Entro no quarto, vendo Elena deitada na cama, ainda pálida. O marcador do compasso do coração não estava respondendo e Matt e a enfermeira tentavam reanimá-la com AMBU. Vejo que em pouco tempo fizeram alguns exames rápido. Coloco o meu jaleco e me aproximo, observando-a. Logo, Matt tenta o choque duas vezes, até que o compasso do coração começa a apitar normalmente. Suspiro de alívio, me sentindo três vezes mais leve.

-Obrigado. – agradeci Matt, abraçando-o forte.

-Não foi nada. Ela vai ficar bem, não se preocupe.

Matt e a enfermeira saem e então eu seguro a mão de Elena, beijando e acariciando-a. Me apoio no braço da cama, ainda segurando sua mão e fico observando seu rosto angelical adormecido. Sua pele começa a ficar mais corada e seus lábios, novamente rosados.

-Damon? – ouvi-a murmurar baixo e então abrir os olhos.

-Sim, eu. – sorri, apertando sua mão.

-Eu morri? – perguntou com a voz ainda fraca, um tanto quanto irônica.

-Não, você está viva agora.

-Minha garganta dói... – resmungou, franzindo a testa.

-Você foi enforcada... - Digo diretamente.

-Cadê o Natan? Ele tá bem? – sussurra.

-Sim, ele está com a sua mãe. – acariciei seu rosto. – Você me deu um baita susto... Não faz mais isso.

-Ah é? – ela sorri fracamente. – Ficou preocupado comigo?

-Eu quase morri! Fiz uma baita cena lá fora! – sorrio.

-Eu te amo tanto... Eu não te mereço mesmo. – ela estendeu o braço para acariciar meu rosto.

-Claro que merece. Você faria o mesmo, não é? – Vejo-a sorrir e então beijo sua mão e acaricio-a, deitando ela novamente em cima da sua barriga.

-Amor... Cadê a minha mãe?

-Por aí, na cidade. – abro um sorriso repentino pelo alívio.

-Sério, onde ela está?

-Daqui a pouco ela está aí, não se preocupa amor... Relaxa.

-Pega água pra mim então? – Elena tosse.

-Claro... – saio do quarto e encho um copo de água no bebedouro do corredor.

-Ela já tá acordada? – perguntou Dr. Matt com uma planilha em mãos.

-Sim, só está com dor na garganta, por causa da corda.

-Pois é. Ainda bem que você apareceu a tempo ainda, se não você poderia deixar em risco a vida delas. – ele sorriu.

-Calma aí. Elas? – Fitei-o.

-É, Elena está grávida. Não sabia?