deus aproveita aquela delícia que é seu namorado.

– Me respeita viu é delícia sim, mas é só meu e eu não divido. – nos duas gargalhamos. – E pra você saber eu chamei ele pra dormir lá em casa comigo hoje.

– Ai sério? Ai meu Deus vocês vão fazer...

– Não Rene! Eu chamei ele pra dormir, dormir mesmo.

– Como você é malvada vai ficar torturando o coitado a noite toda é?

– Eu já deixei avisado.

– Então vem comigo! – ela disse e saiu me arrastando.

...

– O que você vai comprar aqui? – disse olhando ao redor era uma loja de lingerie.

– Um presente pra você e pro seu namorado. – ela disse maliciosa.

– Ah não Rene! – disse tentando fugir eu devia estar vermelha feito um pimentão. Ela chamou uma vendedora e depois disso começou a bagunça ela me fez experimentar inúmeras peças e ainda mostrar pra ela, até que finalmente ela escolheu uma era um corselet branco com rendas na altura do seios e uma micro calcinha branca com renda também e por fim um robe curto branco um pouco transparente. Quando finalmente saímos da loja Rene estava radiante.

– Espera você arranjar um namorado que eu vou fazer pior com você. – disse brava e ela gargalhou da minha cara que ainda devia estar vermelha.

– O Carlisle vai adorar meu presente e vai me agradecer. – disso eu não tinha duvidas, mas queria ver eu criar coragem pra usar isso na frente dele.

...

Alice

Sai de casa logo depois do almoço e caminhei sem rumo, ninguém é feliz o tempo todo e comigo não era diferente, não sei o que tava dando em mim desde que vi Jasper com a Marie não era mais a mesma, não sei bem o que estava sentindo. Caminhei e caminhei e quando vi tinha chegado a praia de La Push que estava vazia me sentei em um tronco quebrado e fiquei observando a praia. Nesses momentos me batia uma tristeza enorme porque começava a me lembrar que era adotada e que minha família biológica nunca me quis ai me lembrava de mim pequena no orfanato e ficava mal.

Flash Back On

Alice tinha acabado de completar quatro anos e vivia em um orfanato em Washington e fazia algumas semanas que vinha recebendo a visita de um casal que pretendia adotar uma menina e ela estava animada e já sonhava com sua possível nova família, o casal ainda não tinha escolhido e estavam na duvida entre ela e uma outra garotinha, e acabaram por escolher a outra que era mais parecida com eles.

Alice só soube disso quando viu sua coleguinha preparando suas coisas pra partir e indo embora com o casal que ela já considerava seus papais, não era a primeira vez que passava por isso e como sempre chorava durante horas e pra completar sempre vinha um grupinhos de meninas mais velhas dizer que ninguém nunca ia querer uma menina como ela que ela ia ter de ficar ali pra sempre, que ninguém a amava e nem nunca ia amar e que todos iam a abandonar um dia como os pais dela tinha feito.

Flash Back Off

Estava perdida em minhas lembranças quando sinto alguém se sentando ao meu lado e quando viro era o....como era o nome dele?

– Jacob? – ele sorriu devo ter acertado.

– E você é a Alice não é? – ele disse ainda com o sorriso nos lábios.

– Isso. – disse e sorri de volta.

– Você esta bem?

– Posso dizer que sim. – disse baixando a cabeça.

– Não ta nada.

– E como você sabe?

– Eu lembro muito bem de você patricinha, toda saltitante e sorridente.

– Ei que historia é essa de patricinha?

– Vai dizer que não é?

– Não sou! – disse fazendo bico.

– Não? – ele disse virando os olhos - Em plena sexta feira de short jeans caro na praia, um tênis que deve dar pra pagar o meu carro e uma blusa que com certeza custou mais cara do que todas as minhas roupas junto. – reparei na minha roupa e estava demais mesmo e dei uma olhada nele, que estava com um short velho rasgado, chinelos e uma regata que mais parecia um pano de chão. – não consegui segurar a rizada. – Ei! Ta rindo do que?

– É verdade!

– Verdade? – ele disse confuso.

– O que você disse de mim, sou patricinha sim e com certeza com o preço da minha blusa dava pra comprar umas dez peças de cada do que você ta usando. – disse gargalhando.

– Olha como ela é, além de patricinha é marrenta. – ele disse rindo.

– To brincando Jacob, eu não sou assim não ligo pra essas coisas de dinheiro não.

– Não sei se acredito.

– É serio!

– Vai ter de me provar então. – ele disse com uma cara de quem iria aprontar.

– Como?

Jacob

Estava caminhando pela praia tinha horas que não aguentava meu pai ele vivia pegando no meu pé e dizendo o que eu tinha que fazer, nem parava pra pensar que eu tenho opinião e que a vida é minha e faço o que bem entender dela, estava perdido quando avisto uma garota sentada no canto que eu sempre costumava ficar, eu conhecia aquela garota ela era a da praia e do carro quebrado a Alice, ela era bem mais bonita do que eu lembrava resolvi me aproximar e ela só percebeu quando me sentei ao lado dela.

– Jacob? – ela disse e eu fiquei feliz dela lembrar meu nome.

– E você é a Alice não é? – disse sorrindo.

– Isso. – ela sorriu pra mim e ficou ainda mais bonita.

– Você esta bem? – resolvi perguntar ela parecia triste.

– Posso dizer que sim.

– Não ta nada. – eu lembro muito bem dela, toda cheia dos sorrisos e alegre.

– E como você sabe?

– Eu lembro muito bem de você patricinha, toda saltitante e sorridente. – chamei ela de patricinha sem perceber.

– Ei que historia é essa de patricinha?

– Vai dizer que não é? – a provoquei.

– Não sou! – ela fez bico.

– Não? Em plena sexta feira de short jeans caro na praia, um tênis que deve dar pra pagar o meu carro e uma blusa que com certeza custou mais cara do que todas as minhas roupas junto.– ela começou a rir. – Ei! Ta rindo do que?

– É verdade!

– Verdade?

– O que você disse de mim, sou patricinha sim e com certeza com o preço da minha blusa dava pra comprar umas dez peças de cada do que você ta usando. – disse rindo ainda mais, mas era uma patricinha mesmo e ainda por cima se achava, mas diferente de outras meninas assim não levei o que ela falou pro pessoal.

– Olha como ela é, além de patricinha é marrenta.

– To brincando Jacob, eu não sou assim não ligo pra essas coisas de dinheiro não. – ela disse seria dessa vez e passou uma ideia em minha cabeça.

– Não sei se acredito.

– É serio!

– Vai ter de me provar então. – disse rindo.

– Como?

– Assim oh! – disse e sem ela esperar a peguei e joguei por sobre meu ombro e sai correndo com ela pra água a jogando lá com tudo.

– JACOB! – ela disse se levantando e começando a me dar uns tapas e eu sai correndo dela e ela começou a chutar água em mim e ai virou a maior bagunça, ela me bateu mais e correu atrás de mim nos parecíamos duas crianças de tanto que riamos.

....

Edward

Estava em casa e resolvi tomar coragem e dar uma ligada pra Bella, eu consegui vencer minha vergonha e chamar ela pro baile, mas eu queria mais que isso.

– Bella?

– Oi, quem fala?

– E o Edward.

– Oi Ed, tudo bem?

– Melhor agora – consegui soltar – e você como esta?

– Bem. – ficamos em silêncio.

– Você quer ir ao cinema comigo Bella? – consegui dizer por fim.

– Eu vou adorar.

– Hoje a noite?

– Por mim tudo bem.

– Então te pego as seis pode ser?

– Claro.

– Ate lá então.

– Até e Ed?

– Oi?

– Achei que nunca ia me chamar.

– Eu também achei. – nos dois rimos e desligamos.

Já eram 4 da tarde e daqui a pouco veria Isabella e hoje eu tomaria coragem e falaria sério com ela, pois não podia perde-la ainda mais depois do que Alice me disse.

Flash Back On

Estava em casa lendo um livro pro trabalho da escola, quando Alice chega toda saltitante e molhada.

– Onde você tava maninha? – pois é Alice era minha irmã predileta.

– Na praia e adivinha com quem? Com a Bella.

– Sério? – disse com uma certa animação que não passou despercebido por ela.

– Você gosta dela né? – não consegui mentir.

– Gosto Alice.

– AI que lindo meu irmão apaixonado! – ela disse vindo me abraçar.

– Me larga Alice você ta molhada.

– Ta bom então não vou te contar uma coisa. – ela disse se levantando.

– Ah não Alice, começou agora fala.

– Lembra do carinha da reserva? O Jacob?

– Sim. – disse nervoso.

– Ta afim da Bella.

– O que? – disse me alterando e ela riu.

– Se eu fosse você tomava logo uma atitude antes que a fila ande meu irmão.

Flash Back off

Resolvi ligar pro meu pai pra pedir permissão e ele deixou e me deu o maior apoio, disse também que não ia dormir em casa e que era pra gente se cuidar aqui e não pra eu não voltar tarde e eu concordei com tudo.

Escutei barulho lá em baixo e desci e era Rose e Emm que estavam abraçados e felizes e quando me viram se afastaram rapidamente.

– Eu não vi nada – disse de uma vez – e o papai disse que não vai dormir em casa hoje e eu vou sair então a responsabilidade da casa é sua Emmett.

– Ok! Mas você vai sair? – ele disse animado.

– Vou, finalmente tomei coragem e chamei a Bella pra um cinema.

– Esse é meu irmão! – ele disse e veio me abraçar – Se você quiser eu do umas dicas e tals.

– Não precisa Emm.

– Ok então. – ele disse rindo e subiu.

– Ed fico feliz de ver você feliz assim. – Rose soltou.

– Obrigada Rose. – disse e dei um abraço nela, agente não se dava muito bem as vezes, mas Rose era minha irmã e eu amava muito. Ela subiu e eu fui ver algo na tv e escutei barulho de carro e quando me aproximei da janela pra ver quem era quase surtei, era o tal Jacob junto com Alice e os dois estavam na maior amizade e ela com uma jaqueta que devia ser dele.

Alice

Depois de muita bagunça na praia com o Jacob e mais papo jogado fora ele percebeu que eu estava tremendo de frio e me chamou pra ir na casa dele, onde me deu uma jaqueta dele e me ofereceu uma carona que eu aceitei prontamente. Ele me chamou pra entrar enquanto vestia uma roupa seca, e sua casa era pequena e simples, mas muito aconchegante. Reparei que só tínhamos nos dois lá e fiquei meia assim afinal nem o conhecia direito.

Depois de uns cinco minutos ele voltou e fomos pra minha casa e eu tomei coragem e perguntei.

– E seus pais estavam trabalhando?

– Não, meu pai foi pescar com uns amigos e ele é aposentado.

– E sua mãe?

– Deixou meu pai quando eu era pequeno e nunca mais tive noticia.

– Nossa não devia ter perguntado. – disse sem graça.

– Sem problemas marrentinha. E aquele cara moreno com a mulher de cabelo caramelo eram seus pais?

– Ele é meu pai e ela é namorada dele.

– Entendeu, separado seu pai?

– Não, a esposa dele morreu.

– A esposa dele não é sua mãe?

– Não, eu...- não sei porque mais me senti a vontade com ele – eu sou adotada.

– Desculpa eu não...

– De boa Jack. – é já estávamos de apelido, passou uma coisa na minha cabeça e eu resolvi tirar a limpo. - Você tem namorada? – ele me olhou incrédulo.

– Não tenho não e você?

– Também não. Você estuda onde Jack?

– Numa escola aqui da reserva mesmo Por quê?

– É que vai ter um baile no fim de semana que vem na escola e... – ele me cortou.

– E você queria minha agradável companhia?

– Sim. – disse com cara de derrotada.

– Eu vou com você então, mas você vai ficar me devendo uma.

Depois de alguns minutos chegamos na minha casa e Jack saiu do carro.

– Ta explicado.

– Explicado o que? – disse confusa.

– Você ser essa patricinha fresca, olha sua casa meu! – ele disse olhando ao redor – Você é rica mesmo. – dei muita risada esse garoto era um idiota.

– eu não sou rica meu pai sim.

– Só ricos falam isso. – ele disse revirando os olhos.

– Você é tão idiota.

– E você é tão marrentinha. – ele disse imitando meu tom de voz.

– Quando quiser vir me visitar fique a vontade.

– Acho que não vai ser uma boa ideia. – ele disse apontando pra porta e quando me viro dou de cara com Edward que estava cm cara de poucos amigos e braços cruzados.

– Oi Ed! – disse sorrindo. – Você lembra do Jacob não é?

– Claro que lembro. – ele disse e senti um clima chato se instalando ali, resolvi cortar.

– Bom Jacob depois te ligo pra gente combinar direitinho as coisas.

– Tudo bem marrentinha. – ele me deu um abraço – Acho que você esta encrencada. – ele disse no meu ouvido e saiu rindo e antes de entrar no carro lançou um olhar pro Ed que lançou outro de volta.

Quando ele foi embora subi a pequena escada onde Edward ainda estava parado feito estatua.

– Que historia é essa de você com amizade com aquele garoto? – só podia ser brincadeira?

– Aquele garoto tem nome e é o meu mais novo amigo.

– Como assim?

– Ai Edward depois te explico, vou tomar um banho e tirar esse sal do meu cabelo. – disse passando rapidamente por ele.