Armageddon escrita por Acídia


Capítulo 2
Inesperada Parceria


Notas iniciais do capítulo

Bora bora ler !!
Que tenha ficado legalzito esse capitulo
e obg por acompanhar

Boa leitura !



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– Acorde, por favor, acorde. Eu balançava a garota para ver se ela despertava, vi se ela tinha pulso, não estava morta, porém desmaiada ela não acordava de jeito nenhum. Ainda ajoelhado na calçada da casa dela, peguei-a no colo, era aparentemente pesada. Segui pela varanda de sua casa, a porta estava aberta, coloquei-a no sofá, ela estava toda arranhada, e com a queda acabou com um ferimento na testa.

Adentrei um pouco mais a casa, procurando um banheiro, tinha de haver algum kit de primeiros socorros. Por fim segui um corredor comprido e achei o lavabo, dentro de um armário lá estava. Peguei o que precisava e voltei para a sala.

Quando notei que a figura desmaiada não estava mais lá, eu procurei nos dois primeiros cômodos, e não achei ninguém, quando subi as escadas da casa no último degrau, levei uma pancada nas costas que me fez fraquejar de dor, me virei para ver o que estava acontecendo ali. A garota estava segurando um taco de golfe nas mãos.

– Mas que diabos, você está fazendo? – Perguntei.

Ela estava tremendo, suor descia pelo seu rosto, o taco ainda estava em posição.

– Você não trabalha pro FBI, não é ? O que está fazendo aqui, o que foi aquela coisa lá fora?

Eu não sabia o que dizer, e nem o que fazer, fiquei parado olhando pra baixo, ela não acreditaria em mim, e eu não devia satisfações a ela.

– Eu pensei quer dizer, eu vi aquilo lá fora, você sabe. Essas coisas existem mesmo?

Encostei-me à parede, a dor nas costas estava insuportável. Olhei para ela e respondi:

– Era um Lobisomem, nós estamos no ciclo da lua cheia, ele iria arrancar seu coração, mas hesitou, acho que ele sabia que eu estava lá.

– Certo, me dê um minuto para digerir tudo isso, eu era supostamente sua ‘’ isca’’, você sabia deveria ter me alertado. – Ela levou a mão ao corte em sua testa, estava sangrando, ela limpou a mão na camisa branca.

Eu não iria pedir desculpas por nada, eu ajudei-a isso já era muito, eu só queria dar as costas e ir embora.

– Olha moça, eu tenho que ir, apenas se cuide certo.

Ela já havia abaixado o taco, e estava me olhando incrédula, então indagou:

– ‘’MOÇA’’.Serio? , cara eu acabei de ser atacada por um filho da mãe, você não acha que eu mereço mais explicações?

– Eu não tenho tempo pra isso, eu mal te conheço, e se me dá licença, já está na minha hora. – Virei às costas e desci o lance de escadas , ela não me seguiu, ultrapassei a porta da entrada, entrei no meu carro, e dirigi até o motel.

* * *

Eu me sentia cansado, amanhã teria de voltar a caçar o Lobisomem, procurar mais, ele poderia ser qualquer um, e já estava quase terminando a lua cheia, era minha última oportunidade.

Eu odiava quartos de motéis, eram horríveis, porém quando deitei hoje senti que o cansaço estava me consumindo e dormi pesadamente por 5 horas.

Já era 07h00 quando me levantei, tomei banho, pronto para ir buscar o café da manhã, quando ouço as batidas na porta do quarto. Peguei minha arma e coloquei atrás da calça. Abri a porta.

– Olá Sr. Bones .

A medica legista da noite anterior estava parada a porta do quarto, com um curativo nada sutil na testa. Ela me olhava séria e parecia estar com pressa, usava um jaleco branco e calças também, tinha uma trança em seus cabelos loiros mal arrumados.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei insatisfeito com a visita repentina.

A mesma passou do meu lado entrando sem pedir licença.

– É você com certeza não trabalha pro FBI. – Ela olhou com desprezo para o quarto pouco desarrumado.

– Eu trouxe um laudo, de mais uma vitima morta hoje de manhã. O corpo estava ileso, porém, sem coração. – Isso não te parece com algo?

Peguei o papel da mão dela, passei os olhos rapidamente, era com certeza mais um ataque.

– E mais uma coisa, eu tenho um vizinho o nome dele é Nico di Ângelo, eu não o conheço muito bem, ele se mudou semana passada. Vi ele chegando hoje pela manhã, e estranhamente ele estava com a camisa rasgada cheia de sangue. Seja lá o que você for, pare logo o que está acontecendo, pessoas inocentes estão morrendo.

Eu olhei para ela, parecia estar me dando uma ordem, eu sei fazer o meu trabalho poderia muito bem ter achado o cara.

– Olha moça, você não precisa se envolver, obrigado pela ajuda, mas eu trabalho sozinho.

Ela me olhou com o rosto enrubescido. Então me disse com um tom zombeteiro:

– E quem disse que estou trabalhando com você? É só para avisar é A-N-N-A-B-E-T-H. Eu só quero que as mortes parem, e por acaso eu nem sei seu nome verdadeiro.

A garota era intrometida, mais era franca então decidi fazer o mesmo.

– Percy Jackson, eu...caço coisas. Eu percebi que falando soa um pouco idiota.

– Ótimo, então apenas faça seu trabalho Jackson. Ela colocou as mãos dentro do jaleco e se virou, estava saindo e disse ‘’ Boa sorte ‘‘.

Naquele momento percebi que monstros eram mais dóceis do que pessoas.

* * *

Esperei anoitecer, chequei se tudo estava de acordo, já passava das onze, peguei o carro e fui diretamente para frente da casa do tal di Ângelo, passando também pela frente da casa da garota intrometida. Parei do outro lado da rua, perto de uma grande árvore e fiquei esperando até ele sair para festa. Horas se passaram nada acontecia, eu ouvia o vento assobiar aquilo foi me dando sono. Fui fechando os olhos, até quando...

– SANTO CRISTO !!! – Dei um pulo no banco do carro, senti meu coração acelerar.

– Dormindo no serviço caçador? – A visão da criatura loira na penumbra pareceu sinistra, ela entrou no banco do carona.

– O que você está fazendo aqui?

– Cara aquilo me atacou apesar de ser meu vizinho, temos de dar um fim nele.

– Você está louca, você quer morrer não é. Pois bem faça isso bem longe de mim.- Eu olhei pra ela, mais ela fingia não estar ouvindo, parecia atenta a entrada da casa do Lobisomem.

– Estou falando sério, vai pra sua casa eu dou conta disso, eu não preciso de ajud... – Ela me interrompeu sem rodeios.

– Cala boca mãe, olhe está vendo . – A mesma apontou para uma coisa desfigurada saindo pela janela do segundo andar da casa.

Ela já ia saindo do carro, quando segurei seu braço.

– Você fica. Eu já volto vai ser rápido.

Ela me olhou com muita, muita raiva. Eu peguei uma algema dentro do porta-luvas envolvi em seu punho junto com o volante do carro. Ela não protestou, isso me deixou um pouco preocupado.

Sai do carro com a arma, me aproximei o bastante para ter uma visão nítida do lugar em que o lobisomem desceria. Atrás do cercado escutei passos rápidos, fui atrás dele.

A coisa era rápida, ele percebera minha presença com o barulho dos gálios, ele havia parado, eu tinha duas balas de prata teriam de ser certeiras. Eu mirei o melhor que podia, e até me aproximei mais um pouco. A fera, porém em um milésimo de segundos viera a meu encontro, baterá em minha mão fazendo a arma ir para longe. Eu tentava me desprender das garras enormes, e dei até alguns socos, mas sem sucesso. Eu estava com cortes profundos agora, quando ele tocou a ponta das garras no lado esquerdo do meu peito, ele começou a aprofundar e eu senti o sangue começar a fluir para fora, eu já estava sem forças, e não sabia mais o que fazer. Quando me surpreendi com o estalo da arma e o cheiro de pólvora que enchia o ar da noite.

A fera caíra sobre mim, e a garota estava de pé com a arma nas duas mãos um pouco trêmula com os olhos espantados. Empurrei o bicho para o lado e me levantei um pouco desnorteado com os ferimentos, fui em direção a ela.

– Como ? Perguntei .

– Bom meu pai me ensinou a abrir essas coisas. – Ela mostrou as algemas abertas.

– Principalmente com presilhas de cabelo. Terminou.

– Você não deveria ter saído. – Disse .

– É e você teria morrido, só um obrigado já vale, vem vamos sair daqui.

* * *

Depois de ter retirado o corpo do Lobisomem do quintal, passei para deixar a garota em sua casa.

– Então o que você vai fazer com o cachorrinho aí? Ela apontou para o porta-malas.

– Enterrar é claro. Então é isso, obrigado pela ajuda. – Ela passou para dentro do cercado da casa dela.

Olhou-me inexpressiva como se nem estivesse escutando.

– Ta, ta, agora saía do meu gramado, por favor.

Eu cheguei a conclusão de que parcerias não funcionam, ainda mais com pessoas que tenham distúrbios bipolares.


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Notas finais do capítulo

Ein ein, me diz o que vc achou me manda um review bem legalzão ?
go go go pro próximo

xoxo



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