Segredos do passado escrita por Melissa do Carmo


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal, td bem??
Me desculpem a demora pra postar o capítulo, mesmo a escola estando em greve eu ando sem tempo para postar, me desculpem mesmo... mas ai esta o próximo cap, espero que gostem...
*Boa Leitura!*



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Alguns meses depois que eu e Sophia começamos a namorar Quíron mandou me chamar na Casa Grande.

–Olá Quíron, mandou me chamar?

–Sim, Pedro mandei, seu pai tem uma missão pra você.

–Sério? Qual?

–Encontrar um colar de Atena e devolve-lo

–Um colar de Atena? Por que é tão importante?

–Digamos que tem um poder especial

–O que ele faz?

–Aquele que o usa adquire sabedoria para fazer aquilo que quiser e não fracassar.

–Ruim, muito ruim, mas como eu o recupero?

–Você não, apenas uma criança de Atena pode recupera-lo

–Então eu tenho que escolher alguém do chalé 6 para ir comigo?

–Na verdade que vai com você é a Sophia, mas isso claro se ela aceitar.

–Por que ela? Eu não vou leva-la, se eu levar ela nessa missão vou colocar ela em perigo e eu não posso fazer isso.

–Não deixe suas emoções impedir que você cumpra seus deveres Pedro.

–Mas...

–Vou mandar chama-la enquanto você visita o oráculo, se ela aceitar é ela quem vai com você, você queria ou não, caso contrário você poderá escolher outro acompanhante do chalé 6.

***

Enquanto Sophia não chegava fui ao oráculo saber a profecia dessa missão. Quatro lances acima, a escada terminava embaixo de um alçapão verde. Puxei o cordão. A porta se abriu e uma escada de madeira caiu ruidosamente no lugar. O ar morno que vinha de cima cheirava a mofo, madeira podre e serpentes.
O sótão estava atulhado de sucata de heróis gregos: suportes de armaduras cobertos de teias de aranha; escudos outrora brilhantes cheios de adesivos dizendo ÍTACA, ILHA DE CIRCE E TERRA DAS AMAZONAS. Sobre uma mesa comprida estavam amontoados potes de vidro cheios de coisas em conserva – garras peludas decepadas, enormes olhos amarelos e diversas outras partes de monstros. Um troféu empoeirado na parede parecia ser uma cabeça de serpente gigante, mas com chifres e uma arcada completa de dentes de tubarão. Uma placa dizia: CABEÇA N. 1 DA HIDRA, WOODSTOCK, N.Y., 1969.
Junto à janela, sentado em uma banqueta de madeira com três pernas, estava o suvenir mais pavoroso de todos: uma múmia. Não do tipo enfaixada em panos, mas um corpo humano feminino, ressecado até ficar só a casca. Usava um vestido de verão estampado em batique, com uma porção de colares de contas e uma bandana por cima de longos cabelos pretos. A pele do rosto era fina e parecia couro por cima do crânio, e os olhos eram fendas brancas vítreas, como se os olhos de verdade tivessem sido substituídos por bolas de gude; devia estar morta fazia muito, muito tempo. Assim que cheguei perto da múmia Uma névoa verde jorrou da garganta da múmia, serpenteando pelo chão em anéis grossos, sibilando como vinte mil cobras. Dentro da minha cabeça, ouvi uma voz, deslizando por um ouvido e se enroscando por meu cérebro:
Eu sou o espírito de Delfos, porta-voz das profecias de Febo Apolo, assassino da poderosa Píton. Aproxime-se, você que busca, e pergunte.
A múmia não estava viva. Era algum tipo de receptáculo horripilante para uma outra coisa, o poder que girava em espiral à minha volta na névoa verde. Mas sua presença não parecia maligna, Era mais como antiga, poderosa e, sem dúvida, não-humana.

Quando finalmente reuni coragem, perguntei:

– Qual é o meu destino?

A névoa rodopiou, mais densa, juntando-se bem na minha frente e em volta da mesa com os potes que continham partes de monstros em conserva. De repente a névoa toma forma, era uma mulher, era bonita por sinal, levei um susto quando a reconheci era Atena, antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela começou a falar na voz do oráculo:

– “Três campistas para o norte partirão,

E uma alma amiga vocês encontrarão.

A coruja e o sátiro, o caduceu ajudarão,

E no final todos vivos voltarão.

Pelo amor um escapará,

E por isso ninguém perecerá.”

A figura de Atena começou a se dissolver. De início fiquei atordoado demais para dizer alguma coisa, mas quando a névoa recuou, enrolando-se como uma enorme serpente verde e deslizando de volta para dentro da boca da múmia, eu gritei:
– Espere! O que quer dizer? Que alma amiga?

A cauda da serpente de névoa desapareceu na boca da múmia. Ela se reclinou de volta contra a parede. A boca fechou-se bem apertada, como se não tivesse sido aberta em cem anos. O sótão ficou silencioso de novo, abandonado, nada além de uma sala cheia de suvenires.
Tive a sensação de que poderia ficar lá parado até juntar teias de aranha também, e não ficaria sabendo mais nada.
Minha audiência com o Oráculo estava encerrada.

Voltei para a sala onde Quíron estava, sentei em uma poltrona e lhe contei a profecia, assim que eu disse a última frase Sophia entra e fala com Quíron, ela tinha um sorriso até Quíron apontar para mim, pelo jeito ela não tinha me visto ainda porque assim que bate o olho em mim seu sorriso some e vejo surpresa em seu rosto que logo depois se transforma em preocupação, imediatamente ela corre até mim e pergunta o porquê de eu estar triste, logo explicamos tudo pra ela e ela decide que iria na missão comigo, eu até tentei falar com ela, mas ela estava decidida que iria comigo e que não mudaria de ideia. Depois fomos procurar James e falar com ele sobre a missão que ele aceita ir sem questionamentos, logo fomos para meu chalé e dou de presente a James e Sophia umas mochilas que meu pai mandou assim que Sophia chegou o que a deixa um pouco irritado por eu não ter falado nada, mas logo nos entendemos e cada um vai para seu chalé arrumar nossas coisas pois Quíron disse que partiríamos ao pôr do sol...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e mais uma vez me desculpem pela demora...
Beijos ate+



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