A Mãe Perfeita escrita por Williane Silva


Capítulo 14
Onde é o incêndio?


Notas iniciais do capítulo

GENTE UMA NOVA HISTORIA VEM POR AI CHEIA DE DRAMA SUSPENSE AMOR E MUITA COISA DE OUTRO MUNDO.



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– Edward?

Eu parei à porta da cabana e segurei o queixo ao ver o homem que veio me buscar para o jantar. Pela primeira vez, desde que o conhece, Edward cullen estava usando jeans. Como se não bastasse, estava usando mocassins sem meias, uma camisa branca de gola careca, aberta no pescoço, e um paletó esportivo branco. Para completar, óculos ray-ban com aros dourados.

O traje servia nele como uma luva, mas qual roupa não ficaria bem naquele homem sexy e de físico estonteante?

No entanto, ele também parecia impressionado.

– Bella?- apesar dos óculos escuros, o tom da voz revelava inegável surpresa.- Você está... fantástica.

Eu o fitei com um sorriso maroto, alisando com as mãos o vestido colante negro, de renda, que eu estava usando com meias e sapatos pretos de salto alto. Escolhe os brincos pingentes de diamantes para aquela noite e, para completar, penteei os cabelos para trás. Ora, até passei maquiagem!

– Puxa, não precisa parecer tão surpreso.

– É, bem... desculpe. Não foi minha intensão...- ele passou a mão pelos cabelos, deixando-os deliciosamente desalinhados.- É que... pensei que você gostaria de fazer um programa mais informal. Talvez jantar no píer e sair para caminhar ao longo do canal, pelas arcadas. Nunca fiz isso, mas deve ser muito interessante.

O olhar de Edward passeou pelo meu corpo, demorando seu olhar na minha perna.

– Mas posso trocar de roupa num minuto e...

– O programa parece ótima.- eu o interrompe. Dei um passo para trás o convidando a entrar.- Para sua sorte, ainda não terminei de me arrumar. Entre e fique à vontade.

Antes que ele tivesse tempo de protestar. Eu entrei rapidamente no banheiro. Sorrindo ante à ironia da situação, pois pelo menos desta vez eu estava bem vestida demais para Edward, me olhei no espelho e avaliei meu traje.

Ele estava certo: eu estava ótima, mas obviamente formal demais para o que Edward tinha em mente. No entanto, eu paguei uma fortuna pelo vestido e é a única peça realmente elegante que possuo. Quem sabe? Com algumas pequenas mudanças...

Voltei para a sala menos de cinco minutos mais tarde. Tirei o pingente e as meias pretas e troquei os saltos altos por uma sapatilha. Depois, com umas poucas escovadas, transformei o penteado em algo bem mais descontraído.

Para minha satisfação, o olhar de Edward denotava uma combinação de admiração e aprovação ao me ver.

– Não sei exatamente o que você fez, mas ficou ótimo.

– Obrigada, assim como você.

Ao ouvir o elogio, ele sorriu com um certo ar de malícia.

– Está pronto?- eu perguntei, radiante, ao pegar minha pequena bolsa de alça comprida.

– Se não sairmos daqui imediatamente, vou ficar mais do que pronto.- murmurou, enquanto eu fechava a cabana.

As horas seguintes foram as mais agradáveis que eu passei em toda a minha vida. Jantamos em um pequeno bistrô no píer. Entre frutos do mar e um vinho delicioso, Edward contou como foi seu dia. De alguma forma, isso levou a contar a respeito de sua infância, sobre como cresceu tomando conta de Emmett e Jasper no hotel que os pais mantinham na costa sudoeste de Washington. Falou também como transformou a pequena fortuna que recebeu de herança do pai em um valor suficiente para comprar seu próprio primeiro hotel-estancia. E depois de se certificar de que eu estava realmente interessada, contou as aventuras dos nascimentos de seus filhos, demonstrando um humor delicioso ao descrever sua própria falta de jeito para lidar com os recém-nascidos.

A noite nos encontrou ainda conversando. Foi esse o momento que eu escolhe para dar a grande notícia:

– Recebi uma proposta para escrever um livro.- eu anunciei, quando senti que o momento era oportuno.

Edward ficou paralisado.

– Como?

Eu não fiz nenhum esforço para esconder o meu entusiasmo e a apreensão que eu estava sentido.

– Essa editora quer que eu reedite todas as reportagens que fiz em lugares críticos como a Bósnia, Ruanda, Haiti e Rússia, tecendo comentários sobre o que estava acontecendo nos bastidores: os rumores, o moral das pessoas envolvidas, o que se seguiu, etc. É um tipo de história por trás da história. E eu disse... sim!

Durante alguns segundos Edward simplesmente ficou me olhando. Porém, em seguida, abriu um sorriso capaz de tirar qualquer mulher do sério.

– Mas isso é incrível!

– Eu também acho.

– Venha. Quero lhe oferecer um sorvete em comemoração.

E foi isso que fizemos. Cada um com duas enormes bolas em nossas casquinhas, nos pusemos a caminhar pelas arcadas.

– E então, o que acha?- perguntou Edward, enquanto caminhávamos entre as pessoas, observando as vitrines coloridas.- Está se divertindo?

– Muito.- eu disse com genuína alegria. Ambos paramos para admirar uma vitrine de cerâmica americana nativa.- Mas tenho que admitir que estou curiosa. Você não vai me contar o que inspirou tudo isso?

Ele comtemplou meu rosto.

– Do que você está falando?

– Ora, não sei. É que se estava aguardando que você me convidasse para um restaurante exclusivo, como o Harbor House. Em desses em que só se entrar de terno.

Ele mordeu o lábio e, por um instante, eu senti que tinha dito algo que o ofendeu. No entanto, a expressão indevassável se transformou em um sorriso caloroso.

– Você já me conhece bem, não é?- ele murmurou pegando minha mão.

Eu senti eletricidade pura percorrendo minha coluna quando, ao retornar a caminhada entre as pessoas, Edward me segurou pela cintura.

– E então, vai me contar ou não?

– Foi Ben.

– Ora, por que não estou surpresa?

– Ele achou que você me apreciaria mais se eu descontraísse um pouco. Então, passei o meu velho jeans...

Eu fiquei boquiaberta.

– Oh, Edward. Você passou seu jeans?

Ele seu de ombros.

– O que mais eu poderia fazer? A Sra. Rosenclay se recusou. Bem, como eu estava falando, passei meu jeans, cancelei nossa reserva, justamente no Harbor House, e que estamos nós.

– Nós íamos jantar no Harbor House? Ah não!

– Está vendo? Isso é para você não ficar dizendo ao Ben que eu sou sério e almofadinha.

– Não foi isso o que falei.- protestei.

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Tem certeza?

– Bem... não exatamente.

Os olhos cor de âmbar coruscaram.

– Mas confesso que estou curioso. Não vai me contar exatamente o que vocês conversaram?

Eu procurei me manter natural ao explicar:

– Eu estava tentando salvar sua pele, Cullen. Seu primogênito está tramando para desencalhar você, e simplesmente contei a ele por que não sou a candidata ideal. Fiz apenas algumas comparações, nada mais do que isso. Não tenho culpa se ele está mais preocupado com os seus defeitos do que com os meus.

– Isso seria verdade... se eu tivesse algum defeito.

Eu fingi que ia desmaiar.

– Por favor, meus sais! Além de perfeito, ele é modesto. Esse tipo de ego merece um prêmio. Venha, vou ganhar um ursinho de pelúcia para você.

Mostrei um estande onde um jovem que falava muito rápido demostrava usando um rifle que atirava rolhas, como era “fácil” abater os patinhos que passavam pelo mostrador.

– Para uma repórter, você é muito ingênua. Os alvos estão fixos.

Eu coloquei as mãos na cintura e o olhei com o canto dos olhos.

– Você acha que eu não sei? Mas é isso o que faz o desafio. É só uma questão de descobrir como solta-los. Observe.

Eu ajeitei os cabelos, umedece os lábios, ergue um pouco o vestido e sai meneando os quadris na direção do estande, olhei para o atendente com uma admiração proposital.

– Puxa, como você entende disso.- eu o bajulei, tirando da minha bolsinha uma nota de dez dólares, com um ar de quem tinha um QI de ostra em coma.- Será que você pode me mostrar como se faz?

O atendente me contemplou com uma expressão de gato faminto que viu um passarinho.

– Terei o maior prazer em lhe mostrar todos os meus truques.- ele ronronou, me comendo com os olhos.

PV Edward

Eu continuei onde eu estava, observado. Por um lado, me diverti com a audácia de Bella. Por outro lado, tentei conter o impulso de quebrar todos os dentes daquele fedelho metido a homem.

As sensações conflituosas aumentaram quando ela se apoiou no balcão para atirar, fazendo o vestido subir perigosamente. Eu engoli em seco, sentindo o calor subir pelo meu corpo ao contemplar o bumbum lindamente envolvido pelo tecido, como se ela não estivesse usando nada por baixo...

A onda de calor se transformou em uma labareda que ameaçou escapar ao meu controle, provocando reações sem duvida alguma primitivas. Sem que eu pudesse me dar conta, quando percebe já estava ao lado de Bella, justamente no momento em que o atendente lhe entregava o ursinho de pelúcia cor-de-rosa que ela ganhou sem esforço algum.

– Com licença.- eu arranquei o bichinho das mãos do rapaz.- Isso me pertence.

O olhar que eu lancei na direção de Bella e o modo como a peguei pela mão deixei claro que eu não estava falando exatamente do bichinho.

– Edward! O que você está fazendo?- ela indagou, rindo.- Eu só estava me aquecendo. Mais dez minutos e eu levava um ursinho para cada um dos garotos.

– Deixe os ursinhos para depois.- eu disse rispidamente, a puxando na direção do Mercedes, com um andar de predador.

– Pelo amor de Deus!- ela exclamou, estancando no meio do caminho.- Onde é o incêndio?

Eu parei e fiz algo que jamais fiz em toda a minha vida. Indiferente aos olhares espantados e divertidos, joguei o ursinho no chão e a tomei nos braços.

– Adivinhe.- eu falei entre os dentes, para então, na frente de todos em Port Sandy, beija-la tórrida e apaixonadamente, colando meu corpo ao dela. No momento em que finalmente parei para tomar fôlego, ela estava tremendo como um lustre em um terremoto.

Bella me contemplou com os olhos enevoados de desejo, brilhando como duas chamas escuras.

– Bem.- ela disse debilmente.- Acho que isto responde à minha pergunta. É melhor voltarmos para casa antes de incendiarmos a cidade.

Bella não precisou sugere duas vezes.


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Notas finais do capítulo

gente ele tá pegando fogo. alguma bombeira voluntaria para apagar o fogo dele?