I Don't Wanna Fall In Love escrita por Ghostwriter


Capítulo 6
UFC no Corredor e as Mochilas Voadoras.


Notas iniciais do capítulo

Oiie gente! Me perdoem pela demora para postar esse novo capitulo. Primeiro eu fiquei doente, e depois toda a minha inspiração decidiu fazer uma visita pra São Jorge, lá na Lua e não avisou quando voltava. Por sorte eu consegui terminar o capitulo...
Ah quero agradecer a BlackFox e a MorgChan, por terem favoritado a fanfic! Mt obg mesmo!
Pois bem, é isso.... Espero que gostem desse capitulo!



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Yume POV

– Ei, ei! Parem de brigar! – Disse me colocando entre os dois. – Castiel, vamos! Eu quero chegar à Delegacia ainda hoje.

– Yume, você vai com ele? – indagou Nathaniel atônito.

– Eu não sei chegar lá sozinha, e nós dois precisamos depor. Ir juntos é como matar dois coelhos com uma só cajadada.

– Espere ai! E se ele...

– Você ouviu principezinho! Ela vai comigo! – Interrompeu Castiel, me puxando pelo braço. Nathaniel franziu as sobrancelhas e cerrou os punhos. “Por que será que sinto confusão chegando?”

– Largue ela Castiel! Não Pode forçá-la a ir com você! – Disse Nathaniel, avançando em nossa direção.

– Está me vendo obrigar alguém a fazer alguma coisa? – Após dizer isso, Castiel avançou em direção a Nathaniel. “Com toda certeza eles vão começar um duelo no estilo UFC!”

– Ei, parem com isso! E se alguém acabar vendo? E se esse alguém for a diretora? – eu tentava em vão dissuadi-los da ideia de brigarem ali, bem no meio do corredor! Isso era loucura! “Por que diabos eles estão tão irritados?”

– É melhor ficar fora disso Yume! Você pode acabar se machucando! – Essa era a voz de Nathaniel, me tirando de meus devaneios.

– Castiel! Vamos embora, por favor! – Segurei um dos braços dele, o que o fez olhar para mim, um tanto surpreso. – Por favor, não briguem!

– Não se preocupe, vou acabar logo com esse cara! – Ao dizer isso, ele soltou seu braço e sorriu para mim. Ele parecia muito confiante em sua vitoria, já eu, tinha certeza de que a qualquer momento a diretora iria aparecer e todos nós estaríamos encrencados!

– Não seja tão convencido Castiel, eu é que vou acabar com você! – Falou Nathaniel irritado, ele olhava para Castiel com fúria. “É hoje que eu vou ter que ir à delegacia, como testemunha de dois crimes. O primeiro foi o da minha casa, o segundo é da morte de um desses dois malucos!”

Nathaniel, por estar mais irritado, fez o primeiro movimento. Ele se aproximou rapidamente de Castiel e o socou no rosto. Como eu estava bem perto de Castiel, dei um pulo para trás e me encostei em um dos armários do corredor. “O que eu faço? Se eu tentar intervir, posso acabar machucando um deles! Obviamente eu não ou me machucar, já passei por situações piores do que essa! Mas e eles? O que eu deveria fazer? E se alguém chegar e vir isso?”. Castiel rapidamente deu um gancho de direita em Nathaniel, que por sorte, conseguiu desviar. Castiel prosseguiu seu avanço e deu um soco bem no meio do rosto de Nathaniel, que acabou caindo consideravelmente longe, por causa da força do soco, mas ele se levantou logo e foi em direção a Castiel, que já o esperava com a mão pronta para um soco. Eu entrei em desespero ao ver os dois se aproximando, foi então que notei que a minha mochila e a de Castiel, estavam a pouco mais de dois metros a minha direita. Corri para pegá-las e joguei uma mochila em cada um, foi uma cena realmente cômica! Os dois vinham em alta velocidade para se baterem, e do nada, surgiram duas mochilas, que acertaram a cabeça dos dois e fizeram com que ambos caíssem no chão. Dei um suspiro de alivio. Corri até Castiel, que ameaçava se levantar e me sentei em cima dele.

– Ei, sua maluca! Saia de cima de mim! – Gritou ele surpreso e irritado.

– Você que sai batendo nas pessoas e eu que sou a maluca?! Não pretendo sair de cima de você até que se acalme!

– Pra começo de conversa, não fui eu que comecei essa briga!

– Não me interessa! Você participou dela e isso é tudo!

– Ha ha ha, se formos considerar isso, você também participou! Afinal, foi você quem jogou essas mochilas em nós dois! – Disse ele rindo, parecia mais calmo.

– Sorte sua que eu não tinha nenhuma panela por aqui! – Respondi rindo também, depois de todo esse nervosismo é bom descontrair um pouco.

– Nem brinque com isso, pretendo viver muito ainda! Levar uma panelada sua e morrer está fora dos meus planos! – nós rimos mais.

Enquanto eu e Castiel riamos (eu ainda sentada sobre ele), Nathaniel se levantou e começou a nos olhar. Eu só o percebi porque tive a sensação de ser observada.

– Yume... O que você...? – A voz dele parecia um tanto triste, como se ele estivesse decepcionado.

– Ah, Nathaniel! Você está bem?

– Por que você esta sentada em cima dele? – agora sua voz soava indignada.

– Hã? – Nesse momento eu olhei para Castiel e ele olhou para mim. Fiquei vermelha na mesma hora e me levantei rapidamente. – I-isso, foi porque eu não queria que ele se levantasse e tentasse te bater!

– Sentar-se sobre ele assim... – ele parecia realmente indignado, e sua expressão facial não era lá das melhores. Ele parecia bastante irritado, uma vez que estava cerrando os pulsos novamente, mas também parecia triste.

– Devia agradecer por isso, principezinho! Se ela não tivesse se sentado sobre mim, pode ter certeza que eu teria te batido mais! – Resmungou Castiel. – Vamos, Yume! Ainda temos que ir até a Delegacia, e ela não é aqui perto!

– Ah sim! Então vamos! – Eu ainda estava meio confusa com tudo o que estava acontecendo... Francamente, por que eu não posso ter um dia normal? – Nathaniel, você vai ficar bem?

– Tsc, Vou! – Respondeu ele virando o rosto. Me aproximei um pouco dele, para pegar as mochilas, e notei que o canto de sua boca estava sangrando.

Eu ia me ajoelhar para ver melhor e tentar ajuda-lo, mas foi quando ouvi vozes e passos, e me lembrei de que os outros alunos ainda não tinham saído. Seria um tremendo problema se nos vissem assim! Por isso, eu rapidamente peguei as mochilas e corri até o portão de entrada do colégio, onde Castiel já estava me esperando.

– Demorou por quê? Foi dar um beijinho no príncipe é?! – disse ele pegando a sua mochila.

– Sim, mas eu não me contentei com um único beijo, por isso tive que ficar lá até agora beijando ele! – respondi ironicamente.

– Ora, ora... Então quer dizer, que ele ganhou outra fã? – Castiel retrucava, também usando ironia.

– Ah, então quer dizer que eu tenho concorrentes?

– Muitas! É melhor pegar um número e esperar na fila!

– Por que espera na fila, quando eu posso jogar panelas e mochilas nas minhas concorrentes? – encerrei a conversa, andando mais a frente do que ele, mas não sem antes dirigir lhe um sorriso sarcástico.

– Continue andando na minha frente e você vai se perder, sua idiota! – ele se aproximou e me devolveu o olhar sarcástico, depois disso, começou a caminhar na minha frente.

Continuamos nossa caminhada por uma hora e meia. Ele não estava brincando quando disse que a Delegacia não ficava nada perto, e o pior é que eue estava sentindo o meu estomago roncar. “Droga, aguente só mais um pouco! Não vamos pagar mico na frente desse otário né?!”

Quando chegamos à Delegacia, o policial com quem havíamos conversado no dia anterior estava lá e nos chamou para depor. Já sentados em uma sala, o policial nos fazia perguntas. Após terminar o “interrogatório” ele disse ironicamente:

– Então quer dizer, que vocês jantaram pacificamente, mesmo com dois bandidos amarrados no meio da sala?

– Queira me desculpar pela insolência senhor, mas o que queira que fizéssemos? Obviamente não iríamos acordar os dois e convidá-los para comerem junto com a gente! – Respondi irritada.

– Hu hu hu, você é bem durona, não é mesmo? Derrubar dois caras exige muita pratica! Tem certeza de que você é mesmo uma garota?

– Sim, tenho tanta certeza do meu sexo como tenho certeza que o senhor está tentando tirar uma com a minha cara! Agora se me der licença, eu gostaria de ir para casa, pois tenho mais o que fazer! – disse me levantando da cadeira e saindo da sala, em direção à rua. “Maldita fome, já estou até ficando de mau humor!”

– Ei, espere aí! – Castiel conseguiu me alcançar na porta da delegacia, me segurando pelo braço. – Qual é o seu problema?

– Você é um dos meus problemas!

– Ótimo saber! E os outros? – perguntou ele, sorrindo ironicamente.

– Não é da sua conta, seu idiota! – Eu mal terminei minha frase, quando o meu estomago fez o favor de roncar SUPER alto. Senti que começava a ficar vermelha, e tive uma vontade insana de virar um avestruz e enfiar a cabeça na terra!

– Ora, ora... Então quer dizer que a bonitinha está com fome? – provocou Castiel, com um olhar sarcástico. Fiquei com tanta raiva que quis socar a cara dele!

– I- idiota! – Minha voz começou a ficar mais baixa por causa da vergonha... Eu definitivamente não iria parecer fraca na frente daquele idiota, então peguei a mochila que estava segurando com o outro braço e com ela, bati na cabeça dele.

– Ei, tente se controlar! – disse ele irritado obviamente. Ele apertou ainda mais o meu braço e ficou me encarando. Logo eu comecei a corar, por ele me olhar tão fixamente, com aqueles olhos cinza. Ele começou a sorrir de um jeito irônico novamente. – Ha ha ha você fica uma gracinha vermelha desse jeito!

– Otário! Morra! – puxei o meu braço com força, a fim de me soltar! Quando me afastei senti uma tontura e minhas pernas bambearam, o resultado disso foi um tombo no chão. “Maldita fome! Estou tão fraca que mal consigo ficar em pé...”.

– Você está bem? – Castiel se abaixou na minha frente e me fitou preocupadamente. – Seu rosto está ficando pálido... Quando foi a ultima vez que você comeu alguma coisa?

– No café da manhã... – respondi desviando o olhar. “Francamente, ter que ser cuidada por dois garotos em um dia já é de mais! O que vai vir depois? Um príncipe vai chegar em um cavalo branco e me levar para o hospital? Do jeito que anda a minha vida, não duvido de mais nada...”

– Sério? – ele me ajudou a levantar e continuou a me olhar preocupadamente, por fim, ele segurou minha mão e começou a me puxar delicadamente pela rua. -Venha comigo!

– Es- espera, você está indo muito rápido! – eu nem tive tempo de terminar a minha fala direito, acabei tropeçando em uma raiz de arvore e caí de joelho praticamente de cara no chão.

– Como você é desastrada! Será que não consegue nem andar direito? – ele se abaixou e me ajudou a levantar. O tom na sua voz era de irritação, o que me deixou constrangida. “Sou um estorvo tão grande assim? Nem conseguir andar eu consigo? Valeu vida, muito obrigada por me fazer passar por esse tipo de situação na frente desse cara!”.

– Me deixa em paz! Eu consigo levantar sozinha! – respondi irritada, afastando a mão dele.

– Hunf. Mal consegue andar direito! Pare de ser tão orgulhosa! – ao dizer isso ele passou um braço por trás das minhas costas e outro por debaixo das minhas pernas, em seguida, ele me ergueu do chão e me carregou no colo pela rua.

– Ei! Me coloca no chão! Eu não preciso ser carregada! – senti que meu rosto ficava cada vez mais quente, e provavelmente que eu devia estar corada.

– Fique quieta, sua desnutrida! Como você é leve... O que Hajime tem dado pra você comer? – disse ele ironicamente.

Ele continuou me carregando até uma lanchonete, onde entrou comigo em seus braços e caminhou calmamente até o balcão. Lá pediu dois lanches e refrigerantes. Todos na lanchonete pararam para nos olhar. Pude ouvir alguns cochichos como: “Que romântico! Ser carregada assim pelo namorado!” ou “Que fofos! Queria achar um cara assim” e ainda “Eles formam um casal tão bonitinho! Parece um príncipe carregando uma princesa!”. Obviamente, eu fiquei irritada com tais comentários e comecei a bater no peito de Castiel para que ele me colocasse no chão, porém foi em vão. Ele continuou a me carregar e se dirigiu até um canto da lanchonete que estava mais vazio, lá tinha uma mesa perto da janela, com duas cadeiras, uma em frente a outra. Castiel me sentou em uma dessas cadeiras e se sentou na outra.

– Você vai gostar do lanche daqui! Vê se come tudo hein, desnutrida! – provocou-me Castiel.

– Cala a boca! – disse irritada e, em seguida, virei o meu rosto para a janela. “Malditos ladrõezinhos de meia-tigela! Se não tivessem invadido a casa do Hajime comigo lá dentro, eu não teria que depor e, consequentemente, não teria que aturar esse cara! E quanto mais eu fico irritada e constrangida, mais ele se diverte! A sádica aqui sou eu, ele não tem o direito de se divertir as minhas custas!”.

– Hu hu. Calma aí estressadinha! Fique sabendo que cara feia e mau humor, pra mim é fome!

– Puxa, se é assim, você está em um estado absurdo de miséria e fome hein!? – respondi a sua provocação, sarcasticamente. Esse é um jogo para dois.

– Ora, ora! Mesmo nesse estado, você continua querendo atacar hein!?

– O que quer dizer com "nesse estado"?

– Olhe aqui, você está totalmente pálida! - ele tirou o celular do bolso e eu pude ver o meu reflexo, semelhante ao de um lençol daqueles de comercial de sabão em pó, de tão branco.

– ... Bom, de qualquer forma, eu não tenho dinheiro para pagar o lanche... - respondi devolvendo o celular, mas com um tom de voz um tanto quanto arrogante, só para não me dar por vencida.

– Melhor ainda! Significa que você vai ficar me devendo! - ele me lançou um olhar sarcástico.

– Ora seu...

– Aqui estão os lanches e os refrigerantes! Desculpe pela demora! - interrompeu a garçonete.

– Ah, obrigada! - respondi olhando para ela.

– Otimo! Finalmente eles chegaram, então vamos comer! - disse Castiel pegando o seu lanche e colocando-o a sua frente. Eu fiz o mesmo, afinal, estava com tanta fome que poderia acabar com toda a despensa da lanchonete.

– Itadakimasu! - disse juntando as mãos e em seguida comecei a comer o lanche. Era D-E-L-I-C-I-O-S-O! O lanche era um X-Burguer com catupiry e frango desfiado, e vinha acompanhado com bastante ketchup e molho de parmesão. Ah, eu sou apaixonada por laticínios em geral, mas queijo é a oitava maravilha do mundo, e nesse lanche tinham os meus preferidos: Queijo prato, parmesão (no molho) e catupiry. Comi com gosto e a cada mordida sentia um pedaço do paraiso! "Esse lanche foi feito por anjos, só pode! Ou será que isso é porque agora já são 16:14 e eu não como desde as 7:30?"

– Vai com calma, esfomeada! Desse jeito você vai acabar engasgando. - depois de dizer isso, Castiel deu um gole no refrigerante e engasgou. Ficou até branco por causa da falta de ar.

– Toma trouxa! Continue me zoando para ver o que acontece! - provoquei- o rindo.

– Isso não tem graça! E se eu tivesse morrido?

– Seria pior pra mim! EU é quem teria que ir na delegacia novamente, e ver aquele policial chato outra vez! Enquanto isso, você ia ficar deitado no chão, numa boa! - respondi ainda com minhas provocações e olhares sarcásticos.

– Tsc. Idiota! - respondeu ele irritado.

Assim que terminamos de comer nossos lanches, Castiel foi até o balcão para pagar, enquanto eu esperava do lado de fora. Me senti revigorada depois de comer aquele lanche divino. Senti um arrepio na espinha, sinal de que algo ruim aconteceria. Dito e feito!

– Ei você! Você é nova por aqui não é? - disse um cara que surgiu de trás de mim. Ele estava acompanhado de um outro cara e por suas expressões, pude antecipar que eles tentariam dar em cima de mim.

– Deve ser, eu me lembraria de um rostinho bonito como o dela. - continuou um outro que estava com o primeiro cara.

– E então gatinha, o que acha de sair com a gente? Podemos te mostrar cada lugar da cidade e em troca você mostra cada lugar do seu corpo... - ele me olhou com uma cara extremamente maliciosa, que me fez suar frio.

– Vamos lá, não seja tão timi... - ele foi impedido de completar sua frase, graças a uma mochila voadora que atingiu o meio da cara dele. Em seguida, outra mochila repetiu a cena, mas na cara do segundo.

– Não fique aí parada, sua idiota! - Castiel pegou as duas mochilas do chão e correu, indicando com a cabeça para que eu fizesse o mesmo.

Nós dois corremos como dois condenados até o mais longe que pudemos e quando tivemos certeza de que não havíamos sido seguidos, paramos.

– Ah, fazia um bom tempo que eu não corria assim... - disse eu, praticamente sem fôlego algum.

– Eu também! Nós não precisaríamos fazer isso, se você não ficasse dando bola para aqueles dois! - Castiel estava tão cansado quanto eu.

– Eu não dei bola pra ninguém, eles é que foram apressados e já começaram a avançar, antes que eu pudesse fazer alguma coisa...

– Bom, de qualquer forma, parece que nos livramos deles! Aqui, pegue a sua mochila! - ele estendeu a mochila na minha direção e eu a peguei.

– Obrigada! Eu não queria admitir, mas se não fosse por você... Enfim, você não é tal mau quanto eu pensei!

– Obrigado... Eu acho!

– Vamos pra casa! Já chega de loucuras por hoje!

– Concordo com você!


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram do capitulo? O que acharam da "luta" entre Castiel e Nathaniel? Eu pessoalmente achei que ela ficou um pouco curta, mas considerando que eu não sei escrever sobre lutas, acho que não me sai tão mal assim... ou não... uahsuahsua
Enfim, comentem o que acharam do capitulo!