Roar escrita por ClatoS


Capítulo 3
Novos Campistas.. Novas surpresas.. (POV Sarah)


Notas iniciais do capítulo

Heeys Espero que gostem,, Tá um pouco maior esse aki hehe''
Bjoos
—- Sarah/ClatoS



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Ao sairmos da Casa Grande ( O Quíron nos disse que esse era o nome da casa na qual estavamos ) vi que o Acampamento era muito maior do que pensava ser.

Havia muitos adolescentes que pelo que pensei eram mais ou menos da nossa idade, Todos com blusas laranjas escritas ‘’Acampamento Meio Sangue’’. Quíron nos mostrou a maioria dos lugares do acampamento, nós ouviamos atentamente ao que ele dizia.. mas ai eu o vi..

Ele estava nos mostrando A Forja, onde a maioria dos filhos de Hefesto ficavam construindo armas e tal, quando eu avistei um menino de cabelos pretos encaracolados, olhos castanhos escuros e orelhas pontudas. Ele me olhava com um sorriso travesso e tudo que pude fazer foi corar e olhar pro lado. O que é isso Sarah? Pensei comigo mesma Preste atençao no que Quíron está dizendo. Mas a partir daí nao consegui ouvir nada. Meus olhos voltaram pro exato ponto onde tinha visto o garoto. Mas ele já tinha entrado na Forja.

– Entenderam meninas? – Ótimo não prestei atençao em nada do que ele falou. Concordamos com a cabeça e ele voltou a falar – Vou lhes mostrar agora os chalés.

Ele foi andando na frente trotando e eu cheguei perto de Luciana e sussurrei em seu ouvido:

– O que ele tinha falado? – ela começou a rir e disse – Depois é eu que fico observando os meninos que passam né senhorita Sarah?

Eu murmurei algo do tipo ‘’me deixa’’ e olhei na direçao da forja novamente. O menino de antes estava parado na porta me olhando. Senti um esbarrão e cai no chão. Olhei pra cima e vi um menino de cabelos pretos e olhos verdes me olhando assustado.

– Me desculpe – ele disse e me ofereceu a mão pra me levantar, senti o cheiro de mar invadir minhas narinas – Você é nova no Acampamento?

– S-Sou – Porque eu estava gaguejando?

– Prazer, Meu nome é Percy – ele disse sorrindo.

– Sarah – sorri tambem.

– E eu sou a Luciana, Prazer! – ela mecheu em sua franja e deu um sorriso.

É. Por essa eu já esperava. Dei uma risada divertida e Luciana me olhou nervosa.

– Meninas! – Quíron gritou lá da frente – Vamos!

– Até mais tarde garotas – Percy deu uma piscadela e saiu andando. Me segurei pra nao sorrir e reparei que Luciana estava com um brilho pervertido em seus olhos.

–Vamos logo Luh – disse rindo – Só nao digo que você é filha de Afrodite porque eu conheço tua mãe.

Ela me olhou brava e depois começou a rir junto.

Fomos andando até alcançar Quíron e ele nos levou até um lugar onde haviam vários chalés em um formato de Ω.

Haviam chalés de diversos tamanhos e decoraçoes diferentes.

Alguns chamaram bastante minha atenção:

O Chalé 1 era uma grande caixa de mármore branco, com colunas pesadas na frente. Tinha portas de bronze polido, e senti a impressao de ver alguns raios atravessando-a; O Chalé 3 era comprido, baixo e sólido. As paredes externas eram de pedras cinzentas rústicas, salpicadas de pedaços de conchas e coral. Me lembrava a praia em que minha mãe e eu costumavamos visitar quando era menor; O Chalé 5 de um vermelho-vivo mal pintado, tinha seu telhado forrado de arame farpado, com uma cabeça de javali empalhada acima da porta central. Do lado de dentro pude ver uma menina de cabelos castanhos meio avermelhados que me encarava friamente me dando arrepios; O Chalé 6 tinha um mármore pálido e branco, ornado com grossas colunas torcidas em tranças e vários galhos da enorme oliveira que fica á oeste do lugar com uma coruja entalhada na frente, com olhos de ônix; O Chalé 13 feito de mármore sólido preto,com colunas pesadas e sem janelas. Cada etapa é enfeitada por caveiras interessou muito Luciana porque percebi seus olhos brilharem de fascinio ao ver uma tocha brilhando com um fogo diferente;

Havia tantos chalés de tantas formas e variedades que nem consigui lembrar de todos após o tour. Quíron nos deixou em frente ao Chalé 11- Um chalé de acampamento normal, velho, com a pintura descascando e um caduceu que tinha duas cobras acima da porta. Bateu na porta traquilamente e logo um menino alto de cabelos castanhos e olhos azuis abriu-a logo me olhando sapeca. Ele usava a blusa laranja do acampamento e uma calça jeans azul.

– De onde veio essa benção de Afrodite que eu tanto peço á Hermes? – Ele disse logo rindo – Brincadeira. Sou Travis, e você?

– Sarah – disse envergonhada.

Ele logo viu Luciana e esbugalhou os olhos.

– Puxa! Duas em um dia só? Hoje é meu dia de sorte – ele disse olhando pra Quíron em seguida.

Luciana deu um sorriso sexy.

– Sou Luciana. – ela chegou um pouco mais perto de Travis – Mas pode me chamar de Luh.

Ele riu e mecheu nervosamente em seu cabelo bagunçado.

– uhum – Quíron tossiu informalmente atrás de nós – Travis onde está o resto dos meninos?

Calma. Meninos? Assim no masculino? Ferrou.

– Connor está dando uma reunião com o chalé – ele disse com olhos em mim. Será que ele percebeu meu nervosismo?

– E o que o senhor está fazendo aqui?

– Estou arrumando o chalé. – ele corou – Estava uma bagunça por causa da festa de ontem.

– Hum – Quíron suspirou – Está bem. Deixe as meninas bem acomodadas. Provavelmente vão ser reclamadas essa noite.

Travis concordou com a cabeça e Quíron saiu trotando.

– E Então meninas. – a voz de Travis me assustou – Qual de vocês quer limpar o banheiro?

Olhei pra ele sem acreditar. Sério que vou ficar presa em um quarto com ele?

– Nós somos duas. – Luciana disse de forma sedutora – Você é que vai ter que nos obedecer.

Ele riu de forma prazerosa e pegou-a pela cintura.

– Ás suas ordens Majestade – ele disse numa voz rouca.

.

.

Já era hora do jantar. Eu estava sentada na parte de baixo de uma das beliches quando ouvi o som da trombeta. O quarto estava vazio. Bom. Não completamente. Andei até a porta do banheiro e bati na porta irritada.

– Vocês não ouviram a trombeta não é?

Silêncio.

– É sério gente, vou descer sem vocês.

Silêncio.

– Eu posso ficar perdida.

Silêncio.

– POXA MENINO DÁ PRA PARAR DE COMER A MINHA AMIGA NESSA PORCARIA DESSE BANHEIRO OU TÁ DIFICIL?

A porta se abriu e saiu uma Luciana sorridente, logo atrás dela um Travis de cabelos mais bagunçados.

– Terminamos de limpar o banheiro – disse Travis rindo.

– Sei. – disse irritada – Vamos Logo que eu to com fome.

Quando abri a porta ouvi Luciana sussurar: ‘’Eu já estou satisfeita’’. Dei um grunhido e sai do chalé estressada. Ótimo. Só me faltava essa. Minha melhor amiga e um filho de Hermes safado se comendo no banheiro do chalé. Ótimo.

Só percebi a presença dele quando respirei fundo e olhei pro lado. Lá estava ele. O menino que havia visto na forja. Me olhando com aqueles olhos misteriosos. Agora mais de perto, dava pra ver um cinto de ferramentas em sua cintura e uma blusa branca meio suja por cima da blusa laranja que todos usavam.

– Bem Vinda ao Acampamento – sua voz era absolutamente hipnotizante. Oque combinava com seus olhos castanhos. – Seu nome é Sarah certo?

– Como você sabe? – disse nervosa observando-o se aproximar cada vez mais de mim.

– Boatos correm solto no acampamento – ele disse com um sorriso alegre – Está gostando do acampamento?

– Claro – nem percebi meu tom ironico – Quer dizer. É diferente, eu acho.

– Diferente? – ele riu – Como?

– Há coisas surpreendentes – respondi admirando o modo com que ele caminhava lentamente.

– Surpreendentes? – ele perguntou me olhando dos pés á cabeça – Tipo oque?

Dei uma risada.

– Tipo o fato de eu ter que ficar em um chalé cheio de meninos.

Ele me olhou feio.

– Ah – ele ficou sério. Oque eu falei de errado? – E eu sou surpreendente?

Fiquei imóvel. Meu coração estava á mil e só agora havia percebido.

– SARAH! – Ouvi a voz de Luciana ao longe – VAMOS!

– Você é a coisa mais surpreendente que encontrei até agora. – dei um sorriso e sai correndo na direçao de Luciana.

– Oque foi aquilo? – ela perguntou rindo.

– Nada. – olhei pra trás e vi o menino me olhando com um brilho em seus olhos – Aquilo não foi nada.

.

.

O pavilhão de jantar estava cheio de campistas. Talvez uma centena de ele, algumas dúzias de sátiros e uma dúzia de ninfas e náiades. Fiquei com certo receio de chamar alguma atençao. Mas ninguem prestou muita atenção em mim. Pelo menos eu achava.

– Oi você é nova? Meu nome é Sophy Jones. Sou filha de Atena. – uma menina de cabelos castanhos e olhos cinzas falou sorrindo. – Você é a Sarah nao é?

Era impressionante como todos sabiam meu nome. Nome. Eu havia esquecido de perguntar o nome do garoto misterioso.

– Sou sim – responde timidamente – Essa é minha amiga Luciana.

– Oi! – Sophy disse sorrindo ainda mais e Luh deu um ‘’oi’’ timido tambem – Vocês já sabem de qual chalé são?

– Do Chalé 11 – Luh disse sorrindo.

– Nós não somos do chalé 11 Luh – eu disse rindo – Ainda não fomos reclamadas.

– Ah, Que pena – Sophy falou meio tristonha – Espero que sejam do meu chalé!

– Ah claro, como se fossemos inteligentes o suficiente pra sermos filhas da deusa da sabedoria – disse Luh rindo muito – Nós conhecemos nossas mães. Falta conhecer os pais.

– Marina! Venha conhecer as novas campistas! – Sophy gritou animada.

Uma garota de cabelos pretos e olhos da mesma cor, Branca, usando uma calça Jeans Preta e a blusa do acampamento laranja por baixo de uma blusa de frio também preta se aproximou de nós e nos olhou com um pequeno sorriso timido.

– Oi, Sou Marina – ela disse nos olhando calmamente.

– Você é filha de Hades não é? – Luciana disse admirada.

A garota fez que sim com a cabeça.

– Ai Meu Deus, eu fiquei apaixonada por seu chalé!

– Sério? – um brilho passou pelos olhos da garota – A Maioria pensa que é um pouco sinistro.

– Sim. Eu amo sinistro. Eu combino com sinistro. Sinistro é definiçao de perfeito. – Luh disse sorrindo.

Eu e Sophy começamos á rir. E logo Marina se juntou á nós rindo. Essas duas me pareciam divertidas.

– Obrigada.. Eu acho – Marina disse um pouco vermelha por ser tao branca e ter rido tanto.

– Temos que nos sentar. – Disse Sophy olhando pros outros campistas sentados nas mesas – Droga de separação de chalés!

Ela saiu andando e se sentou em uma mesa junto á variadas garotas loiras, algumas com livros nas maos e outras simplesmente conversando em voz baixa.

– Vocês vão ter de sentar na mesa de Hermes. – Disse Marina um pouco mais séria – Boa sorte!

Dei uma olhada nas mesas e reparei que Travis se encontrava em uma mesa cheia de garotos fazendo concursos de arroto e contando piadas idiotas.

– Obrigada. Vamos precisar – eu falei meio chateada.

– Haha, Relaxem. É a mesa mais divertida no jantar – Marina piscou e deu uma risada, logo saindo e sentando em uma mesa no fundo do Pavilhão, onde havia somente um garoto bem parecido com ela, só que ele não usava a blusa do acampamento mas sim uma blusa preta com uma caveira. Olhei pra Luh já sabendo oque ia encontrar, mas ela não estava do meu lado. Olhei pra mesa de Hermes e a avistei sentada ao lado de Travis.

Era só o que me faltava. Sentei na mesa timidamente ao lado de Luh e no meu outro lado havia um garoto parecidissimo com Travis.

– Ora Ora, O que uma filha de Afrodite faz na mesa dos ladrões? – ele perguntou rindo.

– Eu não sou filha de Afrodite – disse rindo do modo como falou – Pensei que já tivessemos nos apresentado hoje cedo.

– Anh? – ele perguntou um pouco mais sério – Eu não te conheço querida.

– Travis, Para com isso – disse rindo.

Foi a vez dele rir. Eu não sabia o que havia falado de tão engraçado.

– Eu não sou Travis! – ele disse rindo – Sou Connor, sou irmão dele.

– Ah – acho que fiquei vermelha porque ele riu ainda mais.

– Não precisa ficar vermelha Morango – ele disse sorrindo. Percebi que estava tentando ser gentil.

– Eu não sou um morango

– Ah é? –Ele se levantou cautelosamente e passou por uma das ninfas, logo voltando com um morango em sua mão. Ele mordeu um pedaço e jogou o morango em meu rosto. Estava de boca aberta então acabei o engolindo – Agora é!

Começamos á rir juntos. Connor era muito mais legal que Travis. Nem tinha como compará-los. Foi quando vi Quíron e um homem baixo, acima do peso, com um pescoço roliço, bochechas avermelhadas, cabelos negros cacheados, usando uma camiseta com um tigre de pelo alaranjado, bermudão e sandálias, olhos púrpura penetrantes, da cor de vinho e um sorriso sarcástico no meio do pavilhão.

– Quem é ele? – sussurrei pra Connor. Que só então percebi, estava um pouco perto demais de mim.

– O Sr. D – ele sussurou de volta. Nem tive tempo de perguntar qual era o nome dele de verdade pois Quíron bateu o casco contra o piso de mármore do pavilhão e todos se calaram. Ele ergueu um copo.

– Aos deuses!

Todos ergueram os copos. Eu fiz igual.

– Aos deuses! – gritamos em coro.

Ninfas do bosque avançaram com bandejas de comida: uvas, maçãs, queijos, churrasco, arroz, e claro: Morangos.

Após nos servirmos todos se levantaram, levando os pratos para o fogo no meio do pavilhão.

– Venha – disse Connor segurando em minha mão e me levando até lá.

Quando cheguei mais perto, vi que todos estavam pegando algo do prato e jogando no fogo, Connor jogou o morango mais bonito disse ‘’Hermes’’ e depois piscou pra mim, logo sussurando:

– Oferendas queimadas pros deuses.

– Sério? – ele concordou com a cabeça.

Eu era a próxima.

Eu empurrei a parte mais suculenta de meu frango e disse em pensamento Pra quem quer que seja meu pai.

Depois voltamos á mesa de Hermes e comemos a comida. Claro que a maioria dos garotos fazia a maior bagunça. Quando todas as mesas terminaram o tal ‘’Sr D.’’ Se levantou e suspirou.

– Suponho que tenha de dar um olá pra vocês. Denovo. Devo dizer que temos duas novas campistas: Siera Aleika e Luene Bianoche

Quíron murmurou algo em seu ouvido. O Sr D. Suspirou novamente.

– Sarah Alesky e Luciana Bianchini – ele disse mal-humorado – Yey. Agora vão pra sua fogueira boba.

Todos aplaudiram. E logo fomos até o anfiteatro, onde cantamos canções de acampamento sobre os deuses, e nos divertimos. Até que um brilho preto apareceu em cima da cabeça de Luciana. Um elmo negro. Todos a olharam perplexos e a cantoria cessou.

Marina deu um sorriso pequeno e Luh olhou pra cima assustada.

– Está determinada - Quíron disse.

Todos os campistas começaram á se ajoelhar e eu fiz o mesmo assustada.

– Meu.. – Luh começou ainda um pouco assustada. - Pai..

– Hades – disse Quíron - Deus domundo inferior, deus da riqueza e deusdos mortos.


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Notas finais do capítulo

Surpresos??
—- Sarah/ClatoS



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