Os Deuses Também Olham Por Bastardos escrita por AStoneBird


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu quero agradecer por lerem a fic e me manter motivada com seus comentários, favoritando e com as recomendações.
Eu fiquei muito feliz com as recomendações, me mostrou que vocês realmente estão gostando e isso me deixou orgulhosa(sem querer me achar, longe de mim).
A fic tá tomando uma reta final, só com mais dois capítulos previstos. Eu sei que foi curta, mas tudo o que é doce acaba um dia pra te manter forte.
Espero que gostem do 8º Capítulo tanto quanto gostaram dos outros.

Beijos da Menina de Vermelho ;*



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Jon voava quando ele viu a criatura se dirigindo para à Muralha com o enorme chifre branco. Quando ele o tocou já era tarde demais para Jon atacar. O som era de destruição e cortou a noite como uma espada. Por meio segundo ele pensou que nada aconteceria, mas então a Muralha começou a chorar e logo em seguida ele viu alguns patrulheiros caírem quando escorregaram no gelo derretido. Grandes pedaços de gelo caíram esmagando tudo aos pés da grande muralha de gelo.

Ele não sabia que o fazer, tentou pegar os homens que caiam, mas o dragão não aguentava muito peso, só consegui salvar meia dúzia. Em um minuto a Muralha de 200 metros de altura não passava de uma longa linha de gelo derretido. Milhares de homens e centenas de mulheres estavam mortos embaixo de pedras de gelo. Alguns haviam conseguido sair antes da queda e fugir com alguns cavalos, os que salvara também e agora estavam correndo com os cavalos para Winterfell.

Daenerys. – ele só conseguia pensar na esposa grávida que ficar no castelo.

As Criaturas agora se arrastavam pelo o gelo que um dia fora a muralha. Eles eram lentos, mas eram muitos. Parecia que haviam se multiplicado um milhar de vezes essa noite, mais e mais saiam da floresta sem parar. Ele tentou atrasar eles com fogo, mas eles estava por todos os  lugares. Somente quando colocou fogo na entrada da Mata de Lobos eles recuaram.

Voou de volta para Winterfell e quando desmontou viu que todo o castelo já estava de pé, com espadas ou qualquer coisa que servisse de arma nas mãos, e preparando os cavalos. Mas tudo o que Jon viu foi Dany, que estava com dois bebês nos braços. Era um menino com os cabelos claros como os de Dany e uma menininha com os cabelos escuros como os dele.

– O nome dele é Rhaegar e o dela Lyanna. –  ela entregou a linda menina enrolada em peles para Jon. –  eles foram feitos para ficarem juntos, não importa como ou quando.

Jon queria ficar ali para sempre, mas tinha muito o que fazer. Mandou corvos para todo o reino avisando que a Muralha havia caído e o que estava se arrastando o para o reino. Mandou reunirem toda a comida do castelo e se prepararem o para a partida.

100 mill pessoas guardavam a muralha, 100 conseguiram escapar quando ela caiu e chegar a salvo em Winterfell. O dia não chegou depois disso. O inverno faria seu primeiro ano em escuridão.

Todo o Norte se dirigia rapidamente para o Sul, todas as Casas foram abandonada e grandes obstáculos de fogo foram erguidos, mas ele sabia que não durariam para sempre. Os dragões de pedra voavam durante todo o tempo na retaguarda e Jon revesava o comando, contra a vontade dele, com Daenerys. Foram dias e mais dias lutando contra a neve do inverno e contra os Outros e as Criaturas até chegarem ao castelo que um dia pertenceu aos Frey.

A casa tinha sido extinta pelo nortenhos meses antes. Quando Jon foi nomeado Rei do Norte e Lady StoneHeart se juntou a ele, todos se juntaram a eles na marcha contra a Casa Frey das Gêmeas. O Norte se lembra. Era agora o lema da Casa Stone Heart, que agora pertencia ao líder da Irmandade Sem Bandeiras, Thoros.

– Precisamos ganhar o Sul antes de levantar todas as espadas contra os Outros. –  Tyrion falava no conselho. Ele era um homem pequeno, mas tinha uma sombra enorme de grandeza. Jon começara a gostar mais do anão e respeitava suas sugestões, ele se mostrou ser o único Lannister que não merecia morrer.

– E como pretende fazer isso? –  Dany perguntou. –  Precisamos fazer algo rápido, não podemos fugir para sempre, mas também não podemos entrar em guerra com o Sul agora. Essas coisas são lentas, mas mais cedo ou mais tarde eles chegaram até nós.

– Se Vossa Graça me permite, use dragões para tomar o Trono de Ferro diretamente. –  ele levou a pequena peça de dragão até Porto Real. –  Um dia sem dragões aqui não nos matará. Tome o castelo, pegue Cersei e todo aquele maldito conselho, e sente no Trono. Só lhe peço duas coisa.

– E o que seria? – Jon perguntou. O anão virou para ele e o encarou com seus olhos diferente, um com ódio e o outro com clemencia.

– Poupe meu sobrinho, ele não tem culpa alguma nessa história, mas me traga minha doce irmã ainda viva. – ele sorriu com a ideia. –  Tenho uma divida com ela, e como deve saber: "Um Lannister sempre paga as suas dividas."

*

Dany voava nas costas de Drogon e Jon nas de Rhaegal. Tyrion havia mandado covos para Ponta Tempestade com instruções para que se dirigissem para Porto Real com toda a força e o cerco já estava montado.

Quando os dois dragões chegaram viram que a cidade estava vazia, o castelo fechado com guardas em todas as muralhas. Ela conseguia sentir o medo de cada guarda de longe, a mensagem de que eles queriam conversar fora enviada e meia hora depois um homem saiu do castelo montado em um cavalo, Dany e Jon foram encontra-lo na metade do caminho montando cavalos.

– Eu sou Mace Tyrell, Mão do Rei. – a rosa em sua armadura era de pedras de Jade e ouro, ela brilhava no sol da manhã sem nenhum arranhão de batalha.

– És um homem sábio, Mace Tyrell? – Dany perguntou olhando para o olhar vacilante de Mace ao encontrar os dragões a menos de 100 metros de onde estavam. – Sabe o motivo de estarmos aqui?

– Sim, sei. – ele não tinha muitas palavras depois de ver os dragões.

– Você renderá o castelo antes do meio-dia. –  Jon falou para o velho Senhor. Mace tirou os olhos dos dragões e olhou horrorizado para ele. –  Depois mandará Tommen como refém para nós e Cersei e todo o conselho para o Grande Salão, onde devem aguardar nossa chegada.

– Vocês devem estar loucos se acham mesmo que vamos nos render. – ele falou com raiva na voz.

– O Senhor sabe o lema de nossa casa? – Dany perguntou sorrindo com ameaça, o homem pareceu perceber o que ela quis dizer.

– Fogo e Sangue. – ele respondeu cautelosamente.

– Se não se renderem Drogon fará com esse lugar o mesmo que Balerion fez Harrenhal. Com todos vocês dentro. – ela disse com ameaça em cada palavra.

*

Mace Tyrell rendeu o Castelo uma hora depois, abrindo a portas e entregando o pequeno Tommen.

Quando Daenerys Targaryen entrou no Grande Salão e viu o Trono de Ferro, sentiu pena de seu irmão que sonhou por toda a vida sentar naquela monstruosa cadeira. Não havia os ossos de dragões no salão que Viserys tanto falava e o Trono era assustador, mas Jon estava ao seu lado.

Todos da sala se virarão para a eles quando entraram, Cersei Lannister se destacava de todos. A mulher estava toda de vermelho e dourado, as cores de sua casa, e levava uma expressão de superioridade em seu rosto.

Jon deveria sentar no Trono de Ferro, mas ele lhe disse que não queria comandar os Sete reinos, que aquilo pertencia à ela. Ela segurou seu braço durante todo o percurso, mas subiu sozinha os degraus até o topo. Quando sentou na fria e desconfortável cadeira sentiu o poder e o medo lutando em seu peito, ela pensava em Rhaegar e Lyanna, seus lindos bebês que vinham para o sul nesse momento fugindo das criaturas.

– Todos sabem quem eu sou. Sei que esperavam que meu marido, Jon Targaryen, subissem nesse trono, mas o Reino será governado por uma mulher. – Sua voz ecoou no Salão, ninguém falou, mas a surpresa estava em suas faces. Cersei sorria como se ela tivesse uma piada feita para esse momento. Dany continuou. – Também sei que meu pai não foi um bom rei, mas não posso ser culpada por isso. Vivi longe de Westeros durante a maior parte de minha vida, mas faz um ano que estou de volta, venho lutando no norte contra criaturas que muitos juravam ser lendas da Era dos Heróis. Mas eu lhes garanto, elas são reais. A única coisa que as mantinha longe do reino era a Muralha, mas ela caiu.

O salão foi imerso em palavras sussurradas.

– E agora esses criaturas se aproximam com um único objetivo: matar. – o salão entrou em um silêncio profundo, ela sabia que estavam pensando a respiração. – Mais de cem mil homens e mulheres morreram nesse ano tentando manter esses monstros longe de seus filhos, mas infelizmente falharam. Nós falhamos. Mas agora lhes peço para juntar suas forças para lutar contra nosso verdadeiro inimigo. Não peço que lutem por mim, mas sim que lutem pelo seu reino, por suas vidas.

Ela sabia que havia ganho quando todos os pequenos senhores da corte  gritaram seu nome e o de Jon.

– Voltem para suas terras e juntem seus homens, marche para o norte atrás de nós.

Quando ela desceu a escada do trono e pegou o braço de Jon mais uma vez, sentiu-se vitoriosa. Mas mesmo assim sentia medo.
"Temos que por um fim nessa guerra ou morreremos tentando."

...

Mais de 100 mil homens marchavam para o norte quando eles montaram nos dragões em direção à Pedra do Dragão. Jon queria mais obsidiana, mas quando viram a ilha de longe esse fora seu último pensamento.

A grande montanha vulcânica estava destruída e aos seus pés um enorme dragão estava deitado.

Ele devia ter mais de 50 metros e era vermelho. Dany se lembrou-se das palavras da menina de vermelho em seu último sonho.

"Sabia que tem uma história sobre um dragão adormecido em Pedra do Dragão?!"

O dragão levantou a cabeça quando eles voaram sob ele, mas não deu sinal de que atacaria. Ela andou até ele com cautela, Jon sempre ao seu lado.

Ele parecia ainda meio adormecido quando ela tocou nele. Ele era mais quente que seus dragões, mas era mais dócil que seus filhos selvagens.

– De onde ele veio? – Jon perguntou atrás dela.

– Havia uma lenda sobre um  dragão adormecido pela Antiga Valíria na montanha do vulcão que só seria despertado pelo verdadeiro herdeiro de Valíria. – Viserys lhe contara essa história uma única vez a muito tempo. – Ele viria para ajudar em um momento de muita necessidade.

– Acho ele que veio em boa hora. – ele falou tocando no dragão com os olhos cheios de surpresa e curiosidade. – Mas à quem ele obedece? Um dragões só obedece seu montador.

O dragão de cinquenta metros levantou voou quando Jon falou, mas desceu quando Dany pediu que o fizesse. Ele obedecia a eles, mas não aceitou ser montado.

Ele voou com eles até o Tridente e ficou dócil no acampamento, mas não foi montado. Ele não precisava. Ele sabia o que fazer.

*

Seu dragão finalmente foi libertado, mas eles tinham pouco tempo e ela temia o pior. Mais uma vez o destino na humanidade está com os humanos, mas dessa vez ela não estava certa. O futuro não passava de um emaranhado de possibilidades e ela não conseguia determiná-lo com clareza. Se sentia cega.

Ela montava o dragão, teve que sacrificar Viserion para que seu dragão entrasse no jogo. O dragão tem três cabeças.

Ainda se sentia como se fosse hoje que fazia o dragão adormecer no vulcão com ajuda dos feitiço da Antiga Valíria.

Ainda se sentia culpada por amar e por não abrir mão do dia em que viveu seu amor.

O encontro das forças foi em Harrenhal, com exceção de Dorne, que chegaria em um dia, vindo do Sul. Meio soterrado em neves o conselho se reuniu quando Dorne chegou com todas as suas lanças. Quase duzentos mil guerreiros acampava sob a neve do Olho de Deus, o grande lago estava congelado com o frio e mesmo com as fogueiras os homens ainda tremiam.

Cerca de cinquenta Senhores estavam no barracão falando sobre como seria o melhor modo de atacar. Tyrion estava sentado no lugar de honra da Mão ao lado do Rei e da Rainha. Melisandre estava em um canto observando as chamas me pedindo para que lhe mostrasse algo. Jon e Daenerys escultavam todas as opções, mas ninguém sabia o que fazer com seu dragão vermelho, não sem um montador... visível.

Ela estava ao lado de Fantasma, o grande lobo branco era o único que conseguia vê-la com seus olhos vermelhos. Ela passava a mão por seu pelo branco como a neve enquanto tentava ver qual das opções de ataque dariam certo, mas nenhuma funcionaria.

Ela sentia medo. Medo de falhar mais uma vez, de não conseguir. Agora mais que nunca, desejava Azor vivo para derrotar essa escuridão mais uma vez. Mas só tinha Jon, Dany, os dragões e os exércitos. Ela tinha que decidir o futuro.

Andou até Melisandre e suas chamas, mostrando para sua serva o que deveria ser feito.

Enquanto A Mulher de Vermelho contava o que viu nas chama para o conselho de guerra, ela voltou a vislumbrar o futuro... Mais uma vez o destino os manterá fortes.


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Notas finais do capítulo

Qual o seu plano de ataque contra os Outros e as Criaturas?
Conta ai, vai que é melhor do que o meu...



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