Dama De Copas escrita por Andhromeda


Capítulo 13
Como formigas


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer muito a Valeska pela recomendação, e de avisar que você ajudou a criar um monstro, pois já obriguei a metade da minha família a me ouvir ler a recomendação enquanto me afogar em lagrimas imaginaria. Ah, eu adorei o “fofa”, nem a minha mãe me chama assim – não depois de eu ter arrancado a cabeça de uma Barbie em um natal e depois tentar fazer meu primo irritante engolir, coisas de família! Enfim, brincadeiras a parte, novamente, eu adorei...
Um aviso básico que não tem nada a vê com a fanfic, é só uma coisa que realmente tenho que compartilhar:
Nós dias 4 a 7 de dezembro DESSE ANO, acontecerá na cidade de SP – o que ainda não é o ideal p/ mim que moro no RJ – a edição da Comic-con experience!
Claro que não vai ser uma coisa grande e fantástica como a de San Diego, mas é o mais perto q nós pobres mortais sem dinheiro ou parentes morando no exterior, teremos.
E p/ você que ficou pulando igual a uma perereca – e fez à vergonhosa dança da felicidade – quando leu isso, mas logo depois entrou em depressão pq lembrou que não tem dinheiro e não conhece ninguém em SP, FICA DE BOA, eu tbm não tenho nenhum dos dois, então segue o exemplo: arruma o da passagem de ida e o do ingresso, o resto... bem, depois a gente vê!
Qualquer duvida, pergunta p/ Deus Google, ele irá te responder...
Para os que não fazem a mínima idéia do que estou falando: Liga não, apenas aproveite o cap. porque esse é um dos grandes!
Xau!



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Kurt estava sentado em sua cadeira na sala de aula, fingindo estar prestando atenção na aula de Historia. Na verdade, ele estava fazendo melhor trabalho do que o garoto ruivo que estava sentado ao seu lado dormindo descaradamente sobre a mesa, o professor por sua vez, pensou, não se importava o suficiente para questionar o menino.

Mas esse comportamento era incomum no Kurt, que sempre foi um dos melhores alunos da sala – reza a lenda, que ate da escola – em historia. Só que nesse momento, povoava na sua cabeça a conversa que havia assistido há um dia, entre o Wolverine e o Gambit.

Ele sabia que o Logan não pediria a ajuda dos outros e que por isso o plano de resgate tinha que ser montado de acordo com as habilidades disponíveis, mas em um ponto concordava com o Gambit: mesmo com a sua habilidade de teletransporte, não era o suficiente, eles simplesmente precisavam da ajuda dos outros X-Men.

Se o Wolverine não poderia pedir ajuda, Kurt pensava que poderia muito bem fazer isso por ele. A questão era descobrir como. Ele nunca era conhecido por ser persuasivo, na verdade sempre ganhava mais pelo cansaço do que por qualquer outra coisa. Também não poderia pedir ao Gambit que fizesse isso, pois não confiava nele o suficiente.

Suas opções eram cada vez mais limitadas.

– Ola, azulzinho. Comprimento Tabitha, puxando a ponta do seu cabelo azul, para chamar a atenção dele.

– Oi, Tabitha. Disse Noturno com satisfação e surpresa, olhando em volta se deu conta que a aula havia acabado e que agora só restavam os dois na sala. Como acontecia toda vez que estava a menos de um quilometro de distancia dela, a pulsação de Kurt aumentou e seu raciocínio começou a ficar mais lento.

Cara, como ela é linda pensou, reparando do corte de cabelo curto e arrepiado, ate o jens boca de sino com a bainha puída. Tabitha sempre teve um estilo desleixado e sexy, mas o que dizia respeito ao Noturno, se ela estivesse enrolada em um pedaço de jornal, continuaria linda do mesmo jeito do que se estivesse com um vestido de festa de 1milhão de dólares.

A relação dos dois não era uma coisa muito definida, eram amigos, mas Kurt estava perdidamente apaixonado pela Boom Boom, e ela sabia disso. Mas não dava nenhum sinal de que o sentimento era recíproco, por isso ele apenas vivia seu amor platônico.

– O que esta fazendo aqui todo desligado? Perguntou Tabitha, puxando uma cadeira para se sentar do lado dele, já que esse não fez nenhuma menção de se levantar de onde estava.

– Tenho um problema que não sei como resolver. Respondeu vago.

– Bem, compartilha, não dizem que duas cabeças pensam melhor que uma?

– Sim, mas é um problema do Instituto, talvez você não possa me ajudar. Kurt se arrependeu assim que essas palavras deixaram a sua boca, pois era em situações assim que ficava mais evidente o precipício que os separava. Ele era um X-Men, Boom Boom da Irmandade – o que era um sinônimo para não dizer: um dos da Mística – e o pior é que ela já havia sido uma X-Men, mas resolveu se juntar ao lado negro da força... mesmo ele pedindo para que ficasse, e talvez seja isso o que mais o incomodava.

– Ah, Ok, então vou deixar você aqui batendo teclinha, sozinho. Disse sem graça, se levantando da carteira onde estava sentada.

– Ei, Boom Boom, espera. Disse Kurt quando percebeu a magoa nos olhos azuis claros, mas mesmo assim Tabitha continuou andando em direção a porta, então Noturno apenas se teletransportou para sua frente, impedindo a sua passagem. – É que é uma coisa pessoal também, é sobre a Vampira.

E foi só ele dizer esse nome para que toda magoa em seus olhos fosse substituído por pena. E esse foi um dos motivos dele não querer “compartilhar” o seu problema com ela. Kurt odiava quando o olhavam com pena, principalmente vindo daqueles que gostava. Antes dos X-Men ele era um paria, um rejeitado, grande parte das pessoas tinham medo dele – por ser o garoto azul com calda – mas existia aqueles poucos que o olhavam com pena e o tratavam com cautela, esses na sua opinião, eram os piores, pois faziam ele se sentir um deslocado.

– Oh. E foi só o que Tabitha disse. Sabia o quanto o Kurt havia sofrido – e ainda sofria – com o desaparecimento da Vampira e nunca foi muito boa consolando as pessoas, então sempre que o assunto surgia entre os dois, ela ficava sem saber ao certo o que fazer.

– Talvez exista uma forma de trazê-la de volta.

– Como?

– Tem que prometer que vai guardar segredo, não pode contar a ninguém. Sussurrou Kurt, como se alguém naquela sala vazia pudesse ouvi-los.

– E a quem você acha que vou contar, a Mistique? Perguntou ofendida.

– Não, claro que não, é só que não é uma missão oficial. Dito isso, ele contou a ela tudo que havia escutado da conversa entre o Logan e o Gambit, inclusive a parte da briga – essa sendo a parte que Boom Boom mais gostou.

– Uau, mas o soco foi bem entre as pernas mesmo? Perguntou ela quando Noturno terminou o seu relato.

– Serio, de tudo que falei, essa é a sua primeira pergunta?

– Bem, azulzinho, você sabe que eu lido com imagens, só queria entender todos os detalhes.

– Falando assim você quase me convenceu, se eu não te conhecesse. Disse ele sorrindo para ela.

– Você tem um baita problema parceiro, não deveria ficar aqui gastando seu tempo me caluniando. Declarou Tabitha também sorrindo.

– Tem razão, mas não tenho a mínima idéia de como resolve-los. Disse Noturno cansado.

– Bem, você disse alguma coisa sobre o Celebro. Disse ela após alguns segundos de silencio.

– Sim, o Gambit disse que o plano inicial dele era usar o Celebro para encontrar o Mesmero, mas que sem a ajuda do professor não ia dá.

– Há outro jeito. Disse Boom Boom lentamente, como se com medo dele rejeitar a sua proposta.

– Que jeito? Perguntou Noturno com uma pontada de esperança.

– Quando eu estava lutando com o Professor e tal, quando aquele mutante maluco (Apocalipse), estava controlando a mente dele... Deixou a frase morrer.

– Sei, o que tem? Perguntou Kurt ansioso.

– Então, a Jean usou o Celebro pra deixar os poderes dela... tipo no máximo. Terminou de explicar e o olhou com expectativa.

– Sim, isso eu já sei. Disse Noturno confuso.

– Acompanha o raciocínio Kurt, se a Jean usou o Celebro...

– O Professor não é o único que pode usá-lo. Completou Kurt entendendo onde Tabitha queria chegar.

– É isso ai, aposto que será muito mais fácil convencer à ruivinha, do que o Professor.

– Tem razão, Tabitha você é um gênio. Disse Noturno com um sorriso de 220wolts.

– Eu sei, sempre te falei isso. Respondeu ela e ficou um tanto surpresa quando Kurt a pegou no colo e a rodou. Mas a surpresa logo passou e os dois começaram a rir e comemorar como se tivessem descoberto o segredo da formula da Coca Cola.

***

– Já estou sabendo do seu planinho secreto, Kurt. Disse Lince Negra, dando um susto no Noturno quando atravessou à cabeça na porta do seu armário no corredor da escola, ele estava pegando alguns livros, mas com o sustou os deixou cair no chão com um baque seco. Por sorte já havia passado do horário da saída e não tinha nenhuma testemunha, afinal, por mais que os mutantes não fossem mais um segredo, demonstrações de poder em publico ainda era considerados um grande Tatu.

– Não sei do que você esta falando. Disse ele se fazendo de inocente.

– Não se faça de desentendido. Disse Kit serrando os punhos com raiva. – Já estou sabendo e estou furiosa com você.

Vou te matar Tabitha, sua linguaruda pensou Kurt.

– Por que? Perguntou se entregando.

– Por que você não me contou, achei que fossemos amigos. Respondeu magoada, deixou as mãos caírem ao lado do corpo e o olhou com os olhos rasos d’água.

– E somos. Disse ele, que como todo homem, ficou aterrorizado com a possibilidade de uma mulher chorando.

– Não é o que parece, a Vampira também é a minha amiga, minha colega de quarto. Essas palavras foram ditas com a mesma importância do que se tivesse dito que eram gemias siamesas.

– Eu sei... Kurt não poderia dizer mais do que isso, pois Lince Negra logo atacou.

– Sim, seu grande imbecil, você sabe, mas mesmo assim não me contou. Seus olhos faiscavam com raiva.

– Desculpa? Tentou Noturno confuso, as mulheres e seus humores instáveis seriam um eterno mistério para ele.

– Eu vou ajudar. Disse Kit, em um tom que dispensava qualquer negociação.

– Ok. Concordou ele sem ter muito mais o que dizer.

***

No dia seguinte Kurt e Kit, decidiram que seria muito mais fácil encurralar a Jean na escola, pois se tratava de um lugar neutro, onde dificilmente seriam interrompidos por alguém. Depois de uma discussão – onde obviamente a minoria masculina perdeu – ficou decidido também que a Tabitha participaria da conversa como mediadora, um papel que nenhum deles acreditava que ela fosse cumprir corretamente, por ser uma pessoa de natureza impulsiva, mas...

Os três encontraram a Jean no fim da aula na biblioteca. Ela era líder do grupo de debate da escola – entre outras coisas – e por isso quase sempre ficava depois da aula pesquisando sobre alguma coisa. Como em toda escola normal do ensino médio, a biblioteca não era um dos lugares mais freqüentados, por isso estava vazio quando o grupo entrou.

Jean estava sentada em uma mesa redonda, um pouco longe dos outros poucos alunos que também estavam por ali – o que era muito conveniente. Seu cabelo ruivo se espalhava pela mesa quando se debruçava sobre o livro grosso que lia no momento.

Kurt foi o primeiro a puxar uma das cadeiras e se sentar ao lado dela, mas Jean estava tão concentrada que nem percebeu. Kit foi a segunda que sentou do seu outro lado, mas a ruiva apenas deu um pequeno olhar desconfiado para a Lince Negra e voltou a se concentrar na leitura. Por ultimo Tabitha se sentou do seu lado oposto, bem de frente para Jean, que por sua vez, em fim resolveu desistir do livro e observá-los.

– Não estou gostando nada disso. Disse ela estreitando os olhos enquanto analisava o trio um por um.

– O que, nos só queríamos falar com você. Disse Kurt em um tom indiferente de mais para a ruiva acreditar.

– É. Concordou Kit.

Tabitha permaneceu em silencio.

– Isso eu já percebi, vocês não são muito frequentadores da biblioteca.

– Vai vê que é por isso que a coroa do balcão ficou nos encarando como se fossemos roubar um livro e sair correndo. Disse Kurt com senso de humor, tentando quebrar o clima de desconfiança que pairava no ar.

Não conseguiu.

– Então do que se trata? Perguntou Jean, entrelaçando as mãos em cima do livro, assumindo uma postura que lembrava ao Noturno uma professora. – O que é tão importante que não podem esperar ate eu chegar em casa?

– Bem, é que precisamos da sua ajuda em uma missão não oficial. Disse Kurt nervoso.

– Como assim? Perguntou Jean intrigada.

– O que ele quis dizer é que o Wolverine tem um plano para resgatar a Vampira, só que pra isso precisamos do Celebro. Tentou explicar Kit, quanto mais falava, mas gesticulava com as mãos, demonstrando o quanto nervosa estava.

– Entendo, mas porque o Wolverine não pede a ajuda do Professor? Perguntou à ruiva.

– Como eu disse, é uma missão não oficial. Disse Noturno.

– Não entendi. Disse Jean, cada vez mais aquela historia fazia menos sentido para ela.

– O que o Kurt esta querendo dizer é que o Professor não vai ajudar, é uma missão independente. Disse Boom Boom do outro lado da mesa, sendo recompensada por um olhar de reprovação da Lince Negra e um suplicante do Noturno. – Que é, só estava tentando ajudar.

– Ainda não entendi por que o Professor não iria querer ajudar. Disse a ruiva.

– Porque é uma missão perigosa. Disse Kurt, o que era uma mentira. Na verdade ele não sabia por que o Professor Xavier não ajudaria – não havia pegado essa parte da conversa – mas a desculpa pareceu totalmente plausível para ele.

– Isso não é motivo o suficiente, vocês estão me escondendo alguma coisa. Disse Jean desconfiada.

– Também envolve a ajuda do Mesmero e do Gambit. Disse Kit tão baixo que quase ninguém ouviu.

– Isso não me parece uma boa idéia e se o Professor Xavier é contra, eu não vou poder ajudar.

– É claro que pode Jean, é só ele não saber. Disse Kurt como se fosse à coisa mais simples do mundo.

– Provavelmente isso não é uma coisa certa, por que se fosse não precisaríamos fazer escondido. Justificou a ruiva.

– É claro que é, é para salvar a Vampira de Deus sabe onde, ela é uma de nós. Contra atacou Lince Negra. – Não sabemos se ela esta bem, só sabemos que ela esta presa com um mutante muito mal.

– Sinto muito gente, mas se o Professor é contra, não posso participar disso. Disse Jean em tom de desculpa.

– Por favor Jean, você tem que nos ajudar. Suplicou Kurt.

– Sinto muito, eu gostaria muito, mas provavelmente o Professor Xavier tem seus motivos para dizer não a essa missão, não posso desobedecê-lo. Disse Jean irredutível.

– Isso pra mim é tudo papo furado. Disse Tabitha e três pares de olhos se viraram para ela.

– Como disse? Perguntou Jean, perplexa.

– O que você ouviu ruiva. Disse Boom Boom no máximo de sua tão conhecida petulância, se esticou na cadeira desconfortável da biblioteca e colocou as mãos atrás da cabeça. – Você só esta procurando uma desculpa, por que não quer ajudar eles e também não quer sair como a vilã da historia.

– Não é verdade. Contestou Jean.

– Claro que é, veja bem, todos nós estamos no mesmo barco, você é uma X-Mem tanto quanto a Kit e o Kurt, porque eles podem quebrar as regras e você não? Perguntou Tabitha e se endireitando na cadeira, com as costas retas, olhou bem no fundo dos olhos da ruiva. – Eles vão entrar em uma missão independente apenas porque se importam o suficiente com a Vampira pra isso , você não pode dizer o mesmo.

– Isso não é verdade. Repetiu Jean com raiva, levantou da sua cadeira com tanta rapidez que essa tombou para trás, com as mãos espalmadas sobre a mesa, encarou Boom Boom. – Pode ser perigoso.

– Da mesma forma que era perigoso quando seus poderes entravam em curto, mas eu não me lembro da Vampira reclamando disso todas as vezes que teve que te salvar. Contra atacou Tabitha.

E como um balão perdendo o ar, Jean deu um suspiro exausto e fechou os olhos.

Lince Negra e Noturno apenas observavam a cena como dois expectadores em uma final importante de um jogo de basquete.

– Eu me importo com ela. Sussurrou a ruiva, tão baixo que eles não teriam escutado se não tivessem dedicando toda a sua atenção a ela.

– Prove. Desafiou Tabitha sem se abalar.

Jean deu mais um suspiro e ainda em pé reclinada sobre a mesa, abriu os olhos.

– Como é exatamente esse plano?

Kurt e Kit soltaram o ar que nem se deram conta que estavam prendendo.

A bola tinha entrado na cesta.

O jogo havia sido ganho!


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Notas finais do capítulo

Quanto à participação da minha queridíssima Tabitha, eu só queria dizer que: coloquei ela no meio da historia pq queria alguém com a sua personalidade, sabe como é, que não se importe de jogar com a culpa. Sinceramente eu acho que o Kurt e a Kit não teriam como convencer a Jean sozinhos.
O que acharam?
Estou em um estado de euforia sinistro, pois acabei de ter uma epifania, onde foi revelado a mim como será o fim da fanfic. Na verdade foi revelado a mim varias coisas – entre elas como seguirá o romance do casal, e admito, não vai de uma forma nada inocente, não com o Gambit no meio da historia.
O que de certa forma é muito bom p/ você, porque significa que definitivamente não desistir da fic, mas p/ mim nem é tão bom assim, já que fico ansiosa, pq quero compartilhar tudo que passa pela minha cabeça – o que é muita coisa, acredite.
Só q ao mesmo tempo bate uma depressão básica – coisa de gente maluca – de pensar que vai ter um fim. Não sei se você entende, mas Dama de Copas é como o meu filho primogênito, não estou preparada p/ vê-lo crescer e sair de casa – fico pensando que se já estou cheia de paranóia com a fanfic, tenho pena dos meus futuros filhos – como eu disse: coisa de gente maluca.
Enfim é só isso!
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