Love Can Cross Countries escrita por Thay


Capítulo 5
Lembrança ou pesadelo?


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem MESMO o atraso, é que últimamente não estou entrando muito no Nyah! é o meu último ano do Ensino Fundamental... :3
Mas enfim, tomara que ainda tenha leitores >~< só espero.
Boa leitura (:



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No capítulo anterior...

"...Mas não estamos mais naquele tempo, agora a época é outra,as condições são outras e agora irá ser tudo diferente. Começarei uma nova vida diante de Peeta e ele irá pagar por ter partido o meu coração daquele jeito."

– Oi Peeta - falo cinicamente - quanto tempo não?! A última vez que eu falei com você foi por telefone, lembra?!

Quando falo isso vejo um lampejo de mágoa e decepção passar por seus olhos, mas na mesma velocidade que apareceu ele sumiu, colocou sua máscara de volta.

– Bom pessoal - fala se levantando e me ignorando totalmente - a viagem foi cansativa, já vou me deitar. Com licença - e foi logo se retirando, mas quando ele já estava na metade do caminho do corrdor eu gritei:

– Vai covarde, foge! Mas saiba que não acabou por aqui, você ainda vai ter o que merece.

– Tá louca Kat?! Pra que tudo isso?

– Você ainda não viu nada Glimm... - responde Clo.

– Vou transformar a vida dele num inferno - completo.

x-x-x-x

Acordo com um mau humor descomunal, talvez seja porque um certo loiro do quarto ao lado ficou escutando musica a noite inteira. O pior é que era uma musica bem agitada.

– Kat levanta! Você está atrasada - grita Glimm com a voz abafada por causa da porta.

– Já vou - respondo.

Levanto parecendo um zumbi e me rastejo até o meu banheiro. Ligo o chuveiro, me dispo e entro no box. Quando sinto a água no meu rosto é como se eu tivesse levado um choque.

"Você está atrasada" grita o meu subconsciente com a voz da Glimmer.

Tomo banho rapidamente. Me seco e coloco uma calça jeans, uma blusa branca e um casaquinho. Calço o meu All Star.

Pesco a minha bolsa e lá dentro vou enfiando tudo o que preciso, celular, carteira, chave, etc.

Quando saio do meu quarto vejo Peeta sair do seu.

– Pelo visto acordou tarde hoje - provoco.

– E você está atrasada - revida.

Bufo e saio correndo pra escada atropelando ele, tranco a porta e vou andando em direção ao ponto de ônibus. Dou uma olhada no cronograma e vejo que o próximo ônibus que vai até a rua da lanchonete passará aqui daqui a 30 minutos.

Sento no banquinho que tem aqui no ponto de ônibus, ele já está sem cor e despedaçando por causa do tempo, mesmo assim sento porque saí correndo de casa.

Depois do que acho ser uns 10 minutos aparece um carro preto e para bem no ponto, não reconheço aquele carro mas quando o motorista abre a janela fecho a cara na hora.

– Entra aí logo Katniss - fala tirando o óculos e mostrando seus olhos azuis - o ônibus ainda vai demorar pra passar, e eu sei o quanto está atrasada.

– Porque eu iria querer ir com você? - pergunto.

– Eu não vou fazer nada de ruim pra você e também hoje vou ficar o dia inteiro sem fazer nada. Mas se você não quiser ajuda tá bom - falando isso, coloca seus óculos escuros de volta e começa a ligar o carro.

– Ok - digo vencida - também não quero enfrentar um ônibus lotado com gente fedendo a catinga - falo abrindo a porta - e se você tentar algo, saiba que grito bem alto e tenho um spray de pimenta - digo sentando no banco.

– Ok, dona Não-rela-em-mim-se-não-lhe-taco-o-spray - fala sarcásticamente.

Ele arranca o carro e me leva até a lanchonete, o caminho todo percorremos em silêncio. O único som era do trânsito lá fora e da suave música que tocava no rádio.

– Tchau - falo quando saio do carro.

Ele nem tem tempo para responder porque logo em seguinda já fecho a porta do carro e vou correndo para os fundos da lanchonete. Entro pela porta dos funcionários epego o meu uniforme. A lanchonete está cheia hoje, e pelo visto teremos trabalho em dobro hoje.

x-x-x-x

O espediente já acabou e já são 20:30, até chegar em casa 30 minutos de ônibus... Nessas horas que eu estava precisando de um carro, mas com a minha condição financeira só vou conseguir ter um em dois mil e nunca!

– Chefinho, já posso ir embora? - falo com manha para o meu chefe, Cinna.

– Pode ir sim Katniss - responde ele com um pequeno sorriso - ainda bem que hoje você não fez drama - fala gargalhando dessa vez.

Eu só fecho a cara, cruzo os braços e mostro a língua, um gesto infantil, mas muito usado por mim quando eu finjo que estou brava, mas na verdade só estou brincando.

– Até amanhã Ceaser.

– Até, Katniss.

Saio em disparada porque estou em cima da hora para pegar o ônibus.

Quando chego em casa todos já jantaram e Peeta se trancou em seu quarto. Enquanto o resto estão espalhados pela sala.

– Como assim vocês deixaram só isso pra mim? - grito da cozinha.

– Quem mandou voltar tarde Kat! - responde Clo.

– Eu estava trabalhando, pra pagar a merda das contas pra vocês bando de vagabundos.

– Olha lá, eu também trabalho nessa casa - fala Cato.

E todos que estão na sala respondem "Eu também". Fazendo com que eu fique sem argumentos e só grito de volta um "Ok".

Como arroz, purê de batata com carne e salada.

Quando termino vou tomar banho. Levo as coisas necessárias e começo a minha higiene. Terminando o banho já estou morta de cansaço. Nem desço na sala e ja vou deitar para dormir, esquecendo de desligar tudo

A única coisa que eu lembro é a Clo entrando no quarto me cubrindo, desligando a luz e indo embora. Depois disso não vejo mais nada, só a escuridão do sono me consumindo.

Estou em um campo todo florido, me lembra com o parquinho onde eu, Peeta e Mad brincamos pela primeira vez, só que com mais flores.

Lembro que nesse dia eu caí e ralei o joelho e Peeta teve que me levar até em casa para cuidar do ferimento.

Depois daquele dia sempre brincávamos lá. Uma lembrança linda, gostosa de se ver.

Vou andando entre as flores, estou descalça e com uma roupa leve. Sinto as folhas fazendo cócegas em minhas pernas e a brisa batendo no meu rosto como um chicote, mas suave.

De repente tudo escurece, as lembras se desmancham, e fica tudo escuro, relâmpagos, chuva, uma tempestade...

O vento começa a ficar mais forte, não consigo ficar no lugar e nas pequenas flores nascem espinhos, rasgando toda a pele da minha perna.

Com a dor caio no chão, e os espinhos rasgam a pele da minha mão e braços, vejo o sangue quente escorrer e pingar, manchando as flores que ali estão. Sinto uma dor descomunal.

As flores com os seus espinhos começam a crescer, enrolando em volta de mim, me esmagando, espremendo, uma das plantas adentra o meu corpo e toca o meu coração, fazendo o pulsar mais forte, depois o espreme e rasga, não consigo fazer nada, nem chorar, nem gritar, é como se a minha voz tivesse sumido.

Estou sufocada e não sei o que fazer. Não consigo morrer em paz, ele não deixa, me faz sofrer.

E assim, aos poucos, com muita dor e sofrimento, a minha alma consegue deixar o meu corpo, só que ela ainda fica presa neste mundo, onde só existe injustiça, mágoas, amargura, onde os nossos sentimentos são expostos se não o guardamos à sete chaves. Onde nós somos os fantoches e quem manda é aquele que está no poder disso.

Acordo suada, foi só um pesadelo, nada grave, talvez isso um dia ainda acabe. Volto a dormir, com medo, mas durmo.


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Notas finais do capítulo

Então tomara que tenham gostado do capítulo, tive que me esforçar para poder passa para um lado um pouco mais "dramático". E gostaria de suas opniões, deixem comentários ^~^
Não vou poder prometer quando postarei de novo, mas em breve (:
Bjs, Kah...



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